Autor: sintufrj.admin
A campanha “Fique em casa por eles”, que se dissemina mundo afora, tem um fundamento: a luta dos trabalhadores de saúde no enfrentamento da pandemia é árdua. Com o crescimento do número de casos, até mesmo entre eles, a dificuldade é ainda maior. Por isso, a necessidade das pessoas manterem o isolamento, para aliviarem a sobrecarga no serviço de saúde. Esse povo precisa de descanso.
Só que, para muitos dos trabalhadores de saúde dos hospitais da UFRJ, agora no front contra a pandemia, o deslocamento para casa é difícil. Alguns moram em outros municípios, outros têm parentes em grupo de risco. Mas agora, profissionais e residentes de todas as unidades de saúde da Universidade, podem contar com os alojamentos do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Rio de Janeiro (CPOR-RJ), em Bonsucesso ( Avenida Brasil, nº 5.292).
Por meio de parceria com a UFRJ, a unidade militar disponibilizou uma ala feminina e outra masculina, com ventilação natural e ventiladores, beliches, pontos para carregamento de celular e notebooks, banheiros com chuveiros elétricos e armários individuais. Cada um deve levar sua roupa de cama, toalhas, talheres e canecas, itens de higiene pessoal e cadeado para os armários. Há água e café (são fornecidos copos descartáveis e toalhas de papel) numa ala de convivência, mas refeições são por conta da UFRJ, oferecidas no hospital.
Elaine de Souza Barros, diretora administrativa do Instituto de Neurologia Deolindo Couto, que atua em Grupos de Trabalho junto ao Complexo Hospitalar no enfrentamento ao Covid-19, organiza a ocupação do alojamento. Segundo explica, embora haja 50 vagas disponíveis, como os profissionais trabalham em regime de plantão, o número pode aumentar em até três vezes.
Cadastro aberto
O cadastro de candidatos a vagas no alojamento poderá ser feito a qualquer momento, desde que tenham vagas disponíveis, destaca Elaine.Não há prazo, ela diz.
Para realizar o cadastro, o profissional deve informar nome completo, CPF, função, telefone de contato, os dias da semana com o período (manhã, tarde, noite) que estará no alojamento e se usará transporte próprio (informar placa, modelo, marca e cor do veículo) ou oferecido pela UFRJ. Devem enviar e-mail ou WhatsApp para Elaine (elaine@indc.ufrj.br/98886-8941) ou para Amil José Baptista, assessor da Pró-Reitoria de Pessoal, (amil@pr4.ufrj.br/96410-6659).
Podem se credenciar para uso do alojamento trabalhadores das unidades hospitalares da UFRJ do Fundão ou de fora. O espaço foi criado especialmente para profissionais com dificuldades de transporte para suas residências (em municípios próximos ou mais distantes), para cumprir carga horária dos plantões, ou quem crê que possa vir a colocar em risco algum parente.
*Retorno difícil e grupo de risco*
A técnica de enfermagem Marília Barreiro Rufino de Almeida, 47 anos, há quatro aos e meio no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) é casada e tem dois filhos, de 13 e 27 anos. Usou o alojamento pela primeira vez na sexta-feira, dia 10.
No seu caso, há dois agravantes: “Primeiro, eu moro em Resende e o transporte está impossível. Não tem ônibus para ir e vir. Dependo de carona e nem sempre consigo. No hospital não tem suporte (para o transporte neste caso). Então, quando surgiu o alojamento, resolvi me cadastrar. O segundo motivo é que meu marido operou o pulmão. Eu trabalho diretamente com pacientes da Covid-19, na Emergência da Covid-19 e, se posso, fico no Rio.”,diz ela.
Marília vai uma vez por semana para casa.”Cheguei hoje (em Resende), vou no próximo plantão e passo mais uma semana no Rio. Não dá para não vir, tem as questões da casa, filho adolescente. Mas tento ficar o mínimo necessário. Não tem como ficar indo e vindo. Há pessoa com risco, moro longe e trabalho diretamente com Covid. O alojamento veio a calhar”.
‘Neste momento, estamos todos supertensos e preocupados’
Tainá Souza, enfermeira
“Sou enfermeira do IPPMG (Instituto de Puericultura Martagão Gesteira), onde atuo como servidora há quase três anos, mas fui residente de enfermagem e extraquadro nesta mesma instituição. Neste momento, estamos todos supertensos e preocupados. Felizmente nosso público, como é infantil, não está sendo ferozmente acometido por esse vírus, mas muitos dos profissionais que trabalham aqui também trabalham em outras instituições, então nos preocupamos em nos contaminar com os próprios colegas de trabalho. Estamos essa semana recebendo treinamento, reuniões, tudo para nos deixar preparados para enfrentar a situação. A maior preocupação dos profissionais é se teremos EPIs, onde esses pacientes (com Covid-19) e seus acompanhantes ficarão internados. A estrutura do nosso instituto é bastante antiga, o que complica muito esse fluxo. Moro com minha mãe, idosa e hipertensa. Então, estamos tomando todo cuidado necessário para minimizar a exposição dela. Os sentimentos que nos dominam são medo, insegurança. Somos profissionais da linha de frente, e muitas vezes nos faltam acolhimento e informação.”
‘O sentimento que tenho é um grito de socorro’
Marília Barreiro, técnica de enfermagem do HUCFF
“Graças a Deus, equipamentos e vestimenta não têm faltado para nós. Estamos bem abastecidos. Mas, em relação ao fluxo do processo, foi muito corrido e a carga horária é muito pesada: entrou no fluxo do Covid-19, só pode sair quando for embora. Estamos tentando conversar para ver se fazem escala de seis horas. Não é fácil ficar com o equipamento 12 horas, limitado para beber água, ir ao banheiro. Ganhamos dois kits, para quando entramos e quando voltamos do almoço. O sentimento que tenho é um grito de socorro. Sempre fui uma pessoa muito ativa. Mas moro longe (em Resende e tem dificuldade no transporte). Desde segunda à noite tive que dormir no hospital, não tive como voltar. Hoje (terça) voltei de carona. Quando saio, nem sei quando volto. Fico triste e cansada. Mas é uma coisa que tento não absorver. A gente está na linha de frente. Não tem para onde fugir. Tenta seguir o que o Ministério da Saúde orienta para evitar contágio dentro de casa. Ando com máscara para evitar ao máximo me contaminar e as pessoas que estão a meu redor. Mas tento driblar o medo, porque sempre tem.”
‘Isso muda a vida de todos nós’
Luciana Ferreira, psicóloga da Maternidade Escola
Tem sido um período difícil para profissionais, pacientes, todos com muito medo. Os profissionais estão muito angustiados de saber do falecimento de colegas (em outros hospitais), medo de contágio, de levar Covid-19 para suas famílias. Tem sido uma tensão e uma preocupação muito grande.
Eu estou afastada socialmente das pessoas da minha casa, dormindo no escritório, comendo em horários diferentes, evitando o mesmo ambiente. Isso muda a vida de todos nós. Tenho uma filha adolescente, sou casada e tenho minha mãe, idosa, de 82 anos, morando comigo, que é minha maior preocupação, pois é do grupo de risco, apesar da boa saúde. Com ela, temos tido ainda mais cuidado. Falo a distância. E ontem, depois do atendimento a uma paciente com suspeita, passei a falar por vídeo. Até que tenha segurança, nem perto vou chegar.
Não tenho perspectiva de voltar a ter vida familiar mais usual tão cedo. Imagino que isso tudo deva melhorar para agosto, setembro. Vemos muitas pessoas sofridas, adoecendo, entristecidas por estarem privadas do contato com a família, com ar livre, se ressentindo da privação. Vamos aguar e torcer para que tudo passe e que as coisas melhorem com perspectiva de tratamentos que permitam evitar mortes.”
A pandemia transformou a paisagem do país e, claro, da UFRJ, a maior instituição da rede de federais de ensino superior. Parte da complexa e multifacetada estrutura da universidade está funcionando à distância, “a área administrativa de maneira geral”, explica o vice-reitor Carlos Frederico Leão Rocha.
“Nas atividades de pesquisa, apenas laboratórios que não podem fechar por razões diversas, como biotérios ou que estejam envolvidos na pandemia, estão em atividade”, diz o vice-reitor.
Além dos hospitais (que, por óbvio, são peças-chave na luta contra o vírus), Carlos Frederico informa sobre a existência de algumas iniciativas que estão em curso, como a produção de álcool, que envolve a necessidade de laboratórios em funcionamento. Ele lembra outro exemplo, o laboratório envolvido na produção de ventiladores mecânicos.
“Mas o que podemos fazer a distância, estamos fazendo. O que realmente parou foram as aulas”, diz o vice-reitor. As aulas foram suspensas, por tempo indeterminado, em 23 de março.
Um dos laboratórios envolvidos na pandemia a que o vice-reitor se referiu é o Laboratório de Virologia Molecular (LVM). Unidade de referência do Instituto de Biologia do CCS que realiza testes de alto padrão, o LVM desenvolveu, em conjunto com pesquisadores do Laboratório de Engenharia de Cultivos Celulares da Coppe/UFRJ, um novo teste de detecção do novo coronavírus. Uma campanha arrecada verbas para aumentar a capacidade de realização dos testes.
Raio-X
No Centro de Tecnologia (CT), todas as atividades acadêmicas, tais como aulas, cerimônias, formaturas e homenagens, estão suspensas por tempo indeterminado. Os laboratórios têm funcionamento facultativo, alguns em regime de plantão.
Os técnicos-administrativos da decania atendem o público através da abertura de chamados on-line no Sistema de Serviços para garantir a continuidade das atividades administrativas da unidade.
A equipe administrativa e a da manutenção da sede da decania estão se revezando em plantão para dar suporte aos laboratórios que estão atuando no enfrentamento da pandemia, para receber insumos e resolver imprevistos caso surjam.
O CCS segue prioritariamente em regime de trabalho remoto. No CCMN, o Instituto Tércio Pacitti de Aplicações e Pesquisas Computacionais (ex-NCE) também se mantém prioritariamente em regime de trabalho remoto.
Nas bibliotecas, o atendimento presencial foi temporariamente suspenso e a renovação dos livros emprestados pode ser solicitada via e-mail na maioria dos casos. As devoluções deverão ser feitas após o restabelecimento das rotinas acadêmicas e administrativas.
Transporte
O funcionamento do transporte sob responsabilidade da Prefeitura Universitária está regular. Novas linhas foram criadas, com autorização dos governos municipais e estadual, para transporte de servidores das unidades de saúde para a Cidade Universitária (Bonsucesso, São Cristóvão, Duque de Caxias, Niterói (Estação Charitas-Fundão), Nova Iguaçu). Mais detalhes em: bit.ly/onibusHU.
Foi organizado um esquema de plantonistas para fazer manutenção e resolver emergências no que toca ao fornecimento de energia.
Segurança
O prefeito da UFRJ, Marcos Maldonado, tem se reunido regularmente com o Comando do 17º Batalhão de Polícia Militar, a coordenação do Rio+Seguro Fundão, o delegado da 37ª Delegacia de Polícia Civil e o Comando da Marinha do Brasil, para discutir medidas de segurança no campus da Cidade Universitária durante o período de pandemia.
“A Prefeitura Universitária compreende o seu papel em garantir a segurança das pessoas que desempenham tão importantes tarefas no atual momento. Desde segunda-feira, dia 13, o policiamento no campus passa por alterações para garantir o aumento da segurança local. Novas medidas serão tomadas ao longo da semana e irão perdurar durante todo o período de pandemia”, informou a assessoria do prefeito.
Por meio de plataforma digital adquirida pelo Sintufrj, matriculados no Espaço Saúde do Sindicato podem se exercitar em casa durante o período de quarentena imposto pelo coronavírus.
Links dos Aplicativos:
SisRUN Elite (para os alunos):
A prioridade é o isolamento social, que se aproxima de um mês desde a decretação da Emergência em Saúde Pública em 16 de março
Niterói, cidade da região metropolitana do Rio de Janeiro, vem colecionando o pioneirismo no país em relação ao combate ao novo coronavírus, controlando a incidência de casos e segurando o número de óbitos. Segundo o boletim epidemiológico divulgado terça-feira, 7 de abril, a cidade tinha 106 casos confirmados, 25 hospitalizados, dois óbitos e 45 curados.
O município foi o primeiro a responder com rapidez à doença aplicando medidas orientadas por especialistas e pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A prioridade é o isolamento social, que completa 24 dias desde a decretação da Emergência em Saúde Pública em 16 de março.
Hoje, dia 8 de abril, a prefeitura da cidade anuncia que distribuirá gratuitamente um milhão de máscaras, seguindo a mais nova orientação geral para que a população as utilize.
Niterói, que tem mais de 500 mil habitantes, segundo dados do IBGE de 2019, o mais elevado índice de desenvolvimento municipal do Rio de Janeiro e o 5º IDH do país, segue em ritmo lento no crescimento dos casos de coronavírus, em comparação com o Brasil de forma geral.
O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT) em transmissão pela rede social, comparou a situação de Rio e Niterói, para ratificar os resultados positivos do controle social e ações no município. O Rio, lembrou o prefeito, registrou o primeiro óbito provocado pela Covid-19 em 22 de março. Neste mesmo dia Niterói também registrava a primeira morte. Já no sábado, 4 de abril (quando o prefeito fez a comparação), enquanto Niterói contava dois mortos, a cidade do Rio já registrava 79 mortos. Na terça-feira, 7 de abril as mortes na capital subiram para 89.
“Em Niterói, estamos falando já há algum tempo, que a epidemia precisa ser enfrenta levando em conta a ciência, as experiências internacionais dos estudos de casos e a opinião de especialistas e profissionais de saúde. É fundamental preservar o isolamento social e seguir as orientações das coordenadorias de saúde. Essas atitudes já salvaram centenas de vidas”, sustenta Rodrigo Neves.
Isolamento controla transmissão
Os efeitos do isolamento estão provados pelo planeta. E nos países de maior densidade populacional como na Ásia. Hong Kong, cidade do Sul da China densamente povoado com 7 milhões de habitantes, por exemplo, registra 600 casos e quatro mortes. Esse índice sobre o controle da doença na cidade chinesa se deve, segundo especialistas, às normas rígidas de distanciamento social.
O afrouxamento do isolamento, considerado cedo para um vírus que não tem ainda cura, acaba por provocar uma nova onda de contaminações. Cingapura, no Sudeste Asiático, por exemplo, conhecida como exemplo de sucesso no combate ao vírus, depois que teve os casos de contaminação mais que quintuplicado em 20 dias, o governo anunciou que fechará serviços não essenciais, e pediu para a população ficar em casa. E demais países do Sudeste Asiático correm para conter essa nova onda.
Niterói, por enquanto, segue na rigidez do isolamento social. A decretação de Emergência em Saúde Pública foi anunciada em 16 de março e decretado o fechamento de todos os estabelecimentos comerciais no dia 23 de março, pela Prefeitura. Desde então, a maioria da população segue à risca a orientação geral para ficar em casa. Ações sociais, econômicas e de saúde foram tomadas.
Já em abril, no dia 6, foi dado o alerta oficial de que o pico de transmissão e contaminação da doença estaria previsto entre os dias 6 e 20 de abril. Com reforço para que a população permaneça em casa.
No próprio dia 6 foi iniciado o controle dos transportes com bloqueios para entrada de táxis de outros municípios na cidade e na redução da circulação de ônibus intermunicipais. Até o dia 10 de abril, a prefeitura anunciou que iniciará as atividades no Hospital Oceânico, que foi arrendado para funcionar no combate à doença, para atender pacientes graves de Covid-19.
No dia 7 de abril terminou o prazo para inscrição dos microempreendedores individuais que se habilitaram a receber o auxílio de R$ 500, 00, por três meses. A vacinação contra a gripe, indicada para os grupos de risco, interrompida por falta de vacinas, foi retomada no dia 7 também. Até o dia anterior a prefeitura informou que o município havia aplicada cerca de 60 mil doses em idosos e profissionais de saúde.
Medidas
No dia 30 de março, a Prefeitura distribuiu kits de limpeza e higiene. O objetivo é que até o dia 10 de abril todas as 80 mil famílias atendidas pelo Programa Médico de Família, sejam atendidas. A ação vai beneficiar 220 mil pessoas.
Dentre as ações foram distribuídas 32 mil cestas básicas aos alunos da rede pública de educação. Foi também providenciado apoio aos trabalhadores informais e pequeno empresário.
Foi arrendado dois hotéis pelo período de 4 meses para acolhimento de servidores, em especial os da saúde, que estão trabalhando nos hospitais, e outro par ampliar o acolhimento dos moradores de rua.
O município prepara também centros de quarentena para infectados em comunidades pobres da cidade, organiza abertura de mais leitos na rede e iniciou no dia 23 de março a sanitização das ruas e do mobiliário urbano.
Uma empresa chinesa foi contratada para o serviço de sanitização, utilizando a mesma tecnologia de seu país, um composto que impede a proliferação do vírus por três meses. A limpeza começou por Icaraí – bairro que concentra a maioria dos casos de Covid-19 no município com 48 casos confirmados até o dia 7 de abril -, e seguiu para comunidades e locais públicos e principais vias urbanas.
A Vila Ipiranga, no Fonseca, zona norte da Cidade, foi a primeira comunidade do país a receber a visita de agentes sanitários para higienização de ruas e vielas contra o coronavírus, em ação realizada dia 25 de março. A Companhia de Limpeza Urbana de Niterói (Clin) contou com 40 profissionais que atuaram em conjunto com 25 agentes de satinização da empresa contratada pela Prefeitura de Niterói.
Carros da Clin dão suporte também com limpeza com água e sabão, também. No dia 26 de março a sanitização foi nas principais vias do centro da cidade, como a realizada neste dia, na Avenida Amaral Peixoto esquina com Avenida Rio Branco.
Prazo
Pelo menos até o dia 10 de abril as medidas restritivas estarão em vigor. Padarias, supermercados, mercados e mercearias estão proibidos de manter ambiente para consumo local. Estão excluídos da quarentena as farmácias, postos de gasolina (lojas de conveniência também estão fechadas), supermercados e mercados, padarias, pet shops, hotéis, clínicas médicas e odontológicas, laboratórios de exames clínicos e de imagem e clínicas de vacinação. Restaurantes e demais estabelecimentos que vendam alimentos e não estão incluídos nas exceções só poderão funcionar no sistema de entrega em domicílio.
Quem descumprir pode ser enquadrado nos crimes de desobediência e de infração de medida sanitária preventiva. A guarda municipal e a polícia civil percorrem as vias e estão instalados na orla e em locais chaves como a Estação das Barcas, para coibir quem infrinja as normas estabelecidas pelo decreto. Carros percorrem a cidade anunciando que a população fique em casa.
Recentemente duas mulheres foram presas na Praia de Icaraí por não respeitar as orientações. A praia está interditada, tanto o calçadão como a praia.
Em razão da pandemia de coronavírus e da recomendação de diminuir a circulação de pessoas, o escritório Cassel Ruzzarin Santos Rodrigues Advogados disponibilizou o atendimento remoto dos filiados do Sintufrj sobre as ações contra o corte dos 26,05%. Para ser atendido por um advogado, clique aqui http://bit.ly/atendimentoSintufRJ, acesse a sala de atendimento virtual, identifique-se e aguarde ser admitido, quando encerrar o atendimento anterior. Se preferir, ligue ou envie mensagem de WhatsApp para o telefone (21) 9852-66710 e fale com a advogada.
Se tiver alguma dúvida, envie e-mail para planoverao@servidor.adv.br . Atendimentos presenciais serão realizados nos casos de perecimento de direito que não puderem ser atendidos remotamente. Agende atendimento presencial pelos meios acima informados.
A Instrução Normativa 28, do Ministério da Fazenda, estabelece medidas para suspender adicionais ocupacionais e vale-transporte dos trabalhadores em regime de trabalho remoto devido aos protocolos de prevenção da pandemia do coronavírus. Sobre esta questão, o Sintufrj informa que:
– A Instrução Normativa do governo Bolsonaro é criminosa e visa diminuir a renda dos trabalhadores. É preciso lembrar que os servidores estão arcando com os custos do trabalho remoto (equipamentos próprios, conexão de banda larga privada etc), e que as medidas temporárias de isolamento social não anulam os efeitos da exposição ao trabalho em condições de insalubridade e/ou periculosidade. A direção do Sintufrj repudia mais este ataque do governo.
– O Sintufrj movimentou-se junto à Reitoria para que as informações não sejam enviadas para o governo nem inseridas no sistema. Ao mesmo tempo, buscamos, junto a nossa assessoria jurídica, elaborar a ação judicial mais adequada para enfrentar a questão, posto que o governo poderá realizar o corte “por cima”.
– Orientamos a categoria que, caso receba alguma solicitação de sua unidade, não forneça nenhuma informação individual.
Em plena crise provocada pela pandemia do coronavírus, quando todos os governos do planeta buscam formas de manter a renda dos trabalhadores, Bolsonaro e sua gangue insistem em atacar a população e retirar direitos. Seu governo atrapalha o combate à pandemia, é inimigo da universidade, da ciência, do SUS e dos trabalhadores.
Direção do Sintufrj
Gestão Ressignificar
Cumprindo determinação do SERPRO, o Sintufrj adotou os procedimentos exigidos para os seus sindicalizados e renovou o convênio com o órgão.Para os sindicalizados cadastrados até fevereiro/2020, o SERPRO já providenciou todas as medidas necessárias para a continuação da condição de sindicalizado, não havendo nenhuma necessidade de intervenção do sindicalizado.
A contribuição sindical não influenciará no valor do empréstimo consignado. Como trata-se de um desconto facultativo, ao realizar o empréstimo esse valor deve ser retirado de seu vencimento líquido, gerando novo cálculo.
A diretoria do SINTUFRJ informa que, a partir da folha de março/2020, todos os servidores que tiverem a intenção de se filiar ao SINTUFRJ deverão proceder a seguinte forma:
1) autorizar junto ao SIGEPE, o desconto da mensalidade do sindicato (clique aqui e veja como fazer no passo a passo)
2) preencher a ficha de filiação com cópia do contracheque e encaminhar presencialmente ou via site.
Direção do Sintufrj
Gestão Ressignificar
O trabalho presencial durante a pandemia do Covid-19 expõe o servidor à agentes nocivos
O Sintufrj – Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro quer que a Administração da UFRJ assegure o pagamento do adicional de insalubridade de 20% do salário base para todos os servidores que permanecerem em atividade nos seus hospitais, independentemente das atribuições ou do cargo ocupado, enquanto não for cessado o quadro de pandemia causado pela transmissão do Coronavírus (Covid-19). Esse percentual (20%) corresponde ao grau máximo pago a profissionais que trabalham em situações de isolamento, como é o caso neste quadro de pandemia.
O pedido foi feito para assegurar medidas compensatórias para todos aqueles que funcionam perante a unidade hospitalar, pois todos que trabalham ali fazem parte do grupo de risco de contágio. No entanto, poucos recebem o adicional de insalubridade mesmo ante o reconhecimento da gravidade da situação pelas autoridades sanitárias.
Segundo o advogado Jean Ruzzarin, sócio do escritório Cassel Ruzzarin Santos Rodrigues Advogados, que assessora o sindicato, “é preciso mesmo manter a continuidade dos serviços essenciais prestados pelo Hospital Universitário, mas isso não isenta a UFRJ de assegurar as medidas compensatórias para aqueles que arriscam suas vidas em prol da Administração com o contato com pessoas potencialmente infectadas, enquanto significativa parcela da população resta em quarentena em seus lares”.