Os desafios que duas mulheres negras eleitas em outubro vão enfrentar no plenário da Assembleia Legislativa, numa conjuntura adversa para a pauta dos interesses populares, foi o tema da roda de conversa organizada pelo Sintufrj – como atividade do Mês da Consciência Negra.

 

Nascida e criada na Maré, Renata Souza (PSOL), a parlamentar mais votada no campo da esquerda (63 mil votos), sintetizou o tamanho do risco: “impedir que a barbárie vire política pública” será o desafio.

 

Quando o governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, põe na pauta a política de extermínio para enfrentar a violência, e tem irrestrito apoio do presidente eleito, o cenário temerário se apresenta.

 

Mônica Francisco (PSOL), com base de atuação no Morro do Boréu, compartilha das preocupações de Renata. Mas observou um contraponto no cenário. Segundo ela, a eleição de mais mulheres negras é a resposta social aos que repugnam corpos negros nos espaços de poder.

 

Impedir a barbárie é o desafio

Mulheres negras falam do desafio da atuação no Parlamento estadual

Mas a deputada eleita diz que a representatividade dos mandatos só se justifica se for lastreada nas pautas que defendem.

 

A presença das duas futuras parlamentares marcou o encerramento das atividades do recém-criado Departamento de Raça e Gênero, criado pelo Sintufrj. Noemi de Andrade, diretora, e Denise Góes, ativista do movimento negro, conduziram, na quinta-feira 22, o encontro com Renata e Mônica Francisco.

 

Além do debate, uma oficina de turbante enfeitou com adereços coloridos várias mulheres presentes ao evento. Exposição de peças artesanais com motivos afros e uma feijoada fizeram parte do cardápio.

 

O bloco afro Agbara Dudu, fundado em 1982, em Madureira, encerrou as atividades. No repertório, canções tradicionais africanas. “É uma alegria muito grande estar aqui, trazendo muita música e arte para o público”, disse o componente do grupo Julvano Martins.

 

Aliança progressista

 

Renata Souza, que foi aluna da UFRJ e estagiária do Sintufrj, teme que o medo seja a mola condutora da barbárie enquanto política de Estado.

Ela aposta, no entanto, na formação de um campo progressista para conseguir barrar os retrocessos e as ações parlamentares que possam vir a ferir a integridade física e moral dos indivíduos pertencentes às minorias sociais.

 

Ela lamenta também o cerceamento e as ameaças que pairam sobre a autonomia dos professores e deseja que a universidade seja o universo da cidade, não fechada em si.

 

Para Mônica, o período que é anunciado para o Rio de Janeiro e para o Brasil exigirá de nós  muitos esforços para garantir a manutenção dos direitos conquistados. “As instituições de educação passam por uma desqualificação dos processos intelectuais, onde se filma professores e tentam cercear o pensamento crítico”, afirmou.

Edital

Dia: 13/12/2018.

Local: Casa de Festas Lajedo

Endereço: Vargem Pequena

Horário: 12h às 18h

Inscrição: Será feita on line através do site do Sintufrj. No ato da inscrição o sindicalizado deverá informar o local de retirada do passaporte: sede no Fundão, das 9h às 17h, subsede na Praia Vermelha, das 10h às 18h ou subsede no HU das 8h  às 17h. Após finalizar a inscrição o sindicalizado deverá imprimir o comprovante de inscrição.

Período de inscrição: 19 a 30 de novembro de 2018.

Período de entrega dos passaportes: 7, 10 e 11 de dezembro de 2018. A  entrega só será feita ao próprio, munido de comprovante de identidade com foto.

Transporte: Será feita a conferência na entrada do ônibus, portanto, é extremamente necessária a apresentação do passaporte com o comprovante de identidade com foto.

Haverá ônibus saindo da sede do Sintufrj, na Cidade Universitária e na Praia vermelha. O horário de saída dos ônibus será as 10:30hs.

A mesma conferência será realizada no local do evento para quem utilizar outros meios de transporte.

[FAZER INSCRIÇÃO]  [IMPRIMIR CONFIRMAÇÃO]

 

[Atualização] Errata: erramos ao informar a data anterior de encerramento das inscrições para a festa de confraternização dos sindicalizados. O correto é de 19 a 30 de novembro.

 

 

Especializado em história da África, o professor Jorge Nascimento sustenta a tese que identifica o racismo como uma criação para subjugar os negros e legitimar seu genocídio. “O racismo antes de tudo é um sistema de poder que visa o extermínio da população negra no mundo”, diz ele.

 

Nascimento participou do debate “A história do racismo e seus impactos na contemporaneidade” no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS), uma das atividades do Mês da Consciência Negra, organizado pelo Sintufrj. Mediou o encontro a coordenadora do Sindicato Noemi Andrade.

 

Rodrigo Santos, o outro debatedor convidado pelo Sindicato, é pesquisador do tema na UFRJ. Ele chamou a atenção para o reforço do racismo de acordo com o pensamento intelectual tradicional, que desqualificou e renegou a população negra.

Segundo Santos, em textos registra-se que os negros não têm sentimentos, não têm talento, e de tão matraqueiros deveriam ser dispensados a pauladas.

 

Eurocentrismo

No debate, Jorge Nascimento destacou que a visão oficial eurocêntrica – a partir dos brancos europeus – destituiu o real valor do continente e de seu povo para a história da humanidade.

 

Segundo ele, o eurocentrismo exibiu, por exemplo, a civilização egípcia como sendo a de um povo branco, sendo ela reverenciada, mas os historiadores revisionistas comprovaram que se tratava de povos de pele negra – constituídos da mistura de vários povos africanos existentes ao sul e ao norte do vale do rio Nilo.

 

O professor explicou que a África é um continente antigo, e nela existiram grandes reinos africanos. Algumas grandes chefias, consideradas Estados tradicionais, são conhecidas desde o século IV, mas desconstruiu-se a história desses povos através de uma visão pejorativa e preconceituosa sobre o continente africano. E isso prepondera até hoje.

 

“O negro não sabe da sua história, a não ser pela visão do europeu. Suas contribuições na filosofia, na medicina, na matemática são colocadas na conta dos gregos”, diz.

 

Nascimento afirma que a história oficial torna os negros invisíveis, quando não inferiores, o que fragiliza sua autoestima. Conhecer a história africana, disse, é também saber os caminhos que foram tomados para se chegar à liberdade.

 

“Nós africanos fomos alijados de conhecer nossa própria história. Digo que nenhum branco foi responsável pela nossa libertação, coube isso a nós negros”, sublinhou.

 

Ódio e medo

O pesquisador Rodrigo Santos afirma que o racismo é um poder que mobiliza as energias do corpo e está relacionado ao ódio e ao medo. “Um ódio que gera impulsos de assassinatos, de destruição e violência. Um medo que leva o povo ariano ao massacre pela existência da diferença”.

De acordo com Santos, o capitalismo se apropriou desses sentimentos para justificar o massacre para a expropriação. E tem no racismo estrutural o alicerce para as políticas econômicas e sociais excludentes e predatórias.

 

Rodrigo Santos afirma que não há o desejo de se reverter essa situação na nossa sociedade, mas que cabe àqueles que defendem a igualdade a luta pela mudança. “Corpos negros são alvo. Estão na mira do fogo. É o racismo instituído. Por isso, o combate ao racismo precisa acontecer em todas as frentes, com as associações, grupos culturais, universidades e sociedade civil, defendeu. “Não podemos esperar da institucionalidade e dos governos qualquer medida que nos contemple”, finalizou.

Ruy de Azevedo e Ivania de Jesus Severo, integrantes da Coordenação de Políticas Sociais do Sintufrj, festejaram o êxito dos eventos que marcaram o Mês da Consciência Negra com debates, exposições artesanais, oficina e turbantes e uma roda de conversa com deputadas negras eleitas em outubro. Os dois dirigentes disseram que o objetivo de marcar posição contra o racismo foi alcançado.

Quem ainda não pagou a mensalidade do plano de saúde Amil que venceu no dia 5. O boleto está disponível no site da AllCare: www.allcare.com.br. Ou, se preferir, faça contato com a administradora pelos seguintes canais de atendimento: e-mail: faleconosco@allcare.com.br, chat: http://allcare.com.br/contato/ ou pelo SAC: 3003-6400.

Acesse o portal aqui

“Não consigo entrar no portal (específico sobre o assunto), apesar do meu nome estar na lista dos beneficiados com a ação”.

Resposta: Quem está com nome na lista só vai conseguir entrar no portal quando o seu cálculo tiver sido informado pela Reitoria e conferido pelo calculista. Isso irá acontecer semanalmente. Publicaremos a lista dos nomes que nos forem enviados.

Observação: Se não for sindicalizado, o servidor, mesmo estando na listagem, não consegue entrar no portal.

 

“Meu nome está na listagem da Reitoria dos que já têm o cálculo feito. E agora?”

O Sindicato criou um portal para facilitar informações a todos os servidores beneficiados no processo. Acesse o portal:

http://2606-sintufrj.servidor.adv.br/login

 

Para promovermos a execução em seu nome, o escritório necessitará dos seus dados cadastrais pessoais e cópia dos seguintes documentos, os quais devem ser digitalizados e entregues neste portal: identidade, CPF, comprovante de endereço e contracheque atual.

Além disso, é necessária a procuração para os advogados atuarem. A procuração já preenchida está disponível neste portal. A procuração deve ser impressa, assinada, ter a firma reconhecida, ser digitalizada e entregue no portal.

Depois, a procuração original deve ser entregue na sede do Sindicato (na Av. Brigadeiro Trompowsky, Praça Jorge Machado Moreira, s/nº, Ilha do Fundão, Rio de Janeiro).

 

Plano Bresser – 26,06%

Passo a passo

– Verifique se seu nome está na listagem dos beneficiados pela ação judicial do Sintufrj, acessando o site do Sindicato: www.sintufrj.org.br

– Acesse o portal http://2606-sintufrj.servidor.adv.br/login Se aparecer CPF inválido é porque seus cálculos ainda não foram realizados pela Reitoria.

– Sempre que puder consulte regularmente o site (www.sintufrj.org.br ) para ver se seu nome consta nesta lista enviada pela Reitoria, que é atualizada regularmente.

– Mesmo com o nome constado na lista de beneficiados da ação judicial, o servidor só vai conseguir entrar no portal quando o seu cálculo tiver sido informado pela Reitoria.

– Observação: Se não for sindicalizado, mesmo estando na listagem, o servidor não conseguirá entrar no portal.

– Com seu nome na listagem da Reitoria dos que já têm o cálculo feito, entre no portal preparado para os beneficiados no processo no site do Sindicato (www.sintufrj.org.br), clicando em http://2606-sintufrj.servidor.adv.br/login

– O escritório necessitará dos seus dados cadastrais pessoais e cópia dos seguintes documentos, os quais devem ser digitalizados e entregues neste portal: identidade, CPF, comprovante de endereço e contracheque atual.

– Além disso, é necessária a procuração para os advogados atuarem. A procuração já preenchida está disponível neste portal. A procuração deve ser impressa, assinada, ter a firma reconhecida, ser digitalizada e entregue no portal.

– Depois, a procuração original deve ser entregue na sede do Sindicato (na Av. Brigadeiro Trompowsky, Praça Jorge Machado Moreira, s/nº, Ilha do Fundão, Rio de Janeiro).

A assessoria jurídica do Sintufrj vai ingressar com uma série de ações judiciais em busca de direitos dos servidores. O advogado Rudi Cassel (foto) informou que foi feito um mapeamento e que, de imediato, foram identificadas 18 demandas possíveis de natureza coletiva de interesse de toda a categoria ou de frações da categoria, como os aposentados.

A primeira ação a ser proposta, de acordo com Rudi Cassel, é a “ação para revisão geral anual de remuneração mínima de 1% a partir de 2003”.

Essa ação, que abrange o conjunto dos sindicalizados, está relacionada à ausência da revisão salarial, que é um reajuste que o servidor tem direito anualmente, com base na evolução inflacionária, todo mês de janeiro. Isso é o que determina o artigo 37 da Constituição no seu inciso X.

Mas desde 1995 esta revisão só foi concedida em 2002 (3,5%) e em 2003 (1%). De lá para cá não houve nenhum reajuste, observa o advogado. “Só que o Supremo Tribunal Federal, ao julgar alguns mandados de injunção, decidiu que os servidores teriam direito à revisão nos anos em que deixaram de recebê-la”, informou Rudi.

O Sintufrj entrará com esta ação nas próximas semanas na Justiça Federal de primeiro grau aqui mesmo no Rio de Janeiro.

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