Há uma curva ascendente dos casos de racismo no país, de acordo com o professor da UFRJ Jadir Brito, que pesquisa o tema. Crescem, também, a intolerância religiosa por motivos raciais e a desigualdade racial na proporção do avanço do neoliberalismo no Brasil, ele diz.

 

Jadir Brito é professor do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas em Direitos Humanos da UFRJ.  Ele afirma que, mesmo com as políticas compensatórias dos últimos 20 anos e com a maior organização do movimento negro, vários estudos mostram que a desigualdade no Brasil e o racismo continuam se expandindo.

 

A constatação do pesquisador caracteriza retrocesso em relação à história recente, quando políticas públicas de inclusão e de ações afirmativas para o combate ao racismo levaram a importantes avanços no país. Isso resultou em considerável aumento, embora insuficiente, da presença de negros nas universidades.

 

Mas o governo do golpe trouxe dias sombrios. E hoje, na esteira do recrudescimento do racismo, um candidato à Presidência da República é, reconhecidamente, racista – não virou réu em um processo por benevolência do STF.

 

Mas o racismo não prospera isolado. Sua expansão vem com o aumento de violência contra negros. O Atlas da violência de 2018, do Ipea, atesta uma  incidência maior de mortes entre jovens negros e pobres em meio à crise econômica e a ataques, o que põe em xeque a democracia num Estado cada vez mais de exceção.

 

Saíram do armário

“Existe um processo de genocídio mesmo. Parece que retrocedemos mil anos e que os reacionários saíram do armário. O racismo hoje atinge pessoas públicas, como artistas e esportistas. Vivemos um momento que exige cautela, com um candidato à Presidência que incita o ódio”, adverte Denise Góes.

 

Ela  integra a Câmara de Políticas Raciais da UFRJ. É coordenadora da Comissão de Heteroidentificação, também da UFRJ, e militante do Movimento Negro Unificado (MNU).

 

“Nestes tempos bicudos, precisamos jogar peso nas entidades existentes para superar esse momento, nos aglutinarmos numa organização que faça valer nossas conquistas. A votação na Assembleia Legislativa do Rio, que prorroga o sistema de cotas em universidades públicas do estado por mais dez anos, não é um fato isolado. Ninguém aprovou porque era bonzinho, mas porque há luta!”, afirmou Denise.

 

Advogada negra algemada

Dois casos recentes de racismo explícito chamaram a atenção nos últimos dias. A advogada Valéria Lúcia foi algemada e arrastada por policiais a mando da juíza Ethel Tavares no fórum de Caxias. O professor de língua portuguesa Thiago dos Santos Conceição, de 31 anos, foi humilhado e agredido por alunos.

 

Valéria e a juíza discutiram porque a advogada exigia ter acesso à peça da defesa. A juíza negou o pedido e chamou os policiais. O caso repercutiu. A cena da advogada sentada e algemada causou total indignação. O Movimento Negro Unificado caracterizou o caso como “racismo e assédio moral na relação de trabalho” e o Conselho Nacional de Direitos Humanos condenou o episódio.

 

O presidente da Comissão de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil, Luciano Bandeira, acionou o juiz titular do juizado, Luiz Alfredo de Carvalho, e obteve a anulação dos trabalhos

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Humilhado

O professor de língua portuguesa Thiago dos Santos Conceição foi ofendido, humilhado e agredido por alunos durante uma prova no Ciep Mestre Marçal, em Rio das Ostras, na Região dos Lagos. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o professor sendo hostilizado na sala de aula.

 

Thiago começou a trabalhar no Ciep em fevereiro, no começo do ano letivo. Desde o início, a rotina era de agressões verbais e de insultos. Muitos deles de ofensas racistas. O professor chegou a procurar a direção da instituição e revelou o problema, mas, segundo ele, nenhuma providência foi tomada.

O flagelo social no Brasil tem na saúde pública sua vitrine de horror. Macas em corredores de hospitais, falta de insumos básicos, filas quilométricas nos ambulatórios, milhares de pessoas à espera de cirurgias e, nas emergências, a escolha de Sofia, situação em que as equipes médicas decidem sobre quem salvar.

 

Isso tudo no país do SUS, o Sistema Único de Saúde, o maior sistema de financiamento público do mundo, que atende 75% da população. Só que subfinanciado. O orçamento de 2018, por exemplo, tem R$ 2 bilhões a menos em relação ao de 2016, embora o número de internações tenha aumentado.

 

O desemprego fez muita gente abandonar os planos de saúde (um negócio obsceno que mercantiliza os serviços sem nenhum limite) e buscar atendimento na rede pública. Este cenário adverso explica por que a saúde é apontada como principal prioridade dos brasileiros, segundo pesquisa do IBGE. Apesar desse quadro, alguns candidatos que disputam a Presidência da República torcem o nariz para o tema ou emitem abordagens inaceitáveis. É o caso de Jair Bolsonaro (PSL), por exemplo, que considera os gastos com saúde “excessivos”. Opinião compartilhada pelo candidato do Partido Novo, João Amoêdo.

 

Candidatos alinhados com os conceitos liberais e mais intimamente ligados ao projeto das elites apresentam propostas genéricas, vagas intenções de ampliar a assistência médica, mas sem sequer apontar a fonte de financiamento.

 

Abrasco critica

É o caso de Geraldo Alckmin, do PSDB. Marina Silva vai por linha parecida. Diz que vai reverter a tendência da “retração do orçamento” para a saúde, sem definir como isso seria feito. O nível de entendimento da situação da saúde pública nos programas dos candidatos foi duramente criticado pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco). Num documento que avalia as propostas dos programas dos candidatos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Abrasco observa que, embora a maioria dos candidatos afirmem destacar a importância da assistência pública, “as propostas não são concretas” e apresentam “intenções vagas”.

 

Entre os signatários do documento da Abrasco está o professor do Departamento de Medicina da USP Mário Scheffer, autor do estudo Representação Política e Interesses particulares na Saúde, com a professora da UFRJ Ligia Bahia.

Remover teto de gastos

Apenas três candidatos foram específicos nas suas propostas. Fernando Haddad, que propõe, de saída,  a revogação do teto de gastos. Presidente, ele anuncia fixar os investimentos em saúde em 6% do PIB. Novas regras fiscais, reforma tributária e o retorno do fundo social do pré-sal.

 

Ciro Gomes também reafirma seu objetivo de revogar a emenda constitucional que congela os gastos públicos, entre os quais os investimentos em educação. O candidato do PDT afirma que vai reduzir inicialmente em 15% as desonerações fiscais e tributárias. É lá que vai buscar dinheiro para financiar a saúde.

 

Guilherme Boulos também revogaria o congelamento dos gastos públicos e reverteria a renúncia dos planos de saúde deslocando recursos para a saúde. Fixaria em 3% do PIB o dinheiro para a saúde.

Nós, 100 abaixo assinados, docentes, estudantes e técnicos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), nos pronunciamos em relação aos momentos que vive nossa Universidade desde a noite de 2 de setembro de 2018. Naquela noite, um incêndio consumiu grande parte da memória física de nosso País, cultivada, investigada, ensinada e pesquisada no Museu Nacional. No rescaldo das chamas e das cinzas do Museu Nacional, localizado na Quinta da Boa Vista e uma das mais dinâmicas e prestigiosas unidades e institutos da UFRJ, não vieram apenas a solidariedade e o compromisso com o restauro e a retomada de sua rica vida acadêmica. Imediatamente, parte dos grandes meios de comunicação no Brasil decidiu não se juntar às manifestações solidárias oriundas de todos os rincões do mundo, incluindo museus como o Louvre e o Museu Britânico.

Começou uma campanha de desinformação e omissão da verdade, propalando notícias que escondem a realidade factual: o paulatino decréscimo do orçamento da UFRJ – atribuído pelo governo federal – para suas despesas comuns de R$ 531 milhões em 2014 para 440 milhões prometidos para 2019, com uma diminuição do orçamento de investimento (aquele que garantiria as obras requeridas pelo Museu Nacional) de 52 para 6 milhões no mesmo período. Ou a fantasia desmentida da recusa pela UFRJ, 20 anos atrás, de oferta de 80 milhões de dólares do Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD).

Ocultaram o crescimento de 32.000 para 43.000 estudantes nos seus cursos de graduação, 21% deles com renda familiar per capita de 1,5 salários mínimos, a pujança de suas pesquisas em todos os campos de saberes, seus 129 programas de pós-graduação (um terço deles com notas de excelência atribuídas pelo próprio governo federal) que incluem mais de 13.000 estudantes. Esta omissão foi substituída pelo mais articulado ataque à administração da UFRJ em tempos recentes, centrando-os na figura do seu Reitor, cujo afastamento chegou a ser cogitado e abertamente proposto, em flagrante agressão à autonomia universitária, princípio basilar da liberdade acadêmica da milenar instituição universitária em todos os países do mundo.

A manipulação das cifras orçamentárias e os ataques ao Reitor se complementaram, de maneira também articulada, com uma proposta emanada do governo federal e que também teve a acolhida da mesma grande mídia. A retirada do Museu Nacional da estrutura acadêmica da UFRJ, transformando um espaço de ensino e pesquisa mundialmente respeitado num elegante lugar onde apenas se guardariam objetos interessantes. Implantar esta proposta constituiria, certamente, em consumar um segundo incêndio – definitivo – do Museu Nacional da UFRJ. Escondendo, entre as novas chamas, o descaso do governo federal com a cultura e a história do povo brasileiro.

Com nossas 100 assinaturas iniciais – lembrando outro documento que assim nasceu em meados do século passado para alertar ao mundo sobre a guerra e o desastre nuclear – convidamos a muitos outros para que se juntem a nós, no Brasil e no mundo, em torno de 2 princípios fundamentais e irrenunciáveis: o da preservação do Museu Nacional reconstruído como parte inalienável da vida acadêmica da UFRJ e o da defesa da autonomia universitária da UFRJ hoje ameaçada como poucas vezes na sua história.

Caminhamos para comemorar 200 anos de vida do Brasil como nação independente no conjunto dos povos do mundo. O “Grito de Ipiranga”, proclamado em 7 de setembro de 1822, é o símbolo do início dessa caminhada na história. O grito hoje na UFRJ tem 2 símbolos dizendo: Não a um novo incêndio no Museu Nacional! Sim ao pleno e digno exercício da autonomia universitária!

Rio de Janeiro, 7 de setembro de 2018, a 4 anos da celebração do bicentenário da Independência do Brasil.

 

 

English Version

 

Open Letter from 100 members of the scientific community of the

Federal University of Rio de Janeiro (UFRJ)

National Museum of UFRJ: The threat of the next fire

 

We, the undersigned faculty, students and technicians of the Federal University of Rio de Janeiro, feel compelled to speak out about the dramatic event that shook our University since the night of September 2, 2018. That night, fire consumed an enormous part of the physical evidence of the history of our land and its people, previously collected, analyzed, investigated and taught to schoolchildren at the National Museum, one of the most dynamic and prestigious institutions of UFRJ, in Quinta da Boa Vista. To the ashes that remained, there arrived from all corners of the world, including museums such as the Louvre and the British Museum, manifestations of solidarity and commitment to help with restoration and resumption of its rich academic life. But immediately, on the part of the major voices from the Brazilian media, there was also a decision not to report the true causes of the disaster.

Instead, we have witnessed a campaign of disinformation and omissions that paint and propagate a picture that hides the reality: the gradual decrease in annual budget for UFRJ – determined by the federal government – for routine expenses of maintenance and repairs from R$531 million in 2014 to R$440 million promised for 2019, together with a reduction in investment (which would guarantee the renewal required for the Museum´s sprinkler and electrical systems) from R$52 million to R$6 million in the same period. Or the fantasy, long since disproved, that UFRJ, twenty years ago, refused an offer of 80 million dollars from the International Bank for Reconstruction and Development (BIRD) for the modernization of its installations.

The major channels of communication have so far failed to mention the increase in number of students of UFRJ that are enrolled in undergraduate courses from 32,000 to 43,000 in the last decade, 21% of them with per capita family incomes of only 1.5 times the minimum salary of R$ 954 (229 dollars/month); the vigor and diversity of the research carried out on its premises; or the 13,000 students enrolled in its 129 graduate programs, one-third of them rated excellent by the government´s own agency  for oversight of these programs. Instead, these omissions were replaced by the most egregious and pointed attack on the UFRJ administration in recent times, focused on the rector himself, whose dismissal was openly proposed in flagrant violation of the university´s administrative and academic autonomy, a fundamental principle of academic freedom all over the world.

The manipulation and distortion of UFRJ´s budgetary figures and the attacks on its rector complement, also very pointedly, a proposal from the federal government that was also well received by elements of the media: to extract the Museum from its academic association with UFRJ, transforming the Museum from a center for globally respected teaching and research into merely an elegant space for exhibiting interesting objects. Implementing this proposal would effectively constitute a second –and terminal – fire of the National Museum of UFRJ, one that would hide, among the new flames, the federal government´s neglect and disdain for the culture and history of the people of Brazil.

With our first 100 signatures – bringing to mind another document that was also born in Great Britain in the middle of the last century to alert the world to a threat of war and a nuclear holocaust – we invite others from Brazil and from the rest of the world to join us in support of two fundamental, inalienable principles: the preservation of the National Museum, reconstructed as an inseparable part of the academic life of UFRJ; and the defense of the autonomy of UFRJ, under threat today as seldom before in its history.

In only four more years Brazil will be able to commemorate 200 years as an independent nation. The declaration of September 7, 1822, Brazil´s “Grito de Ipiranga”, stands as our national symbol of the first successful steps along this path. Our declaration of September 7, 2018, stands for two principles: “No!” to a new fire at the National Museum; and “Yes!” to the right of UFRJ to operate under full, autonomous academic freedom.

 

Assinaturas/Signatures

 

Achilles Bourdot Dutra, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Adalberto Vieyra, Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, UFRJ;

Adelaide Antunes, Escola de Química, UFRJ;

Alane Beatriz Vermelho, Instituto de Microbiologia Paulo de Góes, UFRJ;

Alessandra Magrini, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Andrew Macrae, Instituto de Microbiologia Paulo de Góes, UFRJ;

Ângela Uller, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia /COPPE, UFRJ;

Antonio Carlos Campos de Carvalho, Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, UFRJ;

Aquilino Senra, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Argimiro R. Secchi, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Bianca Ortiz, Núcleo Multidisciplinar de Pesquisa em Biologia de Xerém, UFRJ;

Bianca Pinheiro, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Bruno L. Diaz, Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, UFRJ;

Carla França Araújo, Escola de Enfermagem Anna Nery, UFRJ;

Carlos Magluta, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Celso Caruso Neves, Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, UFRJ;

Cláudio Bornstein, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Claudio Habert, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Cleide de Morais Lima, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Cristiano Piacsek Borges, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Debora Foguel, Instituto de Bioquímica Médica Leopoldo de Meis, UFRJ;

Denise Pires de Carvalho, Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, UFRJ;

Edson H. Watanabe, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Eduardo Batista, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Eduardo Nazareth Paiva, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Emiliano Medei, Instituto de Bioquímica Médica Leopoldo de Meis, UFRJ;

Ericksson Rocha e Almendra, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Fernando Duda, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Fernando L.B. Ribeiro, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Francisco de Assis Esteves, Núcleo em Ecologia e Desenvolvimento Socioambiental de Macaé, UFRJ;

Frederico C. Jandre, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Hélio de Mattos Alves, Faculdade de Farmácia, UFRJ;

Isabel Cristina Pereira Margarit-Mattos, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Isis Cavalcante Baptista, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Jerson Lima Silva, Instituto de Bioquímica Médica Leopoldo de Meis, UFRJ;

João Paulo Torres, Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, UFRJ;

José Garcia Abreu, Instituto de Ciências Biomédicas, UFRJ;

Jose Luiz Drummond Alves, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

José Roberto Meyer Fernandes, Instituto de Bioquímica Médica Leopoldo de Meis, UFRJ;

Juan Garcia de Blas, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Juliany Rodrigues, Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, UFRJ;

Julio Assunção, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Katia Calp Gondim, Instituto de Bioquímica Médica Leopoldo de Meis, UFRJ;

Kildare de Miranda, Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, UFRJ;

Krishnaswamy Rajagopal, Escola de Química, UFRJ;

Leda Castilho, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Liu Hsu, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Lucia Carvalho Coelho, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Luís Felipe Magalhães de Moraes, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Luis Henrique M. Costa, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Luiz Bevilacqua, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Luiz Eurico Nasciutti, Instituto de Ciências Biomédicas, UFRJ;

Luiz H. Almeida, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Luiz Landau, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Luiz Pinguelli Rosa, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Luzineide Tinoco, Instituto de Pesquisa em Produtos Naturais, UFRJ;

Lycia Gitirana, Instituto de Ciências Biomédicas, UFRJ;

Marcelo Cortes, Colégio de Aplicação, UFRJ;

Marcos Freitas, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Marcus Vinicius de Araujo Fonseca, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Maria Fernanda Quintela Nunes, Instituto de Biologia, UFRJ;

Marta Cecilia Tapia, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Martha Sorenson, Instituto de Bioquímica Médica Leopoldo de Meis, UFRJ;

Murilo Augusto Vaz, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Myrian Christina de Aragão Costa, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Nelson Ebecken, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Nelson Maculan, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Neuman Solange de Resende, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Ney Roitman, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Noberto Bellas, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Oscar Acselrad, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Oscar Rosa Mattos, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Otto Carlos Muniz Bandeira Duarte, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Patrícia Mamede, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Paulo Fernando Ferreira Frutuoso e Melo, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Pedro Lagerblad de Oliveira, Instituto de Bioquímica Médica Leopoldo de Meis, UFRJ;

Priscyla Gonçalves Ferreira, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Rafael Henrique Oliveira Rangel, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Rafael Soares Lindoso, Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, UFRJ;

Ricardo de Andrade Medronho, Escola de Química, UFRJ;

Richard Magdalena Stephan, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Roberto Calvet, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Roberto de Andrade Medronho, Faculdade de Medicina, UFRJ;

Rodrigo Nunes da Fonseca, Núcleo em Ecologia e Desenvolvimento Socioambiental de Macaé, UFRJ;

Romildo Dias Toledo Filho, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Rubens de Andrade Júnior, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Russolina B. Zingali, Instituto de Bioquímica Médica Leopoldo de Meis, UFRJ;

Sandoval Carneiro Jr., Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Sandra Azevedo, Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, UFRJ;

Segen Estefen, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Sergio Bonecker, Instituto de Biologia, UFRJ;

Sérgio Camargo, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Sergio Hamilton Sphaier, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Sônia Vasconcelos, Instituto de Bioquímica Médica Leopoldo de Meis, UFRJ:

Tatiana Coelho Sampaio, Instituto de Ciências Biomédicas, UFRJ;

Theodoro Antoun Netto, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Vanda Borges de Souza, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Virgílio José Martins Ferreira Filho, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Vivaldo Moura Neto, Instituto de Ciências Biomédicas, UFRJ;

Walter Suemitsu, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, UFRJ;

Zui Clemente, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia/COPPE, wUFRJ;

Desta quinta-feira, 27, a sábado, 28, acontece em Brasília o Encontro Nacional de Aposentados e Assuntos de Aposentadoria.  O evento é organizado pela Fasubra e a base do segmento na UFRJ será representada por cinco companheiras indicados na reunião mensal da Coordenação e do Departamento de Aposentados e Pensionistas do Sintufrj.

 

Participantes

Helena Vicente Alves

Maria Sidônia dos Santos Lira

Maria Evangelina Vieira Pinto

Marines Vitoriano da Cruz de Souza

Dorvalina Ponciana de Brito

“Informação, conhecimento e memória” é o tema das comemorações pelos 45 anos da Biblioteca Central do Centro de Tecnologia (CT) da UFRJ. A unidade abriga milhares de obras referentes à engenharia e atende alunos de graduação e pós-graduação de toda a universidade, principalmente dos cursos da área tecnológica, como da Escola Politécnica, Escola de Química, Coppe e do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN), além do público em geral.

 

O bibliotecário-chefe da biblioteca, Francisco de Paula Araújo, destacou a importância de se resgatar a memória do local. “A maioria das bibliotecas não possui o hábito de se aprofundar em sua própria história, mas nós quisemos proporcionar ao público um contato com o passado daqui”, disse, referindo-se às comemorações que começam na terça-feira, 25 (veja programação nesta matéria).

 

Atualmente 22 servidores trabalham diariamente na biblioteca: 10 bibliotecários e 12 auxiliares e assistentes, sendo dois  formados em Biblioteconomia, dois vigilantes e três auxiliares de serviços gerais.

 

História e serviço

Inicialmente a biblioteca funcionava na Coppe, mas em 1973 foi transferida para o segundo andar do bloco B do Centro de Tecnologia. Em 1981, as obras mais importantes foram transferidas para a Biblioteca de Obras Raras e Antigas, que fica na ligação dos blocos ABC do prédio do CT.

 

A biblioteca atende o público interno e externo das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira, para consulta e empréstimo de volumes (empréstimo somente para integrantes da comunidade universitária). Também fornece cópias de obras do acervo. O ambiente é climatizado, equipado com rede wi-fie computadores, com acesso livre aos visitantes, e dispõe de bebedouros e sanitários exclusivos. “Oferecer, além de todo o acervo, conforto maior para os visitantes é o nosso carro-chefe. Muitos alunos passam o dia inteiro aqui estudando e realizando pesquisas. Nada mais justo que lhes dar uma comodidade além do que já é esperado”, ressaltou Francisco de Paula.

 

Ciranda Literária – É um projeto do CCMN incorporado pela biblioteca do CT consiste em oferecer livros de literatura – inclusive para empréstimos, mas somente para a comunidade universitária. Segundo Francisco de Paula, esse diferencial contribui para aproximar as pessoas do ambiente bibliotecário.

 

Programação

A exposição “A Biblioteca Central do Centro de Tecnologia da UFRJ faz 45 anos”, que expõe antigos equipamentos, como leitor de microfilmes, mimeógrafo, aparelhos de telefone e mobiliários dos anos 1970, ficará aberta ao público no Salão de Leitura até o mês de dezembro.

Faz parte do acervo da exposição a dissertação de mestrado do professor Alberto Luiz Galvão Coimbra, fundador da Coppe, defendida em 1949 na Universidade Vanderbilt,situado em Nashville, Tennessee, nos Estados Unidos, assim como a de Jayme Luiz Szwarcfiter, engenheiro responsável pela automatização de todas as tarefas de uma biblioteca, datada de 1971.

 

Na terça-feira, 25, das 9h às 16h, estão programadas palestras, relatos, como o de Fátima Raposo, primeira bibliotecária da unidade, homenagens, música e coquetel. O evento é aberto à participação de técnicos-administrativos, docentes e estudantes da universidade. Confira a programação completa no site www.bibliotecado.ct.ufrj.br.

Oficinas orientando como evitar doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti e dando informações sobre a origem de vegetais, distribuição de mudas de plantas alimentícias não convencionais, exposição de insetos, visitas guiadas e apresentação de projetos agroecológicos foram algumas das atrações deste ano da 7ª Semana da Árvore, no Horto Universitário, realizada de 18 a 20 de setembro. O evento foi organizado pela Coordenação de Meio Ambiente da Prefeitura Universitária da UFRJ.

Durante os três dias do evento, alunos da rede pública de escolas do entorno da Ilha do Fundão participaram das atividades. Eles chegavam em ônibus especiais e enchiam de alegria o Horto Universitário. Dentre os projetos de extensão da universidade parceiros do Horto, estavam presentes o Muda, do curso de engenharia ambiental, e o Capim Limão, do Instituto de Nutrição Josué de Castro.

Alunos participantes dos projetos explicaram a importância das plantas na saúde bucal e, com um jogo interativo, a origem dos alimentos orgânicos. A Fiocruz também esteve presente, com o Desafio Brasil, uma oficina que ensinava formas de combate ao Aedes aegypti.

Mais participantes

O Núcleo de Excelência em Reciclagem e Desenvolvimento Sustentável (Nerdes), do Instituto de Macromoléculas (IMA) expôs produtos feitos com base em materiais reciclados, como réguas e estojos escolares, enquanto alunos do curso explicavam como se dava o processo de produção de cada um. O IMA também sorteou, entre o público presente, minilixeiras. Teve ainda a feira agroecológica do Horto Universitário, com a participação do Fundo Verde da UFRJ, que ofereceu produtos orgânicos. O Instituto Recomeçar, que atende crianças pacientes do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG), recolheu doações de alimentos não perecíveis e vendeu peças de artesanato.

Pluralidade

O Horto Universitário ocupa uma área de 26 mil metros quadrados próxima à Prefeitura da UFRJ. Entre as atividades que desenvolve estão: produção de mudas e matérias-primas para as áreas verdes e arborização dos campi da universidade; recuperação da Mata Atlântica na Península do Catalão; apoio à revitalização do mangue e a medidas de preservação dos ecossistemas ameaçados na Ilha do Fundão; cultivo de plantas aromáticas, medicinais, ornamentais e um pomar. Além disso, empresta vasos ornamentais para eventos na universidade e dá apoio a grupos de agroecologia que atuam na UFRJ.

No espaço do Horto também são realizadas aulas práticas e pesquisas sobre técnicas de reúso da água para cultivo, estudo do solo e aproveitamento de resíduos da indústria do petróleo e polímeros – que foram expostos no evento.

A violência policial no Rio é tema do documentário Auto de Resistência, vencedor do Festival É Tudo Verdade 2018. Dirigido por Natasha Neri e Lula Carvalho, o filme retrata casos de homicídios cometidos por policiais contra jovens no Rio de Janeiro.

O documentário tem depoimentos de mães de jovens mortos em chacinas no Rio, como a de Costa Barros (2015), na zona norte, em que cinco foram mortos por 111 disparos de policiais.

No filme, o professor e pesquisador da UFRJ Michel Misse informa que, entre 2002 e 2010, cerca de 10 mil mortes no Estado do Rio de Janeiro foram registradas como auto de resistência. Classificados pelos PMs e pela Justiça como auto de resistência, ou seja, legítima defesa, os casos na sua grande maioria envolvem jovens negros moradores da periferia.

O filme, que foi exibido no Instituto de Filosofia e Ciências Socais da UFRJ (IFCS) no dia 17 de setembro, segue sendo apresentado em sessões especiais em comunidades e em outras capitais. . http://www.autoderesistencia.com.br/. O site mostra estatísticas:

Números absurdos

– 98% dos inquéritos sobre mortes ocorridas em ações policiais acabam arquivados sem conclusão das investigações.

– Mais de 16 mil pessoas foram assassinadas pela PM do Rio com a justificativa de “auto de resistência” desde 1997.

– Até hoje, o relatório da CPI da Alerj sobre Autos de Resistência não foi votado pelos deputados.

– 154 pessoas foram assassinadas por PMs do Rio que alegaram “legítima defesa”, só em janeiro de 2018.

– Cinco pessoas foram assassinadas por dia, pela PM do Rio, em janeiro de 2018. Um recorde histórico.

 

Setembro é o mês mundial de prevenção contra o suicídio. Tema que enfrenta grandes dificuldades na identificação de sinais, oferta e busca por ajuda, justamente pelos preconceitos e pela falta de informação.

 

De acordo com o Ministério da Saúde, o suicídio aumentou gradativamente no Brasil entre 2000 e 2016: foi de 6.780 para 11.736, uma alta de 73% nesse período. As maiores taxas de crescimento foram registradas entre e idosos.

 

O Centro de Valorização da Vida (CVV) informa que a média brasileira é de 6 a 7 mortes por 100 mil habitantes. Está abaixo da média mundial, mas esse número tem crescido, principalmente entre jovens de 15 a 25 anos.

 

Mais dados

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), no mundo, o suicídio acomete mais de 800 mil pessoas. É a segunda causa de morte no planeta entre jovens de 15 a 29 anos – a primeira é a violência. Já no Brasil, em 2015, o suicídio foi a quarta causa de morte nessa mesma faixa etária, ficando atrás de violência e acidente de trânsito, de acordo com os dados do Ministério da Saúde.

 

De acordo ainda com OMS, 90% dos casos podem ser prevenidos, desde que existam condições mínimas para oferta de ajuda voluntária ou profissional.

 

Carlos Correia, voluntário e porta-voz do CVV comenta que os casos podem ser reduzidos: “Perceber que a pressão interna está muito elevada, que o copo está para transbordar e, nesse momento ou antes disso, pedir e aceitar ajuda é muito eficiente. Conversar com alguém, seja conhecido ou desconhecido, de forma acolhedora e sem críticas já ajudaria essa pessoa a superar aquele momento.”, explica ele.

 

Quem pode ajudar

Quem precisa de ajuda pode recorrer ao Centro de Valorização da Vida (www.cvv.org.br), programa de prevenção conta o suicídio e apoio emocional gratuito, um grupo de voluntários preparados para conversar e compreender pessoas que estão abaladas emocionalmente e que correm sério risco de morte. O CVV atende por telefone, chat, skype, e-mail e pessoalmente. Quem precisa de ajuda pode ligar gratuitamente para 188.

 

Materiais informativos estão disponíveis no site www.setembroamarelo.org.br.

O DCE Mário Prata e a Sociedade de Debates reuniram, na quinta-feira, 20, no auditório do Centro de Tecnologia (CT), cinco dos candidatos ao governo do Estado Rio de Janeiro. Compareceram Márcia Tiburi (PT), Marcelo Trindade (Novo), Wilson Witzel (PSC), Tarcísio Motta (PSOL) e Pedro Villas-Boas, candidato a vice na chapa do PSTU. Educação e segurança pública foram os temas destacados por eles no debate.

Márcia Tiburi quer evitar a evasão de alunos do ensino médio com bolsas de auxílio estudantil. Com o Programa Jovem Faz Cultura, garantiria o protagonismo dos jovens, e, para dar transparência às contas do governo, criará o gabinete digital. Pedro Villas-Boas afirmou que a rebelião popular é a única saída para o povo. Já Tarcísio Motta disse que o investimento em inteligência e o combate às milícias são centrais para a segurança pública.

Os candidatos Wilson Witzel e Marcelo Trindade defenderam a integração de ações de segurança de “maneira inteligente”, e, se forem eleitos, pretendem recorrer à iniciativa privada para resolver os problemas das universidades estaduais.

A aluna do curso de Português-Francês da Faculdade de Letras da UFRJ Rayssa Santos denuncia que foi vítima de preconceito racial no bloco H da unidade por uma mulher identificada como Giselle Neralta, que nada tem a ver com a universidade.

 

Segundo testemunhas, um aluno estaria dando aula particular para Giselle em uma sala da unidade quando Rayssa chegou na porta e pediu licença para entrar. Giselle não teria gostado da interrupção e passou a ofender a estudante com palavras racistas e mandou que ela fosse “pintar o cabelo”.

 

Caso de polícia

Alunos que estavam em aula em salas próximas disseram que ouviram os gritos de Rayssa de “racista” e correram para o corredor para saber o que estava ocorrendo. “De início, nós achamos que era algo relacionado a incêndio ou que algum professor estivesse passando mal, porque foram muitos gritos. Só depois ouvimos a palavra racista e saímos”, contou Caio Marques.

 

Rayssa foi à diretoria acompanhada de colegas, membros do Coletivo Negro Conceição Evaristo. A Polícia Militar foi chamada e vítima e agressora foram levadas à 27ª Delegacia, na Ilha do Governador. “Ela não pisou no meu pé, mas na minha cabeça, na minha história. Um pedido de desculpas não é e nunca será suficiente. Racismo é crime e nós não toleramos esse tipo de atitude aqui na faculdade”, afirmou Morganna Gumes, estudante de Português-Russo.

Reincidência

Essa não foi a primeira vez que caso de racismo é denunciado por integrantes da comunidade universitária da Faculdade de Letras. Há pouco mais de um ano, a própria Rayssa Santos foi vítima de preconceito racial junto com a amiga Naomi Nicolau, e o caso foi denunciado pelo Jornal do Sintufrj. Pessoas não identificadas escreveram no banheiro feminino frases como: “Naomi e Raiza, macacas vitimistas. Voltem para a jaula”. Na época, a Seção de Ensino e a direção da faculdade se manifestaram repudiando o fato. Mas nenhuma comissão de sindicância foi instalada. Os sanitários, inclusive, continuam a ter pichações preconceituosas expostas.