Desta quinta-feira, 27, a sábado, 28, acontece em Brasília o Encontro Nacional de Aposentados e Assuntos de Aposentadoria.  O evento é organizado pela Fasubra e a base do segmento na UFRJ será representada por cinco companheiras indicados na reunião mensal da Coordenação e do Departamento de Aposentados e Pensionistas do Sintufrj.

 

Participantes

Helena Vicente Alves

Maria Sidônia dos Santos Lira

Maria Evangelina Vieira Pinto

Marines Vitoriano da Cruz de Souza

Dorvalina Ponciana de Brito

“Informação, conhecimento e memória” é o tema das comemorações pelos 45 anos da Biblioteca Central do Centro de Tecnologia (CT) da UFRJ. A unidade abriga milhares de obras referentes à engenharia e atende alunos de graduação e pós-graduação de toda a universidade, principalmente dos cursos da área tecnológica, como da Escola Politécnica, Escola de Química, Coppe e do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN), além do público em geral.

 

O bibliotecário-chefe da biblioteca, Francisco de Paula Araújo, destacou a importância de se resgatar a memória do local. “A maioria das bibliotecas não possui o hábito de se aprofundar em sua própria história, mas nós quisemos proporcionar ao público um contato com o passado daqui”, disse, referindo-se às comemorações que começam na terça-feira, 25 (veja programação nesta matéria).

 

Atualmente 22 servidores trabalham diariamente na biblioteca: 10 bibliotecários e 12 auxiliares e assistentes, sendo dois  formados em Biblioteconomia, dois vigilantes e três auxiliares de serviços gerais.

 

História e serviço

Inicialmente a biblioteca funcionava na Coppe, mas em 1973 foi transferida para o segundo andar do bloco B do Centro de Tecnologia. Em 1981, as obras mais importantes foram transferidas para a Biblioteca de Obras Raras e Antigas, que fica na ligação dos blocos ABC do prédio do CT.

 

A biblioteca atende o público interno e externo das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira, para consulta e empréstimo de volumes (empréstimo somente para integrantes da comunidade universitária). Também fornece cópias de obras do acervo. O ambiente é climatizado, equipado com rede wi-fie computadores, com acesso livre aos visitantes, e dispõe de bebedouros e sanitários exclusivos. “Oferecer, além de todo o acervo, conforto maior para os visitantes é o nosso carro-chefe. Muitos alunos passam o dia inteiro aqui estudando e realizando pesquisas. Nada mais justo que lhes dar uma comodidade além do que já é esperado”, ressaltou Francisco de Paula.

 

Ciranda Literária – É um projeto do CCMN incorporado pela biblioteca do CT consiste em oferecer livros de literatura – inclusive para empréstimos, mas somente para a comunidade universitária. Segundo Francisco de Paula, esse diferencial contribui para aproximar as pessoas do ambiente bibliotecário.

 

Programação

A exposição “A Biblioteca Central do Centro de Tecnologia da UFRJ faz 45 anos”, que expõe antigos equipamentos, como leitor de microfilmes, mimeógrafo, aparelhos de telefone e mobiliários dos anos 1970, ficará aberta ao público no Salão de Leitura até o mês de dezembro.

Faz parte do acervo da exposição a dissertação de mestrado do professor Alberto Luiz Galvão Coimbra, fundador da Coppe, defendida em 1949 na Universidade Vanderbilt,situado em Nashville, Tennessee, nos Estados Unidos, assim como a de Jayme Luiz Szwarcfiter, engenheiro responsável pela automatização de todas as tarefas de uma biblioteca, datada de 1971.

 

Na terça-feira, 25, das 9h às 16h, estão programadas palestras, relatos, como o de Fátima Raposo, primeira bibliotecária da unidade, homenagens, música e coquetel. O evento é aberto à participação de técnicos-administrativos, docentes e estudantes da universidade. Confira a programação completa no site www.bibliotecado.ct.ufrj.br.

Oficinas orientando como evitar doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti e dando informações sobre a origem de vegetais, distribuição de mudas de plantas alimentícias não convencionais, exposição de insetos, visitas guiadas e apresentação de projetos agroecológicos foram algumas das atrações deste ano da 7ª Semana da Árvore, no Horto Universitário, realizada de 18 a 20 de setembro. O evento foi organizado pela Coordenação de Meio Ambiente da Prefeitura Universitária da UFRJ.

Durante os três dias do evento, alunos da rede pública de escolas do entorno da Ilha do Fundão participaram das atividades. Eles chegavam em ônibus especiais e enchiam de alegria o Horto Universitário. Dentre os projetos de extensão da universidade parceiros do Horto, estavam presentes o Muda, do curso de engenharia ambiental, e o Capim Limão, do Instituto de Nutrição Josué de Castro.

Alunos participantes dos projetos explicaram a importância das plantas na saúde bucal e, com um jogo interativo, a origem dos alimentos orgânicos. A Fiocruz também esteve presente, com o Desafio Brasil, uma oficina que ensinava formas de combate ao Aedes aegypti.

Mais participantes

O Núcleo de Excelência em Reciclagem e Desenvolvimento Sustentável (Nerdes), do Instituto de Macromoléculas (IMA) expôs produtos feitos com base em materiais reciclados, como réguas e estojos escolares, enquanto alunos do curso explicavam como se dava o processo de produção de cada um. O IMA também sorteou, entre o público presente, minilixeiras. Teve ainda a feira agroecológica do Horto Universitário, com a participação do Fundo Verde da UFRJ, que ofereceu produtos orgânicos. O Instituto Recomeçar, que atende crianças pacientes do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG), recolheu doações de alimentos não perecíveis e vendeu peças de artesanato.

Pluralidade

O Horto Universitário ocupa uma área de 26 mil metros quadrados próxima à Prefeitura da UFRJ. Entre as atividades que desenvolve estão: produção de mudas e matérias-primas para as áreas verdes e arborização dos campi da universidade; recuperação da Mata Atlântica na Península do Catalão; apoio à revitalização do mangue e a medidas de preservação dos ecossistemas ameaçados na Ilha do Fundão; cultivo de plantas aromáticas, medicinais, ornamentais e um pomar. Além disso, empresta vasos ornamentais para eventos na universidade e dá apoio a grupos de agroecologia que atuam na UFRJ.

No espaço do Horto também são realizadas aulas práticas e pesquisas sobre técnicas de reúso da água para cultivo, estudo do solo e aproveitamento de resíduos da indústria do petróleo e polímeros – que foram expostos no evento.

A violência policial no Rio é tema do documentário Auto de Resistência, vencedor do Festival É Tudo Verdade 2018. Dirigido por Natasha Neri e Lula Carvalho, o filme retrata casos de homicídios cometidos por policiais contra jovens no Rio de Janeiro.

O documentário tem depoimentos de mães de jovens mortos em chacinas no Rio, como a de Costa Barros (2015), na zona norte, em que cinco foram mortos por 111 disparos de policiais.

No filme, o professor e pesquisador da UFRJ Michel Misse informa que, entre 2002 e 2010, cerca de 10 mil mortes no Estado do Rio de Janeiro foram registradas como auto de resistência. Classificados pelos PMs e pela Justiça como auto de resistência, ou seja, legítima defesa, os casos na sua grande maioria envolvem jovens negros moradores da periferia.

O filme, que foi exibido no Instituto de Filosofia e Ciências Socais da UFRJ (IFCS) no dia 17 de setembro, segue sendo apresentado em sessões especiais em comunidades e em outras capitais. . http://www.autoderesistencia.com.br/. O site mostra estatísticas:

Números absurdos

– 98% dos inquéritos sobre mortes ocorridas em ações policiais acabam arquivados sem conclusão das investigações.

– Mais de 16 mil pessoas foram assassinadas pela PM do Rio com a justificativa de “auto de resistência” desde 1997.

– Até hoje, o relatório da CPI da Alerj sobre Autos de Resistência não foi votado pelos deputados.

– 154 pessoas foram assassinadas por PMs do Rio que alegaram “legítima defesa”, só em janeiro de 2018.

– Cinco pessoas foram assassinadas por dia, pela PM do Rio, em janeiro de 2018. Um recorde histórico.

 

Setembro é o mês mundial de prevenção contra o suicídio. Tema que enfrenta grandes dificuldades na identificação de sinais, oferta e busca por ajuda, justamente pelos preconceitos e pela falta de informação.

 

De acordo com o Ministério da Saúde, o suicídio aumentou gradativamente no Brasil entre 2000 e 2016: foi de 6.780 para 11.736, uma alta de 73% nesse período. As maiores taxas de crescimento foram registradas entre e idosos.

 

O Centro de Valorização da Vida (CVV) informa que a média brasileira é de 6 a 7 mortes por 100 mil habitantes. Está abaixo da média mundial, mas esse número tem crescido, principalmente entre jovens de 15 a 25 anos.

 

Mais dados

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), no mundo, o suicídio acomete mais de 800 mil pessoas. É a segunda causa de morte no planeta entre jovens de 15 a 29 anos – a primeira é a violência. Já no Brasil, em 2015, o suicídio foi a quarta causa de morte nessa mesma faixa etária, ficando atrás de violência e acidente de trânsito, de acordo com os dados do Ministério da Saúde.

 

De acordo ainda com OMS, 90% dos casos podem ser prevenidos, desde que existam condições mínimas para oferta de ajuda voluntária ou profissional.

 

Carlos Correia, voluntário e porta-voz do CVV comenta que os casos podem ser reduzidos: “Perceber que a pressão interna está muito elevada, que o copo está para transbordar e, nesse momento ou antes disso, pedir e aceitar ajuda é muito eficiente. Conversar com alguém, seja conhecido ou desconhecido, de forma acolhedora e sem críticas já ajudaria essa pessoa a superar aquele momento.”, explica ele.

 

Quem pode ajudar

Quem precisa de ajuda pode recorrer ao Centro de Valorização da Vida (www.cvv.org.br), programa de prevenção conta o suicídio e apoio emocional gratuito, um grupo de voluntários preparados para conversar e compreender pessoas que estão abaladas emocionalmente e que correm sério risco de morte. O CVV atende por telefone, chat, skype, e-mail e pessoalmente. Quem precisa de ajuda pode ligar gratuitamente para 188.

 

Materiais informativos estão disponíveis no site www.setembroamarelo.org.br.

O DCE Mário Prata e a Sociedade de Debates reuniram, na quinta-feira, 20, no auditório do Centro de Tecnologia (CT), cinco dos candidatos ao governo do Estado Rio de Janeiro. Compareceram Márcia Tiburi (PT), Marcelo Trindade (Novo), Wilson Witzel (PSC), Tarcísio Motta (PSOL) e Pedro Villas-Boas, candidato a vice na chapa do PSTU. Educação e segurança pública foram os temas destacados por eles no debate.

Márcia Tiburi quer evitar a evasão de alunos do ensino médio com bolsas de auxílio estudantil. Com o Programa Jovem Faz Cultura, garantiria o protagonismo dos jovens, e, para dar transparência às contas do governo, criará o gabinete digital. Pedro Villas-Boas afirmou que a rebelião popular é a única saída para o povo. Já Tarcísio Motta disse que o investimento em inteligência e o combate às milícias são centrais para a segurança pública.

Os candidatos Wilson Witzel e Marcelo Trindade defenderam a integração de ações de segurança de “maneira inteligente”, e, se forem eleitos, pretendem recorrer à iniciativa privada para resolver os problemas das universidades estaduais.

A aluna do curso de Português-Francês da Faculdade de Letras da UFRJ Rayssa Santos denuncia que foi vítima de preconceito racial no bloco H da unidade por uma mulher identificada como Giselle Neralta, que nada tem a ver com a universidade.

 

Segundo testemunhas, um aluno estaria dando aula particular para Giselle em uma sala da unidade quando Rayssa chegou na porta e pediu licença para entrar. Giselle não teria gostado da interrupção e passou a ofender a estudante com palavras racistas e mandou que ela fosse “pintar o cabelo”.

 

Caso de polícia

Alunos que estavam em aula em salas próximas disseram que ouviram os gritos de Rayssa de “racista” e correram para o corredor para saber o que estava ocorrendo. “De início, nós achamos que era algo relacionado a incêndio ou que algum professor estivesse passando mal, porque foram muitos gritos. Só depois ouvimos a palavra racista e saímos”, contou Caio Marques.

 

Rayssa foi à diretoria acompanhada de colegas, membros do Coletivo Negro Conceição Evaristo. A Polícia Militar foi chamada e vítima e agressora foram levadas à 27ª Delegacia, na Ilha do Governador. “Ela não pisou no meu pé, mas na minha cabeça, na minha história. Um pedido de desculpas não é e nunca será suficiente. Racismo é crime e nós não toleramos esse tipo de atitude aqui na faculdade”, afirmou Morganna Gumes, estudante de Português-Russo.

Reincidência

Essa não foi a primeira vez que caso de racismo é denunciado por integrantes da comunidade universitária da Faculdade de Letras. Há pouco mais de um ano, a própria Rayssa Santos foi vítima de preconceito racial junto com a amiga Naomi Nicolau, e o caso foi denunciado pelo Jornal do Sintufrj. Pessoas não identificadas escreveram no banheiro feminino frases como: “Naomi e Raiza, macacas vitimistas. Voltem para a jaula”. Na época, a Seção de Ensino e a direção da faculdade se manifestaram repudiando o fato. Mas nenhuma comissão de sindicância foi instalada. Os sanitários, inclusive, continuam a ter pichações preconceituosas expostas.

Culinária, arte e empreendedorismo juntos, num mesmo espaço, é o que proporciona a Feira Gastronômica e Cultural do Parque Tecnológico, que há seis edições é realizada na UFRJ. O evento é uma parceria do Parque Tecnológico, que também hospeda a feira, com o curso de gastronomia da universidade.

 

A feira reúne a produção de alunos e ex-alunos do curso de gastronomia e empreendedores do ramo de alimentação. Este ano foi realizada de 11 a 13 de setembro, e as filas que se formaram diante das barracas na hora do almoço atestaram mais um ano de sucesso do evento.

Novidades

Os cardápios diversificados, que misturavam pratos da culinária vegana, vegetariana e estrangeira, sobremesas tradicionais do cotidiano brasileiro, como pudim e canjica, e doces finos foram a receita do sucesso da sexta edição da feira. Os preços, compatíveis com o momento de crise, foram um incentivo a mais para atrair consumidores (o preço máximo cobrado foi R$ 30).

 

Outro atrativo foi o happy hour no fim das tardes, quando o público se deliciava com petiscos e bebidas artesanais, vendidas a preço de custo, ao som das bandas de alunos da UFRJ.

 

Missão cumprida

“A feira surgiu como uma oportunidade para que os alunos coloquem em prática o que estão aprendendo em sala de aula, desde conhecimentos teóricos de gestão a elaboração de receitas. Muitos deles começaram seus negócios a partir deste evento, e estão fazendo sucesso. Isso é gratificante”, comemora a coordenadora do curso de gastronomia e responsável pela feira desde a sua primeira edição, em 2016, Ceci Santiago.

 

Para Maurício Campi, dono da D’Origine e aluno do curso, custo benefício dos produtos é primordial. “Nossa proposta é provar que para se comer bem, seja em quantidade e qualidade, não é preciso gastar muito”, afirmou.

 

Dona da DNA Caseiro, Danielle Rodrigues parabenizou os colegas expositores e comentou a importância de um evento desse porte: “A recepção do público é fundamental para que o nosso trabalho funcione. Todas as barracas estavam cheias e as pessoas não pararam de nos elogiar. Isso nos dá garra para continuar investindo na profissão”.

Diariamente, cães são abandonados no principal campus da UFRJ, o da Cidade Universitária. Técnicos-administrativos, professores e alunos se organizam voluntariamente para cuidar dos animais.

 

Em 2003, um grupo tentou reproduzir na UFRJ o projeto criado em 2001 pela comunidade universitária da Universidade de São Paulo, USP Convive. Mas a iniciativa não emplacou para tristeza dos caninos e felinos que perambulam sujos, doentes e mal alimentados pelos gramados da UFRJ.

 

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), no Brasil há cerca de 30 milhões de espécies sem um lar. Já a Sociedade União Protetora dos Animais (Suipa), relatou que só em 2012 foram acolhidos, em média, 35 animais por dia.

Ação solidária

Maria Helena da Silva, professora aposentada do Instituto de Microbiologia Professor Paulo de Góes, visita frequentemente a Cidade Universitária para prestar assistência aos animais abandonados no campus, a maioria cachorros. Ela diz que são animais de diversas raças.

A mobilização para arrecadar dinheiro para compra de ração, remédios, pagar castração e outros cuidados de saúde aos animais é constante. Uma tarefa que, segundo a professora, não é fácil. A Administração Central da UFRJ se omite diante do problema.

 

Há quatro anos, quando casos de ataques de matilhas a estudantes e servidores, na Cidade Universitária, foram noticiados pela mídia comercial, os voluntários prepararam um relatório sobre a situação dos animais e entregaram à Reitoria e à Prefeitura Universitária, mas nunca houve retorno.

 

As decanias também resistem à presença de animais nos prédios. Muitas vezes os protetores dos animais são obrigados a leva-los para hospedagem paga. Porém, o que mais incomoda a Maria Helena é a falta de conscientização da população, que não assume compromisso com os bichinhos. “De que adianta nos mobilizarmos por providências em prol dos animais de rua, se as pessoas continuam a largá-los aqui? É uma questão cultural, que vai muito além do abandono”, lamenta.

 

Discussão no Consuni

No Conselho Universitário (Consuni) do dia 16 de agosto, o professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), Osvaldo Silva, um dos voluntários, pôs em pauta a discussão sobre a elaboração do Serviço de Monitoramento Animal e Ambiental, proposta que constou em relatório de 2014. A ideia é que a universidade reserve um espaço físico para a castração das espécies presentes nos campi, com participação da Prefeitura Universitária.

 

Os voluntários pretendem se reunir com o reitor Roberto Leher para tratar do assunto.

O governo acaba de baixar instrução normativa (nº 2) que estabelece para órgãos e entidades da administração pública federal, autarquias e fundações critérios e procedimentos sobre jornada de trabalho, controle da compatibilidade na acumulação de cargos e instituição de banco de horas.

Entre os pontos, a medida estabelece controle eletrônico de frequência, remuneração proporcional à redução da jornada de trabalho e banco de horas, conforme o interesse da administração.

A medida, por exemplo, vai ter impacto no processo de discussão sobre a jornada de trabalho de 30 horas, de acordo com a abordagem de alguns participantes do seminário organizado pelo Sintufrj para discutir o tema.

Segundo o coordenador de Educação da Fasubra, Rafael Pereira, a medida pegou todos de surpresa, e a entidade sindical já está buscando contato com a Andifes (que reúne reitores das federais) para discutir a questão.

Numa primeira avaliação, o dirigente disse que a medida pode atrapalhar todo o processo de discussão democrática que vem sendo travado nas universidade e institutos federais do país sobre a organização do trabalho, porque é uma medida por demais restritiva.

Rafael Pereira observa que nas universidades nas quais o movimento sindical é mais frágil e os reitores mais obedientes, a tendência é que elas se submetam às medidas do governo, à revelia das resoluções e regras internas que valem hoje.

“Muita gente entende que normativa (do governo) suplanta resoluções internas e portarias”, disse ele. Mas expressou um porém: “Nas universidades democráticas e abertas, onde os movimentos são mais aguerridos e com capacidade de diálogo, continuará sendo aplicada a legislação que tem hoje.”

Banco de horas

Nesses casos, argumentou o dirigente, “há o entendimento de que valem para a universidade as resoluções de seus conselhos superiores”. Em relação às novas normas, será aberta, então, uma discussão para adequação e eventual questionamento da instrução normativa do governo.

Ele considera prejudicial a criação do banco de horas, como estabelece a instrução normativa do Ministério do Planejamento, porque proporciona à instituição a possibilidade de obrigar o servidor a trabalhar mais em horas extraordinárias, sem a devida remuneração, e o libera para folga no interesse da administração.

O dirigente reitera que, onde o processo for democrático, a discussão pode continuar e a instrução entra como mais um documento a ser estudado: “Nenhuma universidade é obrigada a cumprir imediatamente, porque tem autonomia e precisa colocar suas legislações para o Conselho Universitário construir suas regulamentações internas”.