O Sintufrj coordenou, na manhã desta quinta-feira, dia 31, a mesa “A luta histórica por voz, independência e direitos democráticos do povo trabalhador brasileiro”.  O coordenador do sindicato e da Fasubra, Nivaldo Holmes, mediou o debate que reuniu Esteban Crescente, coordenador-geral do Sintufrj; Waldinea Nascimento, presidente da Associação dos Terceirizados da UFRJ (Attufrj); José Sergio Leite Lopes,  coordenador da Comissão Memória e Verdade da UFRJ e coordenador do Programa de Memória dos Movimentos Sociais do Museu Nacional; e José Luiz Soares, pesquisador associado ao Arquivo de Memória Operária do Rio de Janeiro (AMORJ).

Nivaldo abriu o debate lembrando o momento difícil que vive o país, com um governo fascista articulando um golpe contra a democracia e que busca destruir os direitos do povo. Esteban também apontou o momento de tensão e tentativa de ruptura por parte de elites econômicas. Relatou episódios de luta e resistência por parte dos trabalhadores em 500 anos de história desde a invasão europeia, na luta contra elites sempre anti-povo, preconceituosas e racistas com tradição de golpismos: “Mas esta exploração nunca se deu sem resistência”, disse, .lembrando que o Sintufrj é parte desta história de lutas por direitos e liberdade.

José Luiz abordou as diferentes fases, ascensos e declínios do sindicalismo ao longo da história. Lembrou que é muito estigmatizado pela ação de grupos midiáticos e outros que pretendem detratar as lutas e a organização dos trabalhadores. “A despeito disso tudo, os sindicatos ainda hoje têm uma importância e seguem como atores sociais importantes para a democracia, para melhorar as condições de vida dos trabalhadores, interferindo mesmo no dinamismo da economia, com o crescimento do poder de compra dos trabalhadores e contribuindo para um mundo mais democrático.

Ele recomendou a leitura do livro Quando Novos Personagens Entraram em Cena, de Eder Sader, sobre os movimentos sociais populares de São Paulo entre 1970 e 1980.

Leite Lopes contou a trajetória da Comissão de Memória e Verdade da UFRJ e disse que a luta continua mais atual que nunca. Ele elencou uma série de ações da comissão, como atividades de divulgação ciência, de extensão cursos,  e produtos audiovisuais, como a série de curtas chamada  “Incontáveis” (bit.ly/serie-incontaveis),  e o longa “Memórias Camponesas” (https://www.youtube.com/watch?v=Y1nA8IZCBVo) que abordam a história do sindicalismo e dos trabalhadores rurais.

Waldineia Nascimento, representante dos terceirizados, lembrou que este segmento  está em luta constante diante da precarização que enfrentam e apontou a importância da organização na associação que representa porque até então os terceirizados não “tinham direito a voz ou a nada. As empresas saíram e os trabalhadores ficavam à mercê da sorte. Neste momento a gente consegue ser ouvido e ser visto”, diz ela. “ A liberdade dos trabalhadores  é tarefa dos próprios trabalhadores e por isso a gente tem que estar em todos os espaços”, disse, convocando a todos para o Grito dos Excluídos o dia 7 de setembro.

Um dos aspectos em que o preconceito contra mulheres lésbicas se manifesta, ainda nos dias de hoje, diz respeito ao direito à saúde: inúmeras barreiras dificultam, por exemplo, a prevenção, com enormes custos, não apenas para o sistema de saúde, mas porque são vidas em jogo.

O boletim Dia a Dia está tratando esta semana da visibilidade lésbica cujo dia se celebra no 29 de agosto.

Ninguém ignora a importância de exames como o preventivo do câncer do colo uterino ou a mamografia, que pode revelar a doença no início facilitando o tratamento. Mas, e se, por não ser heterossexuais, alguém não recebe a devida atenção no sistema de saúde, o que pode acontecer?

É justamente a ampliação da visibilidade da população LGBTIA+ que torna ainda mais evidente a ausência de uma assistência médica adequada. “Chama atenção também a baixa produção de educação em saúde, principalmente para mulheres lésbicas e bissexuais, o que impede que elas conheçam seus corpos, seus riscos e seus direitos sexuais e reprodutivos”, explica Karina Cidrim, ginecologista e obstetra com especialização em sexologia, em artigo para Carta Capital.

Ela alerta que dados recentes divulgados demonstraram que mais de 40% das mulheres que transam com outras mulheres (exclusivamente ou não) nunca realizaram um exame de Papanicolau para detecção de câncer de colo uterino, e que cerca de 60% delas acredita que não transmite ou adquire IST (infecções sexualmente transmissíveis) por não serem heterossexuais.

“Esses dados são particularmente preocupantes quando pensamos em saúde pública: menor prevenção significa mais doença e consequentemente maiores custos com sistemas de saúde”, diz a autora.

Fatores

Entre os inúmeros fatores relacionados, a falta de acesso, a heteronormatividade é, possivelmente, um dos mais evidentes. Por exemplo: no que toca a orientações sobre prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (IST), voltadas majoritariamente ao uso de preservativos masculinos, o que não contempla boa parte da prática sexual entre mulheres. A especialista aponta também como grande fator a falha na formação de médicas e demais profissionais, nos cursos de saúde.

Por quê?

Mas não deveria ser assim, onze anos depois da Política Nacional de Saúde Integral LGBTI+, considerada verdadeiro marco na saúde pública no Brasil, instituída em 2011, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

Esta política teria como objetivo geral promover a saúde integral dessa população, eliminando a discriminação e o preconceito institucionais e contribuindo para a redução das desigualdades. Mas, como se vê, não faltam desafios para que o atendimento integral e a promoção da saúde desta população estejam em prática.

O fantasma do “viva” UFRJ voltou. Derrotado pela Comunidade Universitária em sua forma original, o projeto foi remodelado e reapresentado pela reitoria. Seu problema fundamental, no entanto, segue o mesmo: a ideia de privatizar espaços da universidade como forma de financiar seu funcionamento.

A nova versão do “viva” UFRJ pretende entregar à inciativa privada os espaços do antigo Canecão e do Campinho da PV para a construção de um espaço cultural privado. Também inclui a alienação dos 11 andares da UFRJ no edifício Ventura.

LÓGICA FURADA

Sabemos que a concessão é apenas mais uma forma de privatização da universidade, que por décadas perderá espaço para o mercado. E não faz sentido entregar patrimônio a longo prazo em troca de compensações paliativas que não resolvem o problema do financiamento.

TRANSPARÊNCIA

Em 24 de agosto, Sintufrj, DCE UFRJ e dezenas de outras entidades protocolaram requerimento à reitoria solicitando a suspensão temporária do projeto e a divulgação de todos os contratos e aditivos referentes ao “viva” UFRJ. Após algumas respostas contraditórias, a reitoria admitiu que os documentos estavam restritos e que seriam publicizados em breve no site da UFRJ.

Os prazos informados pela reitoria também oscilam bastante: no Conselho de Centro do CCS (15/ago) a reitoria falou em licitações em setembro; na reunião conjunta CFCH/CCJE (22/ago), defendeu o leilão do Canecão em dezembro. Já no Consuni (25/ago) a Comunidade Universitária pressionou e a reitoria recuou sobre estas datas.

BODE NA SALA

Além do problema da captação de recursos via privatização, há também uma grande confusão sobre a aplicação destes recursos em contrapartidas mal explicadas, com anúncios de demolições sem um mínimo de planejamento com a vida acadêmica na Praia Vermelha.

O QUE QUEREMOS

Todos nós queremos a retomada do espaço do antigo Canecão. Mas somos favoráveis à construção de um equipamento cultural multiuso sob gestão pública e a serviço do ensino, pesquisa e extensão nas áreas de arte, cultura e esporte da UFRJ. O que não acontecerá sob uma gestão privada, sob a lógica do mercado cultural.

Os espaços da PV devem ser revitalizados preservando suas vocações históricas, levando em conta os anseios e demandas artísticas, culturais e esportivas de toda a UFRJ.

MOMENTO POLÍTICO

A UFRJ está neste momento construindo iniciativas unitárias de resistência contra uma possível tentativa de quartelada anunciada pelo chefe do poder Executivo. Junto com toda a sociedade, será preciso garantir a realização e o respeito aos resultados das urnas, até a posse do novo governo.

O ato de 11 de agosto na UFRJ foi um importante marco desta unidade, no qual inclusive saudamos o papel cumprido pela reitoria. É totalmente inoportuno, neste momento de construção de unidade, propor um projeto que divide a comunidade ao meio.

 

FINANCIAMENTO PÚBLICO

A unidade que precisamos construir na UFRJ vai muito além da defesa do calendário eleitoral. A universidade como um todo deve seguir adiante muito firme na defesa de sua recomposição orçamentária. Desde 2012, em números corrigidos, o orçamento discricionário da UFRJ está em queda (foi de R$773mi em 2012 para R$299mi em 2021).

Se não resolvermos este problema central, vamos privatizando a universidade para financiar o que resta até não sobrar mais nada? O edifício Ventura é emblemático: o terreno que era da UFRJ foi cedido em troca de 11 andares no prédio e agora a proposta é alienar estes andares.

 

AMPLIAR O DEBATE

Está nítido que, dada a profundidade do tema e suas implicações de longo prazo, apenas os  espaços institucionais dos colegiados de centro e superiores não são suficientes para garantir um debate democrático e amplo.

Precisamos construir espaços onde a Comunidade Universitária possa de fato debater que modelo de universidade a UFRJ precisa e como garantir seu financiamento público.

 

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ASSEMBLEIA COMUNITÁRIA

Participe desta luta! Convidamos toda a Comunidade Universitária a se somar ao Sintufrj, DCE UFRJ e demais entidades em defesa da UFRJ pública!

SEGUNDA, 12 DE SETEMBRO, ÀS 14H NO AUDITÓRIO DA ESCOLA DE SERVIÇO SOCIAL

 

O 29 de Agosto de 1996– data de seminário realizado – é um marco na memória da resistência à lesbofobia

Em tempos de retrocesso, mais que nunca é preciso refletir, debater, brigar por mais direitos e combater preconceitos que tentam neutralizar a diversidade. Por isso a importância de datas como o Dia da Visibilidade Lésbica, celebrado neste 29 de Agosto.

A data tem origem em 1996, quando foi realizado o 1º Seminário Nacional de Lésbicas (Senale), organizado pelo Coletivo de Lésbicas do Rio de Janeiro. O seminário, segundo o jornal Brasil de Fato, discutiu temas como a organização coletiva, saúde e visibilidade.

Além de um marco para criação da data, o evento se firmou nos anos seguintes como palco de debates e reflexões importantes para a busca por direitos e dignidade. Até 2014, foram realizados sete encontros.

Buscar visibilidade para comunidade lésbica no Brasil, e estimular a discussão da necessidade de políticas públicas de combate à lesbofobia são objetivos do 29 de Agosto. E os números deixam claro que ainda há muito o que avançar.

Violência dentro de casa

Segundo levantamento da organização Gênero e Número (www.generonumero.media), mulheres lésbicas sofrem estupros com muita frequência no país. Segundo estudos dessa ong, “é dentro de casa e no meio familiar que as mulheres lésbicas são violentadas.

Em 61% dos casos, a agressão ocorreu na residência, enquanto 20% aconteceram em vias pública e 13% em “outros locais”. Os homens são algozes. Aparecem como autores em 96% das agressões sexuais”, revela a pesquisa.

O Dossiê Lesbocídio no Brasil, criado por pesquisadoras do Núcleo de Inclusão Social (NIS) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), aponta o crescimento da violência: dos 180 homicídios cometidos por preconceito de gênero contra lésbicas e registrados entre 2000 e 2017, 126 ocorreram somente entre 2014 e 2017.

Cinthia Abreu, da Marcha Mundial das Mulheres, em entrevista ao Brasil de Fato, que a lesbofobia cresce não apenas sob forma de agressão física: se dá verbalmente ou quando as mulheres lésbicas acabam se suicidando por conta do preconceito.

A ativista observa que o avanço do conservadorismo no Brasil coloca as lésbicas na linha de frente dos ataques. “Antes, a gente estava falando de direitos, agora a gente está falando de vida”, lamenta.

A lesbofobia se manifesta de forma direta, mas também de forma psicológica, moral e envolve, por exemplo, a negligência na área da saúde, agressões como o “estupro corretivo”, como explicam as advogadas Isabela Pelliconi e Izabela Vasconcelos para a página da OAB Espírito Santo.

“Estima-se que, no Brasil, mais de 60% dos empregados LGBTIA+ preferem esconder sua orientação sexual no trabalho e 49% não sentem abertura para falar sobre o assunto. No caso das mulheres, há um adicional discriminatório: a baixa visibilidade da homossexualidade feminina”, informa artigo das advogadas.

O texto também menciona alguns dos padrões comportamentais e sociais que refletem severamente na vida das mulheres lésbicas, “razão pela qual dar visibilidade à causa, promover informação, debate e articulação política sobre a temática segue sendo uma das formas eficazes para o seu enfrentamento”.

DURANTE TODA ESTA SEMANA O BOLETIM DIA A DIA VAI TRATAR DESSE TEMA.

Autor: Fasubra Sindical

A FASUBRA Sindical participou de mais uma reunião nesta terça-feira (23/08), em conjunto com as demais entidades que compõem o FONASEFE, no Ministério da Economia. Na reunião que contou com o coordenador-geral de Negociação Sindical no Serviço Público do Ministério da Economia, José Borges de Carvalho Filho, e o diretor de Relações do Trabalho na Secretaria de Gestão e Desempenho de Pessoal, Cleber Izzo, não houve avanços.

A pauta foi o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2023 e o orçamento reservado para a recomposição salarial das servidoras e servidores públicos federais, além das previsões para a restruturação de carreira e concursos públicos. O governo ficou de dar uma resposta sobre a reunião de 1º de agosto, que tratou do mesmo assunto, porém, novamente o governo não definiu um percentual a ser colocado na LOA. Sabe-se que será reservado valores para algumas carreiras, mas não se sabe detalhes. Segundo os representantes do governo, o orçamento está em disputa e ainda não chegou ao Congresso Nacional.

Embora o FONASEFE tenha apresentado todos os elementos que seriam necessários para apresentar uma proposta à LOA, com a recomposição salarial, o governo disse que vai se reunir esta semana e dará uma resposta às categorias apenas no dia 31 de agosto. Apesar de não haver avanços, o coordenador Borges afirmou que reconhece as perdas dos SPFs e o impacto da inflação no poder aquisitivo das trabalhadoras e dos trabalhadores.

As entidades do FONASEFE reforçaram o desrespeito com as categorias que estão há mais de 5 anos sem reajustes, sem nenhuma proposta, sem nenhuma política de negociação. “Mais uma vez eles não apresentaram nenhuma proposta. Isso foi muito negativo”, destacou o coordenador-geral da FASUBRA Toninho Alves.

Para a DN FASUBRA Sindical, a resposta deve ser nas ruas e cobrando os parlamentares contra mais este descaso com as trabalhadoras e trabalhadores e com o serviço público. Cobrem os deputados(as) e senadores(as) nos estados. Na próxima semana, de 29 de agosto a 2 de setembro, a classe trabalhadora realiza nova semana de mobilizações em defesa dos serviços, das servidoras e servidores, em Brasília.

Se o serviço público é necessidade, valorizar o servidor tem que ser prioridade!

Foto: Apoena Faria/ASFOC

 

Entre quinta-feira (18) e sábado (20) mais de 250 aposentados(as), aposentandos (as) e pensionistas reuniram-se no IX Encontro Nacional da Fasubra. Foram três dias de intensos de debates em Brasília sobre caminhos de resistência e luta frente aos ataques do governo Bolsonaro aos direitos da categoria – cujos detalhes serão relatados na próxima edição do Jornal do Sintufrj.

De acordo com a coordenadora de Aposentados(as) e Pensionistas do Sintufrj, Ana Célia Silva, o encontro cumpriu com o objetivo de formação. Ana Célia enalteceu a qualidade das palestras, assim como as atividades de acolhimento. Estas, para ela, singular e saudável, muito necessário para pessoas da terceira idade.

Todos os assuntos elencados na programação foram pertinentes e muito bem colocados. Foi um encontro que promoveu formação sindical. Além dos temas que foram abordados de forma profunda, como o Estatuto do Idoso; direitos não cumpridos no atual Governo; e os malefícios do Decreto 10.620/21 na vida dos aposentados com o propósito de promover o INSS com fins lucrativos.

Luta de todos

Nivaldo Holmes fez também uma avaliação positiva. “O encontro teve uma participação expressiva com mais de 250 companheiros. Para mim o saldo foi positivo e ficando claro que os desafios a serem enfrentados, como o decreto 10.620, são para quem está aposentando e para quem ainda vai se aposentar. É uma luta de todos”, declarou o coordenador de Comunicação do Sintufrj, Nivaldo Holmes Filho, também dirigente da Fasubra.

Nivaldo lembra que alguns Institutos Federais  já transferiram a gestão das aposentadorias e pensões desses servidores para o INSS, conforme determina o decreto, e que na UFRJ foi entregue ano passado pela UNIR à reitora documento alertando sobre os prejuízos aos servidores e cobrando uma posição.

O EVENTO contou também com acolhimento, aquecimento e animação, que foram praticados para o despertar da importância e dos benefícios da atividade física.

 

“Assumo com muita vontade de mudar, de unir forças para fazer diferente”, se comprometeu Andreza Balbino ao tomar posse nesta terça-feira, 23, como uma das coordenadoras-gerais da Associação dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Asunirio), gestão 2022-2024. O termo de posse foi assinado pelos 20 dirigentes eleitos na assembleia extraordinária, quando também a ex-diretoria prestou contas das finanças e do patrimônio da entidade.

A solenidade foi prestigiada pela Fasubra e por coordenadores e diretores de outras entidades sindicais da base da Federação, como o Sintufrj, Sintuff e Sintu-RJ, pelo Sepe-Niterói, pela associação de docentes da Unirio, DCE e o Centro Acadêmico de História da instituição. Também saudaram a nova direção os candidatos do PCB ao governo do estado do Rio, Eduardo Serra, e ao Senado, Hiran Roedel, e a candidata a deputada estadual pelo Coletivo Feminista do Psol, Ivanilda Reis.

Compromissos

“O nosso desafio é transformar a Asunirio em um sindicato combativo e que represente todos os trabalhadores que compõem essa universidade”, afirmou o coordenador-geral Rodrigo Ribeiro. Uma das preocupações da nova direção é com a gestão autoritária e vertical da Ebserh no Hospital Universitário Graffé e Guinle, um dos legados do reitor imposto há dois anos.

“Num olhar identificamos uma mensagem enorme do servidor”, disse Oscar Gomes, que complementa a nova Coordenação-Geral da Asunirio, referindo-se principalmente aos trabalhadores do hospital, “que estão largados”, e de outros setores da universidade, vítimas de assédio moral e sexual.

Saudação

“Desejo muita sorte e muito trabalho, e que essa nova direção realize o que nós não conseguimos realizar”, saudou o ex-coordenador-geral Wagner Miranda.

O coordenador de Comunicação do Sintufrj, Cícero Rabello, afirmou: “Estaremos juntos na Candelária e na Fasubra para dizer não ao ponto eletrônico, à Ebserh e na luta para recuperar todos os direitos que nos foram retirados”.

“Parabenizo os coordenadores eleitos e desejo a todos um bom trabalho”, saudou a diretoria empossada da Asunirio, o coordenador da Fasubra e do Sintufrj, Nivaldo Holmes. Ele citou a plataforma de lutas entregue pela Federação ao ex-presidente Lula, que reivindica a revogação de leis que retiraram direitos dos servidores, o fim do Teto de Gastos e da Ebserh e concluiu:  “Precisamos estar juntos na luta”.

Em nome da UNIR, Francisco de Assis desejou muita força aos companheiros e companheiras, porque ser dirigente sindical nesse momento de ataques aos servidores não fácil. Ele citou como exemplo o PGD, “que está afetando parte da gestão das universidades”.

O Movimento dos trabalhadores rurais sem terra do Rio de Janeiro informa que, no dia 18/8/2022, iniciou-se um foco de incêndio natural provocado pelas altas temperaturas e a seca no Assentamento PDS Osvaldo de Oliveira na região serrana de Macaé.

O incêndio teve início no começo da tarde e se propagou rapidamente pelo assentamento devido aos fortes ventos. O Incêndio provocou a perda total de várias unidades de produção e moradias dos assentados, perda total de produção, sistemas de irrigação e criação animal, como também atingiu o sistema de rede elétrica, deixando as famílias sem energia e sem água (já que as mangueiras que distribuem desde a nascente, também foram atingidas pelo fogo).

É necessário mais uma vez denunciar  o descaso público. A falta de estradas gera maior desafio para a entrada dos bombeiros. Há mais de 10 anos as famílias de assentados do PDS Osvaldo de Oliveira lutam para viver e preservar o território, que é o 1º PDS do Estado do Rio de Janeiro.  O descompromisso do atual governo federal com a reforma agrária  se evidencia com a ausência de políticas públicas tão necessárias para se garantir esse direito constitucional que é a reforma agrária!

Solidariedade. Como ajudar?

O MST rapidamente e articulado com o conjunto da sociedade conclama a todos, todas e todes a serem solidários com os companheiros e companheiras do PDS Osvaldo de Oliveira, que neste momento precisam de forma urgente:  Água para beber, Alimentos,  Agasalhos, Cobertores, Barracas, Lonas, Ferramentas e doações em dinheiro para reerguer os barracos.

Pontos de arrecadação:

❗️Armazém do Campo Rio de Janeiro, Av Mem de Sá 135, Centro.

❗️SindiPetro-Macaé

❗️UFF-Rio das Ostras, Portaria de entrada do Instituto de Humanidades e Saúde (IHS), ❗️Campus Universitário de Rio das Ostras

UFF-Macaé (próximo ao bloco D)

❗️Acampamento Edson Nogueira KM 18 RJ 162

 

Para doações em dinheiro, o MST regional estará disponibilizando a chave pix e conta bancária:

Banco do Brasil

Agência 5768-1

CC 12516-4

PIX: 05805135728 (CPF)

titular

Ramiro Marcos Dulcich Piccolo

Banco do Brasil.

 

Encaminhar comprovante para prestação de contas telefone 21-985165791

Por Marta Batista

Coordenadora-geral do Sintufrj

A cassação de Gabriel Monteiro foi uma vitória muito importante, principalmente para nós mulheres. Sua trajetória e atuação são muito representativas do bolsonarismo. Ele ganhou fama e se elegeu através de vídeos montados, gravados sem autorização das pessoas, com mensagens distorcidas e abordagens desrespeitosas.

Sempre fez uma abordagem sensacionalista da pauta da segurança pública, inclusive produzindo factóides que o colocassem como um tipo de herói contra o sistema. Também ganhou muito dinheiro com a propagação desse tipo de vídeo nas redes sociais, passando também a expor crianças e pessoas em situação de vulnerabilidade social em suas ações de falsa caridade.

Como se não bastasse, sob o argumento de estar fazendo fiscalizações, passou a invadir estabelecimentos de saúde de maneira truculenta, inclusive durante a pandemia, procurando colocar a população contra os profissionais de saúde e responsabilizá-los pelos problemas no atendimento. Ao mesmo tempo nunca questionou a lógica das Organizações de Saúde (OSs), associações privadas que fazem a gestão da saúde pública numa relação escandalosa entre público e privado.

Os áudios e vídeos de Gabriel Monteiro tendo relações sexuais com menores de idade provocam repulsa e escancaram a hipocrisia, o falso moralismo e misoginia característicos do bolsonarismo. Importante ainda observar que essas relações se deram com meninas pobres e periféricas, muitas precocemente sexualizadas, as quais chama de novinhas. É repugnante assistir um homem adulto se referindo a meninas e adolescentes dessa maneira, mas sabemos que infelizmente não é fato incomum já que no Brasil, 61% das vítimas de estupro tem até 13 anos de idade, segundo Anuário Brasileiro da Segurança Pública.

A mobilização das mulheres para a cassação foi mais um indicativo da força do movimento feminista. Ocupamos as escadarias da Câmara Municipal com um potente ato, no qual deixamos claro que a população do Rio de Janeiro não vai tolerar que um estuprador ocupe a cadeira de vereador. Estivemos também nas galerias da casa legislativa para fazer pressão política e garantir que os vereadores não recuassem de seu papel de votar favoráveis à cassação. Foi ainda vergonhosa, mas não surpreendente, a tentativa por parte do atual governador bolsonarista Claudio Castro de ligar para vereadores durante a sessão para tentar salvar a situação do agora ex-vereador, fato este denunciado publicamente pelo PSOL.

As recentes mudanças na legislação eleitoral permitem que Gabriel Monteiro dispute as eleições para deputado federal, mas são grandes as chances que não consiga assumir o cargo. Será necessário seguirmos pressionando para que ele responda na justiça por seus crimes e que não tome posse num próximo mandato. Não podemos tolerar que um homem que cometeu violências sexuais contra mulheres e que expôs crianças e pessoas em situação de rua para se promover continue nessa aventura política. Foi a força das mulheres que cassou Gabriel Monteiro e é seguindo nessa força de mobilização que vamos derrotar o bolsonarismo nas ruas e nas urnas.

 

 

O IX Encontro Nacional de Aposentados(as), Aposentandos(as) e Pensionistas da Fasubra começou nesta quinta-feira, 18 de agosto. O Sintufrj participa com uma delegação de 48 aposentados e pensionistas. Na abertura, pela manhã, houve um minuto de silêncio em homenagem aos companheiros e companheiras que faleceram durante a pandemia de Covid-19.

Esta perda foi ressaltada por uma das coordenadoras da pasta de Aposentados (as) e Pensionistas do Sintufrj, Ana Célia (foto acima), que conclamou a urgência em derrotar Bolsonaro e sua política de destruição e morte. “Estou há 40 anos na universidade e trabalho no Hospital Universitário. Vi e acompanhei todo o processo do negacionismo do genocida. Convivi e vivi o sofrimento pela perda de companheiros e familiares. Temos de derrotá-lo.”

Ana Célia destacou o esforço do Sindicato e dos companheiros aposentados da UFRJ, mesmo com todas as dificuldades envolvidas, para poder participar do encontro da Fasubra. Ela homenageou os companheiros aposentados que participaram e participam das lutas da categoria. Como a defesa do PUCRCE, por exemplo, e elogiou a disposição de luta dos companheiros aposentados e pensionistas do Sintufrj.

“Esses companheiros fortaleceram a luta para barrar a Ebserh na UFRJ – não temos a empresa na universidade por conta de muita luta dos técnicos-administrativos e dos estudantes -, e fortaleceram a caravana em defesa da democracia por um país mais justo e democrático, em julho. E que mais uma vez retornam a Brasília para participar e apoiar essa quarta edição do encontro dos aposentados da Fasubra”, finalizou a dirigente do Sintufrj.

A coordenadora de Comunicação Sindical do Sintufrj, Marli Rodrigues da Silva (foto abaixo), fez uma saudação a pasta de Aposentados do Sintufrj. “A Coordenação de Aposentados e Pensionistas tem muita importância para a atual gestão do nosso sindicato, porque foram esses companheiros que criaram a entidade e deram início as nossas lutas”, disse Marli. Ela elogiou a Fasubra pela organização do evento e lamentou que muitas entidades da base da Federação estejam passando dificuldades financeiras e por isso não puderam enviar delegados.

O IX Encontro acontece na ADUnB (Associação dos Docentes da Universidade de Brasília Campus Universitário Darcy Ribeiro), em Brasília/DF, e durante três dias, 18, 19 e 20 de agosto, o evento girou em torno do tema deste ano “Respeito, Direitos e Saúde Mental em tempos de Governo de Exceção e de Pandemia”.

Atividades

O encontro da Fasubra prosseguiu com mais palestras na sexta-feira, 19. Neste sábado, 20, além da última palestra na parte da manhã, haverá interação dos participantes com perguntas e rodas de conversa de grupos de trabalho. O encerramento será no fim da tarde com a leitura das propostas e dos relatórios dos grupos, finalizando com apresentação do Coral da UNB.