Estudo da Fenaj mostra que o presidente “é o maior agressor” dos profissionais da categoria

Thayná Schuquel | Brasil de Fato | Cataguases (MG) |
Bolsonaro é o maior agressor de jornalistas em casos registrados pela Fenaj pelo terceiro ano consecutivo – Evaristo Sa / AFP

No dia 7 de abril é comemorado o Dia do Jornalista. A data, que foi estabelecida em 1931 pela Associação Brasileira de Imprensa para legitimar a atuação e assegurar direitos dos jornalistas, vem ganhando um propósito diferente nos últimos anos: denunciar ameaças, ataques e agressões contra a categoria, que não param de crescer.

De acordo com o mais recente levantamento realizado pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), em 2021 foram contabilizados 430 casos de violência contra os profissionais da área. O Relatório da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa mostra que 2021 foi o segundo ano consecutivo com recorde de registros desde que a série histórica começou a ser feita, na década de 1990. Em 2020, foram 428 casos.

A pesquisa aponta que a censura é, atualmente, o tipo de violência mais comum sofrido pelos jornalistas. Foram registradas 140 ocorrências, representando 32,56% do total de casos, enquanto a descredibilização da imprensa – que chegou a liderar a lista em levantamentos anteriores respondeu por 30,46%  – foram 131 ocorrências no total.

Agressões físicas e verbais são disparadas de todas as partes, e o “campeão” nesse quesito é o próprio presidente da República.

A presidente da Fenaj, Maria José Braga, diz que os números são alarmantes, e a entidade acredita que haja ainda mais casos. “Nós acreditamos que há uma subnotificação. Muitos não denunciam, principalmente quando as agressões são feitas por meio virtual”, explicou.

Bolsonaro é o maior agressor

Segundo o relatório, o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi o principal agressor em 2021. Sozinho ele foi responsável por 147 casos (34,19% do total), sendo 129 episódios de descredibilização da imprensa (98,47% do total de registros desse tipo de violência) e 18 agressões verbais.

É o terceiro ano seguido que Bolsonaro é o maior agressor em casos registrados pela Fenaj. Durante uma coletiva de imprensa, em 2020, ele chegou a disparar a seguinte fala a um repórter: “Vontade de encher a tua boca com porrada”. No Palácio da Alvorada, ele também mandou os profissionais “calarem a boca”.

Para a presidente da Fenaj, a postura de Bolsonaro, além de ser violenta, “impulsiona que os seus apoiadores também agridam jornalistas e atuem para descredibilizar a imprensa. É um processo preocupante porque se trata de uma instituição da República, incentivando, sim, agressões contra jornalistas”, afirmou.

Nesta semana, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do presidente, recebeu inúmeras críticas ao debochar de tortura sofrida pela jornalista Miriam Leitão durante a ditadura. No Twitter, ele disse sentir “pena da cobra” que torturou a jornalista. Miriam passou horas trancada em uma sala com uma jiboia, além de ter sido agredida com tapas, chutes e golpes que causaram graves ferimentos na cabeça. Também teve de ficar nua em frente a dez soldados e três agentes de repressão.

As entidades que representam os jornalistas estão preocupadas com uma possível escalada de agressões no ano eleitoral. “Há um foco de ataque a jornalistas e imprensa por partidos e políticos da direita, que querem manter seus apoiadores na desinformação. Nós teremos uma guerra informacional e tememos pela segurança dos profissionais”, alerta Maria José Braga.

Violência de gênero

Em março, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) divulgou estudo sobre violência de gênero contra jornalistas, realizado com apoio do Global Media Defence Fund, da Unesco, em 2021. Segundo o levantamento, 127 mulheres jornalistas (cis e trans) e meios de comunicação foram alvos de 119 casos de violência de gênero.

O relatório da Abraji monitorou redes sociais como propagadoras de agressões a profissionais de imprensa. Quase 60% dos casos de discursos estigmatizantes foram iniciados por publicações de autoridades de Estado e outras figuras proeminentes no campo político brasileiro. A maioria das vítimas eram jornalistas que cobriam política.

Em 2020, Bolsonaro foi criticado por entidades e chegou a ser processado após preferir um comentário de cunho sexual a respeito da jornalista da Folha de S. Paulo Patrícia Campos Mello. Na ocasião, ele usou a palavra “furo” de forma pejorativa. “Ela [Patrícia] queria um furo. Ela queria dar um furo a qualquer preço contra mim”, disse aos risos. No jargão jornalístico, “furo” é a informação publicada em primeira mão por um veículo ou profissional de imprensa.

Em outro episódio, o presidente disse a um jornalista que ele tem “uma cara de homossexual terrível”. A declaração foi dada depois que Bolsonaro foi questionado sobre o que faria se o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), seu filho mais velho, estivesse envolvido em algum esquema de corrupção.

Violência física

A violência física também faz parte do cotidiano dos profissionais de imprensa. Recentemente, dois repórteres foram agredidos por um homem com uma corrente de metal e um cachorro, durante a gravação de uma reportagem em São Paulo.

Em janeiro, durante uma gravação de reportagem, uma repórter foi agredida por um homem. Ele arrancou o microfone das mãos da profissional e pisoteou o equipamento. O caso também ocorreu em São Paulo.

Já no final do ano passado, na Bahia, equipes de reportagem foram agredidas por seguranças e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. Na ocasião, um dos profissionais levou um tapa no rosto. O chefe do Executivo chegou a pedir desculpas após o caso.

De acordo com a presidente da Fenaj, o combate à violência contra jornalistas exige medidas de diversos atores, como o poder público e a sociedade. “É preciso que as empregadoras assumam a responsabilidade pela segurança, pela integridade física e mental de seus profissionais. Obviamente o poder público tem uma parcela a cumprir. É preciso que as instituições da República funcionem para a proteção dos profissionais. Que as polícias, o Ministério Público e o Judiciário cumpram seus papeis”, destacou.

“Esperamos que haja, também, comportamento da sociedade rechaçando a violência e contribuindo para que os agressores não tenham nenhum tipo de respaldo em suas ações violentas”, finalizou.

Edição: Felipe Mendes

 

 

Em São Paulo, manifestação está prevista para ocorrer na Praça da República, no centro, com concentração a partir das 14h

Publicado: 06 Abril, 2022 – 15h02 | Última modificação: 06 Abril, 2022 – 15h08 | Escrito por: Walber Pinto | Editado por: Marize Muniz

REPRODUÇÃO

 

 

 

O Dia Mundial da Saúde é celebrado desde 1950 com o objetivo de chamar a atenção para as prioridades específicas da saúde global. A data homenageia a criação da Organização Mundial da Saúde (OMS) durante a primeira Assembleia Mundial da Saúde, em 1948

Fonte: Organização Mundial da Saúde

MST em defesa do SUS, pela vacinação universal, contra a fome e pela vida!

6/4/2021

I Encontro Nacional das Mulheres Sem Terra Setor de Saúde – MST em SP. Foto: Yasmin Clemente.

Desde o início da pandemia, frente a falta de um pacto federativo em combate ao Covid-19, o MST vem realizando diversas ações para que o povo se mantenha vivo. Principalmente contra o coronavírus, as violências promovidas pelo Estado genocida e a fome que se alastra pelo Brasil.

Entendendo que o alimento também é um remédio, essencialmente contra a pandemia da fome, já foram mais de 4 mil toneladas de alimentos da agricultura familiar camponesa doados para famílias carentes. E milhares de Agentes Populares de Saúde foram formados em todo o país, auxiliando comunidades nos cuidados de prevenção da saúde popular em tempos de pandemia.

Leka Rodrigues, que é coordenadora do Setor de Saúde do MST e foi uma das pioneiras na formação de Agentes Populares de Saúde, menciona a importância de visibilizar as bandeiras de luta pela vida e em defesa do SUS de forma permanente e especialmente neste Dia Mundial da Saúde, em luto e luta.

“Vemos o SUS como fundamental para combater a pandemia do Covid-19, e também é uma forma de estar garantindo a vacinação para todos e todas no Brasil. No qual, esse governo não enxerga a população como prioritária neste momento difícil que o país está passando”, analisa Leka.

*Editado por Fernanda Alcântara

 

 

De acordo com denúncia publicada na Agência Pública, campanha do vereador João Catunda foi bancada por seu pai – amigo de Lira – que recebeu recebeu R$ 54,7 milhões do FNDE por meio de emenda de relator

Publicado: 06 Abril, 2022 – 14h55 | Última modificação: 06 Abril, 2022 – 15h16 | Escrito por: Redação CUT

REPRODUÇÃO

 

Reportagem investigativa dos jornalistas Alice Maciel, Bianca Muniz, Bruno Fonseca, Matheus Santino e Yolanda Pires, daAgência Pública, publicada nesta quarta-feira (6), revela que a empresa do pai do vereador de Maceió João Catunda (PP/AL) recebeu R$ 54,7 milhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) através de emendas do relator de 2021.

O pai do vereador é aliado do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-Al), que já liberou para 64 prefeituras de Alagoas R$ 123,6 milhões de recursos do orçamento secreto gerido pelo FNDE em 2020 e 2021, de acordo com uma planilha à qual a Pública teve acesso com exclusividade.

O fundo é comandado por Marcelo Ponte, ex-chefe de gabinete de Ciro Nogueira (PP), que virou ministro-chefe da Casa Civil para garantir o apoio do Centrão à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). Ou seja, é o PP que comanda o maior fundo do MEC, envolvido em outras denúncias de corrupção, como o caso da proprina pedida por pastores, que derrubou o ex-ministro Milton Ribeiro, e a compra superfaturada de ônibus escolares, outro, digamos, malfeito do FNDE.

As emendas de relator, consideradas por analistas políticos como um verdadeiro barril de pólvora para novos escândalos de corrupção, também são chamadas de orçamento secreto, e foram criadas pela gestão de Lira no Congresso, com apoio do governo de Jair Bolsonaro (PL). Ao liberar recursos por meio dessas emendas, o governo não informa qual parlamentar é o autor e quais são as empresas beneficiadas pelo dinheiro público.

Segundo a reportagem da Agência Pública apurou, Edmundo e João Catunda (pai e filho) têm um histórico de encontros com Lira. No ano passado, em junho, João esteve com Lira em Brasília e, em novembro, em Maceió — junto ao ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro. Segundo postagem do próprio vereador, o encontro tratou do destravamento de projetos do FNDE para Alagoas. Neste ano, João e Edmundo estiveram com Lira em fevereiro, quando se reuniram em Brasília junto a outros vereadores alagoanos e, em março, ao lado de outras lideranças do Progressistas.

Dirigida por Edmundo Catunda, a Megalic fechou contratos custeados pelas emendas de relator em Alagoas através do programa Educação Conectada, do Ministério da Educação (MEC), criado para ampliar o acesso à internet de alta velocidade e uso de tecnologias digitais na Educação Básica. A reportagem apurou que 22 municípios alagoanos destinaram recursos das emendas de relator para o programa no ano passado. Desse total, ao menos 13 firmaram contratos com a Megalic para distribuição de kits de robótica, incluindo o Consórcio Intermunicipal do Agreste Alagoano (Conagreste)  — presidido por um aliado de primeira hora de Arthur Lira, o prefeito de Limoeiro de Anadia, Marlan Ferreira (PP).

Apesar da Megalic ter sido fundada em 2013, Edmundo entrou na empresa apenas em março de 2020, ano das eleições municipais nas quais seu filho foi eleito vereador. Em outubro, ele foi o principal financiador da campanha do filho. O segundo maior doador foi a sua atual esposa e sócia há anos da Megalic, Roberta Lins Costa Melo. Juntos, os donos da Megalic doaram R$ 92 mil para a eleição de João Catunda. Recentemente, o vereador se desfiliou do PSD com pretensão de se candidatar à Câmara dos Deputados pelo Progressistas, de Arthur Lira.

Confira aqui a íntegra da reportagem.

 

 

Projeto previa o repasse de R$ 3,86 bilhões em recursos federais a estados e municípios para combater efeito da pandemia

Presidente não sancionou texto e disse que lei não fazia previsão de onde sairiam os recursos – Divulgação/PR

presidente Jair Bolsonaro (PL) vetou o projeto de lei chamado de “Lei Paulo Gustavo”, que previa o repasse de R$ 3,86 bilhões em recursos federais a estados e municípios para o enfrentamento dos efeitos da pandemia da covid-19 no setor cultural.

A informação foi divulgada na noite desta terça-feira (5) pela Secretaria-Geral da Presidência no Diário Oficial da União. O Congresso ainda pode derrubar o veto.

Para a rejeição do veto é necessária a maioria absoluta dos votos de deputados e senadoras, ou seja, 257 votos de deputados e 41 votos de senadores, computados separadamente.

A proposta visava homenagear o ator ator e humorista Paulo Gustavo, que morreu em maio do ano passado, vítima da covid-19.

Entre os argumentos apresentados pelo governo para o veto da proposta está que o projeto contrariava o interesse público já que criava uma despesa sujeita ao teto de gastos — regra que limita o crescimento da maior parte das despesas públicas à inflação.

O Executivo aponta ainda que o PL não apresentaria “compensação na forma de redução de despesa, o que dificultaria o cumprimento do referido limite”.

Além disso, afirmou que “ao criar a obrigatoriedade do repasse pelo Governo federal de recursos provenientes de fundos como o Fundo Nacional de Cultura aos Estados, aos Municípios e ao Distrito Federal, a proposição legislativa enfraqueceria as regras de controle, eficiência, gestão e transparência elaboradas para auditar os recursos federais e a sua execução”.

O governo disse ainda que o projeto iria comprimir outras despesas discricionárias (não obrigatórias) em outras áreas que “se encontram em níveis criticamente baixos”. Entre elas, “aquelas relacionadas às áreas de saúde, educação e investimentos públicos, com enrijecimento do orçamento público, o que implicaria dano do ponto de vista fiscal”.

Edição: Vivian Virissimo

 

Até o dia 18 de abril é possível se inscrever no link: https://forms.gle/1dHgapoveFCqTG497 

CONFIRA O EDITAL AQUI: Edital 2022 – Curso Pré-universitário Samora Machel – Parceria SINTUFRJ.

 

Há cinco anos com salários congelados e em campanha unificada por um aumento emergencial de 19,99% — o equivalente a inflação acumulada nestes mais de três anos de governo Bolsonaro –, os servidores públicos federais se preparam para dar uma resposta contundente ao deboche do presidente da República 

Depois de ignorar por mais de quatro meses a pauta de reivindicações dos servidores protocolada nos Ministérios da Economia e da Educação, Bolsonaro marcou a primeira reunião de negociação para a semana passada, que foi um escárnio. 

Ele enviou para se reunir com os dirigentes dos fóruns nacionais do funcionalismo federal assessores do quarto escalão do governo, que ouviram com desdém os dirigentes sindicais e, por fim, negaram atendimento a qualquer item reivindicado.

Mais uma jogada política infame do governo fascista com a intenção de desmobilizar o movimento, dividir as categorias do funcionalismo que estão construindo a greve unificada, e ganhar simpatias na base dos servidores públicos. 

Previsão de especialista

Segundo explica Vladimir Nepomuceno, ex-diretor do Dieese e Diap, não há uma posição unificada do governo sobre o reajuste e o que está prevalecendo é uma possível reposição da inflação, que foi anunciada pelo Secretário do Tesouro Nacional, Paulo Valle.

“A inflação prevista para 2022 segundo o Boletim Focus é 6,59%. Há a possibilidade de a inflação ser reposta, mas para todos, conforme determina a Lei Eleitoral. E o índice seria de, no máximo, 6,59%, diz Nepomuceno.  

De acordo ainda com o especialista, “casando (a Lei Eleitoral) com a Lei de Responsabilidade Fiscal há uma janela depois do dia 4 de abril e antes de 1º de julho (para conceder o reajuste). Então, nesse espaço de tempo o governo solta um linear para todos e diz que é reposição em parte da inflação prevista para 2022. Isso é o que vem sendo dito pelo Secretário do Tesouro e o mais provável que pode acontecer, pois atenderia um pouco a ala do governo, que diz que é para dar um linear, e acalma a área econômica que não quer dar nada para ninguém. Porque concedendo algo do primeiro para o segundo semestre o custo será bem menor”, avalia Vladimir. 

Mas nada disso está garantido, adverte o economista e servidor público aposentado. “Posso estar errado, mas é a leitura que faço no momento e vamos ver o que acontece”, pondera. Vladimir acrescenta ainda que para garantir sua base, Bolsonaro disse que independente de sair essa proposta de um linear baixo ou nada, ele se compromete a incluir no orçamento de 2023 o valor necessário para a reestruturação das carreiras da área de segurança pública. O presidente sempre bateu na tecla que tinha prioridade de reajuste para a segurança. Seria uma forma de acalmar os policiais”. 

Fonasefe indica greve

Logo no dia seguinte ao desrespeito do governo Bolsonaro com os servidores, o Fonasefe (Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais) realizou reunião e indicou o fortalecimento da exigência de negociação efetiva e da adesão à greve nacional das categorias do funcionalismo federal. 

Os servidores públicos estão realizando assembleias em suas bases para discutir a adesão ao movimento paredista. As entidades nacionais dos servidores reforçaram a necessidade de fortalecer a mobilização ao redor do Brasil. Entre os encaminhamentos aprovados está uma campanha com a seguinte mensagem: 

Exigimos RESPEITO: a situação é grave o caminho é greve! Há uma nova Jornada de Lutas com convocação para as ruas nos dias 7 (Dia Mundial da Saúde com atos em defesa do SUS) e 9 de abril (Mobilização Nacional pelo Fora Bolsonaro). 

Sintufrj convoca assembleia

Diante disso, o Sintufrj está convocando assembleia nesta quarta-feira, 6 de abril, às 10h, nas escadarias do Centro de Ciências da Saúde (CCS), para avaliar a campanha salarial e os encaminhamentos da mobilização nacional.

Continuidade da luta 

O caminho desde já segue na continuidade da luta pela recomposição salarial emergencial e na intensificação da mobilização para derrotar Bolsonaro nas urnas, pois vivemos um cenário de arrocho salarial, aumento no preço dos alimentos, combustíveis, gás de cozinha, remédios, escalada da inflação, aliado a falta de investimentos no serviço público e cortes bilionários no Orçamento da União em setores essenciais como saúde e educação. 

Na educação o desastre bolsonarista caminha a cavalo. O MEC, um dos ministérios mais importantes do governo segue para o seu quinto ministro desde o início do governo, e apesar de ter um dos maiores orçamentos da Esplanada dos Ministérios foi onde teve o maior corte de gastos. As universidades, os serviços públicos e seus trabalhadores, são o alvo da sanha destruidora bolsonarista. Então, motivos não faltam!

 

 

A Reitoria publicou portaria (nº 117, de 1º de abril de 2022) que regulamenta as condições sanitárias e de atendimento de saúde pública para o retorno presencial pleno a partir desta segunda-feira, dia 11. 

Essa portaria dá sequência à resolução (nº 24) aprovada pelo Conselho Universitário com determinações sobre o tema. Na sessão em que essa resolução foi aprovada, Joana de Angelis, conselheira e dirigente do Sintufrj, recebeu da reitora garantias de um período de transição até o dia do retorno pleno (11 de abril).

O que diz a portaria

A portaria (nº 117) determina que, constatadas as condições sanitárias e de atendimento de saúde pública, deverão ser retomadas todas as atividades presenciais administrativas e acadêmicas para discentes, servidores docentes e técnico-administrativos, a partir do primeiro semestre letivo de 2022, em 11 de abril de 2022. 

Parentalidade

Para adaptar procedimentos nesse processo de retorno, O GT Parentalidade e Equidade de Gênero da UFRJ (GTPEG) recebeu, da Reitoria, a solicitação de formular proposta alternativa à resolução do Consuni 09/2021. 

Essa resolução (09/2021) aprovada em julho de 2021 flexibilizou as atividades de ensino e trabalho remoto emergencial, de forma temporária, para alunos, professores e técnico-administrativos no papel de cuidadores durante a pandemia (que possuam filhos ou guarda de menor, com idade inferior ou igual a 12 anos ou responsáveis diretos pelos cuidados a idosos ou pessoas com deficiência ou com transtorno mental). Agora, com o trabalho presencial, será preciso enviar nova proposta de resolução. O GT está finalizando a nova proposta que deve enviada à Reitoria nos próximos. 

Trabalho Externo

O Sintufrj tem intensificado pressões para que a resolução sobre Trabalho Externo encaminhada desde outubro do ano passado entre na agenda do Conselho Universitário para ser apreciada. A Secretaria dos Órgãos Colegiados divulgou, desde 16 de fevereiro, a proposta entre os membros do Consuni. Mas até agora o debate não andou.

 

 

Arilton Moura e Gilmar Santos são acusados de cobrar propina de até R$ 40 mil para destravar demandas dos municípios no MEC

atualizado 05/04/2022 16:43

Geraldo Magela/Agência Senado

O prefeito Kelton Pinheiro (Cidadania), de Bonfinópolis (GO), afirmou, nesta terça-feira (5/4), que os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos cobraram propina de R$ 15 mil para viabilizar a construção de uma escola com 12 salas, orçada em R$ 7 milhões, na cidade.

O gestor municipal participou de audiência na Comissão de Educação do Senado Federal. A sessão foi convocada após as denúncias de um suposto esquema de favorecimento no Ministério da Educação.

Pinheiro conta que a oferta ocorreu em almoço convocado pelos pastores junto a prefeitos que estavam em Brasília para uma agenda do MEC com o então ministro, Milton Ribeiro. Segundo o chefe do Executivo de Bonfinópolis, os aliados do pastor Gilmar Santos tinham “desconto” no valor da propina cobrada para destravar as demandas municipais.

Conforme narrado aos senadores, cabia a Arilton fazer as ofertas. “O pastor Arilton chegou na minha mesa e me abordou de uma forma muito abrupta e direta: ‘Olha, prefeito, vi que, no seu ofício, o senhor pede a escola de 12 salas. Essa escola deve custar uns R$ 7 milhões. Mas é o seguinte: eu preciso de R$ 15 mil na minha mão hoje, você faz a transferência para a minha conta. Para depois não cola comigo, porque vocês, políticos, são um bando de malandros, não têm palavra’. Aquilo me deu ânsia de vômito”, relatou aos parlamentares.

R$ 40 mil por escola

A versão foi endossada pelo prefeito de Boa Esperança do Sul (SP), José Manoel de Souza (PP). Segundo Souza, o valor exigido dele era superior, em torno de R$ 40 mil. A cobrança teria ocorrido em 18 de março do ano passado, durante um almoço com os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, em Brasília.

Também participaram do encontro o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Marcelo Lopes da Ponte.

A dupla de religiosos não tem cargo formal no ministério, mas tinha livre trânsito na pasta e intermediava as demandas municipais junto a Ribeiro – que deixou o comando da pasta após a divulgação de áudios atribuídos a ele. Nas gravações, o então chefe da pasta federal afirma dar “prioridade” no repasse de verbas do FNDE aos “prefeitos que são amigos do pastor Gilmar Santos”.

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O gestor narra que teria se irritado com a convocação da reunião, uma vez que foi comunicado pela equipe técnica do MEC que seu município não poderia ser ajudado. Ele, então, teria se exaltado e deixado o local, momento em que foi interceptado por um homem, que o convidou para almoçar com os pastores e demais prefeitos.

De acordo com José Manoel, foi nessa ocasião que os religiosos ofereceram a propina para destravar a instalação de uma escola profissionalizante no município.

“O pastor Arilton me disse: ‘Prefeito, você sabe muito bem como funciona, né? Não dá pra ajudar todos os municípios, mas eu consigo te ajudar com uma escola profissionalizante. Eu faço um ofício agora, eu coloco no sistema e, em contrapartida, você deposita R$ 40 mil na conta da igreja evangélica’”, relata. “Eu então bati nas costas dele [Arilton] e falei que para mim não serviria”, completou.

Propina em ouro

Mais cedo, o prefeito Gilberto Braga (PSDB), de Luís Domingues (MA), também relatou ter recebido uma oferta de pagamento de propina para destravar demandas do município no MEC. Em um almoço convocado pela dupla de religiosos, teriam sido cobrados, segundo ele, R$ 15 mil e 1 kg em barra de ouro para viabilizar o repasse de verbas do FNDE.

“O pastor Arilton Moura convidou todos os prefeitos para um almoço em um restaurante e disse que seria por conta dele. Foi quando o pastor Arilton virou para mim e quis saber minhas demandas; apresentei para ele e ele me disse: ‘Você vai me arrumar os R$ 15 mil para mim [sic] protocolar as suas demandas e, depois que o recurso já estiver empenhado, você, como sua região é de mineração, vai me trazer 1 kg de ouro’”, detalhou Braga aos senadores.

O chefe do Executivo da cidade maranhense relata que se recusou a cumprir com a oferta e que, após o episódio, os recursos não foram liberados ao município. Ele também disse que os valores apresentados pelo pastor a fim de destravar demandas na pasta foram divulgados a todos os prefeitos presentes no almoço.