Neste dia, em 1988, foi criado, no Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS), fruto da luta dos movimentos sociais sanitaristas e da população brasileira por um sistema de saúde público e universal.

O SUS foi criado com a Constituição de 1988, que marcou a transição do regime ditatorial (1964-1988) para um regime democrático.

A construção do SUS significou, para a maioria absoluta dos brasileiros, uma ampliação da cidadania em sentido amplo, pois, até então, o acesso dos trabalhadores à saúde pública era mediado pela apresentação de uma carteira de trabalho, deixando à margem do sistema público trabalhadores informais, desempregados, camponeses, etc, que dependiam na maioria das vezes de instituições filantrópicas.

O SUS segue cinco princípios constitucionais: a universalidade, a integralidade, a equidade, a descentralização e a participação social, e, até hoje, figura como uma das maiores conquistas dos trabalhadores brasileiros em matéria de direitos sociais.

Com a pandemia da Covid-19, tem se enraizado em amplos setores da sociedade brasileira a defesa do SUS contra as aspirações privatistas que, desde a ascensão do capitalismo neoliberal, busca abalar os direitos dos trabalhadores brasileiros, inclusive com o sucateameto do SUS.

Em momentos como a pandemia mundial, fez-se visível a importância ímpar de um sistema de saúde que privilegia a vida ante o lucro.

Também em Portugal o processo de criação do SNS – Sistema Nacional de Saúde – foi muito similar. Este surgiu como bandeira dos trabalhadores logo após a revolução de 25 de abril de 1974 e foi finalmente conquistado em 1979, apesar da oposição da direita política (PSD e CDS-PP).

 

 

Atividades de servidores técnico-administrativos em educação são retratadas em mais três depoimentos que assinalam a relevância desses trabalhadores na construção de uma universidade pública de excelência e voltada para a sociedade. Assista e compartilhe!

 

 

 

 

Gravado em comunidades da península do litoral norte do RS, filme em fase de finalização registra os Ternos de Santos, festejo tradicional da região

FONTE: Por Isidoro B. Guggiana, enviado ao Portal Geledés – 22/9/2021

Comunidade Quilombola de Casca (Foto: Sérgio Guidoux)

Com imagens captadas nas comunidades quilombolas do Beco dos Colodianos, de Casca e dos Teixeiras, em Mostardas, na península do litoral norte do Rio Grande do Sul, o longa “Canto Aberto” (título de trabalho), faz um trabalho de registro da cultura local. Além das cantorias de Ternos de Santos Padroeiros, o filme também mostrará outros aspectos da cultura, como o plantio das sementes tradicionais de milho catete e feijão miúdo. O trio de diretores Bruna Giuliatti, Jhonatan Gomes e Sérgio Guidoux acompanhou os habitantes da região, situada entre a Lagoa dos Patos e o oceano, durante os meses de maio e agosto de 2021.

A visita do Terno de Reis, um festejo de origem católica luso-açoriana ligado às comemorações do Natal, é o mais conhecido, mas as comunidades tradicionais realizam também ternos de Santo Antônio, São Pedro e São João, em seus respectivos dias. Os instrumentos característicos são gaita, violão, tambor e pandeiro. Na Comunidade da Casca, a única do município onde está viva essa tradição, canta-se inclusive o Terno de Santana, uma raridade em outras regiões do estado e do país.

A fazenda que ocupava a região da Casca pertencia à Quitéria Pereira do Nascimento, que, em 1825, deixou em seu testamento a doação das terras e a liberdade a pessoas escravizadas que ali trabalhavam. “Somente em 2010, as famílias remanescentes conquistaram a titularidade de uma parte dessas terras, constituindo a primeira comunidade quilombola rural a obter este reconhecimento no estado do RS”, explicam os cineastas. “Os Ternos de Santos resistem, assim como a comunidade, por anos, de geração a geração”, concluem.

O filme está em pós-produção e tem previsão de lançamento para 2022. A realização é do Ponto de Cultura do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Mostardas (RS), com produção da Meio do Mundo Filmes de Porto Alegre. Projeto executado através do Edital Criação e Formação Diversidade das Culturas realizado com recursos da Fundação Marcopollo – Lei Aldir Blanc no 14.017/20.

Sobre o Ponto de Cultura do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Mostardas

Integrante da Rede Cultura Viva desde 2014, o Ponto de Cultura do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Mostardas (RS) trabalha para a promoção do modo de ser dos povos tradicionais de origem africana e açoriana em seus festejos, nas danças, nas músicas, na gastronomia e na agricultura. Instagram @strmostardas

Ficha técnica:

Direção e roteiro: Bruna Giuliatti, Jhonatan Gomes e Sérgio Guidoux

Produção: Bruna Giuliatti e Sérgio Guidoux

Produção Local: Tadeu Perciuncula

Direção de Fotografia: Ieve Holthausen e Sérgio Guidoux

Som Direto: Sérgio Guidoux e Tiziana Scur

Montagem: Isabel Cardoso e Sérgio Guidoux

Alimentação: Tatiane Mattos

 

 

 

Além de organizar estrutura, reunião vai impulsionar grande ato de 02/10

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O Comitê UFRJ da Campanha Fora Bolsonaro, lançado no último dia 9 de setembro com presença expressiva de lideranças políticas e sociais, elevou o patamar de organização da luta na universidade. A plenária do próximo dia 23/09, marcada na reunião inaugural, deve organizar amplos segmentos da comunidade, reunindo trabalhadores e estudantes em um grande bloco contra o governo.

No Dia Internacional da Democracia (15/09), representantes de 9 parti- dos políticos – PT, PSOL, PCdoB, PSB, PDT, Rede, PV, Cidadania e  Solidariedade – se reuniram e anunciaram a mobilização unitária para o ato nacional da Campanha Fora Bolsonaro, no próximo dia 2 de outubro, conforme anunciado pela coordenação da campanha, composta também pela CUT, MST, MTST, Marcha Mundial das Mulheres, CMB, UNE, CTB e demais movimentos reunidos na Frente Brasil Popular e na Frente Povo Sem Medo.

A convocação acontece em um momento-chave: até agora, a adesão aos atos pelo impeachment possibilitou manifestações expressivas, enraizadas nacionalmente e com repercussão internacional. Mas é preciso ir além: a tarefa é colocar milhões de pessoas em movimento para interromper o governo da morte, da fome, do desemprego, do autoritarismo e da violência.

Bolsonaro colocou suas cartas na mesa no último dia 7, ao mobilizar sua base para atos de caráter fascista em várias capitais. No entanto, o desgaste e o isolamento do governo aumentaram, e a oposição democrática e popular acumulou forças com os atos realizados desde maio. A disputa permanece em aberto, e o ensaio fracassado de uma “mobilização neoliberal” protagonizado pelo MBL no último dia 12 mostrou que não existe mobilização pelo impeachment sem forte protagonismo dos movimentos populares.

A memória nos leva para outro momento histórico onde as universidades cumpriram papel decisivo na luta: o Fora Collor. Assim como em 1992, as condições objetivas estão postas. É preciso acender o pavio, animando a luta para derrotar Bolsonaro nas ruas e criar um ambiente de pressão que torne o impeachment um imperativo.

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Enquanto Bolsonaro despejava mentiras  em seu discurso na ONU, o presidente da Câmara dos Deputados, seu aliado Arthur Lira (PP-AL), sob a vigília de servidores, suava para conseguir apaziguar a base governista para tentar conseguir votos e aprovar a proposta de reforma administrativa. Mais uma vez deu com os burros n´água. Não conseguindo realizar reuniões para um “acordo” e viu-se obrigado a adiar novamente a votação da PEC 32/2020 na Comissão Especial.

Nesta quarta-feira, 22, Lira tenta novamente reduzir a resistência na base governista, com proposta de reunião às 15h30, mas está com dificuldades. A prova de que o governo Bolsonaro vem derretendo é o racha na sua base de apoio com a enorme pressão do funcionalismo e a crise institucional aberta por Bolsonaro. Isso fortalece a oposição e angaria simpatias de partidos alinhados ao governo contra PEC 32. 

A entrevista coletiva desta terça-feira, 21, que anunciou posição fechada dos partidos contrária a PEC 32 – além da esquerda PT, PDT, PSB, PSOL, PC do B, REDE – obteve adesão do Solidariedade e do PV que votam tradicionalmente mais com o governo. Estava lá todas as centrais sindicais, representantes de entidades e servidores com a palavra de ordem “se votar, não volta!”.

“Temos esses partidos com posição contrária fechada, mas avançamos em diversas conversas com outros líderes que têm o sentimento de que não há clima para votar a reforma”, afirmou Marcelo Freixo (PSOL-RJ).

 “Estamos buscando outros partidos também. Não é o momento político, a proposta tem problemas de conteúdo e temos tido acenos do próprio Senado em dar sequência a PEC 32. As reuniões que foram canceladas mostram a dificuldade da Casa”, disse Rogério Correia (PT-MG).

“Vamos apresentar um pedido de retirada da PEC 32. Ela não tem serventia ao estado brasileiro. Se o governo tivesse os votos já tinha votado. Não vacila em impor o regimento e o rito sumário na Câmara. Ele não tem voto. O texto não agrada nem aos partidos de oposição, nem aos partidos de governo. Nem a esquerda, nem a direita e boa parte do centro, declarou Alice Portugal (PCdoB-BA).

“Essa PEC não pode ser aprovada e nós precisamos mobilizar ainda mais. Mostrar que quem vota nessa PEC não volta mais na eleição de 2022. É hora de mobilização total para impedirmos a votação em plenário até quinta-feira. Vamos juntos”, anunciou no twitter José Guimarães (PT-CE).

O descontentamento dos apoiadores é visível. “É a PEC da maldade”, resumiu o presidente do Solidariedade, deputado Paulinho da Força (SP) ao justificar a adesão do partido. “Estamos a cada dia mais distantes do governo Bolsonaro”, afirmou.

Em texto de análise, o Diap sustenta que o governo patina no debate. “Depois de idas e vindas, com divergências na base do governo e com a oposição e a pressão dos líderes sindicais que comparecem à Câmara, a base do governo patina no debate. O que é positivo. Esses têm manifestado profundas divergências com a proposta do governo e em relação substitutivo do relator ainda não encontraram um texto para iniciar a discussão e votação da proposta”.

Pressão continua

A pressão de servidores municipais, estaduais, federais, centrais sindicais e suas entidades, têm sido fundamental nesta batalha contra a PEC 32. Ainda mais que Arthur Lira, não conformado com o insucesso na comissão especial, já pretende levar a PEC 32 a plenário, independente de votação na comissão especial.

Para se ter um exemplo da votação da bancada do Rio, cuja maioria é a favor da reforma, o deputado federal do Rio de Janeiro, Carlos Jordy (PSL), quando recepcionado no aeroporto pelos servidores ironizou no twitter. 

“Agradeço à homenagem dos sindicalistas manifestando contra a reforma administrativa no aeroporto de Brasília. Isso só motiva ainda mais meu trabalho rsrs”.

Mande sua mensagem

Para você acompanhar a tendência do voto dos deputados e poder pressioná-los através das redes sociais, o Sintufrj preparou esse painel reunindo os parlamentares federais do Estado do Rio de Janeiro. CONFIRA AQUI E COMPARTILHE: https://bit.ly/2XE2Ty5

Aproveite! Copie e cole essa frase:                     

“Parlamentar que votar a PEC 32 não terá meu voto em 2022. E ainda vou trabalhar para assegurar que não tenha voto de ninguém da minha família e dos meus amigos.”

 #VotaPEC32NãoVolta                       

 

 

Discurso vergonhoso e mentiroso de Bolsonaro na ONU é mais um entre centenas de motivos para a população ir às ruas contra o presidente no dia 2 de outubro, diz secretário de Administração e Finanças da CUT

Publicado: 21 Setembro/2021. Escrito por: Rosely Rocha. CUT Nacional

EDSON RIMONATTO/CUT

A fala do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL), na Organização das Nações Unidas (ONU), na manhã desta terça-feira (21) reforça a urgência em ocupar as ruas em todo o Brasil, no dia 2 de outubro para exigir o fim do governo. Entre os inúmeros motivos para o impeachment, o discurso mentiroso de Bolsonaro coloca o país em uma situação de vergonha mundial por ter o pior presidente de todos os tempos.

Aos líderes mundiais, o presidente mentiu descaradamente sobre os combates à pandemia, aos incêndios florestais e à crise econômica do país, com grande repercussão na imprensa internacional e nacional, que apontaram as suas falsas informações.

“Por suas mentiras, que estão levando o Brasil a atravessar um momento de deterioração nas suas questões políticas e econômicas, temos motivos suficientes para retirar Bolsonaro da presidência da República”, afirma o secretário de Administração e Finanças da CUT Nacional, Ariovaldo de Camargo.

As manifestações que  já estão sendo organizadas pela CUT, demais centrais e Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, devem ocorrer em todos os estados brasileiros, a exemplo de protestos anteriores realizados desde maio deste ano e que já levaram milhões de brasileiros às ruas para deixar claro o “basta” deste governo e exigir que o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL) coloque em pauta um dos mais de 130 pedidos de impeachment já protocolados na casa.

O dia 2 de outubro é uma ação para pressionar o parlamento brasileiro a abrir o processo de impeachment. Não podemos esperar até outubro de 2022, nas próximas eleições para retirar Bolsonaro do poder. As pesquisas já demostram que a maioria da população não aguenta mais este governo

– Ariovaldo de Camargo

Para Ariovaldo, o governo não tem mais força e condições de melhorar a vida dos desempregados, das mulheres, dos estudantes e das futuras gerações. Ao contrário vive no passado dizendo, de forma mentirosa que o país em seus governos progressistas, vivia sob a “ameaça do socialismo”.

“Jair Bolsonaro não tem compromisso com a verdade. Ele não perde a oportunidade para falar aos seus apoiadores, sem se preocupar com o restante da população e mente sobre tudo”, diz Ariovaldo de Camargo.

O dirigente reforça ainda que se alguém tinha alguma esperança de um país melhor, ela foi sepultada com o discurso de Bolsonaro na ONU e com os comportamentos dos seus filhos.

Camargo se refere às vaias que o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) recebeu num shopping, em Nova Iorque (EUA) e às ameaças que o filho mais novo do presidente, Renan, fez aos integrantes da CPI da Covid-19.

Em um vídeo publicado nessa segunda-feira (20), o filho 04 de Bolsonaro, Jair Renan, mostrou armas de fogo e escreveu “Alô, CPI”. A reação foi imediata dos senadores da Comissão, que ao abrirem a sessão desta terça, pediram que o ele seja investigado, por convocação ou encaminhamento do caso à Justiça, pelo crime de ameaça.

É um governo vexatório, que que está no fim e precisamos urgentemente colocá-lo para fora, para podermos construir um novo momento para o país. Vamos ocupar às ruas no 2 de outubro para pressionar o Parlamento contra este governo genocida

– Ariovaldo de Camargo                                                                                                        

*Edição: André Accarini

 

 

Em Nova Iorque, presidente brasileiro falou por 13 minutos sobre temas como meio ambiente, indígenas e pandemia

Daniel Giovanaz/Brasil de Fato | São Paulo (SP) | 21 de Setembro de 2021 

Bolsonaro durante pronunciamento na abertura da Assembleia Geral da ONU – Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) distorceu dados e mentiu durante discurso na 76ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, nesta terça-feira (21).

Após chamar atenção ao circular por Nova Iorque sem estar vacinado, o chefe de Estado brasileiro declarou oficialmente na abertura do evento que “os recursos para fiscalização, nos órgãos ambientais, foram dobrados. E os resultados já começam a aparecer.”
Em abril, o governo aprovou corte de 24% no orçamento do meio ambiente para 2021 em relação ao ano passado.

Bolsonaro também mentiu sobre dados de desmatamento na Amazônia em agosto. Ele falou em 32% de redução em relação ao mesmo mês de 2020. Segundo o Imazon, houve aumento de 7%, um recorde desde 2012.

“Nenhum país do mundo possui uma legislação ambiental tão completa quanto a nossa. Nossa agricultura é sustentável e de baixo carbono”, afirmou o presidente brasileiro. Bolsonaro acrescentou que “indígenas desejam utilizar suas terras para agricultura e outras atividades.”

O discurso reforçou a polarização política interna, mentindo que as manifestações pró-governo do último dia 7 foram “as maiores da história do país.”

“Estávamos à beira do socialismo. Apresento agora um novo Brasil, com credibilidade reconhecida em todo o mundo”, disse o presidente. Em seguida, mentiu mais uma vez, dizendo que não houve nenhum caso de corrupção em seu governo – apesar de todos os indícios levantados pela CPI da Covid.

Sobre a pandemia, ele disse que sempre defendeu “combater o vírus e o desemprego com a mesma responsabilidade.”

Para o capitão reformado, “as medidas de lockdown deixaram um legado de inflação”, e as pessoas foram “obrigadas a ficar em casa” por prefeitos e governadores.

Bolsonaro foi obrigado a usar máscara nas dependências do prédio / John Minchillo / POOL / AFP

O discurso durou, ao todo, 13 minutos.

Jair Bolsonaro valorizou os números da vacinação no Brasil, embora nunca tenha feito um pronunciamento incentivando os cidadãos a se imunizarem. 

“Fiz tratamento inicial [contra a covid]. Nosso governo é contra a vacinação obrigatória”, ressaltou.

“Meu governo recuperou a credibilidade, e hoje o Brasil se apresenta como um dos melhores destinos para investimentos”, disse ainda o capitão reformado, citando os programas de concessão e privatização no setor de infraestrutura.

Confira a repercussão completa do discurso ao longo desta terça-feira no Brasil de Fato.

Edição: Anelize Moreira

 

 

E se ampliássemos a vida urbana para o período noturno? Com essa pergunta o geógrafo Marcos Paulo Ferreira de Góis, autor de Cidades insones: ritmos da vida cotidiana em um futuro próximo, apresenta uma interessante questão sobre o futuro das cidades. O livro será lançado pela Editora UFRJ no dia 23 de setembro, às 17h, com transmissão pelo canal do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ no YouTube: https://www.youtube.com/ForumdeCienciaeCulturadaUFRJ. A publicação já está disponível para download gratuito no site www.editora.ufrj.br

Reduzir a rotina de circuitos repetitivos e concentrados, reorganizar a lógica de localização dos polos comerciais e rever as potencialidades e limitações das aglomerações são algumas das proposições de Cidades insones. No livro, autor faz um estudo considerando cidades com outra organização do tempo e do espaço cotidianos e convida o leitor a imaginar alternativas e a conceber novas cidades possíveis, que não dormem e ampliam a experiência urbana ao romper a fronteira entre dia e noite.

Marcos Paulo Ferreira de Góis é professor de Geografia da UFRJ, onde há mais de dez anos pesquisa o tema da vida e da economia noturna de cidades. No debate de lançamento o autor contará com a participação de Ana Marcela Ardila Pinto, professora do Programa de Pós-graduação em Sociologia da Universidade Federal de Minas Gerais.

 

 

 

Esta semana o governo e aliados jogam pesado para aprovar a PEC 32.  A pressão de cada servidor nesse momento é crucial

Você, servidor, que acha que a reforma administrativa só vale para os novos está enganado. A PEC 32/2020 que está para ser votada na comissão especial da Câmara dos Deputados entre esta terça-feira, 21, e quarta-feira, 22, e pode ir à plenário já no dia seguinte, 23, atinge o conjunto dos atuais servidores públicos brasileiros (federais, estaduais e municipais).

Para atuais e novos não serão mais concedidas vantagens e benefícios tais como redução de jornada sem redução de remuneração, aumentos retroativos, adicional por tempo de serviço, parcelas indenizatórias sem previsão legal, progressão ou promoção e incorporação ao salário de valores referentes ao exercício de cargos e funções.

“O servidor tem que tomar consciência do que está acontecendo. O servidor atual não vai ter garantia de nenhum direito se essa PEC for aprovada. E tudo, absolutamente tudo, tirando as chamadas atividades exclusivas de estado pode ser entregue a iniciativa privada através de contratos de gestão e temporários contratados ou de terceirização. No caso da educação podemos ter uma universidade inteira entregue à iniciativa privada”, declara o especialista em serviço público e ex-diretor do Dieese e Diap, Vladimir Nepomuceno.

Ele alerta que a UFRJ pode ser privatizada e seus servidores colocados em disponibilidade.

“Poderiam privatizar literalmente a UFRJ. Levariam inicialmente os servidores junto e depois seriam devolvidos à medida que a empresa privada montasse seu quadro de funcionários. Se o servidor entrou antes da reforma vai para disponibilidade com o salário reduzido. E lembro que servidor em disponibilidade não tem progressão, promoção, não sai do lugar na tabela. E os servidores que vierem a entrar depois dessa reforma poderiam ser demitidos’, alerta Vladimir.

Vladmir sugere que a campanha contra a PEC 32 tem que ser feita também em casa. “Cada servidor tem que conversar com seus amigos, familiares, conhecidos, na igreja, no clube, na torcida de futebol, em qualquer lugar explicando que se essa reforma for aprovada é o fim da escola pública, do hospital, do posto de saúde. É o fim dos serviços públicos. A modernização para eles é aquele consultório particular que só entra quem pode pagar.”

Lira busca votos 

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), aliado de Bolsonaro, que foi obrigado a adiar a votação do relatório do deputado Arthur Maia (DEM-BA) com medo de uma derrota, agora contabiliza votos, tentando fazer um grande acordo com o centrão, e trabalha para colocar a PEC 32 para votação e aprovação. Nesta terça-feira, se reúne com Maia e líderes da base do governo para alinhar o parecer, e assim o relator poderá apresentar uma terceira versão de substitutivo para cooptar votos. 

A batalha é difícil diante do apoio do mercado e das oligarquias à proposta de reforma administrativa, mas a vida não está fácil para o governo que não tem os 308 votos necessários para aprovação da PEC 32 em votação em dois turnos no plenário da Câmara. 

“O governo não tem 308 votos. Não conseguiu amarrar a bancada da bala. Ela não está fechada pois não tem acordo entre eles. Metade dos 308 votos está mais para gelatina. Se juntar tudo isso sai pelos dedos”, afirma Vladimir Nepomuceno.

Ele explica a situação. “Se o governo tem garantia que tem votos ele não negocia com ninguém e não apresenta substitutivo. O projeto vai a voto do jeito que chega no menor prazo possível, atropela nas comissões e vai para o plenário. É assim que eles agem. Quando fizeram o primeiro substitutivo na comissão especial foi para corrigir uma série de irregularidades e ilegalidades do ponto de vista técnico, legislativo e judiciário. Só que abriu brecha para setores tentarem mudar defendendo os seus interesses. E estão a toda hora fazendo mudanças no texto tentando agradar mais alguém sem perder o pedaço dos votos que já tem. Por isso estão fazendo esse movimento todo para tentar ganhar esses votos que eles não têm. Se tivessem os votos já tinham aprovado tudo!

Pressão

Esta semana o governo e aliados jogam pesado para aprovar a PEC 32.  E a pressão de cada servidor nesse momento é crucial. A hashtag VotaPEC32NãoVolta é a que está sendo utilizada pelo movimento dos servidores. 

O funcionalismo vai para o ataque corpo a corpo, com apoio das centrais sindicais, pressionando os parlamentares em seus gabinetes, nos aeroportos e em suas bases eleitorais em todo o país. A pergunta é: deputado e senador vocês têm coragem para votar num projeto que acaba com os concursos públicos, abre as portas para a privatização, o apadrinhamento e o servidor de carreira?

“Se votar, não volta!”, é a palavra de ordem que tomou conta das ruas e das redes sociais no Brasil. E, em cada canto do país, nas bases de deputados e senadores, a campanha contra a PEC 32 pega fogo.

A Frente Parlamentar Mista do Serviço Público, fez um mapeamento do posicionamento dos parlamentares sobre a Reforma Administrativa, disponibilizando um Observatório da PEC 32, que mapeia e monitora o posicionamento de deputados e senadores acerca da Reforma, classificando-os em “favoráveis”, “indecisos” e “contrários”.

Veja a lista dos parlamentares organizados pela sua intenção atual de voto na Reforma Administrativa de Bolsonaro. No cartão de cada parlamentar você encontra links para os contatos oficiais de cada deputado: e-mail, telefone, redes sociais (Facebook, Twitter e Instagram) e aplicativos de mensagem (Telegram e WhatsApp), quando disponibilizados publicamente pelo parlamentar.

Se você tiver uma conta em qualquer destas redes sociais, você pode clicar no link e deixar seu recado para o Parlamentar. Se estiver no celular, pode clicar no link do WhatsApp ou Telegram e deixar seu recado contra a PEC que destrói o Serviço Público no Brasil.

Vamos lá! É só acessar👇🏽

https://bit.ly/3iYxCwS

Para você acompanhar a tendência do voto dos deputados e poder pressioná-los através das redes sociais, o Sintufrj preparou esse painel reunindo os parlamentares federais do Estado do Rio de Janeiro. CONFIRA AQUI E COMPARTILHE: https://bit.ly/2XE2Ty5

Aproveite! Copie e cole essa frase:                     

“Parlamentar que votar a PEC 32 não terá meu voto em 2022. E ainda vou trabalhar para assegurar que não tenha voto de ninguém da minha família e dos meus amigos.”

 #VotaPEC32NãoVolta