A primeira pesquisa de 2022, realizada pela Quaest Consultoria e Pesquisa e paga pela Genial Investimentos, mostra que o ex-presidente Lula (PT) mantém a liderança na corrida pelo Palácio do Planalto e tem chances de vencer o pleito já no primeiro turno.
Os dados da pesquisa estimulada mostram que o petista tem 45% das intenções de voto, seguido de longe por Jair Bolsonaro (PL), que tem 23%. Na sequência aparecem Sergio Moro (Podemos) com 9%, Ciro Gomes (PDT) com 5% e João Doria (PSDB) com 3%.
No segundo turno contra Bolsonaro, Lula tem 54%, enquanto o atual chefe do governo federal tem apenas 30%.
Contra Moro, Lula tem 50% e o ex-juiz, declarado parcial pelo Supremo Tribunal Federal (STF), tem 30%.
O petista vence em todos os cenários.
O levantamento foi realizado entre 6 e 9 de janeiro e ouviu 2.000 pessoas presencialmente. A pesquisa foi registrada nos sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e pode ser encontrada pelo número de identificação: BR-00075/2022. A margem de erro é de 2 pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%.
Especialistas apontam que mudanças nos hábitos alimentares podem estar relacionadas ao aumento da obesidade
Anelize Moreira/11 de Janeiro de 2022 | Brasil de Fato
A predominância é de alimentos mais fáceis de serem consumidos e que exigem o mínimo de preparo
Com o aumento da expectativa de vida no país uma das preocupações é o envelhecimento saudável. Porém, é preciso compreender a saúde dessa população de uma maneira integral que abrange desde as doenças pré-existentes até a sua condição física atual.
O idoso não pode ser visto apenas como um adulto mais velho, porque há uma série de peculiaridades desta fase da vida que precisam ser levadas em conta, é o que explica Marcelle Saldanha, nutricionista especializada na terceira idade.
Ela ressalta que um dos desafios são os hábitos alimentares, porque apesar desse público na pandemia não ter aderido aos fast foods e as comidas prontas por delivery, ao longo últimos anos houve uma piora na qualidade da alimentação com a inserção de ultraprocessados e alimentos de fácil preparo.
“A predominância é de alimentos mais fáceis de serem consumidos e que exigem o mínimo de preparo. Então o macarrão instantâneo, biscoito e pães é muito presente na alimentação dos idosos e vão ficando de lado aqueles alimentos que exigem maior tempo de preparo. E aí esbarra em uma série de questões que podem influenciar. Seja porque eles têm mesmo dificuldade de permanecer em pé por muito tempo lavando algum alimento, seja porque têm dificuldade de ir comprar alimentos frescos ou por questão financeira.”, ressalta Saldanha.
E os dados refletem essa piora nos hábitos dos idosos. De 2006 a 2019, houve crescimento nos índices de obesidade e sobrepeso entre os idosos brasileiros, segundo estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A pesquisa revelou que a prevalência de sobrepeso aumentou de 53% para 61,4%, e a prevalência de obesidade, de 16,1% para 23%. o que significa um crescimento de 2,8% ao ano.
O estudo foi conduzido por Laura Rodrigues, que utilizou dados do sistema de vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico, o Vigitel, coletados pelo Ministério da Saúde. Participaram mais de 200 mil indivíduos com 60 anos ou mais, das 26 capitais e do distrito federal.
“A pesquisa mostra que tanto sobrepeso quanto a obesidade aumentaram em todos os grupos. O crescimento tem sido superior entre homens entre idosos de 70 a 79 anos entre os idosos com 9 a 11 anos de escolaridade e entre aqueles residentes da região menos desenvolvida do país”.
A pesquisadora explica que apesar do estudo não identificar as causas desse crescimento da obesidade e do sobrepeso nessa população, outros estudos nacionais e internacionais evidenciam que essa elevação está associada ao consumo alimentar e a ausência de atividade física entre idosos.
Rodrigues explica que estudos como esse permitem analisar o cenário nacional e são capazes de subsidiar políticas públicas.
“Nós temos que pensar na qualificação dos profissionais que atendem essa população, sensibilizando esses profissionais a criar o hábito de investigar sobrepeso e a obesidade; o incentivo a prática de atividade física e políticas de incentivo à alimentação adequada e saudável; incentivo à produção e a comercialização de alimentos in natura e minimamente processados, o acesso relacionado ao preço desses alimentos, para que possamos promover o envelhecimento saudável.”, conclui a pesquisadora.
A obesidade nos idosos cresce e piora a mobilidade, autoestima e o risco do surgimento de outras doenças crônicas ou agravamento de doenças cardiovasculares, diabetes e hipertensão. Segundo a nutricionista, um dos pilares para reduzir a obesidade entre idosos é a reeducação alimentar .
Saldanha dá três dicas para melhorar os hábitos alimentares nesta fase da vida.
“A primeira dica é procurar alimentos frescos como os alimentos in natura ou minimamente processados, eles são indicados no Guia Alimentar para População Brasileira e servem como uma diretriz para alimentação saudável. A segunda dica é consumir menos açúcar, que é importante para prevenir a obesidade e outras doenças relacionadas com o consumo de açúcar e a terceira dica é cozinhar mais em casa, porque quando a gente cozinha em casa tende a planejar as nossas refeições”, ressalta a especialista em nutrição em idosos.
Além de alimentos in natura, a nutricionista recomenda alguns alimentos que podem ser priorizados na dieta dos idosos, como feijões, ovos, carnes e leite e derivados.
A pesquisa da UFMG é a primeira no país a estabelecer uma tendência temporal de sobrepeso e obesidade em idosos com mais de dez anos de análise.
Um dos maiores pensadores da comunicação do país, ele diz que redes, que são empresas, devem virar instituição: ‘Mas não sei como isso vai se dar. Se soubesse, reivindicaria o cargo de CEO do Google’
Poucas horas antes de conversar com o GLOBO, na última segunda-feira (10), Muniz Sodré treinou caratê. Aos 80 anos, que completa nesta quarta (12), Muniz, um dos maiores pensadores da comunicação do país, não descuida da saúde. A boa forma física ajudou a salvá-lo da Covid-19. Entre maio e junho de 2020, ele atravessou 40 dias internado. Foi intubado duas vezes e passou pelo CTI. Recuperou-se e já está “trivacinado”.
Autor de uma vasta obra que vai do ensaio à ficção — com destaque para títulos como “Monopólio da fala”, “Pensar nagô” e as aventuras do detetive Timóteo Sete, entre outros —, Muniz também está em ótima forma intelectual. No ano passado, lançou “Sociedade incivil: mídia, iliberalismo e finanças”, no qual afirma que os algoritmos, em aliança com elites predatórias, dilapidaram as instituições democráticas e vitimaram verdade factual, discernimento crítico, respeito às diferenças e solidariedade. Professor emérito da UFRJ que se define como “um nego moderno”, Muniz diz que os terreiros de candomblé, instituições populares que resistem à incivilidade, podem ensinar a negociar as diferenças.
Como é fazer 80 anos depois de enfrentar uma infecção grave por coronavírus em 2020?
Fazer 80 anos é celebrar a senectude. Minha vida é uma travessia amorosa compartilhada com minha mulher, minhas filhas e meus netos. Sou baiano do candomblé nagô, do terreiro Axé Apô Afonjá, em Salvador. Aprendi a ser resiliente, que é aceitar o real como ele é para transformá-lo. O real que me cerca é catastrófico. Percebi que desconhecia a parcela do povo brasileiro que elegeu o atual governo. É uma parcela protofascista, etnocida, que sofre pra burro, mas pactua com os detentores de privilégios. É um choque muito grande. O Brasil se revelou para mim ainda mais brutal do que na ditadura militar. Depois do golpe de 1964, eu sentia que um elefante tinha sentado na minha cabeça. Agora, a opressão militarista vem com coisa pior, que é rebaixamento moral, ético e político da vida nacional. É escandaloso. Talvez devesse voltar a fazer psicanálise, porque esse choque tem me abalado.
No livro recente “A sociedade incivil”, o senhor aborda a degeneração das instituições democráticas. O Brasil foi fundado na violência. Já tivemos sociedade civil aqui?
Curiosamente, tivemos um esboço de sociedade civil quando a violência era maior. No Império, quatro quintos da população brasileira eram escravizados, mas pretos e pardos ascendiam socialmente. Parte da elite era negra e mulata. Francisco Jê Acaiaba de Montezuma, um negão baiano, foi diplomata na Inglaterra. Ninguém sabe disso, mas está no Google! Depois da abolição, o racismo constituiu uma forma escravista, vigente até hoje na sociedade brasileira, que passou a impedir que isso acontecesse. Depois da ditadura militar, a sociedade civil ainda tinha alguma força. As forças políticas se recompuseram e fizeram a Constituição de 1988, que é de extrema importância.
Quando começou a degradação das instituições?
Os partidos se desintegram e hoje só representam o interesse de famílias. Giram ao redor de si próprios e das verbas do fundo eleitoral. Isso está acontecendo no mundo todo. Nos anos 1920, Carl Schmidt, teórico político alemão, já dizia que a democracia parlamentar estava condenada ao centro e à corrupção. O centro que temos hoje no Brasil começou com Fernando Henrique Cardoso, que quebrou a espinha dorsal do movimento sindical ao derrotar a greve dos petroleiros, em 1995. E, como que por irradiação, as demais instituições se abalaram. Mas FHC ainda fez um governo cível. Já a extrema-direita brasileira é suicida. É um capitalismo de destruição, de aniquilamento dos recursos naturais e humanos. É predação de valores e de gente.
Alguma instituição brasileira ainda resiste?
As instituições populares, como o carnaval, que eu defendo que não aconteça este ano, e os terreiros, são fortalezas. A direção do carnaval tem bicheiro e matador? Tem, mas é uma instituição popular forte independentemente do Estado. Assim como a congada e o maracatu. Os cultos afro são instituições litúrgicas e populares fortíssimas, de onde não sai nenhum maluco fundamentalista. E popular não é o contrário de erudito, porque eu estou há 40 anos no candomblé e ainda sou neófito. É a religião mais pós-moderna que existe. No meu terreiro, na Bahia, tem até padre e rabino. O candomblé é uma instituição do povo, uma vacina.
E a imprensa, resiste?
Há dez anos, eu era cético em relação ao futuro da imprensa, achava que estava acabado. O impresso entrou em crise, mas o jornalismo talvez esteja mais forte do que nunca, alimentado pela crise. Talvez os próprios jornalistas não percebam isso, porque é muito difícil trabalhar em redação. A sociedade incivil se organiza para destruir o jornalismo por meio das redes, que não são instituição, são empresas. Embora eu acredite que as redes vão se institucionalizar, porque ou é isso ou o suicídio da sociedade. Mas não sei como essa institucionalização vai se dar. Se soubesse, reivindicaria o cargo de CEO do Google (risos).
Em que medida suas pesquisas sobre comunicação, pelas quais é reconhecido na academia, e seu interesse pelas culturas afro-brasileiras convergem?
Isso vem da minha condição de negro de terreiro. Os nagôs eram grandes negociadores. Negociar não é só comércio, é negociar as diferenças. Zé Limeira, cantador nordestino, um dos maiores versejadores do cordel, disse o seguinte: “Eu sou um nego moderno / Foi não foi, estou pensando…” São versos de gênio! Eu sou um nego moderno. Sou múltiplo de nascimento. Minha avó paterna era nagô. A materna, cigana. Meu avô materno, indígena tupinambá. Eu não acredito em fechamento disciplinar. A comunicação é ponte, é uma disciplina que apaga fronteiras e negocia diferenças.
A negociação das diferenças pode ajudar a combater o “ódio como forma social” a que o senhor se refere em “A sociedade incivil”?
Temos que começar pelo reconhecimento da diversidade. O Brasil é heterogêneo: indígena, sertanejo, ribeirinho, suburbano. Mas não é só reconhecimento intelectual, é aproximação. Só isso combate os discursos de ódio que passaram a reger a sociedade. O ódio é aprendido. Assim como o amor. O único sujeito que nasce amando é o cachorro. Nós aprendemos a amar.
O senhor continua lutando capoeira e caratê?
Capoeira já não jogo há muito tempo, mas caratê eu treino duas vezes por semana on-line. Treinei hoje! Cheguei a voltar a treinar presencialmente, mas aí vieram a Ômicron e a influenza… Também faço musculação. Já sou coroa, tenho que manter a forma. Os médicos acham que recuperei bem da Covid porque tenho boa forma física.
Pandemia e aumento do valor dos insumos seriam os principais fatores para subida de 28% nos preços
Publicado: 11 Janeiro, 2022 – Por: Michele de Mello e Thales Schmidt/ Brasil de Fato
A Organização para Agricultura e Alimentação (FAO) das Nações Unidas divulgou estudo neste início de ano em que revela que o preço médio dos alimentos em 2021 foi o maior dos últimos 10 anos. O Índice de Preços de Alimentos da FAO foi 28,1% superior a 2020.
O índice acompanha as mudanças mensais nos preços internacionais de commodities de cinco produtos: cereais (arroz, milho, trigo e outros), óleos vegetais (soja, canola, girassol e outros), produtos lácteos (leite em pó, queijo, manteiga), carnes (bovina, frango, suína, ovina) e açúcar.
“Embora se espere que os preços normalmente altos deem lugar ao aumento da produção, o alto custo dos insumos, a pandemia global em curso e as condições climáticas cada vez mais incertas deixam pouco espaço para otimismo sobre um retorno a condições de mercado mais estáveis, mesmo em 2022”, afirma o economista da FAO Abdolreza Abbassian.
Os cereais tiveram o aumento mais expressivo. Devido à seca no Brasil, o preço do milho subiu 44,1% em 2021, enquanto o preço do trigo avançou 31,3%. Já os óleos vegetais ficaram até 65,8% mais caros no último ano. O índice que acompanha os preços das carnes teve um aumento de 12,7% em 2021 na comparação com 2020.
O professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Luiz Carlos Pinheiro Machado Filho, destaca que as flutuações nos preços dos alimentos são rotineiras e resultado de um modelo agrícola baseado no lucro e no “elevado uso de insumos, comprados dos oligopólios, alta produtividade e monocultivo, com uma economia baseada no lucro que considera alimento como commodity, em português, mercadoria.”
“A variação de preços desses produtos segue o ‘mercado’, que é umbilicalmente vinculado ao modelo agrícola. Embora haja fatores conjunturais influindo na variação de preços, como variações climáticas que afetam a produtividade das lavouras ou a variação da demanda de grandes importadores como China e outros países asiáticos, a variação de preços segue, estruturalmente, a especulação financeira e os ganhos dos grandes oligopólios do chamado ‘Agronegócio'”, diz o pesquisador ao Brasil de Fato.
A pandemia também marcou um agravamento dramático da fome no mundo. De acordo com a ONU, 811 milhões de pessoas passam fome em todo o mundo.
Na América Latina e Caribe, a insegurança alimentar é realidade para 9,1% da população — o índice mais alto dos últimos 15 anos. Somente no Brasil, o maior produtor de alimentos do mundo, 116,8 milhões de pessoas não conseguem realizar três refeições ao dia.
Levantamento da subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no SindSaúde-SP mostra que os técnicos e auxiliares de enfermagem foram os mais infectados pelo coronavírus desde o início da pandemia. Esses profissionais representaram 36,3% (44.722) do total de casos positivos de Covid-19 entre profissionais de saúde.
Em segundo lugar estão as enfermeiras e enfermeiros, que representaram 15,4% (18.930) dos casos positivos; na sequência estão médicos e médicas, com 10,3% (12.710) do total de positivado.
No total, pelo menos 123.087 profissionais de saúde no estado de São Paulo foram contaminados pelo coronavírus. Contudo, o SindSaúde-SP avalia que esse número pode ser muito maior, tendo em vista a alta de taxa de subnotificação, pois não houve uma política de testagem periódica.
“Nos primeiros meses de pandemia, não havia testes e, quando eles chegaram, não foram suficientes para fazer uma avaliação em massa. Sabemos que existem casos assintomáticos, então, esse número de contaminados pode ser muito maior, sem sombra de dúvidas”, avaliou a presidenta do SindSaúde-SP, Cleonice Ribeiro.
O apontamento do Dieese teve como base os dados abertos do governo do Estado de São Paulo, desde 2020 a 3 de janeiro de 2022, em relação aos trabalhadores da saúde do serviço público (estadual e dos municípios) e do setor privado.
Internações e óbitos
Em relação ao número de internações e óbitos entre profissionais da saúde, a subseção do Dieese utilizou os dados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe, o SIVEP-Gripe, de janeiro a 6 de dezembro de 2021.
Os números apontavam que, no estado de São Paulo, houve 491 casos de Covid-19, que evoluíram para uma Síndrome Respiratória Grave Aguda (SRAG) e necessitaram de internação. Desse total, 160 foram a óbito. Em 2020, esse número havia sido de 587 internações e 134 óbitos no estado por Covid-19.
Além da subnotificação por falta de testagem, é preciso alertar para o fato de que a identificação da ocupação do paciente ao ser internado nem sempre é feita e, por isso, a dimensão dos trabalhadores da saúde afetados pela Covid-19 tende a ser ainda maior.
Durante todo período de pandemia, o SindSaúde-SP lutou e continua lutando para que as trabalhadoras e os trabalhadores tenham seus direitos garantidos, entre eles, até mesmo ao acesso a Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) para se protegerem da Covid-19.
Pelo menos 17 capitais e o Distrito Federal já cancelaram o Carnaval 2022. Em outros estados, prefeituras ou estão analisando se realizam – a maioria – ou decidiram realizar – a minoria
Com o avanço de casos da variante ômicron do novo coronavírus e o aumento de casos de gripe, 17 capitais do Brasil e o Distrito Federal, além de centenas de cidades do interior em todo o país, muitas delas com tradição de realizar a festa de momo, cancelaram o Carnaval de rua em 2022, que ocorreria entre os dias 25 de fevereiro e 05 de março.
Em outras capitais os prefeitos ainda estão analisando se realizam as festas de rua e algumas decidiram realizar.
O Carnaval foi cancelado em cidades onde a festa é tradicional e atrai uma multidão de turistas, como no Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Recife (PE), Olinda (PE), Ouro Preto (MG), Juiz de Fora (MG) e São Luiz do Paraitinga (SP). Nem em São Paulo, onde nos últimos anos os blocos voltaram com tudo para as ruas da cidade, a festa foi autorizada.
Confira as cidades onde o Carnaval de 2022 já foi cancelado, onde está sendo analisada a possibilidade de realizar a festa e onde foi confirmado, por enquanto, pelo menos.
Aracaju
A Prefeitura da capital de Sergipe ainda está analisando se realiza o Carnaval.
Belém
A Prefeitura da capital do Pará cancelou o Carnaval.
Belo Horizonte
A prefeitura não anunciou oficialmente o cancelamento das festas nas ruas, mas suspendeu os investimentos e a infraestrutura para os desfiles dos blocos, o que inviabilizaria a realização. No entanto, grupos e blocos estão organizando suas atividades de forma independente.
Boa Vista
A Prefeitura da capital de Roraima está analisando as chances de realizar o Carnaval.
Brasília
O governador Ibaneis Rocha cancelou o Carnaval na capital e em todas as cidades do Distrito Federal.
Campo Grande
A Prefeitura da capital do Mato Grosso do Sul cancelou o Carnaval.
Cuiabá
A Prefeitura da capital de Mato Grosso cancelou o Carnaval.
Curitiba
A Prefeitura da Capital paranaense cancelou o Carnaval, apesar da pouca tradição de realização da festa. E no Estado, o vice-líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Cobra Repórter (PSD),entrou com um requerimento de cancelamento da festa em todas as cidades do Paraná alegando a necessidade de manter baixa a taxa de contaminação no estado.
Espírito Santo
Por enquanto a única decisão por cancelar o Carnaval foi tomada na cidade de Guarapari.
Fortaleza
O edital de apoio às festas na capital cearense havia sido cancelado pelo prefeito José Sarto (PDT) em 30 de novembro, sendo seguido pelo governador Camilo Santana (PT). Não vai ter Carnaval no Ceará.
Florianópolis
A Prefeitura da capital de Santa Catarina decidiu cancelar o Carnaval deste ano, tanto os blocos de rua, quanto os desfiles das escolas de samba.
Goiânia
O Carnaval está cancelado na capital de Goiás.
João Pessoa
Na capital da Paraína, a realização do Carnaval ainda está sendo analisada.
Macapá
Na capital do Amapá o Carnaval foi cancelado.
Maceió
Na capital de Alagoas o Carnaval tamvbém foi cnacelado.
Manaus
Na capital do Amazonas o Carnaval foi cancelado.
Natal
Na capital do Rio Grande do Norte, por enquanto, a Prefeitura decidiu realizar o Carnaval.
Olinda
A Prefeitura de Olinda (PE) também cancelou o Carnaval de 2022 na cidade. O prefeito Professor Lupércio (Solidariedade) prometeu linhas de investimentos para a cultura local como medida alternativa.
Ouro Preto
A prefeitura de Ouro Preto (MG) já havia anunciado que não haveria o desfile de blocos de rua desde 15 de dezembro. O município vetou qualquer tipo de evento, público ou privado, em espaços abertos ou fechados, durante a folia. Outras cidades mineiras como Ouro Preto, Diamantina, Mariana e outros 27 municípios da Associação das Cidades Históricas também decidiram, em conjunto, pela não realização das festas.
Palmas
Na capital do Tocantins, a Prefeitura ainda está analisando se realiza ou não o Carnaval 2022.
Porto Alegre
Na capital do Rio Grande do Sul, a Prefeitura decidiu manrer o Carnaval.
Porto Velho
Na capital de Rondônia a realização da festa ainda está em análise.
Recife
A prefeitura da capital pernambucana cancelou toda a programação oficial do Carnaval de rua alegando que a prioridade deste – e de qualquer momento – sempre será a preservação da saúde e da vida”.
Rio Branco
O mesmo ocorre na capital do Acre onde as autoridades locais ainda analisam a possibilidade de realizar a festa.
Rio de Janeiro
A Prefeitura do Rio de Janeiro cancelou o Carnaval de rua no município, mas manteve, por enquanto, os desfiles das escolas de samba na Marquês de Sapucaí. O prefeito Eduardo Paes (PSD) alegou que o sambódromo oferece possibilidades de controle sanitário de pessoas mediante a apresentação de comprovante vacinal.
Salvador
A capital baiana foi a primeira grande cidade brasileira a cancelar a sua tradicional folia. O governador Rui Costa (PT) disse em 23 de dezembro que uma megafesta, nos moldes das que são feitas historicamente em Salvador, seria “inviável”.
São Luís
A Prefeitura da capital do Maranhão já cancelou o Carnaval.
São Luiz do Paraitinga (SP)
O Carnaval de marchinhas de São Luiz do Paraitinga, famoso destino carnavalesco no interior de São Paulo, havia anunciado em 23 de novembro que não realizaria a folia em 2022. A prefeitura local disse que “momento atual ainda requer atenção, cautela e responsabilidade”.
São Paulo
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), cancelou o desfile dos 696 blocos que tinha autorizado a desfilar, mas, como o colega do Rio, quer manter os desfiles das escolas de samba no Sambódromo do Anhembi. Veja no final lista de todas as cidades do estado que já cancelaram o Carnaval.
Teresina
A prefeitura da capital do Piauí decidiu realizar o Carnaval.
Oepidemiologistada UFRJ e coordenador do GT Covid-19, Roberto Medronho, acha que a decisão da universidade de determinar atividades remotas vai se estender para além do dia 31 de janeiro. Ele disse que a reavaliação da situação por parte do GT e da Reitoria será frequente, “mas é muito pouco provável que a gente saia desta resolução no dia 31. Ao longo do mês ainda teremos muitos e muitos casos”, acredita.
Segundo o cientista, “a situação é bastante preocupante”. Ele disse que nunca viu um vírus se espalhar tão rapidamente quanto essa variante ômicron. “E a expectativa é que sobrecarregue bastante os serviços de saúde”.
Medronho observa que, embora menos letal, a ômicron tem capacidade de impactar o sistema de saúde, porque tem infectado muitos profissionais de saúde e o estado já enfrenta dificuldade de reposição de pessoal. “E ainda nem chegou no pico”, alerta.
O GT Covid da UFRJ recomendou inclusive a suspensão da cerimônia de formatura da turma de Faculdade de Medicina que estava programada para o dia 12, no Riocentro, reunindo centenas de pessoas. A festa de formatura, segundo Medronho, homenagearia ele, a reitora Denise Pires e a professora Terezinha Marta, pela atuação na linha de frente na pandemia.
“Foi uma pena a suspensão da cerimônia, diante de uma turma com metade dos alunos cotistas, e que certamente seria um momento de glória para as famílias”. Mas, disse, a ciência falou mais alto. “O momento não permite aglomeração, seja em locais públicos ou fechados”.
Carnaval
Para o epidemiologista da UFRJ, como o pior ainda não chegou é uma temeridade manter os desfiles na Sapucaí. Portanto, não basta suspender blocos: é preciso suspender todos os festejos, defendeu. Essa posição ele levaria à reunião do comitê científico do estado do Rio.
Da mesma forma que no município do Rio, o número de casos explodiu no Centro de Triagem Diagnóstica da UFRJ (de zero para 43% na primeira semana de janeiro, segundo ele). “E nós estamos com a expectativa de que na próxima semana a situação só piore”. Por isso, explicou, a decisão de suspensão das atividades presenciais foi acertada e teve o apoio do GT Coronavírus. Para ele, a Reitoria, subsidiada pelo GT, foi pioneira e corajosa na deliberação, até porque foi de encontro da determinação judicial de retorno presencial. “Já demos dados para a Reitoria para que possa se posicionar perante o juiz sobre o motivo para esta atitude”, disse ele, esperando que a Justiça perceba que seria absurdo forçar o retorno.
A reitora Denise Pires também citou dados indicadores de agravamento do quadro. Mas disse que a UFRJ está atuando de forma muito consciente, utilizando o princípio da precaução. Ela explica que ainda não é um alarme sanitário: “é apenas uma preocupação para a gente diminuir a circulação do vírus”.
ATENÇÃO: Os sindicalizados e sindicalizadas que se inscreveram para receber a surpresa natalina do Sintufrj e que, por algum motivo, não a receberam em casa tem até o dia 14 de janeiro (próxima sexta-feira) para buscá-la na sede do sindicato. Após este período o Sintufrj estará encerrando o procedimento.
Reitoria recomenda que atividades administrativas, de ensino, pesquisa e extensão voltem à modalidade remota
Por Assessoria de Imprensa da Reitoria
Considerando o aumento do número de casos de Influenza A registrados na cidade do Rio de Janeiro, desde dezembro de 2021, e de covid-19, nesta primeira semana de janeiro de 2022, além do aumento expressivo de casos provavelmente em virtude da variante Ômicron, a Reitoria da UFRJ orienta que as atividades administrativas, de ensino, pesquisa e extensão promovidas pela Universidade retornem à modalidade remota até 31/1, exceto as atividades essenciais.
Na tentativa de evitar aglomerações e garantir a segurança da comunidade acadêmica, recomenda-se que as aulas presenciais sejam suspensas até o final deste mês. A UFRJ está monitorando a evolução da variante Ômicron e, tão logo a situação melhore, informará sobre a possibilidade de retorno das atividades presenciais.
Além disso, a Reitoria solicita que a comunidade universitária siga as orientações a seguir, emitidas pelo Centro de Triagem Diagnóstica (CTD/UFRJ):
Para sintomáticos respiratórios: testar no CTD, no terceiro dia de sintomas. Se positivo, será preciso afastamento por sete dias, a contar do primeiro dia dos sintomas. Retestar (antígeno nasal) no sétimo dia dos sintomas. Se negativo, retorno imediato. Se positivo, retestar com sete dias.
Para assintomáticos que tiveram contato com alguém com covid-19: testar no CTD no terceiro dia pós-contato. Se positivo, será preciso afastamento por sete dias, a partir do resultado do exame. Retestar no sétimo dia.
O CTD funciona no Polo de Biotecnologia (Av. Carlos Chagas Filho, 791, Cidade Universitária, Rio de Janeiro), de segunda a sexta, das 8h às 11h30.
A Reitoria da UFRJ reitera a importância da vacinação contra a covid-19 e da manutenção das medidas não farmacológicas preventivas: distanciamento interpessoal, uso de máscara e higienização frequente das mãos.