O Sintufrj, através do seu Projeto Universidade Cidadã para os trabalhadores e trabalhadoras e da Coordenação de Educação, Cultura e Formação Sindical do SINTUFRJ, lançou, nesta sexta-feira, dia 10, o edital sobre o processo de inscrição em 2025 dos cursos de capacitação e oficinas do SINTUFRJ.

O período de inscrição, que será on line, vai até 10 de fevereiro. O formulário estará disponível no site do Sintufrj (www.sintufrj.org.br).

Podem se inscrever nos Cursos do Sintufrj, servidores técnico-administrativos em educação da UFRJ filiados ao Sintufrj  em dia em suas relações com o sindicato, de acordo com o estatuto da entidade; seus dependentes diretos; prestadores de serviços na UFRJ e terceirizados há mais de um ano devidamente comprovado pela Direção da Unidade em que trabalha.; extraquadros; comunidade externa (com autorização da diretoria plena).

Os técnico-administrativos em educação da UFRJ terão prioridade no preenchimento das vagas que é de 40 por turma (até 10 das quais para não sindicalizados).  A distribuição por categoria é a seguinte: 30 vagas para técnicos-administrativos em educação e dependentes; para os demais, até 10 vagas por ordem de prioridade (primeiro, terceirizados, segundo, comunidade externa).

Caso o número de candidatos supere o número de vagas, haverá uma lista de espera.

As aulas iniciam a partir do dia 10 de fevereiro de 2025 para as oficinas e curso de capacitação, de acordo com a sequência dos dias da semana. Terminam dia 18 de dezembro.

Veja a seguir os dias e horários dos cursos de capacitação

 

OFICINAS do Sintufrj

Dança de Salão – tem como objetivo promover o bem-estar físico, mental e social, utilizando-se dos movimentos técnicos, formatados em métodos individuais e coletivos, através de ritmos variados.

Violão – é um curso livre para associados e dependentes, aprenderem ou se aprimorarem a tocar violão. O ensino é feito de forma coletiva, mas com atendimentos individuais, focado na prática com cifras e no vasto repertório da Música Brasileira.

Pintura – tem como objetivo promover o desenvolvimento das habilidades da arte de pintar em tecidos, telhas, madeiras, papel etc. Ligada à imaginação e a terapia ocupacional. Obs.: material utilizado durante as aulas serão de responsabilidade dos alunos

Patchwork – É a arte de unir retalhos de diversas estampas, formando diferentes design, curso de terapia ocupacional, principalmente voltadas a idosos, muito difundida nos EUA e que vem ocupando espaços no Brasil em exposições. Obs.: material utilizado durante as aulas serão de responsabilidade dos alunos

Mas atenção:

O edital informa que, para que a certificação seja concedida, o(a) aluno(a) deverá ter, no mínimo, 75% de frequência e realizar as avaliações ao longo do curso.

O aluno pode se inscrever em mais cursos, desde que o horário não seja concomitante.

No que se refere aos não sindicalizados, é preciso declaração do chefe de local de trabalho que comprove as atividades laborais. No caso de comunidade externa, será necessária carta de apresentação da diretoria do Sintufrj.

Casos omissos ou situações não previstas por este Edital serão resolvidos pela Coordenação de Educação, Cultura e Formação Sindical do SINTUFRJ.

Veja imagens das aulas inaugurais dos cursos de capacitação e oficinas de 2023 e 2024

Fotos: Elisângela Leite

 

 

   

Entenda a cronologia dos fatos envolvendo o ataque que matou dois e feriu seis sem-terra no interior paulista

POR BRASIL DE FATO

No breu da noite na área rural de Tremembé, no interior de São Paulo, os olhos só conseguiam enxergar o que a iluminação provocada pelos faróis dos carros alcançava. Às 23h do dia 10 de janeiro, dois grupos se encontraram na cerca de um lote do assentamento Olga Benário, regularizado desde 2005. De um lado, um número ainda impreciso de homens armados, vindos em ao menos cinco automóveis e motos, segundo o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Do outro, 15 assentados.

Quando chegam ao pé da propriedade rural, antes mesmo que os sem-terra pudessem dizer “boa noite”, o primeiro estampido despertou toda a vizinhança. Em seguida, inúmeros disparos que duraram ao menos três minutos.

Dos 15 integrantes do movimento popular que estavam na área, oito foram atingidos. Entre os feridos, alguns usaram o mato alto de dentro da propriedade para se esconder, protegidos pela escuridão. De lá, uma sobrevivente escutou a ordem de um dos membros do grupo armado: “mata tudo, mata todo mundo”.

Quando partiu, o grupo deixou para trás duas vítimas fatais: Valdir do Nascimento de Jesus, o Valdirzão, de 52 anos, e Gleison Barbosa de Carvalho, de 28 anos. Outras seis pessoas foram alvejadas.

Nesta quarta-feira (15), duas seguem internadas no Hospital Regional do Vale do Paraiba em Taubaté (SP). Uma delas, Denis Barbosa de Carvalho, irmão de Gleison, está em estado grave após tomar dois tiros na cabeça.

Valdirzão era o coordenador do assentamento Olga Benário e uma das mais importantes lideranças do MST na região do Vale do Paraíba. Para entender o brutal ataque sofrido pelo movimento é preciso voltar alguns meses em um diálogo específico.

O lote vazio

Corria o mês de novembro de 2024 quando Valdirzão recebeu em seu lote a visita de Ítalo Rodrigues da Silva, filho de Antônio Martins dos Santos Filho, conhecido como “Nero do Piseiro”, figura popular em Tremembé, por ser o dono de um bar no município que tem como principal atração o ritmo musical que carrega no apelido.

Na conversa, Ítalo Rodrigues da Silva teria dito a Valdirzão que “comprou” uma área vaga dentro do assentamento e que passaria a ocupá-la. O terreno é um dos 45 lotes do Olga Benário e tem cinco mil metros quadrados. De acordo com o movimento, a área pode valer até R$ 7 milhões.

O coordenador do MST teria explicado que a área não pode ser comercializada e nem ocupada por terceiros, pois pertence ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), e que o movimento aguardava um parecer do órgão sobre quem deveria ocupar o terreno.

Meses antes, a família de Ítalo Rodrigues da Silva teria “comprado” a área de um homem, que antes já teria pago uma quantia para uma assentada do Olga Benário, que desistiu da posse de seu lote.

O artigo 189 da Constituição Federal estabelece que os lotes em assentamentos da Reforma Agrária não podem ser negociados pelo prazo de 10 anos, mesmo que o beneficiário já tenha recebido título de posse da área. A venda de forma irregular pode ser considerada crime de estelionato e infração administrativa.

Meses depois, já no dia 9 de janeiro deste ano, a coordenação do assentamento foi alertada por alguns assentados que havia uma movimentação inesperada dentro do lote que estava vago. Valdirzão, então, convocou um grupo de integrantes do MST para ir ao terreno.

O furto

Ao chegar no lote, o grupo teria notado que a bomba e o encanamento do poço artesiano que abastece o assentamento e irriga as lavouras foram furtados. O terreno fica na área mais alta do Olga Benário e, por isso, ali foi construído uma estrutura para a distribuição de água para os demais assentados.

Além do furto, os sem-terra notam que a casa que ficava no lote estava sendo reformada. Novas janelas já tinham sido instaladas e havia entulho de obra espalhado pelo terreno.

O grupo de assentados, formado por 15 pessoas, entre elas crianças e mulheres, decidiu esperar o invasor para cobrar explicações. No dia seguinte, passava das 16h quando Ítalo Rodrigues da Silva surgiu em uma caminhonete e subiu o barranco que separa a cerca da propriedade da casa onde estavam os sem-terra.

Quando se encontram, segundo os sem-terra, a conversa foi tensa. Mais uma vez Valdirzão avisou Ítalo Rodrigues da Silva sobre o lote não poder, por lei, ser ocupado sem a indicação e supervisão do Incra e o questionou sobre o furto da bomba que deixou o assentamento sem água. Irritado, o invasor partiu, mas prometeu retornar.

Diante da ameaça, os sem-terra mantiveram vigília no local. Horas depois, por volta das 23h, ocorreu o ataque. Os sobreviventes relatam aos policiais que entre os homens armados estavam Ítalo Rodrigues da Silva e seu pai, Antônio Martins dos Santos Filho, o “Nero do Piseiro”.

A fuga do invasor

No dia seguinte ao ataque, 11 de janeiro, Nero do Piseiro foi preso. Ele estava no bairro Santa Tereza, em Taubaté (SP), cidade vizinha a Tremembé, e foi detido em flagrante. Na audiência de custódia, a Justiça converteu sua prisão em preventiva e determinou que ele seja mantido encarcerado por 30 dias.

De acordo com a investigação, Nero do Piseiro seria o líder do ataque. Em depoimento ele confirmou que estava no lote no momento do ataque, mas disse que não estava armado e, portanto, não disparou contra os assentados. Seu filho, Ítalo Rodrigues da Silva, também teve a prisão determinada, mas está foragido.

“A motivação foi um problema interno de pessoas do assentamento, sem nenhuma conotação com invasão ou proteção de terra. Foi uma cobrança de posição em relação à permissão de negociar o terreno ou não. A gente não conseguiu, até agora, entender se ele (Nero), era o adquirente ou se ele era o intermediário. Seja como for, ele estava lá para modificar o pensamento dos demais”, afirmou o delegado Marcos Ricardo Parra, em entrevista coletiva em Tremembé.

De quem é a responsabilidade?

Lideranças do MST acusam o Incra de agir com morosidade para solucionar o impasse do lote vazio. O movimento esperava uma decisão do órgão, que por obrigação legal deveria abrir um edital para escolher o próximo assentado do terreno.

Sabrina Diniz, superintendente do Incra em São Paulo, estava no assentamento e falou com o Brasil de Fato. “2023 foi um ano em que a gente focou muito nas supervisões ocupacionais no estado inteiro, porque os assentamentos federais aqui no estado de São Paulo, assim como os quilombos, enfim, ficaram completamente abandonados pelo Incra a partir do golpe da Dilma até o fim do governo de (Jair) Bolsonaro”, ressaltou.

“Então, o Incra não estava presente nesses assentamentos, o que permitiu que houvesse diversas invasões, não só de lotes, mas principalmente de áreas coletivas, de reserva, de áreas coletivas por por grupos, muitas vezes ligados a vereadores bolsonaristas, com policiais envolvidos, uma característica bastante miliciana”, disse a superintendente do Incra.

Integrantes do MST afirmam que um vereador de Tremembé, Vagner Lima (MDB), teria dito a grupos de empresários e grileiros de terra que as áreas do movimento “podem ser invadidas” e que “não acontecerá nada”.

Ao Brasil de Fato, o vereador afirmou que “não é parte envolvida” e que não faz parte “de nada em relação ao Olga Benário e nenhum outro assentamento”.

No dia 23, há nova reunião GT PCCTAE no MGI para tratar dos demais pontos do termo de acordo.

A Fasubra e a CNSC avaliaram a MP 1.286/2024, publicada dia 31, que trata  de todas carreiras que tiveram acordos com o governo em 2024, e o resultado no que toca a Lei 11.091/2005, a lei da Carreira TAE, está no informe da direção de 10 de janeiro que pode ser consultado em (https://fasubra.org.br/wp-content/uploads/2025/01/ID-N%C2%B0-01-DE-JANEIRO.pdf.

A Fasubra realizou uma live no dia 8, cuja apresentação pode ser consultada no link https://fasubra.org.br/wp-content/uploads/2025/01/Live-FASUBRA-MP-1286-JAneiro-3.pdf

Destacamos alguns trechos para explicar o que muda com a MP que está em vigor desde 1º de janeiro mas cujos efeitos financeiros ainda dependem da aprovação da Lei Orçamentária Anual, necessária para execução dos compromissos do governo, hoje usada como barganha na queda de braço promovida por setores majoritários do Congresso na negociação com o governo sobre as emendas parlamentares, na busca do atendimento de interesses pouco republicanos, da emendas sem transparência que acabam sequestrando do governo a gestão das vergas para interesses públicos. Por isso, a Fasubra aponta a necessidade de uma campanha forte com pressão aos parlamentares, pela aprovação da LOA, o que deveria ocorrer ao fim do recesso, 2 de fevereiro.

A MP  altera a Lei 11.091 nos Artigos 131 a 133 (na página 11) e nos anexos que tratam diretamente das alterações no PCCTAE (nas páginas 382 a 479), entre outras mudanças.

Trata, no Art. 131 e anexos, da nova estrutura, transformação de cargos para criação dos dois novos cargos amplos e valores da remuneração, do ingresso no padrão inicial do cargo, requisitos e ainda regras de transição para o desenvolvimento.

Apesar disso, avalia a Fasubra, não reflete o que foi construído na CNSC, a partir do Termo de Acordo 11/2024. Os cargos criados não contemplam o de Auxiliar de Ensino, e as atribuições estão resumidas ; excluem a CNSC de qualquer função na regulamentação; não está incluída a equivalência do IQ com a RSC; não há aumento para quem ficou no PUCRCE.

E os médicos que são do PCCTAE acabaram com reajustes diferentes, em tabelas de outra lei. Por isso, conforme deliberação do GT Carreira do Sintufrj, a Fasubra deve fazer pressão no governo para que este segmento esteja incluído nos reajustes do PCCTAE.

Os encaminhamentos para as entidades de base são os seguintes:

– sobre a progressão por mérito e Incentivo à Qualificação (IQ) – as entidades devem procurar as pró-reitorias de gestão e pessoas e cobrar portarias de progressão e correção dos IQ (agora todos os cursos da educação formal são considerados como de correlação direta).

– sobre a Aceleração por Progressão por Capacitação – que todo servidor abra processo de progressão, anexando todos os certificados de capacitação que possua.

– Campanha pela LOA – as entidades de base devem procurar as bancadas federais dos seus estados para pressionar pela aprovação imediata da LOA no retorno do recesso do Congresso.

Veja a seguir as tabelas a partir de janeiro de 2025 e abril de 2026

Em janeiro, há 9% de aumento, nova correlação entre os níveis de classificação em relação ao nível e, e aumento do step para 4%. Em 2026, há mais 5% de reajuste e o step passa para 4,1%.

Para se localizar, o servidor deve verificar, em seu contracheque , a classe e o padrão atual, de acordo com o nível de capacitação. Localizado na primeira coluna da tabela, deve prosseguir na mesma linha na horizontal para localizar o novo padrão (reestruturado) e, ao lado, o  novo salário.

Exemplo: o servidor do Nível de Classificação D, até então no padrão 3 e no nível II de Capacitação (com salário de R$2.991,58) tem novo padrão 4, com salário de R$ R$3.408,22. Em 2006 vai ganhar(se não tiver nenhum incentivo a qualificação), R$ 3.588,97.

E com o novo IQ

Nas colunas seguintes, estão os salários para quem tem incentivo à qualificação (direta ou indireta, agora é o mesmo).

Por exemplo, se este mesmo colega tiver ensino superior, o IQ é de 25% e ele passa a ganhar R$ 4.260, 26.

 

 

Qual a diferença entre o salário de 2023 para 2025 e 2026

As tabelas, inclusive com a evolução da remuneração desde 2023 (para o pessoal ter a dimensão do quanto representou no bolsa o acordo da greve)  podem ser consultadas no link https://fasubra.org.br/geral/nova-tabela-remuneratoria-do-pcctae/

 

 

 

 

Dirigentes do Sintufrj e da Fasubra comunicaram o apoio das duas entidades à cobrança ao Ministério da Gestão e Inovação dos Serviços Públicos (MGI) da correção da Medida Provisória (MP) nº 1286 para que os médicos sejam incluídos nas conquistas do Plano de Carreiras dos Cargos Técnico-Administrativos (PCCTAE) do qual esses profissionais fazem parte.
Na manhã desta quarta-feira (15) uma comissão de médicos da UFRJ se reuniu com coordenadores do Sintufrj e da Fasubra na sede do sindicato.
O encontro definiu três encaminhamentos: 1) nota de apoio às reivindicações dos médicos; 2) procurar a bancada do Rio de Janeiro de deputados federais (Lindbergh Farias, Jandira Feghali e Reimont) que participaram nas mediações com o governo que resultaram no acordo de greve; 3) mobilizar os médicos na pressão para que deputados votem a Lei Orçamentária Anual (LOA), como orienta a Fasubra – ação parlamentar necessária para que a MP que muda salários e carreira passe a valer.

O que aconteceu
Tal como foi publicada na terça-feira, 31 de dezembro, a Medida Provisória prevê, de forma equivocada, reajuste nas tabelas salariais para médicos e médicos veterinários de 4,5%. O Sintufrj e a Fasubra sustentam que, como integrantes do PCCTAE, têm direitos a percentuais e steps equivalentes ao conjunto da categoria.

MÉDICOS SE REÚNEM na sede do Sintufrj com dirigentes do sindicato e coordenador da Fasubra, Francisco de Assis (camisa azul, no centro da mesa)

A convocação da Fasubra para que os servidores abram uma frente de pressão sobre parlamentares como forma de assegurar o cumprimento do acordo com o governo – que depende da votação da lei orçamentária pelo congresso – é certeira. É que a ofensiva insaciável da linha fisiológica no Congresso pode retardar as alterações nas tabelas salariais acertadas entre representantes de servidores do executivo federal e o governo.
De acordo com artigo da revista Carta Capital, o senador Angelo Coronel (PSD-BA), relator da Projeto de Lei Orçamentária (PLOA-2015) foi escalado para fazer o trabalho sujo: o senador, que esquafedeu-se de Brasília mesmo antes do recesso, quer transformar a aprovação da PLOA em instrumento de pressão para obter do governo negociação favorável acerca das emendas parlamentares.
A revista informa na matéria pública na segunda-feira (13) que o senador pedirá reunião com os três poderes para discutir as tais emendas (que tem sequestrado do Executivo parte importante do orçamento). Sem a votação do orçamento, o uso de verbas públicas fica congelado e o funcionamento da máquina federal que depende do orçamento não tem como funcionar.
Portanto, a pressão dos servidores – protagonista de uma greve vitoriosa – é essencial neste momento

As inscrições para o VIII Curso de Capacitação para Formação e Atuação nas Comissões de Heteroidentificação da UFRJ vão até o dia 15 de janeiro. A Comissão de Heteroidentificação, composta por integrantes do corpo discente, docente e técnico-administrativo, é um grupo que analisa a autodeclaração racial de candidatos em processos seletivos. O objetivo é garantir que as vagas reservadas sejam ocupadas por quem se enquadra na política de inclusão.

Devido às fraudes no sistema de cotas raciais, muitas universidades iniciaram a implantação de comissões de heteroidentificação em seus processos seletivos. Na UFRJ, desde 2020, os candidatos que se autodeclararam negros (pretos ou pardos) ou indígenas no ato da inscrição têm a sua autodeclaração verificada por membros da Comissão de Heteroidentificação da UFRJ. Assim, para capacitar a comunidade universitária para formar as comissões é realizado todo ano o curso de capacitação.

O procedimento de heteroidentificação dos cotistas consiste em uma entrevista simples, na qual o candidato apresenta as razões que o levaram a se declarar como pessoa preta, parda ou índia. A comissão utiliza exclusivamente o critério fenotípico para aferição da condição declarada. O processo é filmado e a pessoa pode solicitar, em caráter de recurso, novo procedimento de heteroidentificação.

Este VIII curso, que tem como parceiros a Câmara de Políticas Raciais da UFRJ, o projeto de Extensão Nea Onnim, NEABI e Sintufrj, é em formato híbrido e vai de 16 de janeiro a 6 de fevereiro. A carga horária é de 60h. Além de estudantes, técnico-administrativos e professores da UFRJ o curso é aberto para a comunidade externa.

QUADROS EM FORMAÇÃO de heteroidentificadores (foto: Renan Silva)

Histórico

A heteroidentificação é definida como procedimento de identificação por terceiros da condição autodeclarada, ou seja, complementar à autodeclaração apresentada pelos candidatos. Este procedimento visa a garantia de direitos, em um primeiro momento, atendendo aos concursos públicos previstos na Lei Federal n.º 12.990, de 9 de junho de 2014, agregando-se mais tarde a Lei Federal n.º 12.711, de 29 de agosto de 2012, que atende ao acesso à Graduação, e a Portaria Normativa do MEC n.º 13, de 11 de maio de 2016, voltada para a pós-graduação. Ademais, a Instrução Normativa n.º 23, de 25 de julho de 2023.

Na prática, a heteroidentificação é um procedimento necessário para que as políticas de ações afirmativas sejam destinadas aos sujeitos de direitos e, neste caso, especificamente, a reserva de vagas. A Reitoria da UFRJ, em 2019, se movimentou na direção da efetivação das políticas de ação afirmativa, quando nos Editais n.º 293/2016 e n.º 455/2017, implementou a Lei Federal n.º 12.990/2014 que dispõe sobre a reserva de 20% de vagas para negros (pretos e pardos) nos concursos públicos para provimento de cargos efetivos e empregos públicos no âmbito da administração pública federal, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista controladas pela União.

Posteriormente, em 2020, após pressões dos Coletivos Negros Universitários e do Ministério Público Federal, a Reitoria ratificou seu compromisso de gestão, por intermédio da Pró-Reitoria de Graduação, aprovando o Edital de Acesso no Conselho de Ensino de Graduação (CEG), que versa acerca do procedimento de heteroidentificação no acesso à graduação.

A organização dos movimentos antirracistas da UFRJ, resultou na aprovação, em 2023, da Superintendência Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Acessibilidade (SGAADA), estrutura essa que atende às políticas inclusivas, compreendendo as imensas distorções históricas e a necessidade de políticas públicas que produzam igualdade de oportunidades.

Já a Resolução CEPG/UFRJ n.º118, de 30 de setembro de 2022, que dispõe sobre a política de ações afirmativas nos cursos de Pós-Graduação Stricto sensu da UFRJ e a Instrução Normativa nº 41, de 30 de setembro de 2022 elucida a implementação das ações afirmativas obrigatórias para todos os processos seletivos de Pós-Graduação Stricto Sensu da UFRJ, tendo como base a Instrução Normativa nº 23 de 25 de julho de 2023.

 

Reajuste retroativo a janeiro depende da Lei Orçamentária Anual (LOA). Além de apontar a intensificação da pressão pela aprovação, GT vai cobrar da Fasubra que questione o governo porque médicos tiveram um percentual diferente de reajuste.
Uma reunião concorrida, presencial e on line, e de trabalho intenso durante toda manhã (e início da tarde) desta segunda-feira, doa 13, marcou o primeiro encontro, em 2025, do Grupo de Trabalho sobre a Carreira (GT Carreira) do Sintufrj. O grupo aprovou uma série de encaminhamos que apontam que o trabalho segue e todo vapor.
Em breve, uma publicação especial (uma revista da Carreira) apresentará à categoria a produção do GT, que vem se reunindo desde a assinatura do acordo de greve, no fim de junho. E, principalmente, seus reflexos na conquista da greve. Vai conter também o conteúdo da Medida Provisória 1246/24 que implantou as novidades conquistadas pela greve na Carreira, tabelas e passo a passo de como se localizar e o que fazer diante das mudanças na Carreira.
As subcomissões do GT – Desenvolvimento, Racionalização, Reconhecimento de Saberes e Competências e Reposicionamento de aposentados – definiram representantes que ficarão encarregados de atualizar o material elaborado pelo GT e levado aos fóruns nacionais – cujo relatório ficará registrado nos bancos de informações do GT no site do SINTUFRJ- disponíveis e produzir uma síntese para a publicação.
Na próxima reunião, dia 27, o documento será fechado para publicação.
Além de debater o novo enquadramento, como se localizar nas tabelas, os reflexos da Medida Provisória e demandas futuras (que serão detalhadas na revista da Carreira), o GT deliberou cobrar da Federação porque os médicos ficaram com percentual diferente dos demais técnicos-administrativos em Educação, pois fazem parte do PCCTAE. Fotos: Renan Silva

A Medida Provisória 1.286/2024, publicada em edição extra do Diário Oficial da União no dia 31 de dezembro de 2024, trouxe mudanças significativas para os servidores da educação. Com efeitos a partir de 1º de janeiro de 2025, a MP altera profundamente o Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE) e outros aspectos ligados aos trabalhadores das Instituições Federais de Ensino (IFE).

O Sintufrj acompanhou as discussões da Comissão Nacional de Supervisão da Carreira (CNSC) nos dias 4 e 6 de janeiro e apresenta os principais pontos debatidos, além de encaminhamentos para os trabalhadores da UFRJ.


Principais Alterações e Impactos da MP 1.286/2024

  1. Transformação de Cargos e Estrutura do PCCTAE
    • A MP trata da transformação de cargos técnicos com base nos decretos 9.296/2018 e 10.185/2019, mas exclui diversas propostas debatidas pela CNSC.
    • Novos cargos foram criados, mas sua regulamentação será feita pelo Ministério da Educação (MEC) sem a participação da CNSC.
  2. Progressão e Aceleração por Capacitação
    • A Progressão por Mérito foi mantida conforme acordado, mas a redação referente à Aceleração por Capacitação está confusa, abrindo margem para interpretações prejudiciais.
  3. Incentivo à Qualificação (IQ)
    • Regulamentação prevista em 100 dias, com correlação direta entre cargos e qualificações. Contudo, o prazo é menor do que o negociado inicialmente.
  4. Cargos Criados e Regras de Ingresso
    • A MP cria novos cargos e funções comissionadas (CD e FG), mas os requisitos de ingresso, atribuições e especialidades ainda serão regulamentados.
  5. Exclusões e Retrocessos
    • A CNSC foi retirada do processo de regulamentação da carreira.
    • Nenhuma proposta para servidores que optaram por permanecer no PUCRCE foi incluída, mesmo após discussões no grupo de trabalho.

FASUBRA Sindical promove live esclarecedora sobre a MP 1286 e acordo de greve

Na noite desta quarta-feira (8), a FASUBRA Sindical realizou uma live especial com o objetivo de esclarecer à categoria os detalhes da Medida Provisória 1286, publicada em 31 de dezembro de 2024. O evento online ocorreu das 19h às 21h e contou com ampla participação da base, reforçando a mobilização e o interesse nos desdobramentos das negociações com o governo.

Durante a transmissão, representantes da FASUBRA detalharam os pontos principais da MP 1286 e abordaram os últimos acontecimentos relativos ao acordo de greve. Os sindicalistas explicaram as etapas das negociações e as perspectivas para a categoria, destacando os avanços e desafios enfrentados no processo de diálogo com o governo.

A live foi retransmitida pelas redes sociais do Sintufrj:

Clique na imagem abaixo e veja o último informe da Direção da Fasubra:

O filme de Walter Salles “Ainda Estou Aqui” pôs no centro do debate público um retrato da ditadura civil-militar no país. Baseado no livro Ainda Estou Aqui, de Marcelo Rubens Paiva, o filme narra a história de Eunice Paiva, mãe do autor, que precisou lutar por justiça após o marido, o ex-deputado Rubens Paiva, ser preso por agentes do regime em 1971 e desaparecer, deixando a mulher e cinco filhos.
Em tempos de tentativa de golpe e gente defendendo a volta da ditadura e de intervenção militar, o sucesso desse filme pode levar a luz para aqueles que negam as atrocidades cometidas pela governo dos generais, implantada em abril de 1964, e que depôs o governo legitimamente eleito pelo voto popular.
Do deputado ao homem comum do campo e da cidade, milhares de pessoas sofreram os horrores do regime de exceção que dilacerou famílias, ceifou vidas, torturou, baniu, cassou, exilou e desapareceu com centenas delas.
Pelos números oficiais, cerca de 50 mil pessoas foram presas somente nos primeiros meses do golpe; 7.367 foram indiciadas e 10.034 atingidas na fase de inquéritos, em 707 processos na Justiça Militar por crimes contra a segurança nacional. Quatro condenados à pena de morte, 130 banidos, 4.862 cassados, 6.592 militares atingidos, milhares de exilados e centenas de camponeses assassinados e 426 mortos e desaparecidos políticos, entre os quais se encontram 23 estudantes e dois jovens professores assassinados pela repressão na UFRJ.
A universidade, nos 60 anos da ditadura, homenageou seus integrantes assassinados, desaparecidos e perseguidos pelo regime militar. Em especial, o NEPP-DH, nos 30 anos da Lei da Anistia, em 2009, produziu um Caderno de Biografias para lembrar de seus alunos, professores e técnico-administrativos que também lutaram pelo retorno da democracia, homenageando seus jovens estudantes e professores mortos e desaparecidos.
O caderno, com pequenos fragmentos das vidas de jovens estudantes e professores da UFRJ, expõe, em breve narrativa, a luta que cada um empreendeu durante aqueles sombrios anos. Esse material foi reeditado transformando-se no “Caderno de Biografias: Anistia, Reparação e Memória” produzido pelo Serviço de Mídias Impressas, Virtuais e de Produção Editorial da Coordenação de Comunicação da UFRJ que o produziu para o evento realizado na Associação Brasileira de Imprensa (ABI) em agosto o qual homenageou cada um deles:
1) Adriano Fonseca Filho – IFCS
2) Ana Maria Nacinovic Correa – Escola de Belas Artes
3) Antônio Pádua Costa – Instituto de Física
4) Antônio Sérgio de Matos – Faculdade Nacional de Direito
5) Antônio Teodoro de Castro – Faculdade de Farmácia
6) Arildo Airton Valadão – Instituto de Física
7) Áurea Eliza Pereira Valadão – Instituto de Física
8) Ciro Flávio Salazar Oliveira – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
9) Fernando Augusto da Fonseca – Instituto de Economia
10) Flávio Carvalho Molina – Escola de Química
11) Frederico Eduardo Mayr – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
12) Guilherme Gomes Lund. – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
13) Hélio Luiz Navarro de Magalhães – Escola de Química
14) Jane Moroni Barroso – Instituto de Biologia
15) José Roberto Spiegner – Instituto de Economia
16) Kleber Lemos da Silva – IFCS (Pesquisador)
17) Lincon Bicalho Roque – IFCS (Professor) 1
8) Luiz Alberto A. de Sá Benevides – Instituto de Economia
19) Maria Célia Correa – IFCS
20) Maria Regina Lobo L. Figueiredo – Faculdade de Educação 21) Mário de Souza Prata – Escola Politécnica
22) Paulo Costa Ribeiro Bastos – Escola Politécnica
23) Raul Amaro Nin Ferreira – Escola Politécnica
24) Sonia Maria de Moraes Angel Jones – Faculdade de Administração e Ciências Contábeis
25) Stuart Edgar Angel Jones – Instituto de Economia

ESSE CADERNO com pequenos fragmentos das vidas de jovens estudantes e professores da UFRJ, expõe, em breve narrativa, a luta que cada um empreendeu durante aqueles sombrios anos.
MAIS DE TRÊS MILHÕES DE PESSOAS já lotaram salas de cinema para assistir ‘Ainda Estou Aqui’