Fotos Elisângela Leite, Renan Silva, CAs, DCE e Agência Brasil

Cresce a mobilização da comunidade, que protesta e reivindica recomposição orçamentária urgente, pauta da greve dos técnico-administrativos

Um cenário de ruínas que resulta da penúria financeira atinge vastas áreas da universidade. O Jornal do Sintufrj foi a campo e realizou breve inventário dessa paisagem devastada que compromete o funcionamento da maior universidade da rede federal.   Uma série de problemas têm eclodido pelos campi devido à falta de manutenção e a deterioração da infraestrutura. O reitor Roberto Medronho afirma que já solicitou audiência com o Ministro da Educação Camilo Santana, mas não conseguiu ser recebido, mesmo com ajuda de parlamentares. Talvez, com conhecimento destas imagens que não condizem com a importância da produção da instituição centenária, a história fosse outra.

Retratos da Crise

Queda de marquise na EEFD

A queda de mais um trecho das marquises , projetando destroços para o interior do Bloco A, (a primeira vez foi em setembro, no bloco B), revoltou a comunidade. Foi no 1º de maio,  sem vítimas. Mas o prédio foi interditado. Os cursos de Licenciatura em Dança, Bacharelado em Dança e Bacharelado em Teoria da Dança deflagraram greve no dia 14 de maio.

Em 9 de setembro, no bloco B

IFCS suspendeu atividades

A caixa de gordura em mau estado no bandejão do IFCS transbordou, no dia 23, e atingiu instalações elétricas, gerando fumaça. A luz geral foi desligada e o prédio, interditado. “Os problemas elétricos e hidráulicos se tornaram insustentáveis. Não temos água potável, banheiros, bandejão. A direção decidiu interditar o prédio por hoje.”, disse o CA.

 

Ainda no dia 23, mais vazamentos no Centro de Tecnologia

Depois do vazamento no bloco A, que alagou salas nos andares e chegou aos pilotis, e da queda do forro na sala D 107 (no dia 12), no dia 23, outro vazamento, desta vez no bloco F, deixou o corredor às escuras.

Más condições do velho prédio da Reitoria

Segundo do CA da EBA. a janela do Ateliê de Metal e Madeira caiu, no dia 15, em pleno horário de aula: “Até quando vamos viver com nossas vidas correndo risco? Mês passado um ventilador caiu em cima de um estudante (na FAU) e agora essa janela quase atingiu outro discente”

 

   

 

 

Ventilados caiu em cima de aluno na FAU; instalações elétricas expostas

O ateliê  Pamplonão foi interditado em janeiro, devido a extensão dos danos, risco de queda de pedaços do teto, infiltrações graves. Até hoje, grande parte está interditada. Sem local adequado e cobrando soluções, em 26 de março, estudantes da Eba aprovaram a ocupação do salão nobre da Reitoria.

 

   

 

8º andar: marcas do incêndio permanecem

Em 2016, o oitavo andar do prédio da Reitoria foi quase que totalmente destruído por um incêndio, que atingiu a Escola de Belas Artes (EBA), Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) e outros setores. Parte considerável da estrutura do andar ficou comprometida e encontra-se isolada até hoje.

CCS: no auditório novo, piso afunda

 

Na tarde de 14 de maio, o DCE postou imagens do afundamento de um pedaço do piso do auditório do Bloco N, no CCS, durante a aula. O professor caiu no vão, mas não se feriu.  Do lado de fora do mesmo auditório – um dos mais recentes do CCS, estruturas decadentes.

Caxias: infiltração interdita sala.

   

  

As fotos são de 4 de abril,. No dia 16 de maio, em meio ao reparo no telhado para corrigir uma infiltração, novo rompimento de uma tubulação inundou salas e o restaurante, levando a suspensão das aulas.

ECO

“Nossas condições de estudo estão cada vez mais precárias, tanto por conta da estrutura que vem (literalmente) caindo aos pedaços, quanto pela falta de equipamentos e professores!”, anuncia o CA da ECO.

Na Letras, infiltração e auditório fechado

O auditório G2 interditado, salas inutilizadas pelo mofo, espaços interditados por risco de desabamento. Estes, e entre outros problemas, são reportados pelo CA da Letras.

  

Museu em chamas

Em 2018 (no dia 2 de setembro) aconteceu o terrível incêndio do Museu Nacional, destruindo valiosíssima coleção. O Sintufrj denunciou o governo golpista pela destruição de 200 anos de história reduzidos a cinzas pelo descaso com a ciência, a pesquisa e a Educação no Brasil.

No Alojamento

Em agosto de 2017, um incêndio atingiu uma das duas alas do Alojamento. Quatro pessoas ficaram feridas. O fogo começou em um dos quartos no primeiro andar e se alastrou para outros oito apartamentos.

Em 2021, outro incêndio na Reitoria

Parte do segundo andar do prédio da Reitoria da UFRJ foi destruído pelo fogo que começou nas instalações da Procuradoria Federal da instituição. O acervo documental da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) estava entre as perdas.

Obras inacabadas no Fundão

Paliteiro, ao lado da Letras

Pilotis do CT

Residência estudantil, ao lado do CCMN

Contra a completa asfixia orçamentária

“Nos últimos anos, as tentativas de desconstrução e desmonte das políticas sociais aceleraram a situação já crítica das universidades públicas, que se vê em situação de completa asfixia orçamentária, com a continuidade das ações cotidianas ameaçadas”, disse o decano Vantuil Pereira ao apresentar proposta de moção do CFCH.

“Mais de 100 anos, nunca atravessamos um período como agora”, apontou, relacionando instalações em ruínas com desabamentos, alagamentos e medo de incêndio. Lembrando o desabamento da marquise da Escola de Educação Física e o desalojamento da Educação Infantil da sede interditada no IPPMG (para a sede do CAP na Lagoa) por problemas estruturais,.

“Hoje temos um país em luta e precisamos pensar como a UFRJ pode e deve se adequar a esse cenário. Não vai chegar alguém e dizer ‘Vou trancar as portas da universidade. Acabou a maior universidade federal do Brasil’. Mas a gente vem fechando aos poucos, não é? Quantas coisas a gente fazia e não fazemos mais? Quanta coisa a gente quer fazer e não temos condições?, apontou a líder estudantil Camile Paiva, convocando a mobilização.

A coordenadora-geral do Sintufrj, Marta Batista alerta que pedaços da universidade estão caindo “literalmente nas nossas cabeças”, denunciando que não será uma parceria com o setor privado – alternativa que, segundo explica, tem sido apontada pela Reitoria –  que vai resolver a situação crítica que a UFRJ enfrenta: “A Educação não é mercadoria e não existe para dar lucro para empresário!”.

“Parece que a universidade está se desfazendo”, aponta o coordenador geral Esteban Crescente, “A UPRJ precisa de R$ 780 milhões para poder funcionar. O orçamento atual é o mesmo de 2011, de mais de 10 anos atrás. Isso é um absurdo, porque a universidade tem que ser prioridade”, afirmou o coordenador-geral do Sintufrj Esteban Crescente.

“E o que a gente vê”, acrescentou o dirigente, “é o orçamento público sendo abocanhado por meia dúzia de pessoas com interesses inescrupulosos. São R$50 bilhões em emendas parlamentares. A educação federal toda precisa de mais R$9 bilhões e não recebe. Recursos tem, só que a prioridade não está nos trabalhadores e nas trabalhadoras. Então, se a gente não faz greve, se a gente não faz barulho, a gente não consegue arrancar o que é nosso por direito”.

   

Na manhã desta sexta-feira, 22 de maio, coletiva de imprensa foi convocada pelas entidades da educação federal em greve. Representantes dos Comandos Nacionais de Greve do Andes, Sinasefe e Fasubra colocaram sua preocupação em relação a postura do governo na última reunião e rejeitaram qualquer imposição de prazos para o fim dos entendimentos e da greve.

O movimento informou que quer continuar a negociação em busca de mais orçamento para atendimento das reinvindicações. O grande impasse é a proposta de reajuste zero esse ano, mas as entidades afirmam que existe espaço no orçamento para a melhorias dos reajustes propostos pelo governo.

Citam como exemplo o desbloqueio de R$ 2,9 bilhões no relatório do orçamento do governo na quarta-feira, 22, recursos que podem ser usado nas negociações.

Mais de 400 estudantes da UFRJ de todos os centros (inclusive dos campi de Caxias e Macaé), lotaram o Salão Azul da Reitoria (auditório Samira Mesquita) desde o fim da tarde desta quinta-feira, 23, na assembleia geral convocada pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) Mário Prata, e aprovaram, ainda há pouco, deflagração de greve a partir de 11 de junho.

Os estudantes vêm realizando há semanas, atos locais, passeatas unificadas e manifestações e até caravanas a Brasília, em luta pela recomposição orçamentária e por condições dignas de estudo e pesquisa na universidade. Diversos cursos vêm realizando assembleias, na última semana, e muitos deliberaram pela greve ou por estado de greve.

DCE: A UFRJ vai parar para a luta!

“A UFRJ não cabe nesse orçamento e os estudantes serão linha de frente das lutas em defesa da nossa universidade. Chega de prédio caindo nas nossas cabeças, cursos sem aula e trabalhadores sem salário!”, diz o DCE ao informar a deliberação da assembleia no Instagram, convidando: “Venha para o ato unificado da educação dia 28 de maio e construa a assembleia ou plenária do seu curso e organize a greve estudantil!”

Calendário

Os estudantes aprovaram também a realização de assembleias locais até lá para organizar a greve nos cursos, mobilização pela suspensão do calendário acadêmico e um calendário de lutas que prevê, além do ato unificado do dia 28, ato no próximo Consuni sobre orçamento: aulas públicas e atividades de rua ao longo destas semanas.

Sintufrj na AG

A coordenadora-geral do Sintufrj, Marta Batista alertou que a universidade está caindo “literalmente nas nossas cabeças” e denunciou que não será uma parceria com o setor privado que vai resolver a situação crítica que a UFRJ enfrenta: “A Educação não é mercadoria e não existe para dar lucro para empresário!”, exclamou sob aplausos. Assista:

   

Fotos e vídeo: DCE e CAs

Desde 2018, o Sintufrj fechou convênio com o Sesc-Rio garantindo ao titular e seus dependentes acesso a inúmeros benefícios, excluindo os serviços odontológicos. O mesmo ocorreu com o Sesc-Bahia, Sesc-Paraíba, Sesc-Minas Gerais e Sesc-Rio Grande do Sul.

Assim que o sindicato firmar parceria com outras unidades Sesc,   divulgaremos. O propósito é pôr à disposição dos sindicalizados e seus dependentes toda rede Sesc, que oferece áreas de lazer, hotéis, cursos, teatros etc.

Como se tornar sócio do Sesc

. O sindicalizado necessita de uma carta de encaminhamento do Sintufrj para fazer sua carteirinha em qualquer unidade Sesc. Esse documento poderá ser obtido pessoalmente, no setor de convênios do sindicato, ou pelo e-mail da entidade (convenio@sintufrj.org.br).

. Além do sindicalizado (sócio titular), poderão se associar seus dependentes (cônjuge e filhos até 21anos ou 24 anos se estiver estudando).

. O sócio titular pagará diretamente ao Sesc, anualmente, uma taxa de R$50,00 e mais R$100,00 pelo grupo de dependentes.

Importante, companheiras e companheiros:

A renovação do convênio Sesc/Sintufrj dependente de pelo menos 10% (dez por cento) dos nossos sindicalizados se inscrevam no órgão (cerca de 1.300 pessoas). Atualmente estão inscritos um pouco mais de 500 companheiras e companheiros.

 

 Eles querem uma resposta às reivindicações encaminhadas com a entrada da Ebserh no Complexo Hospitalar

Os 600 trabalhadores extraquadro distribuídos entre o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG) e Maternidade Escola – as três unidades de saúde da UFRJ cujas administrações passarão para o controle da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) –, estão apreensivos sobre seu futuro na universidade e reivindicam do reitor Roberto Medronho que se pronuncie a respeito.

Em nota pública de repúdio à Reitoria, os extraquadros que atuam nas unidades do Complexo Hospitalar da UFRJ desde 2008, denunciam a “perversidade da situação” vivida por eles. Os trabalhadores informam que em comissão procuraram a Administração Central para assegurar que seus direitos trabalhistas fossem garantidos na assinatura do contrato de adesão da universidade com a Ebserh.

Reivindicações

Os profissionais lembraram que durante a campanha para reitor, Medronho assumiu o compromisso de não “medir esforços pela garantia dos direitos e a emancipação dos extraquadro”. Mas, até o momento não há nenhuma resposta às pautas de reivindicações entregues à Reitoria que envolvem a Ebserh. Tais como: “transparência nas negociações com a Ebserh sobre a situação dos extraquadro e a formalização da corresponsabilidade passiva da empresa, garantindo contrato de trabalho formal e digno nos termos da CLT”.

A nota destaca que os extraquadro das três unidades hospitalares que serão geridas pela Ebserh “seguem exercendo suas atividades laborativas extremamente essenciais e necessárias ao funcionamento das unidades de saúde e para o sucesso da transição para a nova gestão”. Porém, diz ainda o texto, a garantia de seus direitos trabalhistas são inviabilizados nas tratativas para assinatura do contrato de adesão à Ebserh.

Consuni 09/05/2424.

Manifestação convocada pela CUT e por outras centrais sindicais foi ampliada com a presença dos trabalhadores da educação federal em greve

fotos: Elisângela Leite

Neste 22 de maio a capital federal foi tomada pelas bandeiras vermelhas da classe trabalhadora. Milhares de pessoas saíram de todas as regiões do país para ocupar Brasília e chamar atenção do governo, do Congresso Nacional e da sociedade para a necessidade da defesa da democracia e dos direitos sociais, a valorização do serviço público, além da valorização do salário-mínimo e das aposentadorias. A Marcha da Classe Trabalhadora foi organizada pelas centrais sindicais CUT, CTB, Força Sindical, Intersindical e Pública.

Houve concentração pela manhã no estacionamento da Torre da TV e a antiga Funarte, e plenária com discursos de representantes e ministros do governo federal e entidades sindicais para o público presente. Durante a plenária foi lançada a “Agenda Jurídica das Centrais Sindicais no STF – 2024” com os principais processos que podem impactar a vida dos trabalhadores brasileiros. Depois, saíram em marcha para manifestação em frente ao Congresso Nacional. No Congresso foi entregue a pauta da classe trabalhadora.

Unidade

Foram diversas categorias de trabalhadores da cidade, do campo, das florestas e das águas, representantes de vária entidades, sindicatos e movimentos sociais que marcharam na capital federal  para defender uma pauta comum por emprego, renda, condições dignas de trabalho, busca barrar os ataques aos direitos da classe trabalhadora, pedindo a revogação do Novo Ensino Médio, da Reforma Trabalhista e da Previdência, da Lei da Terceirização, contra o Arcabouço Fiscal e pelo arquivamento da PEC 32/2020, a da Reforma Administrativa.

Essa proposta que se encontra no Congresso acaba com a estabilidade dos servidores, elimina a exigência de concursos públicos, entre outras ações contra o funcionalismo público, é defendida pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), com a estabilidade dos servidores, eliminar a exigência de concursos públicos, entre outras ações contra o funcionalismo público.

A defesa pela reconstrução do estado do Rio Grande do Sul e por medidas de proteção e amparo a seus trabalhadores integrou a pauta.

Data-base

Um dia antes, na terça-feira, 21, também na capital federal, a Educação Federal em greve realizou ações conjuntas para pressionar o governo ao atendimento de suas principais reinvindicações. Assim, os trabalhadores da educação federal que negociam com o governo sua pauta, reforçaram a manifestação participando na ala da Educação. A falta de uma data-base – um dos pontos da pauta geral – acaba por criar conflito entre servidores públicos e governo, levando assim a realização de greves. A definição de data base e o direito a negociação coletiva no serviço público conforme determina a Convenção 151 da OIT é uma reivindicação histórica dos servidores.

“Realizamos essa marcha para chamar a atenção da sociedade e do governo. As pautas da classe trabalhadora precisam sair do papel e se transformar realidade. Uma delas é a Convenção 151 da OIT que trata da contratação e negociação coletiva no serviço público. Não podemos aceitar mais três formas de contratação de servidores. Os servidores públicos têm muitas vezes de fazer greve para poder negociar. Se sua pauta de reivindicação é importante, podemos criar um mecanismo que obrigue sindicatos e os governos das esferas municipal, estadual e federal anualmente se sentarem à mesa de negociação, receber a pauta de reinvindicação dos trabalhadores do setor público e apresentar proposta para negociação”, afirmou o secretário nacional de Administração e Finanças da CUT Nacional, Ariovaldo Camargo.

Para o presidente da CUT Nacional, Sérgio Nobre, foi um dia histórico. Ele agradeceu a unidade do ato e reforçou que a agenda da classe trabalhadora precisa estar nas eleições municipais deste ano.

“Um dia 22 maravilhoso, histórico, que nasceu no Congresso da CUT em outubro, que a gente já sabia da importância desse período. A gente dá uma demonstração de unidade e de força em relação a nossa pauta da classe trabalhadora. A vida no Congresso Nacional não é nada fácil. Temos minoria tanto no Senado, quanto no Congresso, e nossas pautas são irão ter sucesso com muita luta. Trabalho institucional é fundamental, mas o povo na rua é determinante. Dia 22 já é um dia histórico porque muita gente atendeu ao nosso chamado em defesa da pauta da classe trabalhadora”, afirmou Nobre.

Sintufrj presente

O Sintufrj enviou dois ônibus para a mobilização dos dias 21 e 22 de maio. Na marcha os dirigentes Esteban Crescente, Carmen Lúcia e Cícero Rabelo falaram sobre a mobilização.

“Nós do Sintufrj participamos dessa marcha da classe trabalhadora com mais de 20 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios. Brasília está tomada. Os trabalhadores vieram marchar pela revogação da reforma da Previdência e Trabalhista, contra a PEC 32 que ataca o direito a estabilidade e por aumento de salário e redução da jornada de trabalho. O nosso sindicato se soma aos sindicatos de todo o país e a classe trabalhadora por nossos direitos”, disse Esteban.

“Estamos unidos também com os estudantes das universidades federais, institutos federais e Colégio de Aplicação. Viemos aqui para defender a reestruturação de nossa carreira com aumento do piso e do step e definição da nossa data base.  Não vamos arredar o pé e nem aceitar ameaças. A greve continua”, defendeu Carmen.

“Nós vamos levar para nossas bases a proposta do governo que foi apresentada na 5ª mesa de negociação. Não vai ter arrego. Não vamos aceitar zero por cento que é um não reajuste. As universidades estão caindo aos pedaços. Os tetos dos prédios estão caindo na nossa cabeças. Os estudantes estão sem condições de estudo. Vivemos uma precarização exacerbada em todas as universidades e institutos federais. Não podemos aceitar zero como aumento esse ano. Precisamos de comida no prato e dignidade para os trabalhadores das universidades e institutos federais. A greve continua. Vamos até o fim pela nossa vitória”, finalizou Cícero.

Fasubra em marcha

De um dos carros de som, a coordenadora-geral da Fasubra, Cristina Del Papa, falou do movimento de greve dos técnico-administrativos em educação que já dura mais de 70 dias e sua pauta de reivindicações.

“Nós, os técnico-administrativos em educação da base da Fasubra estamos em greve há mais de 70 dias. É uma greve pela recomposição da nossa careira e o mais importante pela valorização dos trabalhadores, por que não existe serviço público de qualidade sem trabalhadores qualificados e valorizados. Para isso, precisamos ter salários dignos. Estamos em greve porque temos o menor piso da categoria do serviço público. Estamos em greve porque precisamos da recomposição dos orçamentos das nossas instituições que não conseguem se manter até o final do ano. Tivemos ontem reunião com o MGI, mais infelizmente a proposta apresentada não é o que gostaríamos e por isso solicitamos a ministra Esther e ao ministro que busquem mais recursos para a greve terminar e possamos voltar aos nossos locais de trabalho, porque para 2024 é zero. Queremos orçamento para esse ano porque nossos aposentados vão ficar fora do aumento dos benefícios”, anunciou Del Papa.

 

Confira a pauta da classe trabalhadora

– Pela reconstrução do estado do Rio Grande do Sul e por medidas de proteção e amparo a seus trabalhadores e trabalhadoras;

– Educação: Revogação do Novo Ensino Médio;

– Valorização do Serviço Público: Contra a PEC 32/Reforma Administrativa;

– Em defesa da Convenção 151/defesa da negociação coletiva;

– Trabalho decente: redução da jornada de trabalho e empregos decentes;

– Salário igual para trabalho igual – Em defesa da lei de igualdade salarial entre homens e mulheres;

– Reforma agrária e alimento no prato!

– Menos impostos para trabalhadores: juros baixos e correção da tabela de imposto de renda;

– Valorização do salário-mínimo e das aposentadorias;

– Transição justa e ecológica em defesa da vida;

Em defesa do PLC 12/24, por Direitos dos Motoristas por Aplicativos.

 

Na opinião da coordenadora-geral da Fasubra, Cristina Del Papa, a proposta apresentada pelo governo na 5ª Mesa de Específica e Temporária no Ministério da Gestão e Inovação (MGI), na terça-feira (21), foi um “avanço”. Segunda Del Papa, “não é ainda (o avanço) o que a gente gostaria, mas a proposta é melhor que a anterior”

A proposta apresentada pelo governo na mesa manteve reajuste zero de salários este ano, 9% em 2025 e 5% em 2026 (a proposta anterior era de 3,5%). “Agora o comando de greve vai fazer a discussão e a base vai discutir para ver se acata a  proposta” do governo, observou a coordenadora-geral.

O governo deu prazo até a primeira semana de junho para que o movimento responda à proposta, informou Del Papa. “E aí, lógico, o comando (Comando Nacional de Greve) faz fazer algumas simulações para mandar para a base”

DCE defende movimento de ocupação na defesa das reivindicações que tem na recomposição orçamentária sua bandeira prioritária

Foto: Arquivo CAEBA

Ao invés de uma universidade vazia, um movimento de ocupação dos espaços com mobilização, articulação política e socialização da pauta de reivindicações. Essa foi  a proposta do DCE Mário Prata para os dois dias de paralisação docente( ontem, 21 e hoje,22): “A paralisação permite que professores e estudantes possam participar das mobilizações locais e nacionais como a caravana a Brasília, aulas pública, debates e atividades nos campi da UFRJ”.

Várias assembleias estudantis vêm se sucedendo nos cursos desde a semana passada, definindo a posição de cada coletivo que será levada à assembleia geral do DCE, hoje (23) quinta, às 17h, no CT, tendo em pauta a possibilidade de greve dos estudantes. E, de fato, além das assembleias, vários grupos de estudantes se organizavam em atividades para estes dois dias de paralisação..

EBA mobilizada

Estudantes e professores da EBA programaram ações conjuntas de mobilização nesses dois dias. Na manhã da quarta-feira, 21, no hall do prédio da Reitoria , eles promoveram debate sobre a crise da educação federal, oficinas e cirandas, com a participação de professores, estudantes, representantes do CAEBA, o DCE e a UNE e realizaram uma performance, com todos vestidos de preto, para chamar atenção para a luta. À tarde, foram realizadas mais oficinas e um mutirão de limpeza. Na quarta, mais performances, debate (sobre a Palestina), sarau e apresentações culturais.

Mobilização também na PV – CAs e Atléticas da Praia Vermelha também formularam uma agenda para construção conjunta de atividades aos estudantes. “Nos falta estrutura e nos falta dignidade para estudar, nossa luta é pela recomposição orçamentária já!”, diz a convocatória.

   

Estudantes percorreram os andares para mobilizar colegas. No hall, em uma ciranda, estudantes e docentes comemorar o sucesso da mobilização.

   

   

   

   

PERFORMANCE, debate e oficinas marcaram o dia de mobilização na EBA

Pelo futuro da UFRJ

Henderson Ramon (vídeo a seguir), do CA da EBA e do DCE, explica que os estudantes da escola estão mobilizados. “Na nossa última assembleia foi aprovado estado de greve para esses estudantes que também se somam a paralisação que está rolando hoje, terça-feira e amanhã também aqui no nosso prédio. Junto com os professores, elaboramos várias atividades para esses dois dias”, explica, apontando a assembleia do DCE na quinta-feira agora. “Aqui na EBA o que a gente está vivenciando é um estado de descaso”, conta, mencionando, entre outros problemas, o fechamento do maior  ateliê da América Latina, o Pamplonão, “sem nenhuma indicação do prazo de abertura, de orçamento, de indicação do que precisa ser feito. A saída é a luta e a mobilização, e estamos lutando para melhorar o nosso futuro da universidade”.

Assembleias

História aprova greve – Um dos cursos que realizou assembleia no dia 20, á noite,  foi o de História. Segundo o CAMMA, foi a maior assembleia de curso desde o fim da pandemia. Debateu a conjuntura, estrutura do prédio do IFCS-IH e a greve como forma de luta estudantil. “Aprovada por 99 Votos (3 contrários e 2 abstenções) a assembleia reafirmou a tradição de luta dos estudantes da UFRJ e aprovou a deflagração da greve a partir da próxima segunda-feira, 27.

Serviço Social: estado de greve – Também realizada no dia 20. O CA de Serviço Social informa que, na parte da manhã foi aprovado estado de greve e, no curso noturno, greve imediata. A assembleia também aprovou paralisação dos estudantes na quinta-feira e sexta-feira, 23 e 24 de maio.

   

SERVIÇO Social e História: assembleias cheias

PROTESTO na EBA

Fotos e vídeos: Regina Rocha, CAEBA, CAs e DCE

A capital federal será palco esta semana de duas grandes manifestações da classe trabalhadora. Hoje (21) e amanhã (22)  caravanas de todo o país vão ocupar Brasília . Nesta terça, 21, acontece o Ato da Educação Federal em Greve para pressionar o governo na 5ª Mesa de Negociação Específica e Temporária que discutirá as propostas colocadas para a reestruturação da carreira dos técnico-administrativos em educação e a recomposição salarial.

O Sintufrj  enviou caravana para as marchas (veja matéria ao lado).

Os comandos de greve da Fasubra, Sinasefe e Andes realizam vigília em frente ao Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI). A concentração será às 9h em frente ao MEC com caminhada às 11h até o MGI. Às 13h está marcado ato e às 14h inicia a reunião da mesa de negociação.

Em abril ocorreu jornada de lutas convocada pelo Fonasefe dentro da campanha contra o reajuste zero em 2024 e levou milhares de servidores ao planalto central.

Na quarta, 22, os servidores federais se juntarão aos servidores estaduais e municipais de diferentes categorias para a grande Marcha da Classe Trabalhadora, convocada pela CUT e demais centrais, que buscam valorização dos serviços públicos e dos servidores, tendo tem como eixos principais a revogação das reformas trabalhistas e previdenciária, o fim das terceirizações e contra a PEC 32/2020.

Nesta marcha que tem como tema “Dignidade para quem faz o Estado”, os servidores em greve estarão em um bloco em defesa da educação e dos serviços públicos. A concentração será a partir das 8h, no estacionamento entre a Torre de TV e a Funarte. Haverá plenária às 9h no gramado da Funarte e às 11h30 marcha à Esplanada dos Ministérios.

EM ABRIL, OUTRA CARAVANA DE TRABALHADORES DA UFRJ EM GREVE esteve em Brasília, na jornada de pressões para arrancar conquistas do governo e do parlamento

Educação em greve

Os servidores da educação federal, cuja greve tomou as instituições de todo o país, pressionam por melhorias na proposta do governo. O governo não abre não de reajuste zero esse ano e não apresentou uma proposta de carreira que contemplasse as categorias.

Assim, as reuniões de negociação realizadas nas mesas específicas com Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) chegam em seu momento decisivo para a educação federal, a qual técnico-administrativos em educação das universidades, professores e técnicos da rede federal de educação básica, e professores das universidades encontram-se em greve já há mais de um mês.

 

Negociações

As reuniões entre outras categorias e governo que acontecem nas mesas setoriais no Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), também estão chegando a um limiar. Assim como na Educação, proposta inicial do governo foi rejeitada pelas demais categorias que apresentaram sua contraproposta, e agora elas têm expectativa do retorno do governo.

No dia 21 acontecerão reuniões da mesa PGPE e planos correlatos e da carreira da Previdência, Saúde e Trabalho.  E novas mesas serão instaladas, como a dos servidores do DNOCS – Departamento Nacional de Obras Contra as Secas – dia 29, e em junho as mesas setoriais da Abin e da Tecnologia Militar. O governo se comprometeu a implementar todas as mesas específicas que ainda não foram abertas até julho.

SOS UFRJ: a Educação grita por verbas.

Diz a campanha do DCE,. que promete: “Até que escutem nossa voz!”

A comunidade reage. UFRJ nas praças, marchas nacionais, manifestações unificadas, atos, estudantes em greve e assembleias pipocando nos diversos cursos. Perto de completar os 70 dias de greve dos técnicos-administrativos, o movimento cresce, agregando, na maioria das universidades, estudantes e docentes. E o sucateamento progressivo da universidade exige: problemas estruturais nos diversos campi se multiplicam levando a milhares de estudantes a ficarem sem aulas.

FOTOS: Elisângela Leite e arquivo DCE e CAs da UFRJ

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Nas recentes sessões do Conselho Universitário, conselheiros, representantes das entidades representativas de técnicos-administrativos e estudantes cobram ação mais incisiva por parte da Reitoria com o pedido para que convoque uma assembleia comunitária com os três segmentos, um ato político para evidenciar para a sociedade, a gravidade da crise.

Nos últimos dias, não por coincidência, mas reflexo das restrições orçamentárias, têm surgido cada vez mais relatos de problemas estruturais.

Além do movimento paredista dos técnicos-administrativos – que tem como um dos centros  das reivindicações a recomposição orçamentária –  na UFRJ a mobilização estudantil se intensifica: Estudantes da Dança aprovaram greve; os da EBA aprovaram estado de greve. Assembleias convocadas pelos centros acadêmicos se sucedem esta semana;

Culminarão com a assembleia geral do DCE, no dia 23, às 17h, no CT.

   

Greve da Dança

Os cursos de Licenciatura em Dança, Bacharelado em Dança e Bacharelado em Teoria da Dança deflagraram greve.
Isso depois de meses de luta dos estudantes da Escola de Educação Física e Dança (EEFD). “Depois da queda do primeiro beiral em setembro de 2023, os cursos de Dança foram os maiores afetados devido à restrição de salas. Nesse ano, a promessa não cumprida do escoramento, trouxe como consequência o segundo desabamento. Desde então, os estudantes intensificaram sua luta pelo direito de um estudo digno, seguro”, diz nota do CA que explica que a pauta traz a recomposição orçamentária da UFRJ e a reforma estrutural total da EEFD para garantia dos espaços adequado aos cursos.

IFCS-IH na mídia: água com cheiro de esgoto

 

“Temos sede de água e de condições mais justas”, reivindica o CA de História em nora, ponderando: “Não bastasse as condições terríveis as quais estamos submetidos no IFCS-IH (com tetos despedaçando, salas de aula sem ar-condicionado e elevadores estragados) agora somos obrigados a sentirmos sede por horas a fio, sem nenhuma opção senão tirarmos dinheiro do próprio bolso ao longo do dia”.

   

ESTUDANTE do IFCS-IH explica as implicações do prédio sem água para beber.

 

.Dia 23, assembleia geral do DCE

As deliberações confluem para a assembleia geral do DCE será no dia 23 de maio, próxima quinta-feira, às 17h, no bloco A do CT. “Parece piada, mas nos últimos dias casos graves de problemas estruturais nos prédios da UFRJ não param de surgir! Não vamos esperar alguém se ferir. Participe das próximas assembleias e vem para a luta por recomposição orçamentária urgente!”, convoca o DCE com a campanha “SOS UFRJ: a educação grita por verba”.