Reunidos no Comando Nacional de Greve (CNG) da Fasubra, em Brasília, técnicos-administrativos trabalhadores da educação federal  cumprem agenda diária de atividades propagando as razões do movimento. Nesta quarta-feira, e de abril,  Dia Nacional de Mobilização pela Reestruturação da Carreira e Reajuste Salarial dos TAE!, servidores foram as ruas pressionar o governo. Atos foram realizados diante do MEC e do MGI. Oito companheiros  estão representando os trabalhadores da UFRJ.  NOSSO PESSOAL EM BRASÍLIA. Delegados da UFRJ no Comando Nacional de Greve

MOVIMENTO NACIONAL dos trabalhadoras e trabalhadores da educação está representado em Brasília.

Reunião no instituto discutiu formas de adesão à greve dos setores essenciais da unidade

Nesta terça-feira, 2 de abril, o Comando Local de Greve (CLG) e as direções do Sintufrj e da Fasubra se reuniram com os trabalhadores do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão (IPPMG) para discutir formas de adesão à greve dos setores essenciais da unidade e avançar na paralisação dos serviços não essenciais.

Foi aprovado por unanimidade pelos presentes na reunião, a realização de uma paralisação geral no IPPMG por cerca de duas horas, das 11h às 13h (a princípio), em uma data a ser confirmada pelo Comando de Greve da unidade e encaminhada ao CLG.

Tanto o coordenador-geral do Sintufrj Esteban Crescente, como o coordenador da Fasubra e técnico-administrativo do Instituto de Biologia da UFRJ Francisco de Assis, frisaram que, embora ainda não seja o momento para fechar setores no IPPMG, é importante que os trabalhadores entendam por que estão fazendo greve.

“Para nós faz muita diferença a categoria estar nos atos”, disse o dirigente do sindicato. “Greve não é parar o trabalho e acabou. Em greve trabalhamos mais. Temos que ter essa consciência de classe”, complementou Assis.

Ebserh

A entrada em breve da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) no hospital também entrou na pauta. Servidores e extraquadros estão preocupados com a falta de transparência do processo. “Tudo está sendo muito obscuro”, observou uma técnica de enfermagem.

Por iniciativa dos profissionais, na quinta-feira, 11, das 12h às 13h, está agendada uma reunião com a direção do IPPMG, com a participação do CLG, Sintufrj e Fasubra para que sejam esclarecidas as dúvidas a respeito do início das atividades da Ebserh na unidade. Os trabalhadores querem saber, inclusive, qual é a contrapartida que a empresa está impondo para assumir o comando do hospital.

“Travamos uma batalha e não nos damos por vencidos. Não somos contra o trabalhador da Ebserh, cujos salários são maiores e a carga horária diferenciada: são os gestores que estimulam o conflito entre eles e os servidores”, disse o coordenador da Fasubra. De acordo com o dirigente, a UFRJ foi a última universidade a aderir à Ebserh, mas a resistência foi vencida pela perspectiva de altas remunerações. No entanto, já se estabeleceu uma disputa, porque tudo indica só haverá uma gratificação de R$ 27 mil para o cargo de superintendente. “Quem assumirá? Essa é a pergunta que estão fazendo”.

O coordenador-geral do Sintufrj informou que consta da pauta nacional de reivindicações ao governo, a revogação da lei da Ebserh. “O Sintufrj participará da reunião no dia 11 e estará de prontidão para acompanhar a chegada da empresa aqui, embora todas as baterias estejam voltadas para a greve por ganhos econômicos, porque somos o menor salário do serviço público. Há ainda o fato de que as bases dos hospitais universitários estão denunciando que a Ebserh, nacionalmente, começou a oprimir a nossa greve”, acrescentou.

Mesa Específica

Francisco de Assis informou sobre o conteúdo do relatório final do Grupo de Trabalho de Reestruturação da Carreira dos Técnicos-Administrativos em Educação entregue pela Fasubra e o Sinasefe aos ministros da Educação (MEC), Camilo Santana, e da Gestão e Inovação (MGI), Esther Dweck, no dia 27 de março. O documento apresenta os estudos para o aprimoramento do PCCTAE.

Ele fez uma retrospectiva das negociações com o governo na Mesa Nacional Permanente, instalada no dia 27 de fevereiro de 2023, quando a Fasubra apontou que as perdas dos técnicos-administrativos em educação das Ifes eram maiores do que das outras categorias dos servidores.

Portanto, não poderia aceitar a proposta atual posta na mesa pelo governo de reajuste de 9% pagos em duas vezes (2025 e 2026), e nada este ano. Além do aumento no valor dos benefícios. “Auxílio creche, auxílio saúde e auxílio alimentação não são para todos”, lembrou Assis.

“Temos que lutar pela reestruturação da carreira e pela recomposição do orçamento da universidade, que está muito precária. Esses são os eixos do movimento grevista. Temos que tensionar o governo mantendo e reforçando a nossa greve. Mas, a nossa luta é maior contra Arthur Lira (presidente do Congresso Nacional), porque foi o Congresso que aprovou a lei orçamentária”, explicou o coordenador da Fasubra.

No relatório fechado no dia 27 de mar foi incluída a resposta do ministro Camilo Santana. Ele diz que “O documento será subsídio fundamental para a elaboração da proposta aos técnicos-administrativos em educação em debate na Mesa Específica e Temporária no MGI”. Foto: Renan Silva

 

 

 

 

Na UFRJ, esta terça-feira (2) foi dia de panfletagem e reunião nas pró-reitorias

O Ministério de Gestão e Inovação (MGI) agora tem todas as condições objetivas para construir uma contraproposta que solucione os históricos e urgentes problemas da categoria, principalmente de ordem financeira. Isso porque o Grupo de Trabalho (GT) de Reestruturação da Carreira — com membros da Comissão Nacional de Supervisão da Carreira (CNSC), do MEC, do MGI e dos Fóruns de Gestão de Pessoas das Instituições Federais de Ensino –, já apresentou o resultado das suas atividades para o Ministro Camilo Santana (MEC) e para a Ministra Esther Dweck (MGI) no dia 27 de março, com base nas propostas apresentadas pela Fasubra e Sinasefe.

Um passo importante depois de meses da apresentação da proposta sem avanço na negociação e depois de três semanas da deflagração da greve da categoria. Portanto, é hora de reforçar a mobilização. De aumentar a pressão. Foi o que informou o Comando Local de Greve da (CLG) UFRJ aos trabalhadores presentes nas pró-reitorias, na manhã desta terça-feira, dia 2.

A mobilização, nos setores da administração central da UFRJ no Parque Tecnológico, contou a participação de vários integrantes do CLG no corpo-a-corpo para esclarecimento dos companheiros, panfletagem, colagem de cartazes, culminando com uma reunião em que todos estes informes foram detalhados.

Cumpriu a convocação da Fasubra para um dia nacional de luta nas reitorias de universidades e institutos federais em 1º de abril (na UFRJ foi no dia 2 em função das mobilizações, neste dia, contra a ditadura).

No dia 1º, aconteceram atos simbólicos em todo o país, para marcar a entrega do relatório do GT Reestruturação. O Comando Nacional da Greve também atribuiu ao caráter do ato, o protesto pela ingerência da Ebserh na greve.

Na UFRJ, os militantes detalharam elementos do relatório, apontaram perspectivas, esclareceram dúvidas e reiteraram a necessidade da participação de todos na greve.

É protesto, mas é ‘pró-servidores’

Temendo o “protesto”, os portões da entrada do estacionamento das PRs, no Parque Tecnológico, foram fechados por homens da empresa de vigilância, que interpelaram o grupo do CLG. Queriam consultar algum diretor para liberar a entrada. Por coincidência, viaturas da polícia, foram vistas por perto. Mas logo foi tudo esclarecido e os militantes realizaram livremente a mobilização nos setores.

Por fim, chegou ao CLG a informação de que parte dos trabalhadores das pró-reitorias foi instruída a trabalhar de modo virtual em função do “protesto”.

O movimento, destaque-se, tinha a finalidade de reunir servidores de pró-reitorias, (parte deles em atividades essenciais), e os militantes que vêm atuando na mobilização da categoria, num protesto, sim, porém, contra a demora no atendimento das reivindicações da categoria, pela estruturação da Carreira que tem o mais baixo piso do Executivo e vive uma fuga de quadros, e por recurso para a sobrevivência das universidades federais.

Pautas que dizem respeito a todos, tanto que estudantes e docentes de todo país estão ou apoiando ou se integrando progressivamente ao movimento.

Um grupo de trabalhadores da UFRJ partiu na manhã da sede do Sintufrj para se incorporar à marcha cujo roteiro até Juiz de Fora foi o inverso da trajetória feita pelo general Mourão Filho que marcou o início do golpe que em 1º de Abril de 1964. Golpe que implantou a ditadura de 21 anos assassinando, prendendo, torturando e censurando na sociedade brasileira.
A Marcha, cujo núcleo principal deixou a Cinelândia bem cedo,  ao longo do caminho, foi agregando outros grupos de Petrópolis e outras cidades, além do pessoal que veio do Espírito Santo. Todos com destino a Juiz de Fora. A atividade dos servidores da UFRJ está dentro da série de ações da greve na universidade iniciada em 11 de março por Carreira, recomposição orçamentária e reajuste salarial. (FOTOS: ELISÂNGELA LEITE)

A luta em defesa da democracia e pela punição dos golpistas no Brasil viveu neste 1º de Abril um dia de êxito: a caravana a Juiz de Fora (veja matéria a respeito) e a marcha do prédio da extinta Delegacia de Ordem Política e Social (Dops) na Rua da Relação (Centro do Rio) até a Faculdade Nacional de Direito da UFRJ, na Praça da República, marcaram a repulsa ao golpe civil-militar de 1964 que há 60 anos mergulhou o país na sombria noite da ditadura. Mas a palavra de ordem presente foi a punição aos golpistas de hoje, o fascista Bolsonaro à frente.

A marcha foi organizada por organizações do movimento social, entre as quais, o grupo Tortura Nunca Mais, e outros que defendem a memória da história recente do país, além de movimentos que atuam pelos direitos da periferia. Essas forças políticas, junto com centrais sindicais, defendem transformar o prédio da Dops num Memorial da Democracia, destino adequado para um lugar que representou a repressão e a tortura de combatentes na defesa das causas populares.

Trabalhadores da UFRJ em greve desde o dia 11 de março e dirigentes do Sintufrj (Marta Batista e Nivaldo Holmes) e da Fasubra (Francisco de Assis) marcaram presença. Num rápido discurso, Marta Batista destacou o impacto da ditadura na vida dos trabalhadores técnico-administrativos, “sem visibilidade” e “de companheiros, principalmente de estudantes” que tombaram na resistência ao regime.

Marta – que lembrou a greve dos trabalhadores na UFRJ – informou que um grupo de 46 servidores foi participar da Caravana da Justiça, com destino a Juiz de Fora cumprindo um roteiro inverso de militares golpistas de 64. Depois de lembrar o estado miliciano aqui no Rio de Janeiro (execução de Marielle e Anderson), a dirigente finalizou: “Cadeia para os golpistas, de ontem e de hoje”.

Vários parlamentares do campo da esquerda foram saudar a manifestação. (FOTOS: RENAN SILVA)

 

 

 

 

 

Os estudantes da UFRJ declaram apoio a greve dos técnico-administrativos em educação. A decisão foi tomada por unanimidade nas quatro assembleias simultâneas – nos campi do Fundão, IFCS-IH, CAp e Praia Vermelha – realizadas dia 27 de março, realizadas pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) Mário Prata. Na pauta, além da situação orçamentária, as lutas locais e a greve na UFRJ.

Centenas de estudantes presente nas assembleias aprovaram ainda a construção de uma jornada de lutas pela recomposição orçamentária, através de comitês locais.

“Entendemos que a luta dos técnicos é similar a dos estudantes”, afirma Thiago Braile, do DCE Mário Prata, informando que o movimento estudantil da UFRJ está realizando campanha para a recomposição orçamentária da universidade.

Uma nota de apoio, apresentada pelo DCE e aprovada em todas as assembleias, e aponta: “Dentro da UFRJ, a união entre trabalhadores e estudantes nas mobilizações tem sido fundamental para a garantia de direitos para quem estuda e trabalha na nossa universidade. Os TAEs e o SINTUFRJ estão juntos dos estudantes na luta pela recomposição orçamentária, por ampliação da assistência estudantil, melhores condições de estudo, por bandejão em todos os campi, passe-livre, entre tantas outras pautas fundamentais”.

O documento lembra ainda “Construímos diversas lutas com esses trabalhadores nos últimos anos e entendemos que devemos permanecer lado a lado, em defesa da UFRJ e dos direitos dos estudantes e dos trabalhadores. É fundamental que o movimento estudantil se some a essa mobilização, apoiando os trabalhadores e unificando com nossas demandas!”

A nota informa por fim que os estudantes reunidos em assembleia, além do apoio à greve dos TAEs, se comprometem com a participação nas mobilizações e lutas da categoria pela valorização do serviço público e em defesa de verbas para a educação.

Foto: Jornal A Verdade

Campanha

Os técnicos-administrativos têm entre os pontos centrais de sua pauta de reivindicações, a recomposição orçamentária das universidades. A mesma demanda é alvo da campanha iniciada pelo movimento estudantil da UFRJ.

“SOS UFRJ: A educação grita por verba”

Este é o lema da campanha, aprovada em assembleia on-line no início do mês. “A organização dessa campanha pelos comitês é uma forma de impulsionar as pautas, iniciativas e dificuldades de cada campus, denunciar a situação orçamentária e nos manter em mobilização constante”, explica Thiago.

Outros campi

Segundo o DCE, as assembleias do campus de Duque de Caxias seriam realizadas nesta segunda-feira (01/04), on-line,  devido à falta de aulas no campus em apoio aos trabalhadores terceirizados com salários atrasados). A da Faculdade Nacional de Direito é na terça-feira, 2.

Movimento investe na mobilização para o 3 de Abril, com assembleia-ato e participação no ato unificado dos servidores federais

Os técnicos-administrativos da UFRJ decidiram hoje, em assembleia, manter a greve por tempo indeterminado. A categoria está em luta pela reestruturação da carreira, recomposição orçamentária e reajuste salarial.

Paralisados, mas não de braços cruzados! A assembleia deliberou uma série de atividades de greve para a semana, com destaque para a participação no Protesto Unificado do Dia Nacional de Lutas, que acontece na próxima quarta-feira (03), na Candelária.

A assembleia, à exemplo das anteriores, foi simultânea envolvendo os campi do Fundão, Praia Vermelha e Macaé. Mas na QUARTA-FEIRA, 3 DE ABRIL, será diferente: nesse dia haverá um assembleia-ato diante do IFCS, no Largo de São Francisco, em manifestação compacta de trabalhadores com participação de estudantes da UFRJ.

Em seguida, em marcha, a comunidade universitária se deslocará até a Candelária e lá irá se incorporará à concentração do conjunto dos servidores do Executivo federal. Neste dia, 3 de abril, algumas categorias vão entrar em greve, como a base do Sinasefe – que reúne técnicos e docentes da educação básica.

Golpe e ditadura

    • Os trabalhadores da UFRJ vão participar de dois eventos para descomemorar os 60 anos de ditadura civil-militar que mergulho o país no arbítrio durante 21 anos: nesta segunda-feira, 1º de abril, sairá do Fundão, às 7h, um grupo para se incorporar à caravana organizada por sindicatos e organizações do movimento social que fará o trajeto inverso do das forças golpistas em 1964 – saindo do Rio e chegando a Juiz de Fora.
    • Às 15h, outro grupo irá participar da caminhada da ex-sede do Dops, na Rua da Relação, até a Faculdade de Direito, na Praça da República. As duas décadas de ditadura foi marcada por prisões, sequestros, censura, torturas e assassinatos – especialmente contra trabalhadores e/ou os que lutavam ao seu lado
    • Terceirizados

    • A assembleia manifestou preocupação com a situação dos terceirizados e tirou uma resolução relacionada ao assunto: fazer atividades de piquete/fechamento de unidades toda vez que trabalhadores terceirizados ficarem sem pagamento. Exigir das direções a suspensão de todas as atividades nessas condições. Organizar mobilizações de cobrança na estrutura da universidade.
      A reunião também elegeu 8 delegados para representar os trabalhadores da UFRJ no Comando Nacional de Greve (CNG)

      Fundo de greve

      A assembleia desta quarta-feira aprovou o desconto da segunda parcela do Fundo de Greve.

    • UNANIMIDADE na votação da greve por tempo indeterminado. Fotos: Elisângela Leite Foto de Elisângela leite

  • Calendário GREVE TAE UFRJSEG 01/047h até 21h Caravana para Juiz de Fora – 60 Anos do Golpe15h Protesto 60 Anos do Golpe – caminhada do Antigo DOPs até FND

    TER 02/04

    9h30 Ato na entrada das PRs, no parque tecnológico.

    10h Reunião de Base IPPMG.

    14h COMANDO LOCAL DE GREVE Espaço Cultural Sintufrj

    QUA 03/04

    14h ASSEMBLEIA ATO IFCS

    16h PROTESTO UNIFICADO DIA NACIONAL DE LUTAS (Candelária)

    SEX 05/04

    1O h COMANDO LOCAL DE GREVE IFCS

 

Em virtude do ponto facultativo de Páscoa, não haverá expediente no Sintufrj nesta quinta-feira. As atividades regulares retornam na segunda-feira, 1º de Abril.

 

 

Entidades Sindicais presentes: Sintufrj, Sindisep, Andes, Sintuff, Sindiscope, Asunirio, Aduff, Assan, Adufrj e Adur

Foram feitos informes com orientações nacionais do Fonasefe, Fasubra, Sinasefe e Andes. Em seguida, foram dados informes dos sindicatos presentes. Todos os sindicatos da base da Fasubra e do Sinasefe estão em greve ou em vias de entrar. Entre os docentes,  sindicatos, a  Aduff (sessão sindical da UFF) já decidiu pela Greve e outras seções do Anndes-Sindicato Nacional estão fazendo assembleias.

Propostas consensuais aprovadas

ATO UNIFICADO DE 3 ABRIL

Próxima Reunião Fórum Servidores Rio:  05 de Abril, às 18h, com primeiro ponto de pauta a Caravana Unificada de Abril.

Observação: Sugerir ao Fórum de Trabalhadores Técnico-Administrativo em Educação do Rio pautarem como segundo ponto nesta reunião a avaliação e construção Greve TAE.

Professor Marcelo Melo apoia a greve dos técnico-administrativos

Quem pensa que o movimento de greve dos técnico-administrativos é meramente corporativista engana-se. Em meio a um cenário de terra arrasada, o local em questão foi o prédio da Reitoria que pegou fogo há anos 8 anos, o Comando Local de Greve (CLG) foi a reunião da Congregação da Faculdade de Letras nesta terça-feira, 26, na então sala do Conselho Universitário, exatamente para reafirmar a luta do movimento pela recomposição orçamentária das universidades.

Vera Valente do CLG fala da amplitude da greve
Comunidade do CLA e DCE juntos com o Sintufrj

A Faculdade de Letras está com aulas suspensas devido a paralisação dos trabalhadores terceirizados (que não receberam seus salários da empresa contratada) e falta de condições de higiene. A reunião da Congregação teve de ser na sala do Conselho Universitário por falta de condições de infraestrutura na Letras. Já a antessala do Conselho Universitário foi ocupada pelos estudantes da Escola de Belas Artes porque seu ateliê de pintura foi fechado por falta de condições já há quase dois meses.

“Estamos indo as unidades, fazendo atos, reuniões, e convencendo os companheiros a parar.  Sozinhos não vamos conseguir levar a frente essa greve. Precisamos que a comunidade se manifeste. Estamos chamando os alunos e os professores porque essa luta não é só dos técnico-administrativos. É dos técnicos, dos alunos, dos professores. É de toda a comunidade da UFRJ. Precisamos salvar a UFRJ. E para isso precisamos estar juntos”, afirmou Marli Rodrigues, coordenadora do Sintufrj e que integra o CLG.

“As empresas aumentam o trabalho dos terceirizados e não aumentam o pessoal. Aqui na UFRJ é recorrente as empresas atrasarem salários e não pagarem durante dois, três meses os trabalhadores. Precisamos mudar essa situação. E defender os terceirizados como parte integrante da UFRJ está em nossa pauta de greve. Nosso movimento é maior. Não estamos lutando apenas por salário, lutamos por condições de trabalho, infraestrutura para a universidade e melhores condições de estudo para os estudantes”, completou Vera Valente, técnica-administrativa da Letras e integrante do CLG.

A comunidade da Faculdade de Letras está tensa, indignada e preocupada. Na reunião da Congregação houve algumas explicações da Diretoria e da Decania, sem apontar um caminho de solução.

Os estudantes cobraram. “A Decania tem de ser mais incisiva com a Reitoria para cobrar providências”, demandou Alexandre Borges, do DCE Mário Prata.

“Cadê a Adufrj? Cadê os Pró-Reitores? Não tem ninguém aqui para dar uma satisfação! A nota do reitor sobre a nossa situação na Letras foi insípida. Não é esse o papel de uma Reitoria!”, desabafou o professor de Linguística da Faculdade de Letras, Marcelo Melo.