O Sintufrj, em solidariedade aos atingidos pelas enchentes no Rio de Janeiro, está recebendo doações de alimentos não perecíveis, material de higiene e limpeza, roupas, calçados e outros donativos.
Essas doações serão diretamente para os atingidos. Faça sua doação na sede do Sintufrj no Fundão, na subsede do HUCFF ou na subsede da Praia Vermelha. Sua participação é muito importante.
Mobilização dos servidores impediu que emenda constitucional fosse aprovada no governo Bolsonaro
Mal começou o ano de 2024 e o presidente da Câmara dos deputados, Arthur Lira (PP-AL), retoma a carga para colocar a proposta de reforma administrativa de Paulo Guedes/Bolsonaro, a PEC32/2020, em pauta.
Sua assessoria afirma que Lira pretende colocar essa PEC em discussão neste primeiro semestre, junto ao colégio de líderes. A proposta acaba com a estabilidade e põe fim a concursos e benefícios.
O governo Lula é contra essa proposta contida no Projeto de Emenda à Constituição (PEC), segundo manifestação da área econômica que tem o entendimento de que ela visa fundamentalmente enxugar a máquina pública.
Fim da estabilidade e privatização de serviços
Essa PEC 32/2020 criada pelo então ministro da economia de Bolsonaro, Paulo Guedes, visa a redução do Estado, com diminuição do funcionalismo, supressão de direitos e ataques a conquistas da categoria como a estabilidade.
Extingue o Regime Jurídico Único, cria diferentes tipos de vínculo empregatício e novas possibilidades para a perda de cargo público.
A PEC 32 propõe a demissão do servidor por insuficiência de desempenho e corte de salários em até 25% em situação de crise fiscal. O servidor passa também a poder ser demitido em caso de declaração de obsolescência do cargo que ocupa.
Pelo texto os concursos acabam na prática, dando lugar a contratações temporárias por um período de 10 anos em todas as atividades de governo.
Em relação à prestação de serviços públicos à população, a PEC 32 entrega para as empresas privadas sua exploração com autorização para praticarem a cobrança ao povo. No texto aprovado na Comissão Especial há instrumentos genéricos de cooperação do governo com ONGs e também com empresas privadas para prestação de serviços públicos.
O dispositivo amplia o risco de desvios de recursos da Saúde e da Educação, aponta para menor cobertura dos serviços públicos e pode prejudicar a qualidade da prestação à população.
O que aconteceu
Em setembro de 2020 o governo Bolsonaro enviou ao Congresso Nacional uma proposta de Reforma Administrativa (PEC 32/2020) com a justificativa de combater “privilégios” e enxugar a máquina administrativa, sem discussão com a sociedade e sem estudo técnico que sustentasse sua argumentação. O fim da estabilidade e dos concursos estão nesse projeto.
A PEC 32 foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça e aprovada na Comissão Especial através de manobras do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira ((PP-AL), seu principal defensor, e está parada na Câmara dos Deputados desde setembro de 2021 fundamentalmente devido a intensa mobilização e forte pressão do funcionalismo público.
Mas Lira e companhia têm agido para tentar votá-la, afinal a proposta favorece os defensores da privatização dos serviços públicos e empresários.
A categoria dos técnico-administrativos em educação está em estado de greve e a assembleia-geral marcada para 17 de janeiro, quarta, tem peso relevante uma vez que os trabalhadores vão discutir formas e estratégias de mobilização. Plenária Nacional da Fasubra pôs a perspectiva de greve no radar.
A proposta do governo apresentada na última reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) – reajuste zero e apenas readequação de benefícios – ficou absolutamente distante das reivindicações mais urgentes do funcionalismo, a maioria com salários congelados de quase uma década. Os técnico-administrativos em educação estão com perdas de 39,77%.
A Fasubra foi a única entidade que comunicou ao governo na última reunião da MNNP, que a categoria dos técnico-administrativos em educação está em estado de greve, e com mobilização para possível paralisação no primeiro trimestre de 2024 – conforme Plenária Nacional realizada no início de dezembro.
O que o governo propôs
A proposta do governo é reajuste zero em 2024, reajuste de benefícios a partir de maio desse ano e sem isonomia entre os Poderes da União, prejudicando ainda mais aposentados e pensionistas, que só teriam uma pequena ampliação do auxílio-saúde. A recomposição salarial seria de 9% dividida em duas parcelas de 4,5% em 2025 e 2026. Veja em detalhes:
Benefícios:
Auxílio Alimentação – De R$ 658,00 para R$ 1.000,00
Auxílio Saúde – De R$ 144,00 para R$ 225,00
Auxílio Creche – De R$ 321,00 para R$ 485,00
Recomposição:
2024 – 0%
2025 – 4,5%
2026 – 4,5%
O que o movimento quer
As negociações de 2015 resultaram em correção parcial das perdas salariais, mas algumas categorias firmaram acordos por apenas dois anos (implementação em 2016 e 2017), enquanto outras por quatro anos (implementação em 2016, 2017, 2018 e 2019), o que requer solução na negociação que se inicia;
• Entre 2019 e 2022, além das perdas já existentes, houve congelamento salarial do funcionalismo, situação atenuada com o reajuste emergencial de 9% concedido no início de 2023; e
• Apesar de a inflação estar em queda, o seu impacto ainda será verificado neste e nos próximos anos. De acordo com o Relatório Focus de 23/06/23, os índices serão 5,06% em 2023, 3,98% em 2024, 3,80% em 2025 e 3,72% em 2026.
Pauta unificada
Na pauta de reivindicações unificada apresentada na Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) estão os itens não salariais como a equiparação de benefícios com os Poderes da União, a solicitação de revogação de medidas e projetos que prejudicam os servidores e a pauta econômica que trata da recomposição salarial.
Recomposição salarial
A base de cálculo solicitada para o reajuste é a variação do IPCA, a partir de 1º de julho de 2010 a 30 de junho de 2023 (114,08%), a ser realizado em dois blocos e escalonados.
Bloco I – Formado pelos Servidores Públicos que tiveram neste período os seguintes reajustes:
2013 (5%), 2014 (5%), 2015 (5%), 2016 (5,5%), 2017 (5%) e 2022 (9%), totalizando 39,77%
Reivindica-se a recomposição das perdas salariais do período: 53,17%. Os técnico-administrativos em educação fazem parte desse Bloco I.
Bloco II – Formado pelos Servidores Públicos que tiveram neste período os seguintes reajustes:
2013 (5%), 2014 (5%), 2015 (5%), 2016 (5,5%), 2017 (5%), 2018 (4,75%), 2019 (4,5%) e 2022 (9%), totalizando 53,00%
Reivindica-se a recomposição das perdas salariais do período: 39,92%.
Bloco I
2024 – 15,27%
2025 – 15,27% + Inflação de 01/07/2023 a 30/06/2024
2026 – 15,27% + Inflação de 01/07/2024 a 30/06/2025
Bloco II
2024 – 11,84%
2025 – 11,84% + Inflação de 01/07/2023 a 30/06/2024
2026 – 11,84% + Inflação de 01/07/2024 a 30/06/2025
Itens não salariais
Equiparação dos auxílios alimentação, creche, saúde e demais.
PF e PRF terão reajuste
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) firmou acordo para a concessão de reajustes nos salários de carreiras da Polícia Federal (PRF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) ainda esse ano. O aumento poderá superar 20%. Os aumentos serão concedidos em três parcelas entre 2024 e 2026, e os valores vão variar entre as carreiras. A primeira deverá ser paga em agosto de 2024. As seguintes, nos meses de maio de 2025 e 2026. Ao todo, seis carreiras serão contempladas nas duas corporações.
O reajuste firmado com as corporações é maior do que o oferecido pelo Ministério da Gestão aos servidores públicos. Pela proposta, o funcionalismo receberá 9% de aumento, em duas parcelas entre 2025 e 2026. Em 2024, porém, os funcionários públicos somente receberão aumento em benefícios, como o auxílio-alimentação.
Os índices totais de reajuste até 2026 serão diferentes para profissionais da base e do topo dessas carreiras. Segundo as associações que representam servidores da PF, delegados e peritos de terceira classe da PF, por exemplo, receberão um aumento de quase 8%. No mesmo período, delegados e peritos de classe especial terão um reajuste melhor: quase 23%, totalizando um salário de R$ 41.350 — R$ 300 abaixo do atual teto do funcionalismo público.
A primeira reunião de aposentados e pensionistas do Sintufrj nesta sexta-feira, 12 de janeiro, abriu a programação de 2024 inaugurando já as atividades do Mês do Aposentado, cujo dia é celebrado em 24 de janeiro
A direção do Sintufrj por meio de sua Coordenação de Aposentados conduziu uma verdadeira maratona que lotou o salão do Espaço Cultural. A sessão presencial e on line mobilizou algumas dezenas de aposentadas, aposentados e pensionista que foram passar a limpo informações sobre as ações judiciais e os reajustes de planos de saúde – duas grandes preocupações desse segmento da base do sindicato.
Representantes da Allcare (administradora de planos de saúde) Winter Silva e Solange de Castro, e do escritório de advocacia que atende ao sindicato, Araceli Rodrigues, ouviram queixas e questionamentos de quem participou da reunião em busca de esclarecimentos. A mesa da sessão especial foi integrada pelos coordenadores-gerais Laura Gomes e Esteban Crescente, por Fátima Rosane e Ana Célia, da Coordenação de Aposentados.
Francisco de Assis, dirigente da Fasubra e que foi diretor do Sintufrj teve participação efetiva por conhecer o histórico de situações relacionados à pauta do encontro.
Ao final, Ana Célia convocou para a assembleia da categoria na próxima quarta-feira (17) que vai discutir a Campanha Salarial e para a programação organizada pela sua coordenação para este mês que registra, em 24 de janeiro, o Dia do Aposentado. Essa programação foi aberta com a própria reunião. Para 26 de janeiro está sendo organizada uma manifestação no Parque Tecnológico. No dia 1º de fevereiro haverá um baile de carnaval.
Alerta
Araceli Rodrigues chamou a atenção dos aposentados sobre o risco de golpes. Segundo ela, como o governo anunciou liberação de pagamentos de precatórios nesse primeiro semestre, os golpistas estão com boa munição para ludibriar e enganar.
“Tomem muito cuidado com os golpes. Não façam depósitos e procurem os meios oficiais do sindicato como o e-mail e o telefone 3035-6500. No Sintufrj temos a disposição de vocês a Daniele que está lá de 10h às 16h, para tratar de qualquer problema e ou dúvida”, alertou a advogada.
Além de informes sobre negociações em Brasília acerca de salários, reunião debateu PGD e assédio moral
Os servidores da UFRJ terão aumento salarial em 2024? Haverá recomposição salarial? Essas e outras foram algumas das perguntas respondidas pela coordenação do Sintufrj em reunião com trabalhadoras e trabalhadores das pró-reitorias. O encontro foi na manhã desta quinta-feira (11).
Durante mais de uma hora, foram debatidos temas relacionados às expectativas salariais em negociação com o governo em Brasília, mas também assuntos que fazem parte do cotidiano do servidor da universidade, como a assédio moral.
O início da instituição do teletrabalho nas pró-reitorias foi um dos destaques da pauta. Com a virada do ano, os setores iniciaram suas jornadas de forma híbrida seguindo os padrões instituídos pelo PGD/UFRJ. Mas dúvidas quanto à organização do trabalho, questões de auxílios e quem tem direito ao trabalho de forma remota foram apresentadas.
Em março, haverá uma avaliação sobre os três primeiros meses da regulação do teletrabalho, a fim de promover mudanças e adequações às realidades de cada setor.
Recomposição salarial
A reunião serviu para a direção sindical reforçar a convocação para a assembleia de quarta-feira (17) que tem como pauta central a campanha salarial, aperfeiçoamento da Carreira e estado de greve orientado pela Fasubra.
O fato é que as negociações com o governo vivem momento de tensão.
Coordenador-geral do Sintufrj, Esteban Crescente, disse que a questão é mais delicada do que parece, uma vez que na última rodada de negociação o governo ofereceu só ajustes nos benefícios (auxílio alimentação, auxílio creche, auxílio saúde) a partir de maio.
Sobre recomposição salarial, a mobilização dos servidores determinará os próximos passos: “ainda não sabemos como as coisas vão ficar, mas ao menos este governo abriu diálogo com a categoria que vai decidir sobre os próximos passos”, disse o dirigente.
O Sintufrj tem repetido nos seus materiais e nas falas dos seus dirigentes que só com pressão os trabalhadores vão conseguir arrancar reajuste salarial e melhorias na Carreira deste governo. A assembleia de quarta-feira é para organizar e discutir estratégias de luta.
Assédio moral
Em resposta às denúncias de assédio moral em setores das pró-reitorias, o Sintufrj elaborou uma carta enviada à Reitoria com objetivo de provocar investigações sobre os casos.
A manifestação que reuniu na segunda-feira, na histórica Cinelândia, militantes, trabalhadores, sindicatos, movimentos sociais e populares e partidos políticos de esquerda para repudiar o fascismo propagou o eco reproduzindo as palavras de ordem de vários cantos do país para defender a democracia e exigir punição aos golpistas.
O ato foi para marcar 1 ano do fatídico 8 de Janeiro de 2023 quando uma turba manejada por conspiração golpista (empresários, altas patentes das Forças Armadas, cupula da Policia Militar de Brasilia, Bolsonaro e companhia) invadiu as sedes do palácio presidencial, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).
O Sintufrj estava presente com sindicalizados, delegados de base e dirigentes da entidade. Um dos coordenadores-gerais do sindicato, Esteban Crescente, foi direto ao ponto.
“A nossa luta por liberdade democrática é a luta para que os sindicatos possam continuar se organizando e lutando por direitos. E aqueles que tentaram dar um golpe no dia 8 de janeiro de 2023 eram contra a organização e a luta dos trabalhadores por seus direitos’, disse.
“Não há caminho para a classe trabalhadora que não o da mobilização, que não o da construção das lutas (…) temos de saber quem são os nossos inimigos e adversários. É o fascismo, Bolsonaro, os generais golpistas, os mercadores da fé, esses são nossos inimigos. E nós temos que lutar pela punição dos golpistas”, sustentou o dirigente do Sintufrj.
Maioria segue impune
Como resultado da tentativa de golpe centenas e pessoas foram detidas e houve uma série de afastamentos, prisões e operações de busca e apreensão contra autoridades, empresários e suspeitos de participar, incitar e financiar os atos. Mas até agora da horda que invadiu e depredou, apenas 30 pessoas foram condenadas pela Justiça, e seguem impunes dezenas de empresários financiadores da tentativa de golpe, militares de alto comando das Forças Armadas e policiais do Distrito Federal e fundamentalmente os mentores.
O ex-presidente Jair Bolsonaro teve seu indiciamento pedido pela CPI do 8 de janeiro no Congresso Nacional, sendo tratado na comissão como “autor intelectual”, e segue atualmente ainda como investigado. Recentemente a Procuradoria Geral da República (PGR) encaminhou ao STF relatório e vídeo postado e apagado do perfil de Bolsonaro no Facebook, o qual é fundamental para apresentar denúncia contra o ex-presidente sob acusação de incitação.
Entenda
No dia 8 de janeiro, um domingo, uma turba enfurecida (manejada por ações de profissionais) com cerca de 4 mil bolsonaristas caminhou rumo a praça dos Três Poderes para tentar deflagrar um golpe. Eles não aceitavam o resultado das eleições, que deram vitória a Lula.
Invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) numa ação sem precedentes na história do país. A sanha era tão grande que havia até um plano para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), como parte das ações golpistas do 8 de janeiro. As fotos de Daniel Outlander registram o ato do 8 de Janeiro na Cinelândia.
Em entrevista, ministro do STF disse que um dos planos era pendurar seu corpo em plena Praça dos Três Poderes. Ele criticou “terra sem lei” das redes sociais e defendeu exclusão de políticos contrários à democracia
São Paulo – Em entrevista ao jornal O Globo, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), revelou a existência de um plano para assassiná-lo como parte das ações golpistas do 8 de janeiro. Líderes dos três poderes preparam manifestação para a próxima segunda (8) em defesa da democracia.
“Eram três planos. O primeiro previa que as Forças Especiais (do Exército) me prenderiam em um domingo e me levariam para Goiânia. No segundo, se livrariam do corpo no meio do caminho para Goiânia. Aí, não seria propriamente uma prisão, mas um homicídio”, afirmou o ministro na entrevista. “E o terceiro, de uns mais exaltados, defendia que, após o golpe, eu deveria ser preso e enforcado na Praça dos Três Poderes. Para sentir o nível de agressividade e ódio dessas pessoas, que não sabem diferenciar a pessoa física da instituição.”
Exército não aderiu
Segundo ele, há um inquérito em andamento que apura inclusive a participação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). De acordo com Moraes, a agência “monitorava os meus passos para quando houvesse necessidade de realizar essa prisão”. Ele não se considerou surpreso. “Tirando um exagero ou outro, era algo que eu já esperava. Não poderia esperar de golpistas criminosos que não tivessem pretendendo algo nesse sentido (…). Tenho muito processo para perder tempo com isso.”
Pelas investigações em curso, a ordem de vários financiadores dos atos era no sentido de invadir o Congresso até que houvesse uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para que o Exército fosse retirar os manifestantes. “E, então, eles tentariam convencer o Exército a aderir ao golpe. O que mostra o acerto em não se decretar a GLO, porque isso poderia gerar uma confusão maior, e sim a intervenção federal. Não que o Exército fosse aderir, pois em nenhum momento a instituição flertou (com a ideia). Em que pese alguns dos seus integrantes terem atuado, e todos eles estão sendo investigados”, disse o ministro. Em 8 de janeiro, ele estava em Paris, mas conversou com o ministro da Justiça, Flávio Dino, e também com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Povo doente”
Alexandre de Moraes contou que reforçou a segurança de sua família. “Esses golpistas são extremamente corajosos virtualmente e muito covardes pessoalmente. Então, chegam muitas ameaças, principalmente contra minhas filhas, porque até nisso eles são misóginos. Preferem ameaçar as meninas e sempre com mensagens de cunho sexual. É um povo doente.”
Ele disse analisar “críticas construtivas” sobre as prisões. “Nenhum desses golpistas defende que alguém que furtou um notebook não possa ser preso. E eles, que atentaram contra a democracia, não podem? Os presos são de classe média, principalmente do interior, e acham que a prisão é só para os pobres. A Justiça tem que ser igual para todos.”
Redes sociais
E acrescentou que quem faz a pena não é o STF, mas o parlamento. “O Congresso aprovou uma legislação substituindo a Lei de Segurança Nacional exatamente para impedir qualquer tentativa de golpe. Se as penas máximas fossem aplicadas em todos os cinco crimes, pegariam mais de 50 anos, mas pegaram 17 (no máximo). Se não quisessem ser condenados, não praticassem nenhum crime.”
Assim, para Alexandre de Moraes, a primeira lição do 8 de janeiro é a necessidade de impedir que continue a “terra sem lei” das redes sociais. Na parte criminal eleitoral, políticos que tiveram participação comprovadas devem ser excluídos da vida pública. “Quem não acredita na democracia não deve participar da vida política do país.”
Uma importante iniciativa de valorização da produção da categoria técnico-administrativa em Educação teve início, no dia 19 de dezembro, com a primeira reunião – em ambiente virtual – da Rede de Produção dos Técnicos Administrativos em Educação. A reunião contou com a participação de mais de 60 profissionais de universidades e os institutos federais, e universidades estaduais. Entre as propostas, está a construção de um seminário nacional. O próximo encontro está previsto para 5 de março de 2024.
A ideia da Rede surgiu durante a elaboração do documento final do XI Seminário de Integração dos Técnicos-administrativos em Educação da UFRJ (realizado entre os dias 27 de novembro e 1º de dezembro), a Carta do Sintae.
A proposta foi formulada em conjunto pela comissão organizadores e participante do evento, como conta Gustavo Cravo, há anos à frente da maior parte das edições do Sintae e da revista Práticas em Gestão Pública Universitária (PGPU/UFRJ), junto com o Conselho Editorial.
“Instituir um fórum e uma agenda nacionais, promovendo iniciativas já existentes e ou potenciais de eventos semelhantes” é uma das 85 propostas surgidas nos eixos temáticos do seminário e sistematizadas na carta que pode ser lida em https://conferencias.ufrj.br/index.php/sintae/SINTAE11.
Fasubra na organização
Da reunião da rede, cuja organização ficou a cargo de Francisco de Assis, coordenador de Comunicação da Fasubra, e Gustavo, participaram representantes de todos os nove seminários já realizados nas instituições do país: além do Sintae, da UFRJ, o dos servidores da Unicamp, da Bahia, da UFAPE, das universidades estaduais de SP (USP/UNESP/UNICAMP); da UFMG; da UFPR Litoral; da UFPE e da UFF. Houve também a apresentação das quatro publicações de divulgação da produção dos técnicos-administrativos existentes: Coletânea Digital A Gestão Pública na Visão dos Técnicos Administrativos em Educação (GPTAE); Blog Papo de TAE; Revista PGPU/UFRJ e Sínteses: Revista Eletrônica do SIMTEC (Unicamp).
Rede potente
“A avaliação geral é que estamos construindo uma rede muito potente. Com a rede temos maiores possibilidades de apoiar e fortalecer as iniciativas que já acontecem e dar força e energia para quem está buscando constituir suas atividades. Também sabemos que há colegas que são muito produtivos e muito comprometidos com a instituição (e com a sociedade) e acabam atuando de maneira um pouco isolada. Então, uma rede também é importante nesse sentido, possibilitando relações coletivas”, registrou Gustavo.
Fasubra quer criar Fórum Nacional
A Fasubra indicou propostas como a organização de um seminário nacional e uma revista científica, técnica e acadêmica. O grupo definiu encaminhamentos como a realização de uma nova reunião no dia 5 de março, também em formato remoto. Os companheiros da Unicamp se ofereceram para criar um portal com links dos seminários e as publicações locais.
Além de Francisco de Assis, que mediou o evento, estiverem presentes pela direção da Fasubra, Cristina Del Papa, Marcelo Rosa, Rosângela Costa e Agnaldo Fernandes (integrante da CNSC) apresentando experiências das suas universidades.
Fasubra se insere no processo
“Esse evento surgiu no XI Sintae, da UFRJ. Estive presente na construção da carta do Sintae e falei sobre a nossa concepção de Carreira, sobre a nossa luta histórica e a concepção de ter um espaço de voz do trabalhador técnico-administrativo nessa disputa institucional. De valorizar a sua produção de conhecimento e torná-la parte da academia. A gente lutou para conquistar nossa identidade. Hoje temos já nove entidades que constroem esses eventos que valorizam nossa produção”, aponta Francisco de Assis, contando que daí surgiu a proposta de uma reunião conjunta para se pensar num encontro nacional.
E a Fasubra se inseriu no processo: “Eu levei a proposta para a Federação e a direção me deu apoio para que eu pudesse organizar essa reunião. A parir daí, estamos trabalhando a ideia de que a própria Fasubra seja indutora até de construir uma revista científica para dar voz ao conhecimento produzido pelo técnico-administrativo. Este é um debate que vamos fazer internamente para ver a viabilidade. Vamos trabalhar para que aconteça”.
Na UFRJ: do Sintae à PGPU
Gustavo Cravo é técnico em Assuntos Educacionais na UFRJ há 13 anos, 11 dos quais na Pró-Reitoria de Pessoal, à frente da maior parte das 11 edições do SINTAE e, junto com o Conselho Editorial, da revista PGPU. Ele conta que o seminário teve sua primeira edição em 2013, na gestão de Roberto Gambine na Pró-Reitoria de Pessoal. A Comissão Organizadora na época foi composta, por Agnaldo Fernandes, pela Ana Paula di Paula, pela Karine Guedes, Larissa Baruque, além de Gustavo
“De lá para cá, bastante coisa mudou. Nessas 11 edições, em 10 conseguimos lançar edital de chamada de trabalhos. Somente em 2015, fizemos uma edição especial sem a chamada de trabalhos. Mas com uma primeira reflexão nacional sobre os seminários e publicações existentes. Um embrião para a reunião que aconteceu dia 19. Em 2023, as iniciativas nacionais que já existiam na época estão mais consolidadas e surgiram outras. Que bom! Os técnicos produzem muito. Há espaço para mais iniciativas”, comemora Gustavo.
Como começou a revista
Gustavo conta que os colegas da UFRJ apontaram, para a PR4, a importância de terem a chance de apresentar seu trabalho em eventos, mas que precisavam também publicar artigos. “Ninguém, na PR4, naquela época, sabia fazer uma revista acadêmica. Isso é de uma complexidade grande. A gestão Regina Dantas à frente da PR4, nos deu a possibilidade de estudar o ecossistema Editorial para lançar, com segurança a revista. Foi um risco que corremos. A categoria dos técnicos produz o suficiente para alimentar à permanentemente uma revista ? Avaliamos que sim, a partir da experiência do SINTAE. E avaliamos correto. Porque a revista está aí há sete anos”, orgulha-se Gustavo, acrescentando que ela cumpre as exigências uma boa revista: lança um número a cada seis meses, não atrasa, tem quase 200 avaliadores de todas as partes do mundo.
A Revista começou a ser preparada em 2016 e o lançamento de seu primeiro número foi em 31 de maio de 2017, propositadamente, “para homenagear o mês do trabalhador, já que é uma revista de trabalhadores: 90% dos autores são técnicos administrativos. Os outros 10% são docentes e discentes que escrevem em conjunto com os técnicos. A Revista é um projeto de autonomia intelectual dos técnicos administrativos”, conta ele.
Agradecendo a todos que compuseram a Comissão Organizadora ao longo desses 11 anos, Gustavo acrescenta: “Em termos de SINTAE, precisamos de apoio e de gente para produzir o evento, porque dá muito trabalho. Precisamos ouvir as unidades e incorporar pessoas de fora da PR4 à Comissão. Em relação à Revista PGPU, precisamos que a atual gestão mantenha a autonomia do Conselho Editorial e nos ajude a avançar. E de recursos para pagar o Digital Object Identification (DOI, padrão para identificação de documentos em redes digita).
“Sintae é patrimônio dos técnicos-administrativos”
Pró-Reitor de Pessoal, em 2013, gestão que lançou o Sintae, Roberto Gambine avalia:
“Foi com muita alegria que recebi a notícia da realização da primeira reunião da rede nacional de produção dos técnicos administrativos. É uma conquista dos técnicos-administrativos nacionalmente. Nós aqui, na UFRJ, no período que estivemos na gestão da Pró-Reitoria de Pessoal, eu e o Agnaldo Fernandes, tivemos a sorte de ter na nossa equipe pessoas da mais alta qualificação, que tomaram a iniciativa de organizar o primeiro Seminário de integração dos técnicos administrativos na UFRJ. Servidores como o Gustavo Cravo, Rita Cavalieri, a Karine Guedes e a saudosa Ana Paula de Paula, figuras que se envolveram com essa ideia, e construíram esse projeto, que se consolidou e hoje tem esse caráter nacional.
Na minha avaliação, o Sintae não é patrimônio de uma gestão, é um patrimônio dos técnicos administrativos em Educação, porque expressa a diversidade e a riqueza do nosso trabalho nas diferentes funções do nosso fazer.
Muitas vezes a gente ainda enfrenta, na UFRJ em outros locais, um certo preconceito, como se os técnicos administrativos fossem uma categoria subordinada à categoria docente, que é um brutal equívoco. Nós somos uma categoria complementar naquilo que a universidade faz e o conjunto do nosso trabalho é o que permite a conquista de altos níveis de qualidade na oferta do ensino da pesquisa de extensão, por ter um corpo técnico administrativo qualificado e envolvido exatamente com esse perfil profissional em que carrega em si uma riqueza de funções, de fazeres, de profissões que só fazem com que as universidades públicas sejam a referência para o nosso país e para o nosso povo.
Então, viva Longa ao Sintae e a todas as iniciativas nacionais nesse mesmo caminho”.
.Leia mais em: https://fasubra.org.br/geral/direcao-da-fasubra-participa-de-reuniao-com-rede-de-producao-dos-tecnico-administrativos-em-educacao-de-diferentes-instituicoes/
Fasubra chama categoria para realizar rodadas de assembleias de 19 a 21 de dezembro para aprovar indicativo de estado de greve
Na última reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP), nesta terça-feira, 18 de dezembro, o secretário do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviço Público (MGI), José Lopez Feijó, informou que por dificuldades orçamentárias o governo não poderá avançar na pauta salarial, isto é, não haverá reajuste ano que vem.
Como forma de compensação, o governo irá readequar os valores dos benefícios, o auxílio-alimentação de R$ 658,00 para R$ 1 mil; os planos de saúde saem dos R$ 144,00 para R$ 215,00; e o auxílio-creche de R$ 321,00 para R$ 484,90. Tais mudanças a partir de maio de 2024.
Aposentados e pensionistas serão prejudicados duplamente, pois além de não terem o reajuste estarão excluídos dos aumentos nos benefícios, haja vista que não recebem os auxílios-creche e alimentação.
Durante as negociações, as categorias do funcionalismo colocaram para o governo que aposentados e pensionistas não fossem deixados de fora das propostas de reajuste.
“Agora é mobilizar. A Fasubra já chamou a categoria para realizar rodadas de assembleias de 19 a 21 de dezembro para aprovar indicativo de estado de greve. Vamos começar a construir nossa mobilização e nossa greve para 2024. Nada vai sair de graça”, declarou a coordenadora-geral da Fasubra, Cristina De Papa, em vídeo no Instagram.
Del Papa informou também que o governo acenou com reajuste de 9% dividido em 4,5% em 2025 e 4,5% em 2026. Em relação as mesas específicas, a Fasubra discute a aprimoração da carreira, mas o governo dispõe de 368 milhões para todas as carreiras do funcionalismo. “Esse dinheiro não dá para negociar carreira para quase nenhuma categoria”, avalia a dirigente da Fasubra.
“Se tivermos que disputar o Orçamento com as elites do Brasil é só fazendo greve, é paralisando a categoria, as universidades e os instituto federais. Então vamos para as assembleias aprovar o estado de greve para no primeiro trimestre do ano que vem a greve ser iniciada”, conclamou Del Papa.