Ato unificado dos trabalhadores federais da educação- boa parte já em greve – ocupou o Centro da cidade, fazendo o percurso entre Candelária e Cinelândia, trecho histórico das grandes manifestações políticas do Rio de Janeiro desde os tempos de capital federal. A manifestação foi encerrada com uma fotografia para marcar a luta pela educação no país nas escadarias da Câmara Municipal. O Sintufrj teve protagonismo na marcha, como um dos centros de gravidade da agitação que envolveu aquela parte da cidade quando milhares de pessoas deixavam seus trabalhos. A presença de estudantes ampliou a legitimidade da manifestação que despertou atenção da massa de transeuntes na hora do rush. Já em greve, desde 11 de março, técnico-administrativos exigem Carreira, recomposição orçamentária para as universidades e reajuste salarial. Em várias partes do país, houve atos indicados pela Fasubra num dia nacional de mobilização dentro da campanha salarial exigindo que o governo dê respostas às reivindicações. Foto: Elisângela Leite
Autor: Postado pelo Sintufrj
04/04 –
10h Campus da UFRJ em Caxias
14h – Debate sobre Orçamento com Deputado Glauber Braga n
14h às 15:30 no Salão Azul do Instituto de Biologia (CCS)
Sexta-feira – 05/04 REUNIÃO DO CLG
IFCS – Sala 106 – 10h
13h30 – Momento de discussão Carreira no CLG no IFCS
Atividade da Coordenação de Aposentados – das 10h às 16h, no Espaço Cultural
15/04
10h – Aula Magna Celso Amorim (auditório Rodolpho Rocco – CCS)

Rio, 02/04/24
Foto de Elisângela Leite
O Dia Nacional de Luta dos servidores federais em greve no Rio de Janeiro – técnicos-administrativos em educação da UFRJ, UFF, UniRio, UFRRJ e do Colégio Pedro II – começou com assembleia ato convocada pelo Comando local de Greve (CLG/UFRJ) em frente ao Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS/UFRJ), na Praça Tiradentes. Em seguida, as trabalhadoras, trabalhadores e estudantes caminharam com suas faixas, bandeiras e palavras de ordem até a Candelária, local de concentração da manifestação conjunta e passeata até a Cinelândia.
A assembleia foi conduzida por integrantes do CLG/UFRJ e o coordenador-geral do Sintufrj Esteban Crescente. “Estamos em greve nacional porque há sete anos nossos salários estão congelados, portanto, o poder de compra desses servidores ficou defasado. Nossas perdas somam mais de 50%. Lutamos por dignidade salarial e mais recursos para as instituições federais de ensino. O orçamento destinado este ano para UFRJ é o mesmo de 2012. As consequências disso são salários atrasados dos trabalhadores terceirizados, falta de pagamento de bolsas para os alunos de baixa renda e mais atraso para o país por falta de investimento na ciência”, informou à população o dirigente sindical.
referendos
Os técnicos-administrativos da UFRJ presentes na assembleia ato aprovaram os encaminhamentos do CLG a respeito de três questões levadas para análise pelo movimento grevista pela Pró-Reitoria Estudantil (PR-7). Na avaliação socioeconômica feita pelo CLG, a matrícula dos novos alunos aprovados para a universidade (acesso) não é essencial, porque não impede as atividades acadêmicas dos estudantes. Portanto, não causa dano irreparável, assim como o que se refere às bolsas de assistência estudantil relativas aos novos editais não lançados até a deflagração da greve, no dia 11 de março. A realização do Jic-Tac também não foi considerada atividade essencial.
A assembleia também aprovou a moção de repúdio contra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que entrou na Justiça e conseguiu que o Hospital Universitário da Universidade Federal do Paraná funcione 100% e o da Universidade Federal de Santa Catarina com 80% da sua força de trabalho. “Essas decisões judiciais são uma afronta e ferem nosso direito de greve”, diz o texto, que será levado ao Comando Nacional de Greve (CNG) para que a Fasubra encaminhe ao ministro da Educação, Camilo Santana, para o governe “ordene à direção da Ebserh a retirada imediata dessas ações em respeito ao direito de greve dos trabalhadores dos HUs”.
Informes nacional
Reunião sobre a carreira está sendo aguardada para até a próxima semana, segundo expectativa do movimento grevista a partir da entrega do relatório final preparado pelo Grupo de Trabalho de Reestruturação da Carreira dos Técnicos-Administrativos em Educação pela Fasubra e o Sinasefe aos ministros da Educação (MEC), Camilo Santana, e da Gestão e Inovação (MGI), Esther Dweck, no dia 27 de março. O documento apresenta os estudos para o aprimoramento do PCCTAE..
Agnaldo Fernandes, integrante da CNSC e participou da reunião com os ministros, em Brasília, junto com as direções das entidades foi quem deu os informes do CNG na assembleia. Ele iniciou explicando a composição do grupo (membros da Comissão Nacional de Supervisão da Carreira (CNSC), do Ministério da Educação (MEC), Ministério da Gestão
e Inovação (MGI) e dos Fóruns de Gestão de Pessoas das Instituições Federais de Ensino) e porque foi criado. “Tanto a Fasubra como o Sinasefe protocolaram a proposta de reestruturação da Carreira Técnico-Administrativa em agosto e setembro, mas o MGI mostrou, na reunião do dia 22 de fevereiro, desconhecer o conteúdo, portanto, não ter preparo para discutir sobre o PCCTAE. Por essa razão formamos o GT, que teve 30 dias para produzir o relatório. Fruto da nossa greve nacional”.
Segundo Agnaldo, houve avanços em alguns pontos da proposta protocolada, mas o governo não aceitou a redução de cinco para três classes: AB, CD e E, argumentando que poderia haver questionamentos jurídicos. Mas concordou com a mesma malha salarial proposta para todas as classes. Outra reivindicação aceita pelo MEC e MGI foi em relação a progressão e capacitação vertical por mérito, que hoje é de 18 em 18 meses e vai passar para 12 em 12 meses.
“Atualmente progredimos em quatro níveis de capacitação, que agora passa também para vertical. O governo quer quatro e reivindicamos oito níveis”, acrescentou Agnaldo. “Do ponto de vista conceitual conseguimos avanços, mas não temos a revisão orçamentária para garantir os ganhos. Esperamos uma reunião com os ministérios nos próximos dias”, concluiu.
Vá ao debate e entenda
tudo sobre a Carreira
Na sexta-feira, 5, às 14h, no IFCS, o CLG realizará um debate sobre a carreira e o que a categoria reivindica como reestruturação do PCCTAE, com a participação de Agnaldo Fernandes e dois dirigentes da Fasubra: Francisco de Assis e Marcelo Rosa.
Reunidos no Comando Nacional de Greve (CNG) da Fasubra, em Brasília, técnicos-administrativos trabalhadores da educação federal cumprem agenda diária de atividades propagando as razões do movimento. Nesta quarta-feira, e de abril, Dia Nacional de Mobilização pela Reestruturação da Carreira e Reajuste Salarial dos TAE!, servidores foram as ruas pressionar o governo. Atos foram realizados diante do MEC e do MGI. Oito companheiros estão representando os trabalhadores da UFRJ.

Reunião no instituto discutiu formas de adesão à greve dos setores essenciais da unidade
Nesta terça-feira, 2 de abril, o Comando Local de Greve (CLG) e as direções do Sintufrj e da Fasubra se reuniram com os trabalhadores do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão (IPPMG) para discutir formas de adesão à greve dos setores essenciais da unidade e avançar na paralisação dos serviços não essenciais.
Foi aprovado por unanimidade pelos presentes na reunião, a realização de uma paralisação geral no IPPMG por cerca de duas horas, das 11h às 13h (a princípio), em uma data a ser confirmada pelo Comando de Greve da unidade e encaminhada ao CLG.
Tanto o coordenador-geral do Sintufrj Esteban Crescente, como o coordenador da Fasubra e técnico-administrativo do Instituto de Biologia da UFRJ Francisco de Assis, frisaram que, embora ainda não seja o momento para fechar setores no IPPMG, é importante que os trabalhadores entendam por que estão fazendo greve.
“Para nós faz muita diferença a categoria estar nos atos”, disse o dirigente do sindicato. “Greve não é parar o trabalho e acabou. Em greve trabalhamos mais. Temos que ter essa consciência de classe”, complementou Assis.
Ebserh
A entrada em breve da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) no hospital também entrou na pauta. Servidores e extraquadros estão preocupados com a falta de transparência do processo. “Tudo está sendo muito obscuro”, observou uma técnica de enfermagem.
Por iniciativa dos profissionais, na quinta-feira, 11, das 12h às 13h, está agendada uma reunião com a direção do IPPMG, com a participação do CLG, Sintufrj e Fasubra para que sejam esclarecidas as dúvidas a respeito do início das atividades da Ebserh na unidade. Os trabalhadores querem saber, inclusive, qual é a contrapartida que a empresa está impondo para assumir o comando do hospital.
“Travamos uma batalha e não nos damos por vencidos. Não somos contra o trabalhador da Ebserh, cujos salários são maiores e a carga horária diferenciada: são os gestores que estimulam o conflito entre eles e os servidores”, disse o coordenador da Fasubra. De acordo com o dirigente, a UFRJ foi a última universidade a aderir à Ebserh, mas a resistência foi vencida pela perspectiva de altas remunerações. No entanto, já se estabeleceu uma disputa, porque tudo indica só haverá uma gratificação de R$ 27 mil para o cargo de superintendente. “Quem assumirá? Essa é a pergunta que estão fazendo”.
O coordenador-geral do Sintufrj informou que consta da pauta nacional de reivindicações ao governo, a revogação da lei da Ebserh. “O Sintufrj participará da reunião no dia 11 e estará de prontidão para acompanhar a chegada da empresa aqui, embora todas as baterias estejam voltadas para a greve por ganhos econômicos, porque somos o menor salário do serviço público. Há ainda o fato de que as bases dos hospitais universitários estão denunciando que a Ebserh, nacionalmente, começou a oprimir a nossa greve”, acrescentou.
Mesa Específica
Francisco de Assis informou sobre o conteúdo do relatório final do Grupo de Trabalho de Reestruturação da Carreira dos Técnicos-Administrativos em Educação entregue pela Fasubra e o Sinasefe aos ministros da Educação (MEC), Camilo Santana, e da Gestão e Inovação (MGI), Esther Dweck, no dia 27 de março. O documento apresenta os estudos para o aprimoramento do PCCTAE.
Ele fez uma retrospectiva das negociações com o governo na Mesa Nacional Permanente, instalada no dia 27 de fevereiro de 2023, quando a Fasubra apontou que as perdas dos técnicos-administrativos em educação das Ifes eram maiores do que das outras categorias dos servidores.
Portanto, não poderia aceitar a proposta atual posta na mesa pelo governo de reajuste de 9% pagos em duas vezes (2025 e 2026), e nada este ano. Além do aumento no valor dos benefícios. “Auxílio creche, auxílio saúde e auxílio alimentação não são para todos”, lembrou Assis.
“Temos que lutar pela reestruturação da carreira e pela recomposição do orçamento da universidade, que está muito precária. Esses são os eixos do movimento grevista. Temos que tensionar o governo mantendo e reforçando a nossa greve. Mas, a nossa luta é maior contra Arthur Lira (presidente do Congresso Nacional), porque foi o Congresso que aprovou a lei orçamentária”, explicou o coordenador da Fasubra.
No relatório fechado no dia 27 de mar foi incluída a resposta do ministro Camilo Santana. Ele diz que “O documento será subsídio fundamental para a elaboração da proposta aos técnicos-administrativos em educação em debate na Mesa Específica e Temporária no MGI”. Foto: Renan Silva
Na UFRJ, esta terça-feira (2) foi dia de panfletagem e reunião nas pró-reitorias
O Ministério de Gestão e Inovação (MGI) agora tem todas as condições objetivas para construir uma contraproposta que solucione os históricos e urgentes problemas da categoria, principalmente de ordem financeira. Isso porque o Grupo de Trabalho (GT) de Reestruturação da Carreira — com membros da Comissão Nacional de Supervisão da Carreira (CNSC), do MEC, do MGI e dos Fóruns de Gestão de Pessoas das Instituições Federais de Ensino –, já apresentou o resultado das suas atividades para o Ministro Camilo Santana (MEC) e para a Ministra Esther Dweck (MGI) no dia 27 de março, com base nas propostas apresentadas pela Fasubra e Sinasefe.
Um passo importante depois de meses da apresentação da proposta sem avanço na negociação e depois de três semanas da deflagração da greve da categoria. Portanto, é hora de reforçar a mobilização. De aumentar a pressão. Foi o que informou o Comando Local de Greve da (CLG) UFRJ aos trabalhadores presentes nas pró-reitorias, na manhã desta terça-feira, dia 2.
A mobilização, nos setores da administração central da UFRJ no Parque Tecnológico, contou a participação de vários integrantes do CLG no corpo-a-corpo para esclarecimento dos companheiros, panfletagem, colagem de cartazes, culminando com uma reunião em que todos estes informes foram detalhados.
Cumpriu a convocação da Fasubra para um dia nacional de luta nas reitorias de universidades e institutos federais em 1º de abril (na UFRJ foi no dia 2 em função das mobilizações, neste dia, contra a ditadura).
No dia 1º, aconteceram atos simbólicos em todo o país, para marcar a entrega do relatório do GT Reestruturação. O Comando Nacional da Greve também atribuiu ao caráter do ato, o protesto pela ingerência da Ebserh na greve.
Na UFRJ, os militantes detalharam elementos do relatório, apontaram perspectivas, esclareceram dúvidas e reiteraram a necessidade da participação de todos na greve.
É protesto, mas é ‘pró-servidores’
Temendo o “protesto”, os portões da entrada do estacionamento das PRs, no Parque Tecnológico, foram fechados por homens da empresa de vigilância, que interpelaram o grupo do CLG. Queriam consultar algum diretor para liberar a entrada. Por coincidência, viaturas da polícia, foram vistas por perto. Mas logo foi tudo esclarecido e os militantes realizaram livremente a mobilização nos setores.
Por fim, chegou ao CLG a informação de que parte dos trabalhadores das pró-reitorias foi instruída a trabalhar de modo virtual em função do “protesto”.
O movimento, destaque-se, tinha a finalidade de reunir servidores de pró-reitorias, (parte deles em atividades essenciais), e os militantes que vêm atuando na mobilização da categoria, num protesto, sim, porém, contra a demora no atendimento das reivindicações da categoria, pela estruturação da Carreira que tem o mais baixo piso do Executivo e vive uma fuga de quadros, e por recurso para a sobrevivência das universidades federais.
Pautas que dizem respeito a todos, tanto que estudantes e docentes de todo país estão ou apoiando ou se integrando progressivamente ao movimento.

A luta em defesa da democracia e pela punição dos golpistas no Brasil viveu neste 1º de Abril um dia de êxito: a caravana a Juiz de Fora (veja matéria a respeito) e a marcha do prédio da extinta Delegacia de Ordem Política e Social (Dops) na Rua da Relação (Centro do Rio) até a Faculdade Nacional de Direito da UFRJ, na Praça da República, marcaram a repulsa ao golpe civil-militar de 1964 que há 60 anos mergulhou o país na sombria noite da ditadura. Mas a palavra de ordem presente foi a punição aos golpistas de hoje, o fascista Bolsonaro à frente.
A marcha foi organizada por organizações do movimento social, entre as quais, o grupo Tortura Nunca Mais, e outros que defendem a memória da história recente do país, além de movimentos que atuam pelos direitos da periferia. Essas forças políticas, junto com centrais sindicais, defendem transformar o prédio da Dops num Memorial da Democracia, destino adequado para um lugar que representou a repressão e a tortura de combatentes na defesa das causas populares.
Trabalhadores da UFRJ em greve desde o dia 11 de março e dirigentes do Sintufrj (Marta Batista e Nivaldo Holmes) e da Fasubra (Francisco de Assis) marcaram presença. Num rápido discurso, Marta Batista destacou o impacto da ditadura na vida dos trabalhadores técnico-administrativos, “sem visibilidade” e “de companheiros, principalmente de estudantes” que tombaram na resistência ao regime.
Marta – que lembrou a greve dos trabalhadores na UFRJ – informou que um grupo de 46 servidores foi participar da Caravana da Justiça, com destino a Juiz de Fora cumprindo um roteiro inverso de militares golpistas de 64. Depois de lembrar o estado miliciano aqui no Rio de Janeiro (execução de Marielle e Anderson), a dirigente finalizou: “Cadeia para os golpistas, de ontem e de hoje”.
Vários parlamentares do campo da esquerda foram saudar a manifestação. (FOTOS: RENAN SILVA)
Os estudantes da UFRJ declaram apoio a greve dos técnico-administrativos em educação. A decisão foi tomada por unanimidade nas quatro assembleias simultâneas – nos campi do Fundão, IFCS-IH, CAp e Praia Vermelha – realizadas dia 27 de março, realizadas pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) Mário Prata. Na pauta, além da situação orçamentária, as lutas locais e a greve na UFRJ.
Centenas de estudantes presente nas assembleias aprovaram ainda a construção de uma jornada de lutas pela recomposição orçamentária, através de comitês locais.
“Entendemos que a luta dos técnicos é similar a dos estudantes”, afirma Thiago Braile, do DCE Mário Prata, informando que o movimento estudantil da UFRJ está realizando campanha para a recomposição orçamentária da universidade.
Uma nota de apoio, apresentada pelo DCE e aprovada em todas as assembleias, e aponta: “Dentro da UFRJ, a união entre trabalhadores e estudantes nas mobilizações tem sido fundamental para a garantia de direitos para quem estuda e trabalha na nossa universidade. Os TAEs e o SINTUFRJ estão juntos dos estudantes na luta pela recomposição orçamentária, por ampliação da assistência estudantil, melhores condições de estudo, por bandejão em todos os campi, passe-livre, entre tantas outras pautas fundamentais”.
O documento lembra ainda “Construímos diversas lutas com esses trabalhadores nos últimos anos e entendemos que devemos permanecer lado a lado, em defesa da UFRJ e dos direitos dos estudantes e dos trabalhadores. É fundamental que o movimento estudantil se some a essa mobilização, apoiando os trabalhadores e unificando com nossas demandas!”
A nota informa por fim que os estudantes reunidos em assembleia, além do apoio à greve dos TAEs, se comprometem com a participação nas mobilizações e lutas da categoria pela valorização do serviço público e em defesa de verbas para a educação.
Foto: Jornal A Verdade
Campanha
Os técnicos-administrativos têm entre os pontos centrais de sua pauta de reivindicações, a recomposição orçamentária das universidades. A mesma demanda é alvo da campanha iniciada pelo movimento estudantil da UFRJ.
“SOS UFRJ: A educação grita por verba”
Este é o lema da campanha, aprovada em assembleia on-line no início do mês. “A organização dessa campanha pelos comitês é uma forma de impulsionar as pautas, iniciativas e dificuldades de cada campus, denunciar a situação orçamentária e nos manter em mobilização constante”, explica Thiago.
Outros campi
Segundo o DCE, as assembleias do campus de Duque de Caxias seriam realizadas nesta segunda-feira (01/04), on-line, devido à falta de aulas no campus em apoio aos trabalhadores terceirizados com salários atrasados). A da Faculdade Nacional de Direito é na terça-feira, 2.
Movimento investe na mobilização para o 3 de Abril, com assembleia-ato e participação no ato unificado dos servidores federais
Os técnicos-administrativos da UFRJ decidiram hoje, em assembleia, manter a greve por tempo indeterminado. A categoria está em luta pela reestruturação da carreira, recomposição orçamentária e reajuste salarial.
Paralisados, mas não de braços cruzados! A assembleia deliberou uma série de atividades de greve para a semana, com destaque para a participação no Protesto Unificado do Dia Nacional de Lutas, que acontece na próxima quarta-feira (03), na Candelária.
A assembleia, à exemplo das anteriores, foi simultânea envolvendo os campi do Fundão, Praia Vermelha e Macaé. Mas na QUARTA-FEIRA, 3 DE ABRIL, será diferente: nesse dia haverá um assembleia-ato diante do IFCS, no Largo de São Francisco, em manifestação compacta de trabalhadores com participação de estudantes da UFRJ.
Em seguida, em marcha, a comunidade universitária se deslocará até a Candelária e lá irá se incorporará à concentração do conjunto dos servidores do Executivo federal. Neste dia, 3 de abril, algumas categorias vão entrar em greve, como a base do Sinasefe – que reúne técnicos e docentes da educação básica.
Golpe e ditadura
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- Os trabalhadores da UFRJ vão participar de dois eventos para descomemorar os 60 anos de ditadura civil-militar que mergulho o país no arbítrio durante 21 anos: nesta segunda-feira, 1º de abril, sairá do Fundão, às 7h, um grupo para se incorporar à caravana organizada por sindicatos e organizações do movimento social que fará o trajeto inverso do das forças golpistas em 1964 – saindo do Rio e chegando a Juiz de Fora.
- Às 15h, outro grupo irá participar da caminhada da ex-sede do Dops, na Rua da Relação, até a Faculdade de Direito, na Praça da República. As duas décadas de ditadura foi marcada por prisões, sequestros, censura, torturas e assassinatos – especialmente contra trabalhadores e/ou os que lutavam ao seu lado
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Terceirizados
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A assembleia manifestou preocupação com a situação dos terceirizados e tirou uma resolução relacionada ao assunto: fazer atividades de piquete/fechamento de unidades toda vez que trabalhadores terceirizados ficarem sem pagamento. Exigir das direções a suspensão de todas as atividades nessas condições. Organizar mobilizações de cobrança na estrutura da universidade.
A reunião também elegeu 8 delegados para representar os trabalhadores da UFRJ no Comando Nacional de Greve (CNG)
Fundo de greve
A assembleia desta quarta-feira aprovou o desconto da segunda parcela do Fundo de Greve.
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UNANIMIDADE na votação da greve por tempo indeterminado. Fotos: Elisângela Leite Foto de Elisângela leite
- Calendário GREVE TAE UFRJSEG 01/047h até 21h Caravana para Juiz de Fora – 60 Anos do Golpe15h Protesto 60 Anos do Golpe – caminhada do Antigo DOPs até FND
TER 02/04
9h30 Ato na entrada das PRs, no parque tecnológico.
10h Reunião de Base IPPMG.
14h COMANDO LOCAL DE GREVE Espaço Cultural Sintufrj
QUA 03/04
14h ASSEMBLEIA ATO IFCS
16h PROTESTO UNIFICADO DIA NACIONAL DE LUTAS (Candelária)
SEX 05/04
1O h COMANDO LOCAL DE GREVE IFCS