O Dia Nacional de Luta contra a reforma administrativa de Bolsonaro culminou, no Rio de Janeiro, com passeata e um ato-protesto no Buraco do Lume, em frente à nova sede da Assembleia Legislativa (Alerj). 

Às 16h, as categorias profissionais dos servidores federais, estaduais e municipais, começaram a se concentrar em frente à Igreja da Candelária, com suas faixas, cartazes e carro de som. 

Os técnicos-administrativos em educação da UFRJ, sob a liderança do Sintufrj, protestaram contra a reforma administrativa do presidente genocida e também repudiaram a decisão do governo de querer impor à universidade a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) para gerir os hospitais da instituição.  

O coordenador de Comunicação Sindical do Sintufrj, técnico-administrativo da ECO, Paulo César Marinho, discursou em nome da entidade, na concentração do protesto, antes dos manifestantes saírem em caminhada até o Buraco do Lume. “SOS Servidores Públicos” foi a palavra de ordem levada às ruas pelo Sintufrj impressa nas camisetas dos servidores. 

Diversas categorias se uniram aos servidores no protesto, conscientes de que a reforma administrativa que Bolsonaro quer enfiar goela abaixo da população brasileira vai pôr fim à educação e à saúde públicas, além de outros serviços atualmente gratuitos e essenciais principalmente para os mais desprotegidos social e economicamente. 

Os manifestantes mandaram recados aos parlamentares, porque está nas mãos deles (deputados federais e senadores), a aprovação ou não da Proposta de Emenda à Constituição, a PEC 32, da reforma administrativa, que tramita atualmente no Congresso Nacional com caráter de urgência. 

Faça a sua parte

Companheira e companheiro, a luta continua para impedir que esse crime seja cometido contra os brasileiros pobres e contra os servidores públicos, que se tornarão joguete nas mãos dos políticos corruptos e entreguistas, pois estarão sob constantes ameaças de perda do emprego conquistado por concurso público. Aliás, que deixarão de ser realizados com a frequência necessária.   

Encha as caixas dos parlamentares (veja a listagem com os endereços das redes sociais de cada um deles) com as mensagens propostas pelo Sintufrj. 

 

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Os manifestantes também pedem o impeachment de Bolsonaro e a volta do auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia

Intervenção artística contra a PEC 32 e as privatizações em Brasília – Divulgação

Servidores públicos municipais, estaduais e federais de 19 estados e do Distrito Federal foram às ruas na manhã desta quarta-feira (18) contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32, da reforma administrativa.

A mobilização, convocada por centrais sindicais, denuncia a falta de diálogo por parte do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e os danos de uma eventual aprovação da reforma para o serviço público.

Os manifestantes também pedem o impeachment de Bolsonaro e a volta do auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia. Outros alvos dos protestos desta quarta são a “minirreforma trabalhista” e as privatizações dos Correios e da Eletrobras.

Os organizadores ressaltaram a necessidade de manter o distanciamento social e o uso de máscaras durante os atos.

Centro-Oeste

Ato em Brasília

As principais vias de Brasília (DF) amanheceram com mensagens de protesto contra a PEC 32. “A aprovação dessa lei significa o fim da educação e saúde públicas, por exemplo, além de privilegiar juízes, parlamentares e militares”, afirmaram os organizadores na convocatória.

Ato-Goiás

Trabalhadores da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) também protestaram contra a reforma / Jonas Valente/SJPDF

 

Sudeste

Nos quatro estados do Sudeste, houve manifestações contra a reforma administrativa e a política econômica de Bolsonaro e Paulo Guedes, ministro da Economia.

Além das bandeiras nacionais de luta desta quarta, manifestantes de Niterói (RJ) questionaram o retorno às aulas presenciais sem os protocolos sanitários necessários.

Trabalhadores da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) protestaram na Lapa, em São Paulo (SP), em apoio à greve contra a privatização dos correios e à PEC 32.

Em Minas Gerais, trabalhadoras e trabalhadores da Petrobras fizeram ato na porta da Refinaria Gabriel Passos (Regap) contra a reforma administrativa e as privatizações.

Nordeste

Em Fortaleza (CE), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) foi às ruas “contra a PEC 32 e as privatizações, em defesa do auxílio emergencial de R$ 600, por vacina e emprego.” 

Norte

Em Belém (PA), centrais sindicais fizeram caminhada e panfletagem contra a precarização do serviço público.

Sul

Servidores gaúchos denunciaram o impacto da reforma administrativa na saúde pública / Carolina Lima

Mesmo debaixo de chuva, trabalhadores protestaram contra a reforma administrativa em frente ao Hospital Pronto Socorro (HPS), em Porto Alegre (RS).

Em Criciúma (SC), sindicalistas ocuparam desde cedo a Praça Nereu Ramos para dialogar com a população sobre a PEC 32. Além das panfletagens, eles exibiram faixas pressionando os três deputados federais da região – Ricardo Guidi (PSD), Geovania de Sá (PSDB) e Daniel Freitas (PSL) – para votarem contra a reforma.

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