Por unanimidade, o Conselho Universitário aprovou na sessão desta quinta-feira, 9 de junho,  dia nacional de luta contra os cortes da educação, uma moção contra obloqueio feito pelo governo Bolsonaro nas universidades e institutos federais e a favor da recomposição orçamentária destas instituições.

A sessão do colegiado foi acompanhada por estudantes, representantes de diversos centros acadêmicos que bradavam: “Não vai ter corte, vai ter luta!”, convocando todos os segmentos a se unirem no ato nacional em luta pela sobrevivência das instituições federais de ensino.

Segundo o texto, apresentado em conjunto por representantes da bancada técnica-administrativa e estudantil, desde 2015 as universidades federais vêm sofrendo cortes sucessivos no orçamento discricionário, que diz respeito ao pagamento de contas de água e luz, manutenção da estrutura e do funcionamento fundamental das universidades e suas unidades de saúde. Contraditoriamente à relevância destas instituições, principalmente diante do seu desempenho no combate ao coronavírus, o seu orçamento diminui.

Impossibilidade

Exemplo disso, no ano de 2021, a UFRJ contou com menor orçamento da década, com uma queda de R$ 71 milhões em relação a 2020. A UFRJ iniciou o ano com um orçamento de R$329 milhões, já com enormes dificuldades e a impossibilidade de concluir o ano sem dívidas milionárias. Para piorar, recentemente o governo anunciou corte de R$3,2 bilhões quem depois de pressão dos segmentos do setor da educação, foi reduzido a um bloqueio de R$1,6 bilhão na Educação.

“Com mais este corte, a UFRJ não tem verba para seguir funcionando, com o pagamento das contas de luz e água, manutenção da estruturam, prevenção de incêndio a parir de agosto deste ano. Além, disso, este bloqueio impede a ampliação de políticas de assistência estudantil durante este ano”, diz o texto informando que a medida coloca em risco ainda o funcionamento da assistência estudantil no ano que vem.

Opção política

Esse bloqueio, diz o texto, é uma opção política do governo Bolsonaro, no contexto de recordes de arrecadação, em que governo escolhe a saúde a educação, a ciência e tecnologia, para, com a restrição de recursos, ajudar a manutenção do seu teto de gastos, preservando seu orçamento secreto.

Assim como a recomposição orçamentária, a revogação do teto de gastos é fundamental para que a UFRJ e demais instituições possam cumprir seu papel social, diz a moção pedindo não apenas repudia os cortes atuais, pedindo o desbloqueio, mas pede a recomposição orçamentária para garantir o fundo da UFRJ no próximo período letivo.

Somando forças

“Os técnicos administrativos em educação sempre estiveram firmes nas lutas em defesa da educação e das universidades públicas, ultimamente muitas delas contra os cortes de verbas  orçamentárias. Fizemos grandes atos, inclusive em Brasília, contra a aprovação da EC 95 e sempre denunciamos o quão danoso é o teto de gastos. Diante de mais esse corte,  não poderíamos ficar alheios. Somamos forças com estudantes e professores,  reivindicando recomposição orçamentária e por reajuste salarial nos atos nos estados e no Ocupa Brasília em 14 de junho”, comentou Vania Godinhocoordenadora de Políticas Sociais do Sintufrj e representante técnico-administrativa no Conselho.

 

Organizados pelo Sintufrj, Adufrj e DCE – as entidades políticas que atuam na comunidade universitária da UFRJ –, caravaneiros partem na manhã desta segunda-feira (13) em ônibus fretados com destino à capital federal. Vão participar do Ocupa Brasília, o grande ato do setor da educação nesta terça-feira, 14 que vai reunir estudantes e trabalhadores do setor para a denúncia do corte de verbas e em defesa do reajuste emergencial de recomposição salarial (19,99%). Antes do embarque, todos os integrantes da comitiva terão que passar pelo teste de Covid. A outra condição exigida para a viagem é que a pessoa esteja vacinada. 

A luta pela Educação Pública e por recomposição salarial chega às ruas

A energia dos estudantes que ergueram bandeiras e gritaram palavras de ordem agitou a manifestação no Centro do Rio em defesa da Educação Pública. Servidores – da UFRJ e de outras instituições federais – presentes foram às ruas lutar por recomposição salarial depois anos de congelamento. As manifestações de hoje se espalharam país afora e foi aquecimento para o grande ato na terça-feira, DIA 14, em Brasília, para pressão direta sobre o governo Bolsonaro. Vários ônibus sairão em caravana para a Capital Federal. Além de estudantes, trabalhadores participam do protesto que marchou pela Avenida Rio Branco.

O Sintufrj esteve presente na marcha desta quinta-feira, 9 de junho. Um carro de som da entidade agitou o protesto e o coordenador-geral Esteban Crescente (veja vídeo) defendeu a universidade pública, denunciou os cortes covardes na educação pública e destacou a luta pelo reajuste salarial. Vários companheiros da UFRJ se concentram na Candelária.

OS ESTUDANTES ENTOAVAM

“A nossa luta unificou/é estudante junto com trabalhador”

“Ô Bolsonaro, seu fascistinha, os estudantes vão botar você na linha”

 

 

Assembleia desta quarta-feira (8) deliberou acerca da participação dos trabalhadores nas ações contra cortes na educação e pela recomposição salarial

Os mais de uma centena de trabalhadoras e trabalhadores presentes na assembleia do Sintufrj desta quarta-feira (8) no auditório do Centro de Tecnologia (CT) — e transmitida pelo Facebook da entidade –, aprovaram a participação dos técnico-administrativos em educação da UFRJ, sob a liderança do Sintufrj, nas duas ações imediatas do Calendário de Lutas da Fasubra:

. No ato de protesto contra os cortes nas verbas para a educação, nesta quinta-feira, 9, às 16h, na Candelária, centro do Rio – mobilização essa que ocorrerá em todo o país.

. E o envio pelo Sindicato de caravaneiros para reforçar o movimento Ocupa Brasília, na terça-feira, 14 de junho, pela recomposição do orçamento da educação e por reajuste salarial para o serviço público federal.

Ato no Rio — Às 15h desta quinta-feira, 9, um ônibus parte da sede do Sintufrj, no Fundão, em direção à Candelária (a condução é só de ida). Participe desta luta, companheiras e companheiros!

Ocupa Brasília — As inscrições para participar da caravana foram feitas ao final da assembleia. Mas, atenção: somente poderão viajar com o Sintufrj as companheiras e companheiros que tomaram até a terceira dose da vacina contra a covd-19 e apresentarem teste negativo contra o vírus, realizado na segunda-feira, 13.

Plenária decidiu e a

Assembleia referendou

O debate sobre a Campanha Salarial foi à luz do resultado de três dias de discussões sobre esse e outros temas, na plenária nacional da Fasubra (de 3 a 5 de junho, na UnB/Brasília). O Sintufrj participou com oito delegados.

Veja as deliberações da assembleia sobre a conjuntura nacional:

  • O Sintufrj acumulará o debate sobre a questão de segurança da categoria em protestos e ações de rua.
  • Reafirmar a luta para derrotar a política de Bolsonaro e o fascismo.

3- Construir proposta da categoria a ser apresentadas aos candidatos.

4 – A coordenação da entidade fará debates com as candidaturas do campo de esquerda e todos os candidatos filiados ao Sintufrj, a partir de perguntas do movimento.

5 – Em julho, o Sintufrj realizará debate sobre as eleições com a categoria.

Propostas aprovadas para a pauta interna:

  • Retomar o grupo de trabalho para construir posições sobre a reorganização do trabalho.
  • Construir urgente o debate sobre trabalho a distância/híbrido.
  • Lutar contra o ponto eletrônico.
  • Lutar contra a Ebserh.
  • Lutar pela contagem do tempo de serviço de insalubridade.
  • Organizar uma reunião sobre carreira antes do encontro nacional da Fasubra, que será realizado no dia 25 de junho.
  • Realização de assembleias simultâneas em outros campi, em especial no centro da cidade.

Mesa – A assembleia foi dirigida pelos coordenadores-gerais Esteban Crescente e Marta Batista; e pelos coordenadores de Políticas Sindicais Ana Beatriz Pinheiro e Luciano da Cunha.

Homenagem – A assembleia foi aberta com um Minuto de Silêncio em homenagem ao companheiro motorista da UFRJ Antônio Soares dos Santos (Siri) que faleceu esta semana.

 

ABAIXO, servidores votam deliberações da assembleia. No alto, imagem com os participantes da reunião no auditório do Centro de Tecnologia (CT).

Nesta quinta-feira, 9 de junho, as ruas do Centro da cidade seráo ocupadas por estudantes, profissionais de educação, representantes de sindicatos e do movimento social para gritar em defesa da educação pública e pelo fora Bolsonaro.

Nesta quarta, 8 de junho, às 18h no auditório do Sindicato dos Bancários (Av. Presidente Vargas, 502), será realizado o ato presencial de lançamento de pré-candidaturas do Polo Socialista Revolucionário.

Estarão presentes Cyro Garcia, pré-candidato a governador, Vera Lúcia, pré-candidata à presidente, e outras pré-candidaturas a deputado(a) federal e estadual.

O Polo Socialista Revolucionário apresenta um programa de emergência que começa por não pagar a dívida aos banqueiros, que taxe os ricos, que estatize os serviços privatizados para garantir salário, emprego, saúde, educação e moradia. Saiba mais em polosocialista.com.br

Nós, docentes, técnicas/os administrativas/os, estudantes e terceirizadas/os das Universidades Públicas, vimos manifestar nosso apoio ao Deputado Federal Glauber Braga (PSOL) que está sofrendo pedido de cassação pelo PL, partido de Jair Bolsonaro. Esse pedido de cassação do Mandato do Glauber Braga está fundamentado no questionamento feito a Arthur Lira, presidente da câmara, se ele não tinha vergonha em manobrar pra pautar um projeto que privatiza a Petrobras em votação por maioria simples. Lira, de forma autoritária e inaceitável, silenciou o microfone do Deputado Glauber Braga, impedindo sua fala. Face à reação do deputado, o presidente ameaçou usar a força policial legislativa para retirá-lo do Plenário. No dia seguinte, o PL, partido do Bolsonaro, protocolou no Conselho de Ética da Câmara pedido de cassação do Deputado Glauber Braga por suposta quebra de decoro parlamentar.

O Mandato do Deputado Glauber Braga tem sofrido reiteradas tentativas de intimidação e silenciamento como voz de resistência e oposição ao programa bolsonarista reacionário e genocida que incluiu a Petrobrás no plano de privatizações. O Mandato de Glauber tem sido árduo defensor da Petrobras e se posicionado contra qualquer forma de privatização e contra os cortes nos orçamentos das Universidades, Institutos Federais e a PEC/206 (cobrança de mensalidade nas universidades públicas) e pelo fortalecimento da educação pública e 100% gratuita!

Contra o autoritarismo de Arthur Lira e em defesa da liberdade democrática, todo nosso apoio ao deputado federal Glauber Braga!

Assinam o manifesto (se desejar assinar, preencha o formulário): https://forms.gle/Xr39LtAz5VYQEtzW7

O pró-reitor de Patrimônio, Desenvolvimento e Finanças, Eduardo Raupp apresentou a situação da UFRJ na plenária de decanos da universidade diante dos cortes promovidos por Bolsonaro nas universidades federais:  o bloqueio de 14, 54% de parte da dotação orçamentária discricionária (R$ 332.790.643,00) representa R$ 48.389.852,00 a menos.

“É um quadro crítico não só da UFRJ, mas nacional, e, se em 60 dias não se reverter, começa a haver o comprometimento do funcionamento da universidade”, disse ele.

A execução orçamentária da UFRJ ficou ficou negativa com os cortes. Havia a garantia de recursos para pagamento de contratos até agosto: “Eu tive que cancelar todos os de agosto. Hoje tenho empenho até julho. Para agosto, vamos ver o que fazer”, disse Raupp