Poets thus use stanzas to elaborate on their ideas because they are extra intensive to seize various ideas. Read this article step by step to know how to structure a poem. In the top, it is possible for you to write a great poem in a perfect structure. How does the development of a poem outcome within the theme of the poem? The structure of a poem ends in the theme because normally the additional advanced it seems, the theme is more vital. But, in some circumstances the simplicity of the development of a poem is the masks the true which implies and make it appear very light.

This technique may be very broad, nevertheless it does assist to divide poems into categories similar to love poems, struggle poems, and so on. Even within these broad categories, there are sub-subjects corresponding to lusty love poems, grief poems, and so forth. Parallel plots, which are separate plot traces that merge in the course of the tip of a story, can emphasize variations between two characters or concepts. Flashbacks, which contain quick scenes of events that occurred previous to the time-frame of the play, can create tension or shock. Drama, then again, is literature that uses dialogue and action to precise a plot. The form for drama consists of the size and order of acts and scenes.

These examples can help broaden one’s ideas about what kinds of poem structures exist and how to use them effectively. In poetry evaluation, one has to study the poem’s construction, kind, rhythm, rhyme scheme, meter, https://www.iupac2011.org/Pages/MG_chem.html themes, diction, and syntax. The topic or content of poetry differs throughout a variety of varieties. For instance, the subjects of sonnets embody love and admiration for one’s beloved, heartache and separation.

Choose a topic to put in writing about, which turns into the first line of the poem. The the rest of the poem consists of descriptions of that matter. Avoid summary imagery and go for concrete descriptions of people, areas, and things in your poem. Literary units like metaphor and simile add selection and depth to your poetry.

Sonnets are 14-line poems that adhere to a specific rhyme scheme. The key to a fantastic sonnet is that it must finish with a pair of strains that are set aside from the remaining. Differentiating these two lines offers emphasis – giving their message a lot importance than the relaxation of the poem. An understanding of the weather of poetry is important when reading and writing poetry.

Early modern writers corresponding to Edmund Spenser, Thomas Wyatt, and Henry Howard, Earl of Surrey, produced many more elegy’s. Five frequent stanzas are couplets tercets quatrains sestets and octaves . This poem is a contemplation by the speaker on all of the methods by which people suffer for love.

The elegy is a form of poetry by which the poet or speaker expresses grief unhappiness or loss. The elegy began as an historic Greek metrical form and is historically written based mostly on the lack of life of a person or workers. Structure controls the most important elements of a tale together with plot characters setting and theme. … In this we see the plot provided a catastrophe or complication and a answer.

For occasion, a line with 8 lines is represented as an octameter, which is identical as an octave in a poem with 8 stanzas. Also, the stanza makes the reader focus on a number of ideas created within its context. Similarly, stanzas are the identical as the paragraph in an article.

The octave provides the issue, draw back, or query the sonnet addresses, whereas the sestet provides the conclusion, answer, or reply. Today’s odes are usually rhyming poems with an irregular meter although rhyme just isn’t required for a poem to be classified as an ode. They are broken into stanzas (the “paragraphs” of poetry) with 10 traces every usually consisting of three to five stanzas in total. … Lines or whole stanzas may be rearranged so as to create a specific impact on the reader. The sort of poem– Examples of poems include; Sonnet, Epics, blank verse, and so on. A sonnet poem follows the usual guidelines of poetry that restrict the usage of numerous strains.

Uma Pelada Antifascista no campo da prefeitura universitária organizada pela Coordenação de Esporte e Lazer do Sintufrj será um dos momentos desse Dia de Luta contra o fascismo na UFRJ. O jogo será precedido por uma mesa de debates com participação de candidatos de partidos do campo democrático. Em seguida haverá uma celebração de servidores. Na parte da manhã, uma carreata organizada por técnicos, estudantes, docentes e parte da diretoria do sindicato percorrerá o campus do Fundão. A concentração para carreata está marcada para às 11h. na área ao lado do Restaurante Universitário Central. O cortejo seguirá até o prédio da Reitoria.

 

Convocados pelo DCE Mário Prata, estudantes da Escola de Belas Artes (EBA) e da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), com apoio de colegas de outros cursos, ocuparam a sessão do Conselho Universitário (Consuni) desta quinta-feira, dia 22, para reivindicar da Reitoria condições para o prosseguimento das aulas e das rotinas de trabalho no prédio Jorge Machado Moreira (JMM) — o prédio da Reitoria, na Cidade Universitária.

A maioria dos conselheiros presentes aprovou a moção proposta pela bancada estudantil no colegiado. O texto denuncia os cortes de verbas pelo governo federal e suas consequências para a UFRJ, como problemas na infraestrutura de prédios acadêmicos por falta de manutenção, obrigando a suspensão das atividades, estagnação de obras em andamento e insuficiência de recursos para a assistência estudantil.

Dificuldades

A Escola de Belas Artes, a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, o Instituo de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (Ippur) e a Decania do Centro de Letras e Artes (CLA) sempre funcionaram no JMM, mas, com a volta das aulas presenciais neste segundo semestre, foram reabertos os três andares (quinto, sexto e sétimo) que estavam fechados desde o incêndio em 2016.

Com o aumentando do fluxo de pessoas no prédio, os problemas de infraestrutura pioraram. Faltou água em diversos andares e os cinco elevadores pararam de uma só vez. As aulas da EBA e da FAU tiveram que ser suspensas e só retornaram no dia 19 de setembro, quando os problemas foram parcialmente resolvidos.

Segundo os estudantes, ainda há muito a ser feito no prédio, como a recuperação de todos os elevadores e a redução da sobrecarga de trabalho imposta aos terceirizados da limpeza, com a reabertura dos andares interditados.

A presidente da Associação dos Trabalhadores Terceirizados da UFRJ (Attufrj), Waldinéia Nascimento, apontou as dificuldades que enfrentam os 36 trabalhadores da limpeza diante da dimensão do prédio de 48 mil m². Ela reivindicou a contratação de mais pessoal dividir a sobrecarga de trabalho.

Representantes do DCE e dos Centros Acadêmicos da EBA e da FAU, reiteraram a necessidade de juntar forças na UFRJ contra os cortes orçamentários e para exigir recursos de investimento na infraestrutura de toda a universidade. No texto da moção aprovada, os estudantes propõem que o colegiado também se manifesta contra qualquer situação que imponha aos trabalhadores terceirizados atividades sem previsão contratual e por condições adequadas ao desenvolvimento das atividades acadêmicas e administrativas.

MOVIMENTO ESTUDANTIL. Coletivos se uniram na pressão no Conselho Universitário por melhores condições de infraestrutura. Fotos de Elisângela Leite

Nesta quarta-feira, 21, atos e mobilizações da enfermagem em defesa do piso nacional tomaram as ruas do país.No Rio, a categoria realizou manifestação em frente ao Hospital Badim, na Tijuca, e interrompeu o trânsito na Rua São Francisco Xavier, uma das mais movimentadas do bairro, em alguns momentos.

“A enfermagem é quem cuida do paciente 24 horas e tem que ser valorizada. Não queremos aplausos, queremos nosso piso”, reivindicou a presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Município do Rio de Janeiro, Mirian Lopes.

“O STF suspendeu a implantação do nosso piso, nós, trabalhadores que na pandemia salvamos muitas vidas. Nossa mobilização agora é diária”, prometeu Marco Schiavo, presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Rio.

“Na nossa base temos três mil trabalhadores da enfermagem reunidos no Complexo Hospitalar da UFRJ e eles são obrigados a trabalhar em outrasredes públicas e privada para complementar o salário. O Sintufrj está aqui hoje como esteve no ato anterior. A mobilização da enfermagem conseguiu aprovar o piso nacional no Congresso, mostrou que é possível arrancar vitórias, mas os ministros do Supremo Tribunal Federal foram mais solícitos com os empresários do que com os trabalhadores que salvaram vidas na pandemia. Porém, estaremos juntos construindo a vitóriafinal”, afirmou o coordenador-geral do SintufrjEsteban Crescente.

Laura Gomes, Roberto Santos e Luiz Nasciutti Laura Gomes, Roberto Santos e Luiz Nasciutti

Laura Gomes, Roberto Santos e Luiz Nasciutti

Laura Gomes, Roberto Santos e Luiz Nasciutti

 

O movimento Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio. A educação sobre o tema é uma das primeiras medidas de prevenção. No Brasil, o movimento foi criado em 2015, pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), pelo Conselho Federal de Medicina e Associação Brasileira de Psiquiatria para associar a cor ao mês da marca do Dia Mundial da Prevenção do Suicídio, 10 de setembro. “Falar é a melhor solução”, alerta o CVV.

O Setor de Humanização e Acolhimento do Centro de Ciências da Saúde (CCS) aderiu ao Setembro Amarelo promovendo palestra com a porta-voz voluntária do CVV, Graça Araújo, e uma roda de conversa com a diretora e o diretor substituto da Divisão de Saúde do Estudante (Disae), da Pró-Reitoria de Assistência Estudantil, Nathalia Kimura e Ricardo Ramos, respectivamente. O evento foi realizado na manhã desta segunda-feira, 19, no auditório do bloco N, e contou com o apoio do Sintufrj.

Quarta edição

Na abertura, o decano do CCS Luiz Nasciutti, apontou a importância da iniciativa não apenas para o CCS, mas para toda universidade. Roberto Santos, coordenador do Setor de Humanização e Acolhimento, lembrou que o evento está em sua quarta edição e contou sobre os atendimentos realizados no SHA.

A coordenadora-geral do Sintufrj Laura Barreto, falou com carinho da sua participação no projeto embrião do SHA (nome, aliás, sugerido por ela) e reafirmou a necessidade de vencer preconceitos e a desinformação sobre o tema, que deve estar continuamente em debate. “É importante conversar com as pessoas que fazem parte de seu cotidiano, a fim de quebrar algumas concepções que dificultam a prevenção, buscando paradigmas que facilitem a identificação do desejo suicida”, alertou.

A dirigente sindical destacou que a maioria dos suicidas dá sinais e fala sobre suas ideias de morte. Portanto, “muita atenção aos sinais”, recomendou. “Peça ajuda ao CVV, ligue 188”, orientou Laura.

Graça Araújo abordou em detalhes o trabalho do CVD. “O que fazemos é acolhimento, apoio emocional”, explicou.  Ela ensinou que, quando encontrarmos alguém, não perguntar apenas “Tudo bem?”. Mas “Como você está?”, e ouvir o outro com atenção e empatia.

Segundo Graça, o centro tem diversos canais para escutar quem precisa de apoio, além do atendimento presencial, como chat, e-mail e telefone. Ela falou também da importância do trabalho voluntário e das diversas frentes em que se pode atuar no CVV. https://www.cvv.org.br/quero-conversar/

Os dois profissionais da Disae abordaram sobre sua atuação junto aos estudantes e debateram as formas de acolhimento a esses jovens.

O coordenador de Administração e Finanças do Sintufrj Vander de Araújo, apontou a importância da divulgação dessas iniciativas e colocou a entidade à disposição. Ele propôs uma edição de  Podcast “Fala Categoria” sobre o tema.

A Enfermagem dará nova demonstração de força e mobilização nesta quarta-feira (21/09). Os sindicatos dos Enfermeiros do Rio de Janeiro (SindEnfRJ) e dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Município do Rio (SatemRJ) convocam os profissionais de Saúde para um ato e uma assembleia, a partir das 15h, em frente ao Hospital Badim, na Tijuca, Zona Norte da capital.

A realização dessas atividades foi decidida durante reunião, realizada na última segunda-feira (20/09), para debater as ações que serão tomadas após o STF ter formado maioria em favor da liminar que suspendeu, temporariamente, o Piso Salarial Nacional da enfermagem.

O Sintufrj está integrado nesta luta. O sindicato convoca mobilização aqui em frente ao HUCFF às 7h desta quarta envolvendo os profissionais de saúde e fortalecendo a assembleia da tarde na Tijuca.

Manifestacão da Enfermagem do Rio de Janeiro.
Rio de Janeiro 14/09/22

Proposta do Orçamento de 2023 pode inviabilizar distribuição de medicamentos gratuitos para os mais pobres e atendimento médico em vários municípios de regiões distantes do país

A proposta de Orçamento para 2023 que o governo de Jair Bolsonaro (PL) encaminhou ao Congresso Nacional propôs um corte de 59% nas despesas do programa Farmácia Popular, e de 50,7% no Mais Médicos, o que pode inviabilizar a distribuição gratuita de medicamentos aos mais pobres e o atendimento médico em regiões mais distantes do país.

Os recursos, segundo o jornal o Estado de S Paulo, serão repassados para deputados e senadores via Orçamento secreto, sistema denunciado pelo jornal, que permite a liberação de milhões de reais sem controle ou transparência. Quem comanda a distribuição do dinheiro é o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), chefão do Centrão e um dos aliados mais fiéis do presidente.

Candidato à reeleição e em segundo lugar nas pesquisas de intenções de voto, Bolsonaro não se deu conta de como medidas perversas como essa podem lhe tirar ainda mais votos dos mais pobres. Os brasileiros mais vulneráveis são os que mais expressam vontade de votar no ex-presidetnte Lula (PT), que lidera todas as pesquisas e pode vencer no primeiro turno, em 2 de outubro.

Foi isso que acendeu o sinal de alerta dos estrategistas da campanha de Bolsonaro que querem mudar o texto da proposta orçamentária. Só que agora não podem e estão fazendo promessas de resolver a tragédia depois das eleições. O detalhe é que as alterações no texto dependem da boa vontade de senadores e deputados, muitos deles mais interessados nas verbas do orçamento secreto que mandam para suas bases. O Congresso inicia o debate sobre o orçasmento em novembro, após as eleições.

Farmácia Popular, programa de distribuição gratuita de medicamentos para controlar doenças crônicas como asma, hipertensão e diabetes, foi criado em 2003 no governo do ex-presidente Lula, e atende mais de 21 milhões de pessoas em todo o país. O programa também dá desconto de 90% na compra de remédios para colesterol alto, osteoporose, doença de Parkinson, glaucoma, rinite e dislipidemia, contraceptivos e até fraldas geriátricas.

A reserva de recursos para o programa caiu de R$ 2,48 bilhões neste ano para R$ 1 bilhão em 2023, uma redução de 59% no orçamento. Segundo técnicos do Ministério da Saúde, com esse dinheiro o Farmácia funcionará por apenas quatro meses no ano que vem.

O programa Mais Médicos, lançado em 8 de julho de 2013 pelo governo da presidenta Dilma Rousseff (PT) com o objetivo era suprir a carência de médicos nos municípios do interior e nas periferias das grandes cidades, mudou de nome para Médicos pelo Brasil, em agosto de 2019, primeiro ano do governo Bolsonaro.

Até 2017, o Mais Médicos levou 15 mil médicos para as áreas onde faltam profissionais e chegou a ter  18.240 profissionais, sendo mais de 11 mil cubanos, que garantiam atendimento de  63 milhões de pessoas em 4.058 municípios e 34 distritos indígenas.

Quando mudou o nome, o governo Bolsonaro decidiu avaliar os profissionais inscritos no programa anterior para ver se poderiam ser reaproveitados no novo programa ou deveriam ser submetidos a um novo processo seletivo. O novo formato não permitia que os médicos cubanos, criticados pelos apoiadores do presidente por serem de um país comunista, que permaneceram no Brasil pudessem ser realocados sem uma validação do diploma no país.

A verba para o programa caiu de R$ 2,96 bilhões neste ano para R$ 1,46 bilhão na proposta orçamentária de 2023, o que representa uma redução de 50,7%. Com um corte desse montante, restará ao programa demitir médicos e fechar alguns postos de atendimento.

Cerca de 120 lideranças de nove povos vão até Brasília, protestam contra a escalada de violência e exigem demarcação

Gabriela Moncau
Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

 

“Nosso povo está morrendo. Morrendo!”. A fala de Pjhcre, liderança maranhense do povo Akroá Gamela na frente da Esplanada dos Ministérios, nesta quinta-feira (15) em Brasília, não é modo de dizer. O mês de setembro começou com uma escalada de violência contra os povos originários no Brasil. Em um período de 10 dias – entre 3 e 13 de setembro – seis indígenas dos povos Pataxó, Guarani Kaiowá e Guajajara foram assassinados e um se suicidou nos estados da Bahia, do Mato Grosso do Sul e do Maranhão.

“Era para as crianças enterrarem nós, os velhos. Mas somos nós que estamos enterrando nossas crianças”, denuncia Pjhcre. Dos sete mortos, três eram menores de idade. Aproximadamente 120 lideranças de nove povos marcharam até o Ministério da Justiça, em Brasília (DF), denunciando os ataques, exigindo justiça e reivindicando o direito de viver em suas terras ancestrais.

Os manifestantes protestaram contra a paralisação da demarcação dos territórios indígenas (durante o governo Bolsonaro não houve nenhum processo concluído); o desmonte dos mecanismos de fiscalização e proteção territorial; e o estímulo governamental às invasões de terras por parte de grileiros, fazendeiros e garimpeiros são denunciados pelos indígenas como aspectos que têm acirrado os conflitos e os ataques violentos.

:: Pistoleiros matam adolescente e povo Pataxó denuncia atuação de milícia anti-indígena na BA ::

A delegação reivindica, ainda, que o Supremo Tribunal Federal (STF) retome e conclua o julgamento do marco temporal, que está suspenso desde setembro de 2021. Os indígenas pedem que essa tese – segundo a qual só poderiam ser demarcadas terras indígenas ocupadas pelos povos até 1988 – seja definitivamente derrubada.

Entenda os ataques recentes:

Guarani Kaiowá no Mato Grosso do Sul

Comerciante e morador da aldeia de Amambai, Vitorino Sanches, guarani kaiowá de 60 anos, dirigia seu carro no centro da cidade na tarde desta terça-feira (13) quando foi morto a tiros. Segundo testemunhas, os disparos foram feitos por dois homens em uma moto. No início de agosto ele sobreviveu de um atentado similar.

A aldeia onde Sanches vivia é vizinha do Tekoha Gwapo’y Mi Tujury, território ancestral que está em nome da Fazenda Borda da Mata da empresa VT Brasil Administração, da família Torelli, e que foi retomado por indígenas em junho. Foi ali que aconteceu, em 25 de junho, o que ficou conhecido como Massacre de Gwapo’y, quando a polícia militar invadiu a área, feriu 15 pessoas e matou o indígena Vitor Fernandes. Menos de um mês depois, Márcio Moreira, uma liderança da retomada, foi assassinado em uma emboscada.

Ouvido pelo Brasil de Fato, um integrante da Aty Guasu – a Grande Assembleia Guarani Kaiowá – explicou que os ataques contra a retomada de Gwapo’y extrapolam estes que são mais explícitos. Além dos assassinatos, segundo ele, fazendeiros da região estimularam comerciantes a não vender alimentos e outros produtos para os indígenas que estivessem na fazenda ocupada. Vitorino Sanches, apoiador do movimento de recuperação de terras indígenas, foi um dos poucos que não aderiu ao boicote.

Em nota, a Aty Guasu afirma não saber “exatamente o que está acontecendo, quem são os mandantes e mandados”. Destaca, no entanto, que Márcio Moreira e Vitorino Sanches, além de terem sido mortos em emboscadas, “têm em comum estarem ligados à nossa retomada”.

“A polícia ataca, o Estado permite, o público e o privado funcionam em uma única direção. Ampliar a monocultura sobre os cemitérios que um dia foram nossas terras. Assim eles pensam, mas não permitiremos nem deixaremos de lutar”, informa a Aty Guasu.

:: Destruição da floresta ameaça cultivo das plantas medicinais Guarani Kaiowá: “São nossa cura” ::

A execução de Vitorino acontece três dias depois de dois jovens Guarani Kaiowá perderem suas vidas também de forma violenta no Mato Grosso do Sul. Em Dourados (MS), Ariane Oliveira Canteiro, de 13 anos, foi encontrada morta no último sábado (10) depois de uma semana desaparecida. Segundo a Polícia Civil, um adolescente de 17 anos foi preso e confessou o assassinato por motivo de ciúmes.

Nesse mesmo sábado (10), Cleiton Isnard Daniel, de 15 anos, se suicidou. Ariane e Cleiton viviam na aldeia Jaguapiru, na lotada Reserva Indígena de Dourados.

Guajajara no Maranhão

Na madrugada do dia 3 de setembro na cidade de Amarante (MA), Janildo Oliveira Guajajara foi assassinado com tiros nas costas. Este mesmo ataque feriu um adolescente de 14 anos, que foi hospitalizado.

Janildo fazia parte do Guardiões da Floresta, grupo auto-organizado que atua na fiscalização e defesa do território indígena contra invasores. Desde 2007, quando o coletivo foi criado, 37 rotas de extração ilegal foram fechadas pelos guardiões. No mesmo dia 3, no município de Arame (MA), Jael Carlos Miranda Guajajara foi morto em um atropelamento. Todos são da Terra Indígena Arariboia.

Uma semana depois, no último domingo (11), na estrada que leva ao povoado Jiboia e que fica perto dos limites da TI Arariboia, Antônio Cafeteiro Sousa Silva Guajajara foi morto com seis tiros.

Pataxó na Bahia

Cerco de pistoleiros, tiros, ameaças e a atuação de uma milícia anti-indígena vem sendo denunciados sistematicamente pelo povo Pataxó das TIs Barra Velha e Comexatibá Cahy Pequi, no extremo sul da Bahia, desde o final de junho. Nos últimos três meses, os indígenas avançaram no seu processo de auto-demarcação, com cinco retomadas. Desde então, a tensão na região se acirrou e, na madrugada do último 4 de setembro, a tragédia anunciada se concretizou.

Atirando, de dentro de um carro, com fuzil e bombas de gás contra indígenas que estavam na recém ocupada Fazenda Samambaia, localizada dentro da TI Comexatibá Cahy Pequi, pistoleiros mataram um adolescente de 14 anos. Gustavo Silva da Conceição foi atingido com um tiro na nuca.

“Estamos ameaçados dentro do nosso próprio território”, afirmou em Brasília o cacique Suruí Pataxó, da Aldeia Barra Velha. Ele integrou a delegação de lideranças que foi à capital do Brasil em defesa dos direitos dos povos indígenas. Em frente ao ministério da Justiça, ele segurava, junto com seus companheiros, uma faixa verde com os dizeres “Justiça Gustavo Pataxó”.

“Estão mandando recado, diariamente eles [pistoleiros] vem atirando, matando nosso povo”, destacou Suruí. “Nós não somos invasores, somos os primeiros”, ressaltou. A TI Barra Velha fica na chamada “costa do descobrimento” no sul da Bahia, onde houve o primeiro contato dos colonizadores com os povos originários do que viria a se chamar Brasil.

O plenário virtual do Supremo Tribunal Federal formou maioria – 7 votos a favor e 3 contra – para manter a decisão liminar do ministro Luís Roberto Barroso de suspender a lei que criou o piso salarial dos profissionais de enfermagem.

O entendimento de Barroso foi seguido pelos ministros Ricardo Lewandowski, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes e Luiz Fux, os dois últimos depositaram os votos nesta quinta-feira (15). Os ministros André Mendonça, Nunes Marques e Edson Fachin divergiram e voaram para derrubar a suspensão.

Ainda não votou Rosa Weber, atual presidente do STF. Mas, até sexta, os ministros, podem alterar o voto, pedir vista (mais prazo para análise) ou mesmo solicitar destaque, medida que zera o placar e reinicia o julgamento, mas desta vez no plenário físico e com debate entre os ministros.

Barroso suspendeu o piso durante 60 dias no último dia 4 para atender a um pedido da Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos de Serviços (CNSaúde), que ajuizou a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7222. A entidade alega riscos à empregabilidade e à rede de saúde por conta do aumento dos custos que deve acompanhar a efetivação do piso.

A suspensão determinada por Barroso foi fixada, segundo o ministro, para que entes públicos e privados mostrem as contas que serão geradas a partir da fixação dos novos salários no segmento.

Categoria pode entrar em greve pelo pagamento do piso

Entidades que reúnem profissionais da saúde organizam uma paralisação para o próximo dia 21 em diferentes estados pelo pagamento do piso salarial da enfermagem que estabelece uma remuneração mínima de R$ 4.750 para enfermeiros e enfermeiras, de R$ 3.325 para técnicos e técnicas de enfermagem, e de R$ 2.375 para auxiliares de enfermagem e parteiras.

O piso nacional da enfermagem entrou em vigor no dia 5 de agosto deste ano por meio da Lei 14.434/2022, que demorou a ser sancionada pelo presidente porque não indicava a fonte dos recursos, o que gerou insegurança jurídica. Isso porque, a Lei de Responsabilidade Fiscal determina que projetos que criam despesas obrigatórias sejam acompanhados da indicação da origem dos recursos para bancar a proposta.

Para resolver o problema, foi aprovada a PEC nº 11/2022 e, finalmente, no início de agosto o presidente sancionou a lei. O piso começaria a ser pago a trabalhadores da iniciativa privada no dia 5 de setembro, um depois antes Barroso suspendeu a lei.

Atualmente, há discussões em torno de quatro projetos para facilitar o pagamento do piso.

O primeiro e com maior aceitação é a legalização dos jogos de azar, já aprovado na Câmara com a previsão de destinar um percentual para a saúde.

Há também a possibilidade de usar recursos dos royalties do petróleo e da mineração, além da desoneração das folhas de pagamento da área da saúde, o que abriria caminho para os hospitais privados e as santas casas.