Representantes do DCE Mário Prata e a coordenadora do Sintufrj Fátima Rosane, se reuniram no Largo de São Francisco, em frente ao IFCS, na quarta-feira, 1 de fevereiro, para denunciar o estupro seguido de morte da estudante da UFPI, e exigir rápida apuração deste crime hediondo.

A estudante de Jornalismo da Universidade Federal do Piauí (Ufpi) e poetisa, Janaína da Silva Bezerra, de 22 anos, foi vítima de estupro e feminicídio durante calourada na instituição, ocorrida na sexta-feira, 27 de janeiro. Thiago Mayson da Silva Barbosa, de 28 anos, foi preso no sábado (28) por suspeita de ter cometido os crimes. O inquérito policial será concluído em até dez dias.

Em nota publicada no domingo (29), o Instituto de Medicina Legal (IML) do Piauí, informou que a causa da morte seria uma contusão na coluna vertebral a nível cervical, o que causou lesão da medula espinhal e e levou à morte da estudante. Segundo o IML, a ação contundente pode ter sido causada por pancada, asfixia, queda, luta, dentre outras possibilidades que estão sendo analisadas junto às investigações do caso.

O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Ufpi publicou uma manifestação de pesar em suas redes sociais, convocando a comunidade acadêmica para uma vigília em homenagem à estudante, que foi a primeira pessoa da sua família a ingressar em curso superior. O ponto de encontro será em uma praça em frente à Reitoria (UFPI), às 16h, onde cobrarão mais segurança no campus. De lá, seguirão em caminhada em direção ao Carretel – onde fica o Centro Acadêmico de Comunicação Social (Cacos). É ainda o espaço de convívio das e dos estudantes de jornalismo, e o local de receber as calouras e os calouros. Neste espaço serão feitas homenagens até 21h. “Será um momento de reflexão, coletividade e celebração à sua memória! Celebraremos Janaína, e seguiremos lutando pelo fim da violência de gênero, que nos rouba nossas meninas e mulheres. Janaína, Presente!”, diz a nota do DCE.

Já a universidade decretou luto oficial por três dias e suspensão das atividades acadêmicas e administrativas no Campus de Teresina, nesta segunda (30), em memória da estudante. “A Universidade Federal do Piauí (UFPI) externa, com profunda indignação, repúdio acerca da violência cometida contra a aluna Janaina da Silva Bezerra, que também agride cada uma das mulheres que integram a comunidade ufpiana, bem como todos que hoje se colocam no lugar de fala de uma delas”.

Para o DCE da Ufpi, a suspensão das atividades na universidade é uma tentativa de desmobilizar as homenagens e reivindicações estudantis. Uma assembleia conjunta está marcada para terça-feira (31) para deliberar sobre um calendário de mobilizações contra assédios, feminicídios, violência de gênero e diversos problemas de segurança denunciados pelas estudantes e pelos estudantes e entidades representativas.

O ANDES-SN e a Associação dos Docentes da Universidade Federal do Piauí (Adufpi- Seção Sindical) também se manifestaram sobre a morte da estudante de jornalismo. “A diretoria do ANDES-SN se solidariza com os familiares e amigos e, neste momento de dor, exige apuração rigorosa para o caso. Nem uma a menos”, diz a nota Sindicato Nacional. “A ausência de uma política efetiva de segurança no interior da UFPI tem potencializado o medo, a insegurança e o senso de impunidade, o que acaba por reverberar em ações criminosas como a que, infelizmente, aconteceu com a jovem estudante, mulher negra, Janaína Bezerra da Silva”, reforça o texto da AdufpiSSind., que convoca a comunidade acadêmica se unir na luta pelo fim da violência contra as mulheres e a contra a falta de segurança dentro da Ufpi, e também por memória e justiça para Janaína.

Protesto adiou leilão momentaneamente, mas após saída de estudantes e funcionários, foi retomado

 

A coordenadora-geral do Sintufrj, Marta Batista, classificou como vergonhosa a manobra da UFRJ em leilão realizado nesta quinta-feira, 2, no Edifício Ventura, para aprovar a cessão de área pública da universidade para a iniciativa privada. Ela fez parte da comissão que acompanhou o processo no local onde haveria a licitação no interior do prédio, pois não foi autorizado a participação dos manifestantes durante o leilão.

“É uma vergonha. Só poderia vir de uma Reitoria que conduziu esse processo sempre de forma antidemocrática e açodada”, desabafou.

No início do leilão, depois de mais de uma hora de interrupção por causa do protesto do movimento “A UFRJ não está à venda” que envolve Sintufrj, DCE Mário Prata, Andes e Fasubra, a UFRJ e o BNDES chegaram a informar o adiamento do leilão, mas ele foi retomado às 17h28 após a saída de estudantes e funcionários da frente do prédio.

 

O leilão

Dois grupos se candidataram à concessão. A W Torre Entretenimento e Participações e segundo o consórcio Bonus-Kleffer, formado pelas empresas Bonus Track Entretenimento e Klefer Entretenimento e Participações, que saiu vencedor. A Bonus Track pertence aos produtores Luiz Oscar Niemeyer e Luiz Guilherme Niemeyer. A Kleffer pertence ao empresário e ex-presidente do Flamengo Kleber Leite.

 

Não aceitaremos, afirma Marta Batista

“Deixamos muito claro a todos os setores empresariais ali presentes no leilão de que não vai ser tranquilo, não vamos aceitar a entrega do Campinho, a entrega de patrimônio da nossa universidade pública ao setor privado. Também é fundamental desmentir qualquer fake news que alguns setores levantam de que somos contra a reabertura do Canecão, muito pelo contrário, queremos um Canecão reaberto, popularizado e conectado com a UFRJ. E por isso esse projeto não nos serve. Essa luta não se encerra neste dia”, declarou a coordenadora-geral do Sintufrj, Marta Batista.

 

“Vamos continuar protestando”, sustenta Esteban Crescente

Vamos continuar questionando politicamente e institucionalmente a forma como foi aprovado o projeto “Viva UFRJ” sem consultar a comunidade acadêmica e vamos continuar protestando e alertando a população sobre o que isso significa. Não devemos ancorar nossas expectativas de melhoria no orçamento da universidade, das condições para aula, trabalho e de atendimento à população nesse viés de captação de recursos. Devemos lutar para que haja recomposição de orçamento”, disse o coordenador-geral do Sintufrj, Esteban Crescente.

 

“O Fred não sabe da capacidade do movimento estudantil e de trabalhadores”, alerta Alex diretor do DCE Mário Prata

“O reitor da UFRJ (Frederico Leão Rocha) não teve coragem de olhar para os estudantes, os funcionários e professores ali presentes na sala. E ficou assistindo os segurança falarem que iam nos remover a força e chamar a polícia militar. O Fred esqueceu que o movimento estudantil e o movimento dos trabalhadores fazem cotidianamente que é não arredar pé contra uma gestão antidemocrática. Mas se o Fred quer ser o reitor da continuidade, do atropelo e da privatização, e acha que não tem movimento estudantil e de trabalhador potente na universidade está muito enganado”, anunciou o diretor do DCE Mária Prata, Alex

 

Entenda

A UFRJ republicou o edital de licitação para a concessão de 15mil m2 do campus da Praia Vermelha (entre as imediações do Rio Sul (onde ficava o antigo Canecão e o novo espaço multiuso (próximo ao campo de futebol e onde fica o Campinho)  à iniciativa privada. Neste dia 2 de fevereiro houvea abertura dos envelopes para licitação das obras, e parte da Praia Vermelha será leiloada para a construção de uma casa de shows com capacidade para 7 mil pessoas no lugar do antigo Canecão.

Em troca da cessão de ao menos 30 anos (sem limite de prorrogação), a empresa vencedora estaria comprometida com algumas contrapartidas à universidade, como a conclusão de obras inacabadas e novas instalações.

Não houve interessados na primeira tentativa, que ocorreu em dezembro e, para atrair potenciais licitantes, o novo edital reduziu exigências, como o valor para comprovação do patrimônio líquido e o capital social mínimo da concessionária.

Com esse leilão, a Reitora da UFRJ cede o espaço para lucro do capital, com destruição da área em uso, que hoje dá lugar a importantes projetos de extensão, atividades das unidades de saúde mental do campus e a natureza, para alocar uma casa de shows que não representaria nenhum retorno à universidade e nenhum dos pilares entre ensino, pesquisa e extensão.

 

A primeira reunião do GT Mulher do Sintufrj de 2023, realizada dia 1º de fevereiro, no Espaço Saúde começou instigante. Sob a inspiração da história de mulheres como a da artista Frida Kahlo e a da socialista Alexandra Kollontai e os avanços obtidos ao longo dos séculos, o grupo realizou uma roda de conversa trocando experiências e avaliações.

O tema “A luta das mulheres e o movimento sindical” movimentou o debate o qual apontou para os desafios a serem enfrentados, como por exemplo, o feminicídio em geral e a luta por creche na UFRJ. Três coordenadoras do sindicato, Helena Vicente (Educação, Cultura e Formação Sindical), Maria Inês (Aposentados e Pensionistas), Ana Beatriz (Organização e Política Sindical) comandaram a mesa.

O GT se pretende um espaço de acolhimento e ferramenta para construção de propostas e políticas para as mulheres na UFRJ e no meio social. Pretende ser um polo de luta por igualdade de direitos e condições e para contribuir para uma sociedade mais justa, não voltado apenas para as questões de gênero. Com esse propósito, a primeira tarefa do GT será a participação no Encontro Nacional da Mulher Trabalhadora da Fasubra, em março.

A próxima reunião foi marcada para 21 de fevereiro. Às 14h.

 

GT das Mulheres no Sindicato Sintufrj

“Em função da marcação de GT Carreira Nacional da Fasubra com pauta de PGD no mesmo dia, a direção Sintufrj adia o GT local desta terça feira 31 de janeiro. Para que possamos nos apropriar da discussão e subsidiar nosso debate local”

 

Grande Vitória da ATTUFRJ (a associação que representa os trabalhadores terceirizados na universidade): após muita luta e pressão, a empresa Van Rosa, que assediava e oprimia os terceirizados do Centro de Tecnologia (CT) terá contrato desfeito.

Uma nova empresa substituirá a Van Rosa e a direção do CT já está dialogando acerca de soluções relacionadas às dificuldades geradas aos trabalhadores no período conturbado que passou!

“A ATTUFRJ está muito feliz em saber que conseguiu tirar uma empresa que massacra trabalhadores”, disse Valdineia Nascimento, ao saber da decisão da administração da UFRJ. Ela criticou o Sindicato de Asseio e Conservação e disse que cada vitória da associação aqui na universidade é prova de que foi acertada a sua criação. O êxito na luta prova isso, conclui.

A situação foi descrita nesta matéria 

Terceirizados de novo na luta

O que mais será preciso para a situação se resolver?

A situação de opressão e falta de condições de trabalho dos trabalhadores terceirizados da empresa Van Rosa não se resolveu. Depois do movimento, no do dia 19 de janeiro que conquistou a reunião com a Pró-Reitoria de Gestão e Governanças (PR-6) e compromissos para solução dos problemas (como uma reunião com a empresa), as consequências continuam graves. A tal ponto que levaram a mais uma manifestaçãono hall do Centro de Tecnologia, no dia 27, reunindo mais de 30 pessoas e representantes da associação dos Trabalhadores Terceirizados da UFRJ (Attufrj), Sintufrj e DCE.

Só que uma segunda reunião, com a PR-6 e Attufrj,prometida com a empresa- em que esta apresentaria respostas às reivindicações, semana passada, não aconteceu até o fechamento desta edição.E nem a marcada com Sindicato do Asseio e Conservação pela manhã. Até o início da tarde, a direção não tinha comparecido.

Falta de equipamentos de proteção individual (EPI), de produtos para a limpeza e, principalmente, problemas na relação de trabalho com o preposto da empresa e até casos assédio, com demissão de 10 trabalhadores, e represália a alguns dos que participaram do ato estão entre as denúncias dos trabalhadores que, se somam agora outras, de acirramento na relação.

Os terceirizados reportam recentes casos de maus tratos, a tal ponto que trabalhadores passaram mal devido ao acirramento da relação. Uma senhora foi socorrida pelos amigos de setor e constatou-se um princípio de enfarto e o estado inspira cuidados e outras duas estão com pressão alta.

“O aborrecimento com o preposto está massacrando os trabalhadores, além de não terem equipamento de proteção e produtos de limpeza”, disse Valdineia, contando que ainda mandaram uniformes de baixíssima qualidade, com numeração inadequada.

PR-6 reitera iniciativas

A presidente da Associação dos Trabalhadores Terceirizados, Valdineia Nascimento informou que o grupo foi, mais uma vez, à PR-6 para reunião com o assessor Marcelo Braga que adiantou ao grupo as iniciativas que a Reitoria está adotando.

A empresa, depois da reunião passada, não apresentou respostas às questões que lhe foram apresentadas – como a troca do preposto e condições de trabalho-.

Valdineia conta que a Reitoria continua enviando ofícios à empresa, cobrando as medidas – como a troca do preposto – e a reunião.A PR-6, diz ela, havia dado prazo de cinco dias para isso. Como não foi feito, já notificou a empresa.

Segundo Valdineia, os trabalhadores aguardam a reunião com a empresa.

 

Movimento dos tercerizados da UFRJ.
Rio de Janeiro,19/01/23
Movimento dos tercerizados da UFRJ.
Rio de Janeiro,19/01/23

 

A primeira reunião do Grupo de Trabalho LGBTQIA+ do Sintufrj de 2023, foi realizada na tarde desta quarta-feira, 25, no Espaço Cultural do sindicato, já sob os novos ares do governo Lula. A participação aumentou e o clima foi muito bom. Inclusive com a participação da nova coordenadora de Políticas Sociais do Sintufrj, Sharon Stefani, que substitui Rafael Raposo que está licenciado.

No debate ficou decidido que as reuniões serão sempre um espaço de roda de conversa e acolhimento das pessoas em situação de vulnerabilidade. Nesta reunião inicial de trabalho foi elaborado um calendário de reuniões para o primeiro semestre.

Além disso, o GT será um espaço de formação interna, no sentido de ouvir vozes diferentes dentro da comunidade LGBTQIA+ a cada reunião. E será também um espaço de formação externa com elaboração de pautas e temas para serem desenvolvidos e veiculados no Jornal e no Boletim do Sintufrj .

“A reunião foi bem produtiva. Saímos satisfeitos, animados e esperançosos para 2023.

Nossa proposta é conseguir consolidar esse GT ao longo do ano, pensar em atividades formativas, e ampliar a discussão a respeito de direitos dos trabalhadores e trabalhadoras LGBTQIA+ e também de direitos dos      nossos companheiros (as) das universidades.

Pretendemos também  pensar políticas para o controle da LGBTfobia, para o assédio que é a realidade de todos nós e em especial para a população LGBTQIA+”, avaliou a coordenadora-geral do Sintufrj, Marta Barista.

Gustavo Cravo, integrante do GT, está otimista em combater o preconceito. ” O clima cultural muda com o governo Lula. Queremos fazer alguns seminários, e por mais que a gente saiba que haverá resistências, estamos com mais força para realizar nosso trabalho.”

PRESSÃO. Lideranças dos terceirizados se reúnem com pró-reitor André Esteves

Empresa Van Rosa Serviços – que atua na limpeza do CT- é acusada de assédio moral e várias irregularidades

Dezenas de trabalhadores terceirizados da empresa Van Rosa Serviços, que atua na limpeza do Centro de Tecnologia (CT), realizaram ato na manhã desta quinta-feira (19) no hall do bloco A, e, com cartazes em punho, denunciaram por meio de relatos dramáticos as condições de trabalho a que são submetidos.

Eles relatam atrasos em benefícios como o auxílio transporte e alimentação, falta de equipamentos de proteção individual (uma trabalhadora foi mordida por um rato) e de uniformes e, principalmente, uma sequência de casos de humilhação e assédio por parte de preposto da empresa, além da onda de demissões que dispensou 10 trabalhadores.

A pressão dos terceirizados resultou numa reunião na qual a Pró-Reitoria de Gestão e Governança (PR-6), da UFRJ, responsável pela contratação das empresas que prestam serviços, cobrou explicações da empresa.

De acordo com a presidente da Attufrj (Associação de Trabalhadores Terceirizados) Waldinea Nascimento, nessa reunião os representantes da empresa disseram que não fizeram ameaças. E que prometeram trocar uma espécie de capataz que cuida das operações da Van Rosa na UFRJ.

Ficou acertado que numa nova reunião com data ainda a ser definida a empresa vai responder aos questionamentos da pró-reitoria. Dependendo dessas respostas, a PR-6 irá decidir se mantém o contrato com a prestadora de serviços.

Antes dessa reunião, os terceirizados foram recebidos pelo pró-reitor (PR-6) André Esteves. Na conversa com Esteves, os trabalhadores reiteraram as denúncias contra a empresa.

O pró-reitor explicou que já há um processo em curso de inexecução (instrumento para punir a empresa, que agora aguarda a sua defesa), formado com base no relato dos fiscais do contrato (uma comissão de servidores do CT presidida por Agnaldo Fernandes) sobre estes problemas, mas que o grupo trouxe novos elementos que serão anexados ao processo.

Ameaças

“Nós somos trabalhadores e temos direitos de reivindicar condições de trabalho. Se a empresa não está cumprindo com suas obrigações, pode ameaçar, mandar áudio, fazer o que quiser, mas nós vamos à Pró-Reitoria de Gestão e Governanças, que é quem faz o contrato”, disse no protesto do CT a presidente da Associação de Trabalhadores Terceirizados, Waldinea Nascimento, acompanhada pela diretora da entidade, Luciana Calixto.

O áudio a que se referia, foi, segundo os trabalhadores, enviado pela diretora da empresa, e informa que as pessoas estão sendo demitidas porque não se enquadraram no sistema da empresa, que os trabalhadores são regidos pela CLT e que um “motim” é passível de justa causa. Por fim diz que a empresa tem reservas de pessoal, ou seja, para substituir demitidos.

 

DENÚNCIA. Terceirizados caminham no Parque Tecnológico em direção à Pró-Reitoria de Governança

Relatos dramáticos

Confira depoimentos dos terceirizados

“Quando param para falar com a gente, tratam com desrespeito”

“Estamos sem EPI, sem uniforme e disseram para os mais novos que (os antigos) estamos aqui por comodismo, não pelo trabalho”

“Fui reivindicar meu direito (o dinheiro da passagem e da alimentação). Na hora da saída, me chamaram num canteiro e disseram que eu ia ser demitida. Que era por causa da passagem que era muito cara”.

“Fui reivindicar meu direito direto e ele me mandou embora junto com ela. Trabalho desde a época da empresa Soluções e Focus, sempre no CT.

“Na reunião que fizeram com a gente quando entraram, William (o preposto) falou com a gente que quando tivesse alguém problema resolvia do lado de fora”.

“Falei que ia levar minha mãe ao médico. Disseram que tinha que mandar e-mail para resolver. Eu fui. Hoje falaram que eu ia ser mandada embora”.

“Eu botei 30 dias (de passagem e alimentação) do meu bolso, mas não me ressarciram. (Ele) não falou nada, me trocou de setor e diminuiu meu salário para botar um parente dele”.

“Ele disse que eu era muito grande assustava as pessoas. Estou há quase três anos aí dentro. Mas ele que não foi com a minha cara porque eu era muito grande”.

 

Entidades apoiam

Representantes das entidades que atuam na UFRJ manifestaram apoio à luta dos terceirizados. Estavam lá estudantes do Centro Acadêmico de Engenharia e da coordenação do DCE Mário Prata.

O coordenador-geral do Sintufrj, Esteban Crescente, disse que a entidade se solidariza e se coloca à disposição do grupo, inclusive para demandas jurídicas, se necessário, como uma possível denúncia ao Ministério Público do Trabalho.

“Isso demonstra mais uma vez a perversidade do sistema de terceirização, quando as empresas se utilizam do processo de troca contratual para chantagear o trabalhador para cederem aos abusos, sob o risco de perderem seus empregos”, avaliou o coordenador-geral do Sintufrj.