A pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou o retorno ao trabalho de todos os servidores da Área Ambiental, que estão em greve por reajuste salarial e reestruturação da carreira. Se a decisão autoritária do governo federal for descumprida, as entidades que representam os trabalhadores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Serviço Florestal, a Condsef/Fenadsef e a Ascema Nacional pagarão multa diária de R$ 200 mil.

O ministro Og Fernandes, vice-presidente do STJ, alegou que a decisão tomada no dia 4 de julho, considerou o “caráter essencial das atividades desempenhadas”. A liminar abrange todos os servidores responsáveis pelo licenciamento ambiental, gestão de unidades de conservação, resgate e reabilitação da fauna, além do controle e prevenção de incêndios florestais e emergências ambientais. A Ascema Nacional recorreu da decisão e disse que “a luta pelos direitos dos servidores da área ambiental continua”, embora não vá descumprir a determinação judicial.

A assembleia dos técnicos-administrativos em educação da UFRJ, no dia 1º de julho, convocada pelo Sintufrj, aprovou moção de apoio aos trabalhadores da Área Ambiental em greve, na expectativa que mantenham a mobilização até a conquista de suas justas reivindicações. Mesmo com o retorno ao trabalho, as categorias devem prosseguir lutando pelos seus direitos. Esses servidores são essenciais à vida de todas as pessoas.

Mobilização continua

Em nota pública, a Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema), que representa os servidores do Ibama, ICMbio e Serviço Florestal, afirmou que a decisão do STJ de suspender a greve não pôs fim totalmente às paralisações. Segundo a entidade, todas as áreas que não foram citadas na decisão do ministro Og Fernandes, permanecem em estado de mobilização.

“A luta continua com esforços para reabrir as negociações com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), visando alcançar um acordo que resolva o impasse na Área Ambiental. Além disso, a Ascema Nacional manifesta sua indignação frente ao comportamento dos presidentes do Ibama e ICMBio, que permitiram explicações enganosas na ação judicial. A Ascema Nacional cobra posturas dignas e claras dos presidentes dessas instituições, ressaltando que o embate jurídico deve ocorrer dentro de parâmetros éticos mínimos”, informa o texto da nota divulgada na sexta-feira, 5.

A greve no Ibama

Desde 24 de junho, servidores federais do meio ambiente de 24 estados e do Distrito Federal (DF) iniciaram uma greve — os funcionários pleiteiam valorização salarial e reestruturação de carreira, com a diminuição das diferenças nos vencimentos das carreiras de nível médio e superior. As negociações com o governo federal foram iniciadas em outubro de 2023.

Na primeira quinzena de junho, os servidores já haviam sinalizado com a possibilidade de suspensão das atividades, quando o MGI encerrou a negociação salarial. O ministério alegou que “o governo chegou ao limite máximo, do ponto de vista orçamentário, do que é possível oferecer” aos servidores — a proposta colocada em negociação, segundo o MGI, prevê reajustes de 19% a 30% para a categoria.

.Com Exame Agro e entidades

Foto: Brasil de Fato

11/07 – quinta-feira – 14:30h
Local: Praia Vermelha – Auditório do NEPP-DH

Pauta:
– Informes
– Política de formação antimachista para a categoria;
– Organização do GT
– Relatoria MMM
– Marcha das Mulheres Negras 2024

O Sintufrj convoca os trabalhadores NES e Ex-NES para reunião com a PR-4 e o sindicato, na quarta-feira, 10 de julho, às 14h, no Auditório Inova, no Parque Tecnológico. Em pauta regularização previdenciária. O auditório fica na Rua Aloisio Teixeira, 278 – Prédio 3, sala 103, ao lado do Restaurante Notório Sabor, no Parque Tecnológico.

 

Apesar da morosidade da Justiça e dos recursos protelatórios da UFRJ, o processo do Plano Bresser está andando, informaram as advogadas da assessoria jurídica

Mais de 200 pessoas participaram da reunião presencial e on-line sobre o Plano Bresser (26,06%), na quarta-feira, 3, convocada pela Coordenação de Aposentados e Pensionistas, no Espaço Cultural do Sintufrj. As advogadas Araceli Rodrigues e Thais Lopes, da assessoria jurídica do sindicato, fizeram uma explanação detalhada sobre as etapas do processo que tramita na Justiça há 30 anos, e esclareceram as inúmeras dúvidas dos servidores.

As informações faladas eram projetadas no telão e, além disso, as trabalhadoras e trabalhadores puderam acompanhar o longo caminho percorrido pela ação coletiva por meio da cartilha produzida pelo Sintufrj em parceria com o escritório de advocacia. Dos 760 processos dos 26,06% distribuídos em mais de 80 Varas, 87 já foram quitados e 421 servidores pagos. Atualmente, 201 processos encontram-se em etapa de pagamento. A ação engloba um total de 3.868 pessoas.

A morosidade do judiciário aliado aos recursos impetrados pela Procuradoria da UFRJ, muitos deles fora do código civil, os chamados recursos protelatórios, que resultam em multa altas para a universidade, são as principais causas do atraso de quitação dos processos, que são individuais e divididos em grupos de 10.

LEIA AQUI A CARTILHA SOBRE O PLANO BRESSER (26,06%)

Golpe: cuidado!

As advogadas e a direção sindical repetiram várias vezes alertas para os participantes do processo não caírem em armadilhas de golpistas. Entrar em contato com o sindicato para checar informação passada por telefone, e-mail ou whatsapp foram algumas das orientações. Com o cruzamento de dados é fácil para criminosos ficarem sabendo número de telefone, endereço entre outros dados pessoais, e a consulta a processo é pública: basta acessar o site do Tribunal Regional do Trabalho. Portanto, é moleza aplicar golpe.

Atualize seu cadastro no Sintufrj 

As coordenadoras Ana Célia, Anai Estrela e Carmem Lúcia agradeceram a presença de todos e reafirmaram que o Sintufrj estará sempre de portas abertas para atender a categoria em todas as suas demandas. Também foi lembrada a importância de manter atualizado o cadastro no sindicato, para que, sendo necessário, a entidade possa entrar em contato.

“Transparência é muito importante, principalmente se tratando de processos judiciais. Por isso, pretendemos fazer a cada três meses, assim que a assessoria jurídica tiver relatório concluído, uma reunião como a de hoje sobre as ações coletivas. Para reforçar a importância da atualização do cadastro no sintufrj, atualmente estamos com muita dificuldade de localizar 30 pessoas que precisam passar seus dados bancários para o depósito do dinheiro do processo dos 26,06% liquidado”, disse Ana Célia.

Assista o vídeo

No dia 19 de junho de 2024 o GT Antirracista do Sintufrj teve sua atividade mensal, ainda como atividade de greve, dessa vez no Colégio de Aplicação, CAp-UFRJ. O ponto de partida foi a data de comemoração do Dia Internacional da Criança Africana (instituído pela Organização da União Africana, em 1991), que se comemora no dia 16 de junho.

O dia foi marcado por contações de histórias, capoeira, brincadeiras e muita diversão para a criançada, com as participações do Projeto de Extensão CAPOUFRJ e do MNE, buscando levar conhecimento para o fortalecimento e empoderamento da cultura de matriz africana e afrobrasileira, apresentando cultura, resistência, valorizando a autoestima e mostrando que a luta antirracista se dá em vários espaços, vários campos, de várias maneiras!

 

ATENÇÃO: NÚMERO DO TELEFONE DA SUBSEDE DO SINTUFRJ NA PRAIA VERMELHA
96549-2471

 

Resumo da proposta do governo apresentada na terça-feira, 11 de junho, na reunião com Fasubra e Sinasefe no Ministério da Gestão e da Inovação (MGI).
– 2024 – 0% de reajuste salarial
– 2025 – 9% de reajuste salarial – step para 4,0%
– 2026 – 5% de reajuste salarial – step para 4,1%
– + correlação para o nível E – A36%, B40%, C50%, D61%
– + regras do Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC) em 6 meses com efeito em 2026

Confira as tabelas: