Durante cinco dias (de 15 a 19 de outubro), a UFRJ movimentou a comunidade universitária com eventos científico-culturais ao editar a 9ª Semana de Integração Acadêmica (Siac), cujo tema escolhido foi “Ciência para a redução das desigualdades”. Salas de aulas e espaços coletivos como corredores foram transformados em cenários para apresentação das produção de estudantes de graduação e pós-graduação, técnicos-administrativos e professores.

O mesmo tema da Siac foi adotado pela 15ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) realizada em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Também integraram a programação principal da Siac outros quatro eventos: a 40ª Jornada de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural (Jictac), o 15º Congresso de Extensão, a 10ª Jornada de Pesquisa e Extensão da UFRJ-Macaé e a 5ª Jornada de Formação Docente do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – Pibid.

 

Produção

Os eventos reuniram 5.605 trabalhos de iniciação científica, artísticos, tecnológicos, culturais e de extensão desenvolvidos na universidade e apresentados em forma de exposição oral, pôster, e-pôster, instalação, minicurso, oficinas, vídeo, exposição artística e performance. As atividades mobilizaram, além da comunidade universitária, alunos de escolas públicas e pessoas do entorno da universidade.

Participaram da abertura, no dia 15, no auditório do Centro Cultural Horácio Macedo, no CCMN, dirigentes da UFRJ das universidades federais do ABC e do Paraná e da Fundação Oswaldo Cruz. A luta pela democracia e manutenção dos direitos civis e a importância da ciência para o fim das desigualdades foram a tônica das manifestações.

 

Destaques

“Hoje temos técnicos-administrativos que participam de pesquisas, orientam estudantes e também são proponentes de ações de extensão. A presença da categoria na Siac mostra que ela está inserida em todas as ações institucionais”, aponta a coordenadora de Educação, Cultura e Formação Sindical do Sintufrj Joana de Angelis. Técnica em Assuntos Educacionais e vice-diretora de Extensão do Instituto de Bioquímica Médica, ela participou da banca de avaliação na sessão Saúde, Educação e Extensão, apresentada no dia 16, no Centro de Ciências da Saúde.

A técnica-administrativa Michele Moreira da Silva, coordenadora de Integração e Articulação Acadêmica de Extensão (PR-5), coordenou a 9ª Semana de Integração Acadêmica e a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. Segundo ela, a Siac é um dos principais eventos acadêmicos da universidade, porque reúne apresentações sobre tudo que está sendo produzido na instituição e envolve centenas de pessoas.

Sobre a participação da categoria nos eventos, ela afirmou: “Os técnicos-administrativos devem chamar para si o papel de protagonismo, mas de forma equilibrada com os demais segmentos, porque nosso fazer tem impacto na qualidade do que é produzido na universidade”.

Damiane Daniel Silva Oliveira dos Santos é pedagoga e contou que, ao assumir a secretária da Diretoria Adjunta de Extensão do Instituto de Geociências (Igeo), uma de suas primeiras providências foi organizar o Encontro de Integração da Extensão, Pesquisa e Ensino (Enexpe) do Igeo  para que a comunidade interna conhecesse as ações em curso. Neste ano foi realizada a quinta edição do evento.

O Enexpe foi o projeto de um grupo de estudantes de diversos cursos apresentado na Siac. Eles também organizaram um circuito de oficinas dirigido aos alunos das escolas da rede pública da Ilha do Governador, de Bonsucesso e do Complexo da Maré.

“Direitos Constitucionais 30 anos depois: para onde vamos?” foi o tema do debate realizado pelo Fórum Rio, no dia 19 de outubro, no salão nobre do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS), com o apoio de várias instituições, como a Fasubra, OAB-RJ, Andes-SN e a UNE. Hora de unidadeO reitor da UFRJ, Roberto Leher, chamou a atenção para uma possível ascensão da direita e para os crescentes ataques de ódios dos últimos meses: “São tempos sombrios. É necessário dar maior densidade as ações que precisamos tomar de maneira imediata, além do combate direto ao ódio instaurado no país”. E, acrescentou: “Precisamos nos manter unidos, não só como cidadãos, mas como instituições de ensino, principalmente”. A procuradora do Ministério Público Federal, Deborah Duprat, defendeu a realização de plebiscito para reverter os retrocessos impostos pelo governo Temer a direitos conquistados na Constituição de 1988. Como a Emenda Constitucional 95, que congela investimentos públicos na saúde, educação e em outras áreas por 20 anos. Para a coordenadora de Educação, Cultura e Formação Sindical do Sintufrj, Joana de Angelis, o momento exige a unidade entre as forças políticas para lutar pela manutenção dos direitos democráticos, independente do resultado da eleição no domingo, dia 28. “O Sintufrj que está completando 25 anos de existência continuará firme na luta pelas garantias constitucionais para as trabalhadoras e trabalhadores e pela universidade pública de qualidade para todos”, afirmou a dirigente. Maria Clara Delmonte, representante do DCE Mário Prata, lembrou a luta de resistência da comunidade universitária da UFRJ nos anos de chumbo e concluiu: “A resistência só tem um caminho que é a unidade na luta para atender aos nossos anseios. Nós não queremos que tenham outros Mários Pratas”. O Oscar Halac, reitor do Colégio Pedro II, instituição que tem sido  alvo de ataques desde 2016, quando passou a permitir o uso de bermudas e saias, independente de gênero, como uniforme escolar, disse: “O Pedro II, apesar de tradicional, não é anacrônico, preza o livre pensamento”, e acrescentou: “É de saltar aos olhos que, em pleno século XXI, ainda exista discussões contra cotas, direitos trabalhistas e todas as formas de intolerância”.

Sindicato protocola documento na Reitoria para resgatar direitos

A direção do Sintufrj reivindicou à Pró-Reitoria de Pessoal providências para resgatar direitos e regularizar a vida funcional dos profissionais de saúde que acumulam cargos. Para tanto, protocolou documento dia 18 de outubro, na Reitoria. A ação foi feita em conjunto com a Comissão de Representantes das Unidades Hospitalares e o Departamento Jurídico do Sindicato.

“Estamos agindo em todas as frentes para resgatar o direito desses companheiros”, declarou a coordenadora de Esporte, Cultura e Lazer do Sintufrj, Noemi de Andrade. “Queremos solução, que a legislação seja respeitada, e são casos e casos, por isso solicitamos reunião com o reitor”, reforçou Ivaldo dos Santos Pereira, representante do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) na comissão.

No documento, o Sintufrj relata que recebeu inúmeros profissionais de saúde com acumulação de dois cargos que estão com todo seu enquadramento funcional congelado, solicita prazo para o levantamento de todos os profissionais que estão nessa situação, e reivindica as providências necessárias para alteração no sistema de pessoal e consequente regularização funcional desses servidores.

Ações

O Sintufrj vem organizando os trabalhadores e realizando ações, jurídicas e políticas, para reverter a situação absurda a qual a maioria é submetida há vários anos, como privação do direito de férias, progressão e adicional noturno. E pior ainda: ficam impedidos de se aposentarem.

Além dessa ação o sindicato enviou as direções das unidades hospitalares ofício relatando a situação e solicitando reunião em conjunto com a comissão de funcionários. E requisitou também aos setores de Recursos Humanos dessas unidades informações sobre os casos para ajudar a mapear o problema.

 

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL) confirmou, no dia 7, o fim do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Não deu detalhes, a não ser que a pasta será anexada a algum outro ministério.

Para a Central Única dos Trabalhadores (CUT), em um país com quase 13 milhões de desempregados e 43% dos trabalhadores e trabalhadoras na informalidade, a única razão para tal medida é a perseguição à classe trabalhadora e às instituições que a representam.

O Ministério do Trabalho foi criado em 26 de novembro de 1930 por Getúlio Vargas (tinha o nome de Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio), e é responsável por regulamentar e fiscalizar todos os aspectos das relações de trabalho no país e garantir a estabilidade nessas relações.

 

Nota de repúdio

A CUT divulgou nota de repúdio ao fim do ministério: “Se não for mais uma bravata, a medida representa um desrespeito à classe trabalhadora e um serviço aos patrões”, diz o texto. Segundo a  Central, fechar um espaço institucional, em nível de governo, de discussão, balizamento e regulação das relações capital-trabalho, significa fechar um canal de expressão dos trabalhadores.

Bolsonaro não informou o destino que dará a toda estrutura técnica do ministério, o que para a CUT revela seu total desprezo aos trabalhadores e ao mundo do trabalho. “O ministério é essencial à classe trabalhadora, ainda mais após a nefasta reforma trabalhista aprovada pelo governo ilegítimo de Michel Temer, que rasgou a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho)”, sustenta a nota.

 

Ao gosto dos patrões

De acordo com a CUT, o Ministério do Trabalho fiscaliza, coíbe e pune abusos por parte dos empresários contra trabalhadores na cidade e no campo. Fiscaliza o trabalho escravo, o registro profissional, o cumprimento de direitos, como férias, 13º salário, coíbe a jornada abusiva, faz a gestão do FGTS, do Sistema Nacional de Emprego (Sine), além de ser o responsável pelo salário desemprego.

Com a extinção do ministério, os patrões ficarão livres para descumprir as leis, o que, segundo a CUT, abre caminho para o próximo governo fechar também a Justiça do Trabalho.

 

Quem vai fiscalizar?…

Para o presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Guilherme Feliciano, a pasta deveria ser preservada. Ele explica que o Ministério do Trabalho é uma instituição que carrega a tradição de 88 anos de história, sempre protagonizando uma pasta ministerial específica.

Na sua avaliação, o desmembramento será péssimo para a continuidade das políticas públicas: “A fiscalização do trabalho passaria para que órgão? Para o Ministério da Justiça? E os recursos que são geridos pelos conselhos do Fundo de Amparo ao Trabalhador e pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, que somados são da ordem de aproximadamente 1 trilhão de reais, passariam a ser geridos com que finalidade? A partir de que planejamento? A possível divisão prejudicará a convergência dessas políticas”.

Segundo Feliciano, o ministério realiza a gestão dessas políticas com um foco claro: o fomento à empregabilidade e às políticas públicas de caráter social.

 

Para a Agricultura, bancada ruralista

Bolsonaro anunciou também no dia 7 pelo Twitter que a deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS) vai assumir o Ministério da Agricultura do futuro governo. A CUT alerta que a deputada, presidente da bancada ruralista, é engenheira agrônoma e ganhou dos colegas neste ano o apelido de “musa do veneno”, por sua atuação em defesa do Projeto de Lei nº 6299/02, que flexibiliza as regras de utilização de agrotóxicos no país, conhecido como “PL do Veneno”.

A nova subsede do Sintufrj no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) foi inaugurada na manhã desta quinta-feira 25. As novas instalações no hall dos elevadores do hospital ganharam em funcionalidade e conforto e substituiem o espaço anterior no subsolo de difícil acesso e em ambiente insalubre.

Neuza Luzia, coordenadora-geral do Sindicato, ao cumprimentar convidados, disse que a subsede é “uma casa dos trabalhadores” da UFRJ e, com bom humor, chegou a brincar: “agora, aqui no HU, a rádio corredor vai perder audiência”, numa referência a informações imprecisas que circulam entre funcionários.

É que a subsede funcionará das 10h às 18h com informações sobre o dia a dia das iniciativas que organizam os trabalhadores e sobre os diversos serviços como convênios, ações judiciais e atendimento jurídico, entre outros.

Neuza Luzia explicou que as obras e a infraestrutura básica da subsede só se tornaram possíveis, neste momento no qual o Sindicato passa por problemas financeiros, por causa da parceria com a Allcare Benefícios. Trata-se da empresa que administra os planos de saúde da Amil e da Unimed no Sintufrj.

A coordenadora geral agradeceu a direção do HUCFF pela cessão do espaço num local estratégico, próximo aos elevadores, por onde circulam centenas de funcionários diariamente. De acordo com Neuza Luzia, a contrapartida solicitada pela direção do hospital foi a de contribuir para a recuperação da sala de armazenamento de medicamentos da unidade hospitalar.

“Não existe espaço para o ator negro”, afirma José Firmino, o Zé Pequeno do filme Cidade de Deus, no debate “O negro na TV”, organizado pelo Sindicato

 

Um vídeo e um debate marcaram a abertura do Mês da Consciência Negra, na Praia Vermelha, organizado pelo Sintufrj. LEIA+

Clique aqui e baixe a minuta do recurso administrativo

 

A Reitoria está notificando as pessoas, por meio de telegrama, de que, por ordem do TCU, vai cortar os 26,05% no pagamento de novembro que sai em dezembro.

O telegrama informa que o servidor tem 10 dias para apresentar o contraditório.

O advogado Rudi Cassel, assessor jurídico do Sindicato, fez uma minuta de recurso administrativo para que, cada um de nós que recebeu essa notificação, possa recorrer. É uma tentativa de evitar o corte imediato.

Preencha e envie a minuta para o email que está no telegrama (CIENCIA2605@PR4.UFRJ.BR).

NOTA DO SINTUFRJ

Os episódios de violência dos últimos dias que têm marcado a disputa no segundo turno põem a democracia em xeque. O ódio destilado nas redes sociais agora alcança as ruas, expresso em atos de intolerância selvagem. Insulto, agressão física e até assassinato ingressam no cotidiano da política.

 

Os marcos civilizatórios estão sendo deixado de lado. Turbas de eleitores ensandecidos, identificados com o candidato Jair Bolsonaro, surgem sedentos à caça de adversários. Fakes news, intimidações, mentiras têm substituído a apresentação de propostas.

 

Na sua história recente, o Brasil foi marcado por 20 anos de ditadura civil-militar. As cicatrizes desse período obscuro e de arbítrio não se apagaram. Os mais velhos recordam o silêncio imposto pela censura, as perseguições, as prisões ilegais, as torturas e os assassinatos.

 

À época, as universidades públicas foram alvos preferenciais da repressão.

 

A comunidade universitária da UFRJ vai lutar e votar pela democracia. O exercício da autonomia nos espaços da instituição pressupõe o debate aberto, plural e democrático sobre a sociedade. A liberdade de expressão e manifestação das ideias numa universidade pública é imperativo para que ela cumpra o seu papel de produção de conhecimento com autonomia.

 

A comunidade universitária da UFRJ repudia o fascismo.

Por José Carlos Ruy é jornalista e escritor

 

• Cenário em que se opõe a busca pela democracia, contra tendências conservadoras que se afirmam e ameaçam a consolidação democrática. Historicamente eleições para presidente da República tem sido, no Brasil, momentos de crise política aberta. A ênfase, nestes confrontos, tem sido ora política, com a defesa da democracia e sua ampliação, ora econômica, com a busca do desenvolvimento nacional. Conflito dúplice que se acentuou nas últimas sete décadas quando a busca do fortalecimento e avanço da economia brasileira andou de mãos dadas com a necessidade de ampliação do protagonismo popular.

Este talvez seja um dos traços pelos quais a eleição deste ano venha a ser lembrada no futuro: aquela em que as dimensões democrática e econômica tiveram igual ênfase e peso. De um lado está o programa da retomada do desenvolvimento com valorização do trabalho e da renda, programa defendido por Fernando Haddad e Manuela d´Ávila, que preconiza o protagonismo do povo e dos trabalhadores.

Programa progressista e democrático que se opõe ao antidemocrático e de feição fascista dos direitistas Jair Bolsonaro e Hamiltom Mourão, que anuncia atentados aos direitos sociais, ao emprego e à renda, que só poderão ser implantados pela força e repressão – esta é a ameaça à democracia implícita na dupla fascista que disputa a presidência da República.

Ameaça que se apresenta já na campanha eleitoral, vista no acúmulo de notícias de violências cometidas por partidários do inefável Jair Bolsonaro em todos os cantos do Brasil: em Teresina, no sábado (6) um rapaz foi espancado por vestir uma camiseta vermelha; seus agressores o acusavam de “comunista”; em Curitiba, no domingo (7), um homem com a imagem do Lula na camiseta foi atropelado; em Salvador (BA), o mestre de capoeira Moa do Katendê (63 anos), foi morto a facadas por um direitista; no Recife, uma jornalista do Jornal do Commercio foi agredida e ameaçada de estupro por dois apoiadores do candidato da direita; no Rio de Janeiro, a irmã da vereadora Marielle Franco, Anielle, com sua filha de dois anos, foi agredida na rua.

Repetindo as experiências anteriores, do nazismo alemão e do fascismo de Mussolini, os direitistas brasileiros manifestam já na campanha eleitoral sua agressiva belicosidade contra os oponentes e mesmo aqueles que consideram “do outro lado”, e que não compactuam com seus métodos agressivos.

A eleição presidencial deste ano é também inusitada, entre as disputas eleitorais brasileiras, por um fato notório – a rejeição da política por uma parcela imensa de brasileiros. Que resulta da intensa campanha feita, há anos – e acentuada desde as manifestações de 2013 – pela mídia e setores conservadores, contra instituições representativas – partidos políticos, congresso nacional, direito de voto, e a criminalização de organizações do movimento popular.

Um dos instrumentos usados nessa campanha eleitoral, de maneira indiscriminada, e na maior parte das vezes, manipulatória, foram as redes sociais – com destaque para o WhatsApp, que escapa ao controle da lei, e sobre o qual existem fundadas suspeitas de difusão de notícias falsas e alarmistas por grupos de extrema direita.

Estes são fatores – o desencanto com a política, a “crise de representatividade” que adoece a democracia em nosso tempo, e o uso de ferramentas eletrônicas que acentuam o individualismo ante as ações coletivas.

Isso tudo talvez ajude a entender o fenômeno ocorrido no dia 7 de outubro, quando o candidato de um partido pequeno e praticamente desconhecido (o PSL) amealhou 49,2 milhões de votos.

Repetiu, de certa forma e em outro contexto histórico, o mesmo feito de outro aventureiro direitista, que – em 1989 – se apresentou como um outsider da política, Fernando Collor de Mello, e seu pequeno e até então desconhecido PRN – ele alcançou 20,6 milhões de votos no primeiro turno daquela eleição.

O filme de aventura funesta da eleição deste ano já foi visto pelos brasileiros, e terminou mal – o clima ameno em relação àquele presidente durou somente até o dia de sua posse (15 de março de 1990), quando o anúncio do confisco da poupança dos brasileiros derrubou a máscara do “caçador de marajás”.

Jair Bolsonaro anuncia confisco ainda mais grave, atrás de seu discurso moralista, por Deus e pela família – o mesmo que foi repetido à exaustão na fatídica e vergonhosa sessão de 17 de abril de 2016 da Câmara dos Deputados, que acatou o pedido de impeachment da presidenta eleita Dilma Rousseff.

Jair Bolsonaro acena com o confisco dos direitos do povo e dos trabalhadores; quer acabar com o 13º Salário, eliminar direitos do povo e dos trabalhadores; das mulheres, dos povos indígenas, dos negros, da comunidade LGBT; quer manietar os sindicatos. Enfim, anuncia o confisco da democracia tão duramente conquistada pelos brasileiros.

Um filme como este, que termina em confisco e acentua a divisão e a instabilidade política no Brasil, já foi visto e rejeitado pelos brasileiros. Que vão, com certeza, rejeitá-lo outra vez na votação do próximo dia 28 de outubro, quando escolherão Fernando Haddad e Manuela d´Ávila para protagonizar, com o conjunto das forças democráticas, outra história, mais feliz, encenada em nosso país – a história do crescimento com valorização do trabalho e da renda e o respeito altaneiro à soberania nacional. (Portal Vermelho em 10/10/2018)

“Enquanto o Estado não tiver coragem de adotar a pena de morte, o crime de extermínio, no meu entender, será muito bem-vindo”, discursou Bolsonaro em 2003

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