Manhã de calor de outono, no sábado, 9, encheu de alegria e energia os manifestantes contra a fome, a miséria e o desemprego impostos às trabalhadoras e trabalhadores brasileiros pelo governo do fascista Jair Bolsonaro. 

A marcha em defesa da democracia e da dignidade humana, que reuniu várias categorias e representantes dos movimentos populares, seguiu com suas bandeiras e faixas, ao som da batucada dos estudantes pela Avenida Rio Branco até a Cinelândia. 

Desde a concentração, dirigentes sindicais, lideranças comunitárias e parlamentares de partidos de oposição ao governo, se revezavam no carro de som dando o seu recado à população. Salários congelados, inflação galopante, verbas para a educação e a saúde públicas reduzidas a quase zero e o desprezo dos bolsonaristas de plantão no Planalto ao povo estavam presentes em todos os discursos, que eram pontuados com as palavras de ordem: “FORA BOLSONARO, CORRUPTO E GENOCIDA, E QUEREMOS NOSSO PAÍS DE VOLTA!    

Constrututora maranhense já obteve reserva orçamentária para receber ao menos R$ 600 milhões do governo Bolsonaro

Publicado: 11 Abril, 2022 – 12h00 | Última modificação: 11 Abril, 2022 – 13h08 Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz

ANA LUIZA VACCARIN/MGIORA

 

Dinheiro foi para os cofres da empresa via emendas parlamentares para obras que não tiveram o valor real de execução comprovados. Empresa está nas mãos do PP, que dá sustentação ao governo Bolsonaro

 Publicado: 11 Abril, 2022 – 10h17 | Última modificação: 11 Abril, 2022 – 10h30 | Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz

DIVULGAÇÃO

 

 

Trabalhadores no Ponto Petroquímico do GasLub reivindicam pagamento dos 30% de periculosidade por causa dos riscos a que são expostos

Publicado: 11 Abril, 2022 – 12h00 | Última modificação: 11 Abril, 2022 – 13h12 Escrito por: Camila Araujo, da CUT-RJ | Editado por: Marize Muniz

O presidente do Sintramon, Paulo Quintanilha, fala com os trabalhadores durante ato.

 

 

 

Em 2022, evento volta ao formato presencial e deve reunir 150 participantes de diferentes partes do país

Pedro Stropasolas | Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Representação teatral feita por jovens participantes do acampamento na Curva do S – Eleonora de Lucena

17 de abril de 1996, um dia para sempre marcado na história da luta camponesa. Nesse dia, uma das ações mais violentas praticadas pelo Estado brasileiro contra famílias do campo chocou o país.

No trecho conhecido como “Curva do S”, no sudoeste do Pará, a Polícia Militar assassinou 21 pessoas entre os milhares de trabalhadores sem terra que faziam uma marcha pacífica em direção a Belém. O episódio ficou conhecido como o Massacre de Eldorado do Carajás.

A revolta dos camponeses com a chacina, que completa 26 anos neste ano, estimulou o início de um dos períodos de maior efervescência da luta pela terra no país e no mundo, e abril foi instituído como o mês das mobilizações.

“A gente passa a ter a referência do abril como esse mês de fortalecimento da luta dos sem terras em torno da desapropriação. E essa indignação, esse sentimento de revolta que toma conta das massas, impulsiona a organização a pautar o estado brasileiro de uma forma mais contundente, compreendendo a reforma agrária agora em diversas dimensões”, explica o jovem Pablo Carvalho Neri, membro da direção estadual do MST no Pará.


No local onde as mortes ocorreram, no trecho conhecido como Curva do S da PA-275, sem-terra fazem homenagens às vítimas do massacre / Marcelo Cruz/Brasil de Fato

Acampamento Pedagógico da Juventude

Hoje, é na própria juventude camponesa onde o legado de Carajás é mais latente. Anualmente, é erguido na “Curva do S” o Acampamento Pedagógico da Juventude Oziel Alves. O nome é uma homenagem a um dos jovens assassinados na barbárie.

Em 2022, depois de dois anos, o evento volta a ser feito de forma presencial, de 14 a 17 de abril, com o lema: “Lutar é preciso: contra o fascismo a esperança amazônica resiste”.

Com programação reduzida para manter os cuidados em relação à covid-19, a estimativa do MST é receber de 100 a 150 jovens de todo o país, principalmente da região amazônica.

“Esses processos de resistência, de indignação, forjaram um sentimento de esperança na “Curva do S”. Tanto que a gente até brinca que o S da curva se transformou em um S de sonho”, destaca Neri.

Espaços coletivos e conjuntura

No espaço simbólico, são os jovens que irão construir os barracões que vão receber a cozinha coletiva. E também o espaço das místicas e plenárias.

“Não é só pelo simples fato da gente estar lá literalmente acampando, mas também da gente estar meio que reconstruindo alguns processos que a gente faz dentro do MST, como o que é uma ocupação de terra. Então todo ano a gente está ocupando aquele espaço também para demarcar essa memória com a juventude”, aponta Nieves Rodrigues, do Coletivo da Juventude do MST na Região Amazônica (PA).

As atividades protagonizadas na “Curva do S” envolvem não só processos internos e organizativos do MST, mas também debatem os temas da conjuntura. Para Nieves, um dos desafios é como agregar, além da juventude sem terra, representantes de outros povos do campo, como jovens quilombolas e indígenas.

“A gente vai entender um pouco a nossa geopolítica nacional, internacional. A gente vai falar sobre a nossa Amazônia também, o que é que está nos tocando agora, quais são as contradições que a gente tem aqui na nossa região. Vamos falar sobre como o agronegócio está avançando cada vez mais sobre os nossos povos”, conta Nieves.

Dentro do cronograma está previsto também um grande ato de plantio de árvores no Assentamento 17 de Abril e o lançamento do Festival Internacional de Cinema de Fronteira – que terá como homenageado neste ano o próprio MST. Além disso, a juventude irá se reunir para atos diários em frente ao Monumento das Castanheiras, na “Curva do S”, sempre às 17h.


Sobreviventes foram levados ao exato local do massacre, na Curva do S / Marcelo Cruz/ Brasil de Fato

Legado de Carajás

No Pará, as primeiras ocupações já foram vistas em 1997, um ano após a chacina, como um aviso do movimento de que não desistiria da Reforma Agrária Popular. No mesmo ano foi criado na “Curva do S” o Monumento das Castanheiras, que representa, além da destruição das 21 vidas, a devastação da Floresta Amazônia em favor dos monocultivos.

Na mesma época, surge o Ministério do Desenvolvimento Agrário, como uma necessidade de resposta do estado à brutalidade. É o que relembra Kelli Mafort, da direção nacional do movimento.

“Fernando Henrique Cardoso se viu obrigado a dar algum tipo de resposta à questão agrária porque foi evidente que não estava sendo realizada nenhum tipo de reforma agrária no país. Pelo contrário, estava se abrindo caminho para massacres”, destaca.

Mas o legado não fica apenas na esfera da luta pela terra. Em 1998 foi criado o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária, o Pronera. Antes de ser extinta por Jair Bolsonaro, a política foi responsável pela formação de 192 mil jovens camponeses em todo o Brasil, da alfabetização ao ensino superior.

“Eu sou egresso do curso de História, assim como tantos outros jovens que tiveram a oportunidade de avançar na escolaridade a partir do Pronera. E ele nasce dessa transformação de luto em luta”, reforça Neri.


Pronera já formou centenas de milhares de jovens e adultos de assentamentos / Divulgação/MST

História

A primeira edição do Acampamento Pedagógico da Juventude Josiel Alves durou 17 dias, em 2006, reunindo as famílias de sobreviventes e uma grande mobilização de acampados e assentados no marco dos 10 anos do massacre. A partir de 2014, com mais estrutura e visibilidade, os acampamentos chegaram a receber até mil jovens de todo o Brasil.

“O Movimento Sem Terra traz uma mensagem de esperança à sociedade. É verdade que a gente enfrenta situações muito dramáticas, mas no entanto a gente lida com esperanças, porque nós sabemos que a terra conquistada e repartida produz frutos maravilhosos. Para nós, sem terra, mas também para toda sociedade”, finaliza Mafort.

Edição: Vivian Virissimo

Protestos organizados por movimentos populares e centrais sindicais, entre elas a CUT, são contra a carestia, o aumento dos preços dos alimentos, contra a fome e o desemprego

Publicado: 08 Abril, 2022 – 12h03 | Última modificação: 08 Abril, 2022 – 12h24 | Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz

DIVULGAÇÃO

Brasileiros e brasileiras estão organizados para ocupar as ruas de várias cidades, neste sábado, 9 de abril, para protestar contra o governo de Jair Bolsonaro (PL), responsável pela disparada da inflação, altas taxas de desemprego e de trabalho precário, sem direitos e a volta da fome e da miséria.

Os atos #BolsonaroNuncaMais, organizados por entidades como a CUT e movimentos populares que integram as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo já estão confirmados em 60 cidades (veja relação abaixo).

“Este ano é um ano decisivo para as nossas vidas, é o ano que vai definir que futuro queremos para o nosso país, para nós, nossas famílias e todo o povo brasileiro”, alerta Secretária0Geral da CUT, Carmen Foro.

“Por isso, estar nas ruas protestando e denunciando o governo Bolsonaro, além de um ato de resistência é um ato de conscientização da população sobre a tragédia que vivemos”, complementa a dirigente.

E motivos para protestar não faltam, é carestia, é falta de trabalho decente e bem remunerado, a fome que afeta mais de 20 milhões de brasileiros, os altos preços dos combustíveis que se refletem em toda a economia brasileira corroendo cada vez mais o poder de comprar dos brasileiros, em especial os mais pobres, pontua Carmen.

“O Brasil vive hoje o pior momento de sua história, um período que começou com o golpe de 2016 contra Dilma Rousseff e que fez o país chegar no fundo do poço com Bolsonaro. Nunca o pais foi tão assolado por ataques a direitos, falta de investimentos no básico como saúde, nunca tivemos um presidente que fosse tão desumano como Bolsonaro. Basta ver o enfrentamento à pandemia”, diz a Secretária-Geral da CUT.

Veja os locais onde manifestações já estão confirmadas

Acre:

Rio Branco – Mercado Velho, 16h

Alagoas

Maceió – Praça dos Martírios, 9h

Amapá

Macapá – Praça da Bandeira, 16h

Bahia

Salvador – Concentração no Campo Grande, 14h
Ilhéus – Praça do Teatro no Centro Histório, às 12h
Itabuna – Praça Adami, às 9h
Feira de Santana – Estacionamento em frente à prefeitura, 8h30

Ceará

Fortaleza – às 15h, na Praça Portugal

Distrito Federal

Brasília – Museu da República, 16h

Goiás

Goiânia, a concentração será às 16h na Praça do Trabalhador.
Jataí – Praça Tenente Diomar Menezes- às 8h
Rio Verde – Rotatória do Cristo Redentos, às 9h

Minas Gerais

Belo Horizonte, ato será na- Praça Afonso Arinos, ás 9h30.
Barbacena – Praça São Sebastião, 8h30
Juiz de Fora – Parque Halfel, às 10h
Montes Claros – Mercado Municipal, às 8h

Mato Grosso do Sul

Campo Grande, a concentração do ato será Avenida Afonso Pena esquina com a Rua 14 de Julho, às 9h.

Maranhão

São Luís – Praça João Lisboa, 9h
Imperatriz – Calçadão, Centro, 9h
Santa Inês – Praça das Laranjeiras, 8h

Pará

Belém – Escadinha da Presidente Vargas, às 8h

Paraíba

João Pessoa – Ponto dos Cem Réis, 9H

Paraná

Em Curitiba, capital paranaense, o ato irá ocorrer na Praça Generoso Marques, com concentração às 14h30.
Cascavel – Em frente a Catedral, 9h
Foz do Iguaçu – Praça da Bíblia, às 18h
Umuarama – Praça Arthur Thomas, 10h
Turvo:  Praça 31 de Outubro, às 14h

Pernambuco

Recife – a concentração ocorrerá no Parque Treze de Maio, Rua Santa Isabel, a partir das 09h. O final da caminhada será na Praça do Carmo.

Piauí

Teresina – ato na Praça da Liberdade, ás 8h.
Paranaíba – ato em frente à UFDPar,l às 8h30

Rio Grande do Norte

Natal – ato será às 8h00, na Praça Gentil Ferreira, no Alecrim.

Rio Grande do Sul

Na capital gaúcha haverá concentração, às 15h, no Largo Glênio Peres, seguido de caminhada até o Largo Zumbi dos Palmares, com a participação de trabalhadores, trabalhadoras, estudantes, desempregados, donas de casa e população em geral.

Caxias do Sul – Praça Dante Alighieri, às 9h30
Novo Hamburgo – Praça do Imigrante, 10h
Pelotas – Mercado Público, 10h
Rio Grande – Largo Dr. Pio, Centro, às 10h
Santa Maria – Praça Saldanha Marinho, 14h
São Leopoldo – Estação São Leopoldo, às 14h
Santana do Livramento – Parque Internacional, às 9h30
Tramandaí – Praça da Tainha, às 15h

Rio de Janeiro

No Rio, a concentração começa às 10h, na Candelária e caminhada até a Cinelândia.

Campo dos Goytacazes – UFF Campos, 9h

Santa Catarina

Em Florianópolis, ato será no Largo da Alfândega, às 9h.
Joinville – Praça da Bandeira, 14h

São Paulo

Na capital paulista, a manifestação está prevista para ocorrer na Praça da República, no centro, com concentração a partir das 14h.

Carapicuíba – Calçadão da Av. Rui Barbosa | 10h
Botucatu – Praça do Bosque, 14h
Jaguariúna – Campinas Largo do Rosário, 9h
Marília – Praça da Ilha, em frente a Galeria Atenas, 9h30
Mogi das Cruzes – Largo do Rosário, às 10h
Osasco – Estação de Osasco, 12h30
Ribeirão Preto – Esplanada Theatro Pedro II, 9h
Santos – Estação da Cidadania, Av. Ana Costa 340, às 16h
São Carlos – Ato às 9h (local a confirmar)
Estação da Cidadania, Av. Ana Costa 340, 16h
São Vicente – Praça Barão, 10h
Sorocaba – Boulevard Braguinha x Barão de Rio Branco, às 9h30

Sergipe

Em Aracaju, o ato será na Praça Eventos do Mecardo, no central da capita sergipana, às 8h.

Outros países

Suíça
Zurique: Flashmob e ato Rua ao lado da casa do Povo em frente a praça Nenhuma a Menos. Klimarkirche, Wibichstrasse 43, ZH | 17h (horário local)

 

Paciente tem esquema vacinal completo e está em recuperação; Reino Unido diz que XE é possivelmente mais transmissível

Redação | Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Paraíba foi o último estado a flexibilizar uso de máscaras – Tomaz Silva/ Agência Brasil

O primeiro caso da subvariante XE do coronavírus foi confirmado nesta quinta-feira (7) pelo Ministério da Saúde. Segundo a pasta, a informação foi notificada pelo Instituto Butantan, que concluiu o sequenciamento da amostra.

O paciente é um homem de 39 anos com esquema vacinal completo, que já está se recuperando e não teve complicações. Os primeiros sintomas foram relatados em 17 de fevereiro, entre eles coriza, distúrbios de olfato e de paladar, dor de cabeça, tosse, febre e dor de garganta.

O primeiro caso no mundo foi registrado no Reino Unido em 19 de janeiro. A autoridade sanitária britânica afirmou que ainda faltam estudo aprofundados, mas declarou que ela é, possivelmente, quase 10% mais transmissível do que a subvariante B.2. A XE teve origem a partir da recombinação entre a BA.1 (a cepa original da variante ômicron) e a BA.2.

No Brasil, o Ministério da Saúde disse que “mantém o constante monitoramento do cenário epidemiológico da covid-19” e reafirmou “a importância do esquema vacinal completo para garantir a máxima proteção contra o vírus”.

Liberação de máscaras em todo o país

A Paraíba flexibilizou nesta sexta-feira (8) o uso de máscaras nos municípios com 70% ou mais da população imunizada. Com isso, se tornou o último estado brasileiro a desobrigar a utilização do equipamento.

A maioria dos governos estaduais tomaram a medida em março, começando por São Paulo e Rio de Janeiro. Dos 26 estados, 12 permitiram a não utilização apenas em áreas abertas: Mato Grosso do Sul, Goiás, Acre, Rio Grande do Sul, Ceará, Tocantins, Piauí, Pernambuco, Bahia, Amapá, Minas Gerais e Pará.

Saiba mais: Covid recua no Brasil e no mundo, e OMS prevê cenários para fim da pandemia

Em outros 14 estados, a flexibilização é válida também para lugares fechados: Rio de Janeiro, Santa Catarina, Mato Grosso, Rondônia, Alagoas, Maranhão, São Paulo, Amazonas, Sergipe, Paraná, Roraima, Rio Grande do Norte, Espírito Santo e Paraíba, e no Distrito Federal.

Edição: Vivian Virissimo

 

Em tempos de retomada a UFRJ respira novos ares com as atividades de recepção da calourada. Nesta quinta-feira, 7, eles foram conhecer o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF).  Aproveitando o gancho do Dia Mundial da Saúde e a realização de atos em defesa do SUS, lideranças do movimento estudantil esclareceram aos estudantes sobre o risco de privatização do HUCFF com a gerência da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) aprovado em dezembro de 2021 pelo Conselho Universitário da UFRJ.

Trabalhador que recebe salário mínimo comprometeu, em março, quase 60% na compra dos produtos da cesta

O mais recente levantamento feito pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) mostra que, em março, o valor do conjunto dos alimentos básicos aumentou em todas as capitais onde realiza (mensalmente) a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos.  

As altas mais expressivas ocorreram no Rio de Janeiro (7,65%), em Curitiba (7,46%) e São Paulo (6,36%). São Paulo foi a capital onde a cesta apresentou o maior custo (R$ 761,19) em março, seguida pelo Rio de Janeiro (R$ 750,71). 

A comparação do valor da cesta em 12 meses, ou seja, entre março de 2022 e março de 2021, mostrou que todas as capitais tiveram alta de preços, com variações que oscilaram entre 11,99%, em Aracaju, a 29,44%, em Campo Grande.

Longe do mínimo necessário

Com base na cesta mais cara (em março, a de São Paulo), e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. 

Em março de 2022, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 6.394,76, ou 5,28 vezes o mínimo de R$ 1.212,00. 

Cesta x salário mínimo 

Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, (após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social), verifica-se que o trabalhador comprometeu em média, em março de 2022, 58,57% do rendimento para adquirir os produtos da cesta, mais do que em fevereiro, quando o percentual foi de 56,11%.  Em março de 2021, (o salário mínimo era de R$ 1.100,00), o percentual ficou em 53,71%.

Aumento na mesa

Cesta pesa mais no bolso no Rio

Em março de 2022, o valor da cesta básica do Rio apresentou aumento de 7,65% em  relação a fevereiro de  2022. Seu custo  foi de R$ 750,71,  a 2ª mais cara dentre as capitais pesquisadas. Em comparação com março de 2021, o valor da cesta acumula elevação de 22,55%. 

Lista salgada

Em março de 2022, onze dos 13 produtos que compõem a cesta básica tiveram aumento em seus preços médios em comparação com fevereiro: o tomate (47,31%), a batata (12,84%), o óleo de soja (9,29%), a farinha de trigo (4,96%), o feijão preto (4,66%), o leite integral (3,77%), o arroz agulhinha (3,67%), a carne bovina de primeira (2,96%), o pão francês (2,53%), o café (1,84%) e o açúcar refinado (0,22%). Apresentaram redução de preços a banana (-2,13%) e a manteiga (-0,22%).