Manhã de calor de outono, no sábado, 9, encheu de alegria e energia os manifestantes contra a fome, a miséria e o desemprego impostos às trabalhadoras e trabalhadores brasileiros pelo governo do fascista Jair Bolsonaro.
A marcha em defesa da democracia e da dignidade humana, que reuniu várias categorias e representantes dos movimentos populares, seguiu com suas bandeiras e faixas, ao som da batucada dos estudantes pela Avenida Rio Branco até a Cinelândia.
Desde a concentração, dirigentes sindicais, lideranças comunitárias e parlamentares de partidos de oposição ao governo, se revezavam no carro de som dando o seu recado à população. Salários congelados, inflação galopante, verbas para a educação e a saúde públicas reduzidas a quase zero e o desprezo dos bolsonaristas de plantão no Planalto ao povo estavam presentes em todos os discursos, que eram pontuados com as palavras de ordem: “FORA BOLSONARO, CORRUPTO E GENOCIDA, E QUEREMOS NOSSO PAÍS DE VOLTA!
Escândalos de corrupção explodem no governo de Jair Bolsonaro (PL) e estão entre as notícias mais comentadas e compartilhadas das redes sociais, que ironizam o fato do presidente dizer que em seu governo não tem corrupção. Só entre este domingo (10) e esta segunda-feira (11), foram divulgadas reportagens sobre a autorização para construção de escolas fakes, gastos sem comprovação na Codevasf e o que já está sendo chamado no Twitter, onde ocupava ao meio dia o 6º lugar do ranking com a tag #BolsolãoDoAsfalto, que também envolve a estatal dos gastos secretos.
Esta última denúncia, divulgada pela Folha de S. Paulo, nesta segunda, revela que a empreiteira Engefort, uma construtora com sede em Imperatriz (MA), está com os cofres abarrotados de recursos de pavimentação do governo Bolsonaro. Para ganhar todas as licitações, inclusive fora do Maranhão, em estados onde não atuava, a empresa concorre sozinha ou com empresas de fachada registrada em nome do irmão dos sócios.
Ainda de acordo com o jornal, o governo reservou cerca de R$ 620 milhões do Orçamento para pagamentos à empresa —o valor total já repassado à Engefort soma R$ 84,6 milhões, mas nada se sabe sobre os contratos e a firma de fachada usadas nas concorrências. A fonte de recursos são contratos com a Codevasf.
Segundo a reportagem da Folha, no ano passado, a Engefort Construtora e Empreendimentos liderou os repasses da Codevasf. Também em 2021, foi a segunda construtora em volumes totais empenhados pelo governo federal, atrás da LCM Construção, que acumulou R$ 843 milhões em verbas reservadas.
A Folha analisou documentos de 99 concorrências de pavimentação da Codevasf realizadas em 2021 por meio de um tipo de licitação simplificada chamada pregão eletrônico, que ocorre de forma online.
Esses pregões fazem parte de uma manobra licitatória que passou a ser usada em larga escala sob Bolsonaro para dar vazão aos recursos bilionários das emendas parlamentares distribuídas a deputados e senadores com base em critérios políticos e que dão sustentação ao governo no Congresso. É o famoso toma lá, dá cá para se manter no governo e, quem sabe, conseguir a reeleição.
Não importa planejamento, qualidade e fiscalização o que abre espaço para serviços precários, desvios, superfaturamentos e corrupção.
Na Codevasf, as concorrências envolveram diferentes tipos de pavimentação, como asfalto com Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ), asfalto com Tratamento Superficial Duplo (TSD), bloquetes de concreto e paralelepípedos.
A Engefort foi a única empreiteira que participou de todas essas licitações no Distrito Federal e nos 15 estados abrangidos pela Codevasf. A empreiteira ganhou 53 concorrências, ou mais da metade dos pregões.
De acordo com a reportagem, um dos casos que mais chamam a atenção é o do pregão eletrônico que levou à assinatura de um contrato no valor de R$ 62,5 milhões para pavimentação no Amapá. Nessa licitação, as duas únicas empresas participantes foram a Engefort e a Del Construtora Ltda., registrada em nome de um dos irmãos dos sócios da líder Engefort, No endereço dado pelo Del não tem emrpesa nenhuma, confirmou reporter do jornal. Quem liga para o numero dado pela Del é atendido pela telefonista da Engefort.
Na documentação apresentada pela Engefort para a disputa, constam como sócios da empresa Carlos Eduardo Del Castilho e Carla Cristiane Del Castilho.
Segundo a ata do pregão, a Del chegou a enviar um link para acesso à sua documentação, porém a pasta estava vazia. Se a firma tivesse apresentado os papéis, teria sido possível verificar que o sócio administrador da Del é Antonio Carlos Del Castilho Júnior, irmão dos sócios da Engefort.
A falta da documentação levou a Del a ser desclassificada, e a Engefort ganhou o contrato também praticamente pelo valor cheio.
Dinheiro foi para os cofres da empresa via emendas parlamentares para obras que não tiveram o valor real de execução comprovados. Empresa está nas mãos do PP, que dá sustentação ao governo Bolsonaro
Entre 2020 e 2021, segundo e terceiro anos do governo de Jair Bolsonaro (PL), a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), comandada pelo Centrão, recebeu R$ 3,6 bilhões em emendas parlamentares para obras que não tiveram o valor real de execução comprovados, segundo denúncia sobre corrupção na estatal publicada pelo do jornal Folha de S.Paulo.
Centrão no comando dos mal-feitos
A Codevasf é vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional e até o mês passado era comandada por Rogério Marinho (PL), que saiu do cargo para ser candidato ao Senado pelo Rio Grande do Norte nas eleições deste ano.
O presidente da estatal foi indicado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP) e pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP).
R$ 7,3 bilhões escoaram pelos cofres da Codevasf
Pelos cofres da estatal, presidida por Marcelo Moreira Pinto, escoaram R$ 7,3 bilhões, diz a Folha. Desse total, os R$ 3,6 bilhões vieram das emendas de relator, as já conhecidas emendas do orçamento secreto e paralelo criado por Bolsonaro para conseguir apoio do Centrão no Congresso Nacional.
As emendas do relator são usadas pelos parlamentares para mandar verbas públicas para seus aliados nos redutos eleitorais, sem transparência, como no caso dos milhões em emendas de Lira enviados para escolas de Alagoas que não têm computadores, comprarem kits robóticas.
O levantamento considerou os repasses feitos até o final de 2021 e consta em um relatório de auditoria independente da Russell Bedford divulgado pela Folha. Ainda de acordo com o jornal, a Condevasf recebeu, no ano passado, em emendas parlamentares, o equivalente a 61% das dotações da empresa.
O documento ressalta, porém, que a estatal encerrou o exercício “verificando a existência de operações” para apresentar números de maneira confiável. No balanço, a Codevasf afirmou ter um saldo de R$ 2,7 bilhões na rubrica, mas os auditores dizem não ser possível “opinar sobre os saldos dessas contas e os componentes das demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa”.
Em 2021 a Condevasf registrou um prejuízo de R$ 358 milhões.
Mais de três mil trabalhadoras e trabalhadores terceirizados que atuam em várias empresas contratadas pelo Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), empreendimento da área de abastecimento da Petrobras, em Itaboraí (RJ), decidiram, em assembleia realizada nesta segunda-feira (11), continuar a greve iniciada no dia 4.
A categoria reivindica o pagamento de 30% de periculosidade em função dos riscos aos quais estão expostos. O adicional é pago a apenas 40% dos trabalhadores do Comperj.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Montagem e Manutenção de Itaboraí e São João da Barra (Sintramon), Paulo Quintanilha, afirmou durante a assembleia realizada nas ruas de entrada do Comperj, que está em andamento o pedido para que o Ministério Público do Trabalho (MPT) faça uma perícia independente no local de trabalho para comprovar os riscos que todos trabalhadores enfrentam, não apenas os que recebem o benefício.
“Nós estamos entrando nesse momento com ação coletiva para que essa perícia aconteça. Nossos advogados estão preparando as iniciais para que o perito do MPT faça as avaliações”, diz Quintanilha, que contesta o laudo da Petrobras: “Foi feito pela FIRJAN, que representa a indústria”, diz se referindo ao lado feito por peritos da Federeação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro.
“Precisamos de um representante dos trabalhadores e trabalhadoras acompanhando esse laudo. Aí sim acabaria com qualquer discussão relacionada ao risco ao qual a categoria tem sido exposta”, afirmou o presidente do Sintramon.
Na sexta-feira (8), organizados e liderados por dirigentes do Sintramon e da CUT, os trabalhadores realizaram um ato na porta do Polo Petroquímico GasLub, que também pertence a Petrobras.
60% dos trabalhadores sem adicional
O adicional de periculosidade que a gestão do Comperj vem negando, é um direito trabalhista cujo valor corresponde a 30% do salário e deve ser pago pela empresa quando as atividades põem em risco a vida e a saúde do trabalhador.
Hoje, apenas 40% dos trabalhadores do Comperj têm esse direito garantido, segundo informa a Petrobras. Laudos feitos por peritos contratados pela própria empresa constataram que 60% dos trabalhadores terceirizados não estão cobertos com essa garantia.
Para que o direito seja estendido a todos e todas, a categoria decidiu, em assembleia, manter a greve até que a reivindicação seja atendida, afirmou o presidente do Sintramon, Paulo Quintanilha.
“É difícil você terminar um movimento de paralisação com 40% dos trabalahdores recebendo um direito garantido pela lei trabalhista e 60% não”, afirmou o dirigente.
De acordo com Paulo Quintanilha, algumas empresas estão pagando e outras não. “A grande maioria, na verdade, que é a maior empresa, hoje não está pagando. A gente quer que a Petrobras reavalie essa situação e comece a trazer justiça para todos, 30% de periculosidade para todos os trabalhadores e trabalhadoras do GasLub”.
A Petrobras, enquanto empresa contratante, afirma que se responsabiliza em caso de acidente fatal, o que só confirma o risco ao qual milhares de trabalhadores estão expostos. A empresa se recusa de todas as formas a reconhecer a presença do risco porque, segundo o dirigente da CUT Brasil, Vitor Carvalho, isso gera um custo que ela não quer ter, uma vez que onera o sítio onde o trabalhador está executando sua função.
“São terceirizados prestando serviços de construção e montagem. Devido aos riscos, você faz um mapa e determina, pelos equipamentos que existem na área, se cabe o pagamento da periculosidade ou não. Além do pagamento pela exposição ao risco, a empresa precisa desenvolver medidas de bloqueio e controle de acidente. Como é o empregador, ele vai tentar descaracterizar a presença de risco. E quando o trabalhador adoece, ele joga para o INSS”, disse.
Para ele, as lutas por reconhecimento de periculosidade são muito extensas e exigem resistência da classe trabalhadora junto ao sindicato.
“A Petrobras é do governo Bolsonaro e ela vai usar um miliciano para favorecê-la. Agora, o papel do sindicato é esse, ouvir a base e fazer valer os anseios da base. Vocês estão muito bem representados. Na luta, somos fortes!”, acrescenta o dirigente.
O descaso com a vida dos trabalhadores e trabalhadoras é destacado pela secretária de Administração e Finanças da CUT-Rio, Keila Machado, que também esteve no ato desta sexta-feira.
“Para esses gestores atuais da Petrobras nenhuma vida importa. Eles acham que uma indenização em caso de óbito é mais barato. Para o Sintramon e a CUT-Rio a vida de cada trabalhador vale muito”, afirma Keila Machado.
O Sintramon vai entrar com um recurso no Ministério Público do Trabalho pedindo uma perícia independente para avaliar o grau de risco ao qual os trabalhadores estão expostos, na expectativa de que o MP reconheça o risco que justifica o pagamento da periculosidade.
No trecho conhecido como “Curva do S”, no sudoeste do Pará, a Polícia Militar assassinou 21 pessoas entre os milhares de trabalhadores sem terra que faziam uma marcha pacífica em direção a Belém. O episódio ficou conhecido como o Massacre de Eldorado do Carajás.
A revolta dos camponeses com a chacina, que completa 26 anos neste ano, estimulou o início de um dos períodos de maior efervescência da luta pela terra no país e no mundo, e abril foi instituído como o mês das mobilizações.
“A gente passa a ter a referência do abril como esse mês de fortalecimento da luta dos sem terras em torno da desapropriação. E essa indignação, esse sentimento de revolta que toma conta das massas, impulsiona a organização a pautar o estado brasileiro de uma forma mais contundente, compreendendo a reforma agrária agora em diversas dimensões”, explica o jovem Pablo Carvalho Neri, membro da direção estadual do MST no Pará.
No local onde as mortes ocorreram, no trecho conhecido como Curva do S da PA-275, sem-terra fazem homenagens às vítimas do massacre / Marcelo Cruz/Brasil de Fato
Acampamento Pedagógico da Juventude
Hoje, é na própria juventude camponesa onde o legado de Carajás é mais latente. Anualmente, é erguido na “Curva do S” o Acampamento Pedagógico da Juventude Oziel Alves. O nome é uma homenagem a um dos jovens assassinados na barbárie.
Em 2022, depois de dois anos, o evento volta a ser feito de forma presencial, de 14 a 17 de abril, com o lema: “Lutar é preciso: contra o fascismo a esperança amazônica resiste”.
Com programação reduzida para manter os cuidados em relação à covid-19, a estimativa do MST é receber de 100 a 150 jovens de todo o país, principalmente da região amazônica.
“Esses processos de resistência, de indignação, forjaram um sentimento de esperança na “Curva do S”. Tanto que a gente até brinca que o S da curva se transformou em um S de sonho”, destaca Neri.
Espaços coletivos e conjuntura
No espaço simbólico, são os jovens que irão construir os barracões que vão receber a cozinha coletiva. E também o espaço das místicas e plenárias.
“Não é só pelo simples fato da gente estar lá literalmente acampando, mas também da gente estar meio que reconstruindo alguns processos que a gente faz dentro do MST, como o que é uma ocupação de terra. Então todo ano a gente está ocupando aquele espaço também para demarcar essa memória com a juventude”, aponta Nieves Rodrigues, do Coletivo da Juventude do MST na Região Amazônica (PA).
As atividades protagonizadas na “Curva do S” envolvem não só processos internos e organizativos do MST, mas também debatem os temas da conjuntura. Para Nieves, um dos desafios é como agregar, além da juventude sem terra, representantes de outros povos do campo, como jovens quilombolas e indígenas.
“A gente vai entender um pouco a nossa geopolítica nacional, internacional. A gente vai falar sobre a nossa Amazônia também, o que é que está nos tocando agora, quais são as contradições que a gente tem aqui na nossa região. Vamos falar sobre como o agronegócio está avançando cada vez mais sobre os nossos povos”, conta Nieves.
Dentro do cronograma está previsto também um grande ato de plantio de árvores no Assentamento 17 de Abril e o lançamento do Festival Internacional de Cinema de Fronteira – que terá como homenageado neste ano o próprio MST. Além disso, a juventude irá se reunir para atos diários em frente ao Monumento das Castanheiras, na “Curva do S”, sempre às 17h.
Sobreviventes foram levados ao exato local do massacre, na Curva do S / Marcelo Cruz/ Brasil de Fato
Legado de Carajás
No Pará, as primeiras ocupações já foram vistas em 1997, um ano após a chacina, como um aviso do movimento de que não desistiria da Reforma Agrária Popular. No mesmo ano foi criado na “Curva do S” o Monumento das Castanheiras, que representa, além da destruição das 21 vidas, a devastação da Floresta Amazônia em favor dos monocultivos.
Na mesma época, surge o Ministério do Desenvolvimento Agrário, como uma necessidade de resposta do estado à brutalidade. É o que relembra Kelli Mafort, da direção nacional do movimento.
“Fernando Henrique Cardoso se viu obrigado a dar algum tipo de resposta à questão agrária porque foi evidente que não estava sendo realizada nenhum tipo de reforma agrária no país. Pelo contrário, estava se abrindo caminho para massacres”, destaca.
Mas o legado não fica apenas na esfera da luta pela terra. Em 1998 foi criado o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária, o Pronera. Antes de ser extinta por Jair Bolsonaro, a política foi responsável pela formação de 192 mil jovens camponeses em todo o Brasil, da alfabetização ao ensino superior.
“Eu sou egresso do curso de História, assim como tantos outros jovens que tiveram a oportunidade de avançar na escolaridade a partir do Pronera. E ele nasce dessa transformação de luto em luta”, reforça Neri.
Pronera já formou centenas de milhares de jovens e adultos de assentamentos / Divulgação/MST
História
A primeira edição do Acampamento Pedagógico da Juventude Josiel Alves durou 17 dias, em 2006, reunindo as famílias de sobreviventes e uma grande mobilização de acampados e assentados no marco dos 10 anos do massacre. A partir de 2014, com mais estrutura e visibilidade, os acampamentos chegaram a receber até mil jovens de todo o Brasil.
“O Movimento Sem Terra traz uma mensagem de esperança à sociedade. É verdade que a gente enfrenta situações muito dramáticas, mas no entanto a gente lida com esperanças, porque nós sabemos que a terra conquistada e repartida produz frutos maravilhosos. Para nós, sem terra, mas também para toda sociedade”, finaliza Mafort.
Protestos organizados por movimentos populares e centrais sindicais, entre elas a CUT, são contra a carestia, o aumento dos preços dos alimentos, contra a fome e o desemprego
Brasileiros e brasileiras estão organizados para ocupar as ruas de várias cidades, neste sábado, 9 de abril, para protestar contra o governo de Jair Bolsonaro (PL), responsável pela disparada da inflação, altas taxas de desemprego e de trabalho precário, sem direitos e a volta da fome e da miséria.
Os atos #BolsonaroNuncaMais, organizados por entidades como a CUT e movimentos populares que integram as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo já estão confirmados em 60 cidades (veja relação abaixo).
“Este ano é um ano decisivo para as nossas vidas, é o ano que vai definir que futuro queremos para o nosso país, para nós, nossas famílias e todo o povo brasileiro”, alerta Secretária0Geral da CUT, Carmen Foro.
“Por isso, estar nas ruas protestando e denunciando o governo Bolsonaro, além de um ato de resistência é um ato de conscientização da população sobre a tragédia que vivemos”, complementa a dirigente.
E motivos para protestar não faltam, é carestia, é falta de trabalho decente e bem remunerado, a fome que afeta mais de 20 milhões de brasileiros, os altos preços dos combustíveis que se refletem em toda a economia brasileira corroendo cada vez mais o poder de comprar dos brasileiros, em especial os mais pobres, pontua Carmen.
“O Brasil vive hoje o pior momento de sua história, um período que começou com o golpe de 2016 contra Dilma Rousseff e que fez o país chegar no fundo do poço com Bolsonaro. Nunca o pais foi tão assolado por ataques a direitos, falta de investimentos no básico como saúde, nunca tivemos um presidente que fosse tão desumano como Bolsonaro. Basta ver o enfrentamento à pandemia”, diz a Secretária-Geral da CUT.
Veja os locais onde manifestações já estão confirmadas
Acre:
Rio Branco – Mercado Velho, 16h
Alagoas
Maceió – Praça dos Martírios, 9h
Amapá
Macapá – Praça da Bandeira, 16h
Bahia
Salvador – Concentração no Campo Grande, 14h
Ilhéus – Praça do Teatro no Centro Histório, às 12h
Itabuna – Praça Adami, às 9h
Feira de Santana – Estacionamento em frente à prefeitura, 8h30
Ceará
Fortaleza – às 15h, na Praça Portugal
Distrito Federal
Brasília – Museu da República, 16h
Goiás
Goiânia, a concentração será às 16h na Praça do Trabalhador.
Jataí – Praça Tenente Diomar Menezes- às 8h
Rio Verde – Rotatória do Cristo Redentos, às 9h
Minas Gerais
Belo Horizonte, ato será na- Praça Afonso Arinos, ás 9h30.
Barbacena – Praça São Sebastião, 8h30
Juiz de Fora – Parque Halfel, às 10h
Montes Claros – Mercado Municipal, às 8h
Mato Grosso do Sul
Campo Grande, a concentração do ato será Avenida Afonso Pena esquina com a Rua 14 de Julho, às 9h.
Maranhão
São Luís – Praça João Lisboa, 9h
Imperatriz – Calçadão, Centro, 9h
Santa Inês – Praça das Laranjeiras, 8h
Pará
Belém – Escadinha da Presidente Vargas, às 8h
Paraíba
João Pessoa – Ponto dos Cem Réis, 9H
Paraná
Em Curitiba, capital paranaense, o ato irá ocorrer na Praça Generoso Marques, com concentração às 14h30.
Cascavel – Em frente a Catedral, 9h
Foz do Iguaçu – Praça da Bíblia, às 18h
Umuarama – Praça Arthur Thomas, 10h
Turvo: Praça 31 de Outubro, às 14h
Pernambuco
Recife – a concentração ocorrerá no Parque Treze de Maio, Rua Santa Isabel, a partir das 09h. O final da caminhada será na Praça do Carmo.
Piauí
Teresina – ato na Praça da Liberdade, ás 8h.
Paranaíba – ato em frente à UFDPar,l às 8h30
Rio Grande do Norte
Natal – ato será às 8h00, na Praça Gentil Ferreira, no Alecrim.
Rio Grande do Sul
Na capital gaúcha haverá concentração, às 15h, no Largo Glênio Peres, seguido de caminhada até o Largo Zumbi dos Palmares, com a participação de trabalhadores, trabalhadoras, estudantes, desempregados, donas de casa e população em geral.
Caxias do Sul – Praça Dante Alighieri, às 9h30
Novo Hamburgo – Praça do Imigrante, 10h
Pelotas – Mercado Público, 10h
Rio Grande – Largo Dr. Pio, Centro, às 10h
Santa Maria – Praça Saldanha Marinho, 14h
São Leopoldo – Estação São Leopoldo, às 14h
Santana do Livramento – Parque Internacional, às 9h30
Tramandaí – Praça da Tainha, às 15h
Rio de Janeiro
No Rio, a concentração começa às 10h, na Candelária e caminhada até a Cinelândia.
Campo dos Goytacazes – UFF Campos, 9h
Santa Catarina
Em Florianópolis, ato será no Largo da Alfândega, às 9h.
Joinville – Praça da Bandeira, 14h
São Paulo
Na capital paulista, a manifestação está prevista para ocorrer na Praça da República, no centro, com concentração a partir das 14h.
Carapicuíba – Calçadão da Av. Rui Barbosa | 10h
Botucatu – Praça do Bosque, 14h
Jaguariúna – Campinas Largo do Rosário, 9h
Marília – Praça da Ilha, em frente a Galeria Atenas, 9h30
Mogi das Cruzes – Largo do Rosário, às 10h
Osasco – Estação de Osasco, 12h30
Ribeirão Preto – Esplanada Theatro Pedro II, 9h
Santos – Estação da Cidadania, Av. Ana Costa 340, às 16h
São Carlos – Ato às 9h (local a confirmar)
Estação da Cidadania, Av. Ana Costa 340, 16h
São Vicente – Praça Barão, 10h
Sorocaba – Boulevard Braguinha x Barão de Rio Branco, às 9h30
Sergipe
Em Aracaju, o ato será na Praça Eventos do Mecardo, no central da capita sergipana, às 8h.
Outros países
Suíça
Zurique: Flashmob e ato Rua ao lado da casa do Povo em frente a praça Nenhuma a Menos. Klimarkirche, Wibichstrasse 43, ZH | 17h (horário local)
Paciente tem esquema vacinal completo e está em recuperação; Reino Unido diz que XE é possivelmente mais transmissível
Redação | Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
O primeiro caso da subvariante XE do coronavírus foi confirmado nesta quinta-feira (7) pelo Ministério da Saúde. Segundo a pasta, a informação foi notificada pelo Instituto Butantan, que concluiu o sequenciamento da amostra.
O paciente é um homem de 39 anos com esquema vacinal completo, que já está se recuperando e não teve complicações. Os primeiros sintomas foram relatados em 17 de fevereiro, entre eles coriza, distúrbios de olfato e de paladar, dor de cabeça, tosse, febre e dor de garganta.
O primeiro caso no mundo foi registrado no Reino Unido em 19 de janeiro. A autoridade sanitária britânica afirmou que ainda faltam estudo aprofundados, mas declarou que ela é, possivelmente, quase 10% mais transmissível do que a subvariante B.2. A XE teve origem a partir da recombinação entre a BA.1 (a cepa original da variante ômicron) e a BA.2.
No Brasil, o Ministério da Saúde disse que “mantém o constante monitoramento do cenário epidemiológico da covid-19” e reafirmou “a importância do esquema vacinal completo para garantir a máxima proteção contra o vírus”.
Liberação de máscaras em todo o país
A Paraíba flexibilizou nesta sexta-feira (8) o uso de máscaras nos municípios com 70% ou mais da população imunizada. Com isso, se tornou o último estado brasileiro a desobrigar a utilização do equipamento.
A maioria dos governos estaduais tomaram a medida em março, começando por São Paulo e Rio de Janeiro. Dos 26 estados, 12 permitiram a não utilização apenas em áreas abertas: Mato Grosso do Sul, Goiás, Acre, Rio Grande do Sul, Ceará, Tocantins, Piauí, Pernambuco, Bahia, Amapá, Minas Gerais e Pará.
Em outros 14 estados, a flexibilização é válida também para lugares fechados: Rio de Janeiro, Santa Catarina, Mato Grosso, Rondônia, Alagoas, Maranhão, São Paulo, Amazonas, Sergipe, Paraná, Roraima, Rio Grande do Norte, Espírito Santo e Paraíba, e no Distrito Federal.
Em tempos de retomada a UFRJ respira novos ares com as atividades de recepção da calourada. Nesta quinta-feira, 7, eles foram conhecer o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF). Aproveitando o gancho do Dia Mundial da Saúde e a realização de atos em defesa do SUS, lideranças do movimento estudantil esclareceram aos estudantes sobre o risco de privatização do HUCFF com a gerência da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) aprovado em dezembro de 2021 pelo Conselho Universitário da UFRJ.
Trabalhador que recebe salário mínimo comprometeu, em março, quase 60% na compra dos produtos da cesta
O mais recente levantamento feito pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) mostra que, em março, o valor do conjunto dos alimentos básicos aumentou em todas as capitais onde realiza (mensalmente) a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos.
As altas mais expressivas ocorreram no Rio de Janeiro (7,65%), em Curitiba (7,46%) e São Paulo (6,36%). São Paulo foi a capital onde a cesta apresentou o maior custo (R$ 761,19) em março, seguida pelo Rio de Janeiro (R$ 750,71).
A comparação do valor da cesta em 12 meses, ou seja, entre março de 2022 e março de 2021, mostrou que todas as capitais tiveram alta de preços, com variações que oscilaram entre 11,99%, em Aracaju, a 29,44%, em Campo Grande.
Longe do mínimo necessário
Com base na cesta mais cara (em março, a de São Paulo), e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.
Em março de 2022, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 6.394,76, ou 5,28 vezes o mínimo de R$ 1.212,00.
Cesta x salário mínimo
Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, (após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social), verifica-se que o trabalhador comprometeu em média, em março de 2022, 58,57% do rendimento para adquirir os produtos da cesta, mais do que em fevereiro, quando o percentual foi de 56,11%. Em março de 2021, (o salário mínimo era de R$ 1.100,00), o percentual ficou em 53,71%.
Aumento na mesa
Cesta pesa mais no bolso no Rio
Em março de 2022, o valor da cesta básica do Rio apresentou aumento de 7,65% em relação a fevereiro de 2022. Seu custo foi de R$ 750,71, a 2ª mais cara dentre as capitais pesquisadas. Em comparação com março de 2021, o valor da cesta acumula elevação de 22,55%.
Lista salgada
Em março de 2022, onze dos 13 produtos que compõem a cesta básica tiveram aumento em seus preços médios em comparação com fevereiro: o tomate (47,31%), a batata (12,84%), o óleo de soja (9,29%), a farinha de trigo (4,96%), o feijão preto (4,66%), o leite integral (3,77%), o arroz agulhinha (3,67%), a carne bovina de primeira (2,96%), o pão francês (2,53%), o café (1,84%) e o açúcar refinado (0,22%). Apresentaram redução de preços a banana (-2,13%) e a manteiga (-0,22%).