Com cerca de cinco horas de debates, a assembleia do Sintufrj realizada nesta segunda-feira, 18, on line, deliberou, por unanimidade, sobre os seguintes assuntos que têm mobilizado a comunidade universitária: ponto eletrônico, reforma administrativa (PEC32/20), Ebserh e retorno ao trabalho presencial. 

Os técnicos-administrativos em educação também deliberaram sobre a delegação que participará da plenária nacional da Fasubra nos dias 9 e 10 de novembro. A assembleia também aprovou a participação da categoria no ato em defesa dos serviços públicos no dia 28 de outubro, organizado pelo Fórum Permanente dos Servidores Públicos do Estado do Rio de Janeiro (hora e local ainda não definidos). 

Além desses temas, a direção do Sintufrj esclareceu dúvidas a respeito do Decreto 10.620, do governo federal, que altera os trâmites burocráticos para a concessão da aposentadoria dos servidores – a assessoria da entidade já tomou as devidas providências (Leia nota a respeito no site e facebook do Sindicato) –, entre outros informes prestados.

Veja as resoluções aprovadas, por unanimidade, na assembleia: 

Ebserh

1- Reafirmar a luta contra a contratualização da Ebserh e promover debates virtuais e presenciais nas unidades hospitalares; 2- Convidar o relator do projeto no Conselho Universitário (Consuni) — (professor Walter, decano do Centro de Tecnologia (CT) –, para uma reunião com o Sintufrj, a bancada dos técnico-administrativos no colegiado e a Frente de Mobilização contra a Ebserh; 3- Lançar materiais específicos, como a série de reportagens e boletins especiais produzidos pelo Sintufrj; e 4- Exigir que a universidade não tome posição sobre a Ebserh durante o governo Bolsonaro, explicitando o risco que é a abertura de negociações com este governo.

Ponto eletrônico

Considerando que os servidores técnico-administrativos e o serviço público em geral vivem uma conjuntura desfavorável e de ataques extremos por parte do governo Bolsonaro, inclusive com a tentativa de acabar com a estabilidade e outros direitos; Considerando que os servidores técnico-administrativos já são submetidos ao controle de frequência, mesmo que mecânico, mas que serve para garantir a exigência da assiduidade e pontualidade, como manda a lei; Considerando que a implementação do controle eletrônico de frequência na UFRJ abre espaço para diversos tipos de ataques externos e internos, com o possível acirramento do assédio moral contra trabalhadores(as); Considerando que a UFRJ já provou e continua a provar, sempre que um novo ranking é divulgado, que é campeã em produção acadêmica, sendo um das principais instituições de ensino, pesquisa e extensão do Brasil e da América Latina, para o que os técnicos-administrativos têm grande contribuição; e, Considerando que o momento de pandemia impede um debate mais amplo sobre o tema, inclusive com a ausência de possibilidade de uma participação presencial e ativa dos servidores técnico-administrativos nos conselhos superiores da Universidade. 

Os técnico-administrativos da UFRJ reafirmam sua posição histórica de defesa e respeito à jornada de trabalho de cada trabalhador e trabalhadora, e que seu controle é consequência do controle dessa conquista trabalhista, e não de entrave ao pleno desenvolvimento de suas atribuições e vigilância que vem sendo efetuado seja pelo governo, seja por gestores da UFRJ, e reivindica que seja suspenso de qualquer encaminhamento de implantação do ponto eletrônico na UFRJ.

Retorno

1) Garantia de observância de todos os protocolos sanitários de segurança (avaliação de risco ambiental, EPIs, álcool gel, máscaras, sabão e água nos banheiros, medidores de temperatura etc.) e que os setores sem essas medidas não sejam autorizados a funcionar; 2) Que o retorno presencial só seja obrigatório para os trabalhadores que estejam efetivamente imunizados com as duas doses e que o período de imunização de 15 dias já tenha decorrido; 3) Que os técnicos que se encontrem enquadrados na Resolução da parentalidade tenham seus direitos respeitados por chefes de setores, diretores de unidades e demais superiores hierárquicos; 4) Que o retorno seja com garantias de questões básicas, como, a volta do bandejão e distribuição de álcool nos pontos de ônibus no entorno da universidade e no transporte interno do campus; por um plano efetivo de segurança no campus do fundão; 5) Apresentação obrigatória da carteira de vacinação do SUS; que os trabalhadores que se negarem a se vacinar não sejam autorizados a retornar ao trabalho, sendo instalado contra estes processo administrativo por atentarem contra a saúde pública quando tinham chances de evitar e perda automática do cargo ou função de chefia; 6) Que a UFRJ pressione as empresas terceirizadas a cumprir as leis trabalhistas evitando atrasos de salários, vales etc., e para que as empresas cumpram com medidas mínimas (distribuição de EPIs, álcool gel, mascaras e obrigatoriedade de vacinação de todos e todas funcionários/as); 7) Que seja instalada uma comissão da administração superior e da bancada sindical e estudantil (4 segmentos, docentes, técnicos, terceirizadas e alunos) para apurar o total de mortes e contaminação de trabalhadores e trabalhadoras da UFRJ; e 8) Manter a frequência regular, nos parâmetros da Resolução 07 do Conselho Universitário, para os servidores que permanecerão em efetivo exercício, mas com presença em sistema de escala ou que não poderão retornar ao local de trabalho, seja pela inadequação das condições ambientais, seja pela não cumprimento dos protocolos de biossegurança ou pelas demais questões resguardadas por resoluções internas e orientações dos GTs em funcionamento na UFRJ. 9) Solicitar à Fasubra que monitore os processos de retorno em todas as universidades públicas e produza um informe que oriente os sindicatos de base.

 

 

1 – Uma assembleia convocada pelo Sintufrj com a participação de 200 trabalhadores em 10 de fevereiro decidiu com firmeza: a categoria rechaça a implantação de ponto eletrônico pelo governo e defende o desenvolvimento de um sistema próprio da UFRJ, adequado às especificidades do trabalho dos servidores técnico-administrativos em educação.

2 – O Sintufrj defendeu a criação de um grupo de trabalho composto por membros da gestão de pessoal da universidade, da TIC, Coppe, NCE, especialistas da área e da representação sindical da categoria para estabelecer parâmetros adequados e autônomos, atendendo às peculiaridades da universidade e respondendo a complexidade do nosso fazer.

3 – Como já foi divulgado, a reitora Denise Pires afirmou que a UFRJ não pretende, de maneira alguma, aderir ao sistema de controle de frequência do governo e não estabeleceu datas para estudos conclusivos para a consolidação de um sistema próprio da universidade como a categoria defende, mantendo a mesma postura de gestões anteriores.

4 – Nos surpreendeu a divulgação, no dia 15 de outubro, de uma circular da PR-4 informando o calendário de implementação do sistema de controle de frequência da UFRJ com prazo de conclusão no dia 2 de fevereiro de 2022. O ofício aponta na contramão das declarações da reitora, e abre uma gama imensa de questionamentos. Não houve apresentação do sistema desenvolvido para o conjunto da universidade, e o prazo apontado é obviamente inadequado a um processo que atende às especificidades de cada unidade.

5- O Sintufrj defende que o calendário seja revisto e que a posição do movimento seja respeitada. Não adianta implementar um sistema próprio se ele serve, na prática, para as mesmas finalidades do ponto eletrônico do governo e é implementado sem debate e sem levar em consideração o acúmulo da própria universidade.

 

 

Estudo mostra que modelo adotado pelo município, unindo esforços públicos e privados, reduziu cinco vezes mais a letalitade dos casos

Cidade de Macaé, no litoral fluminense, destacou-se como a mais eficiente no enfrentamento da covid-19 no estado do Rio de Janeiro | Foto: Ana Marina Coutinho (Coordcom/UFRJ)

A cidade de Macaé, no litoral fluminense, destacou-se como a mais eficiente no enfrentamento da covid-19 no estado do Rio de Janeiro, em 2020. Um estudo levado à frente pelo Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Nupem/UFRJ), publicado no dia 13/10, na Nature Scientific Reports, aponta que as ações articuladas envolvendo os setores público (UFRJ, Prefeitura Municipal, Ministério Público Federal e Ministério Público do Trabalho) e privado (hospitais e empresas do ramo do petróleo) possibilitaram prevenir tanto contaminação quanto mortes pela covid-19.

No primeiro semestre de 2020, Macaé registrou 1,8% de letalidade associada à covid-19, uma fração pelo menos cinco vezes menor que a da capital, que registrou 10,7%. A metodologia multidisciplinar inovadora para a realização de testes moleculares em massa associados à análise científica de dados sobre a disseminação da covid-19 foi conduzida pelo Nupem/UFRJ e envolveu biólogos geneticistas, biomédicos, ecólogos, médicos, engenheiros e estatísticos, que uniram suas especialidades para trabalhar com ciência de dados.

A rotina das testagens iniciava com a coleta diária de amostras por meio do swab nasal de pacientes sintomáticos que procuravam o Centro de Triagem do Paciente do Coronavírus (CTC) ou estavam hospitalizados. Essas amostras eram, então, imediatamente enviadas para o instituto, junto com o termo de consentimento para o uso de informações relevantes para a pesquisa (idade, endereço residencial, sintomas e ocupação/profissão).

Na UFRJ, uma parte da equipe submetia cada amostra ao método padrão ouro RT-qPCR, e a notificação do paciente com o resultado do teste ocorria em até 48 horas após a coleta no CTC ou no hospital. Paralelamente, outra parte da equipe inseria os dados dos pacientes testados em um sistema de geolocalização desenvolvido pelo professor Marcio Medeiros e pela aluna de doutorado em Ciências Ambientais e Conservação (PPG-CiAC) Janimayri Forastieri de Almeida. Assim, o prazo entre a busca da população pelo serviço e a notificação com o resultado do teste realizado no Nupem/UFRJ era menor que aquele levado por outros laboratórios aptos a realizarem o teste, como o Lacen. Essa rápida notificação e a adoção do isolamento domiciliar dos casos positivos contribuíram para a restrição de contaminação no município.

Para a Prefeitura de Macaé, a metodologia desenvolvida no Nupem/UFRJ foi uma importante ferramenta de gestão. A análise semanal dos dados disponibilizou informações de caráter gerencial da pandemia ao poder público municipal, como índices de incidência dos casos, que permitiam a emissão de alertas e chamados para testagens direcionadas a determinados bairros, isolamento e acompanhamento da evolução das pessoas contaminadas.

De acordo com o professor Rodrigo Nunes da Fonseca, diretor do Nupem e autor correspondente do estudo, “os resultados do artigo demonstram que a abordagem multidisciplinar e multi-institucional, com o engajamento da sociedade macaense, foi capaz de mitigar os efeitos da pandemia no município. Esse é um claro exemplo de como o conhecimento científico pode ajudar diretamente em questões que afetam a sociedade”.

Para a professora Ana Petry, a professora Natalia Martins Feitosa e o tecnólogo Bruno Rodrigues, que são os primeiros autores do artigo, “o estudo revela que as regiões mais populosas da cidade tiveram mais casos e mortes e que homens em idade de trabalho foram os mais acometidos”. Segundo a professora Petry, que é ecóloga, foram adaptadas técnicas de análises e dados ambientais para a área da saúde, buscando padrões nos sintomas e nos dados de biologia molecular de pacientes positivos para a covid-19.

Agentes públicos e privados colaboraram no suporte em estrutura física e recursos financeiros para a realização de milhares de testes para a detecção do Sars-CoV-2. Além disso, doações de pessoas físicas e jurídicas foram direcionadas a uma conta gerenciada pela fundação Coppetec/UFRJ, em projeto que teve o apoio do Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho, Justiça Federal de Macaé e Itaperuna, Adufrj, médicos do trabalho da região, além de hospitais e cooperativas de saúde, como a Unimed Costal do Sol, a Irmandade São João Batista e o Hospital São Lucas. A prestação de contas completa do projeto encontra-se aqui.

Com informações da Assessoria do Nupem/UFRJ.

 

 

A luta em defesa dos serviços públicos e contra a proposta de reforma administrativa de Guedes e Bolsonaro, a PEC 32/2020, segue firme em Brasília e nas capitais com pressão aos parlamentares nos aeroportos, gabinetes, assembleias legislativas, nos municípios onde moram e guerrilha virtual nas redes sociais. Nesta segunda-feira, 18, acontecerá a plenária virtual nacional cutista dos servidores municipais, estaduais e federais para intensificar as ações vitoriosas contra a PEC. 

A PEC 32 foi aprovada há quase dois meses em comissão especial e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), aliado de Bolsonaro, posterga a sua inclusão na pauta para votação pelo plenário, porque pode ser derrotado no voto. Lira continua à caça de no mínimo 308 votos – está oferecendo emendas aos parlamentares no valor de R$ 20 milhões – mas sua intenção não vai à frente por conta da forte campanha contrária do funcionalismo público. 

De acordo com o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), ainda que Lira e o governo Bolsonaro “convençam” todos os deputados indecisos a votarem a favor da reforma administrativa, ficam faltando dois votos para aprová-la na Câmara, antes de remetê-la ao Senado. Segundo dados do Diap, 251 deputados são favoráveis  à Reforma administrativa, 207 contra e 55 indecisos. 

O placar apertado reflete a pressão dos servidores públicos, que há quatro semanas estão em vigília no Aeroporto Internacional de Brasília e no Anexo II da Câmara pressionando os indecisos e os favoráveis à PEC 32 a votarem com os trabalhadores. A palavra de ordem “Se votar, não volta!” tem ecoado nos ouvidos de deputados e senadores diariamente e a pressão tem conquistado a adesão até mesmo de deputados integrantes da base de sustentação de Bolsonaro. De olho nas eleições do próximo ano e na forte rejeição popular à Bolsonaro, eles não querem arriscar os próprios mandatos.

Desde a apresentação da PEC 32, há mais de um ano, oposição, servidores, suas entidades e centrais sindicais lutam contra esta proposta que irá destruir e privatizar os serviços públicos, exterminar direitos e carreiras e fazer dos servidores públicos espécie em extinção. De lá para cá a campanha fez estrago na base de apoio do governo Bolsonaro.

A Plenária Nacional CUTista dos Servidores das Três Esferas de Governo contra a Reforma Administrativa, acontece nesta segunda-feira, 18 de outubro, das 15 às 18h. Inscrições no link https://forms.gle/rpixucKhPjUYrmBX7

 

ANA LUIZA VACCARIN/MGIORA.

 

 

Ao mestre com carinho

Não há palavras que definam com precisão a importância dos professores na vida de todos nós. São eles que nos abrem as portas para o conhecimento, nos inspiram, orientam a seguir em frente, seja quais forem os obstáculos. Por isso, no seu dia, só há uma frase a ser dita: “Muito obrigada (o)”

Direção do Sintufrj – Gestão Ressignificar

 

Causa arrepios a invasão do Instituto Philippe Pinel protagonizada pelo vereador Gabriel Monteiro. Em um verdadeiro show de horrores, Monteiro utilizou como pretexto uma “visita de inspeção” e, abusando da truculência, invadiu a instituição psiquiátrica, assediando trabalhadores, expondo pacientes, provocando aglomeração em setores exclusivos para o tratamento de covid-19 e, inclusive, tumultuando enfermarias onde encontravam pessoas em crise e com transtornos graves. Para piorar, Monteiro encontrava-se armado e acompanhado de capangas que vestiam uma espécie de farda.

É inadmissível que um vereador se utilize do cargo para desrespeitar uma instituição de referência às vésperas do Dia Mundial da Saúde. Monteiro mostra seu desprezo pelo SUS, pelos servidores públicos e pelas mais de 600 mil vítimas da pandemia.

O Sintufrj repudia a atitude criminosa do vereador Gabriel Monteiro e se solidariza com os trabalhadores e usuários do Instituto Philippe Pinel. Atitudes autoritárias e que flertam abertamente com o fascismo não podem ser toleradas. Exigimos que Monteiro responda pelas suas atitudes que configuram explícita quebra de decoro.

Sintufrj – Gestão Ressignificar

 

 

A despeito de promoções das plataformas para estimular o furo dos breques, paralisações seguem no interior paulista

Gabriela Moncau/Brasil de Fato | São Paulo (SP) | 14 de Outubro de 2021

Em contexto de alta no preço do combustível, entregadores reivindicam melhores taxas de entrega, o fim da coleta dupla e dos bloqueios de conta sem justificativa – Gabriela Moncau

A onda de greves de entregadores de aplicativos, que começou no feriado de Nossa Senhora Aparecida em Paulínia (SP), Jundiaí (SP) e São Carlos (SP) e que inicialmente tinha término previsto, mudou de curso diante do silêncio por parte das empresas de aplicativos. 

“Nenhuma resposta, a greve continua!”. A frase estampa a faixa pendurada em frente ao Jundiaí Shopping: o breque na cidade, que ia terminar no feriado de 12 de outubro, agora segue por tempo indeterminado, até que as reivindicações sejam negociadas.

Em Paulínia, onde o serviço de delivery está travado desde a última sexta-feira (8), os trabalhadores dizem que seguirão de braços cruzados ao menos até a próxima sexta (15).

Nesse dia está marcado o início do breque dos entregadores de Bauru (SP). Greves também estão agendadas para começar em Niterói (RJ) e São Gonçalo (RJ) em 15 de outubro. 

Os trabalhadores não receberam ainda contato de nenhuma das empresas que os contratam, entre as quais iFood, Uber Eats, Box Delivery, Rappi e James Delivery. 

A decisão dos entregadores de São Carlos, tomada em assembleia na noite desta quarta-feira (13) foi de dar uma trégua temporária. “Muitos alegaram estar passando por necessidades”, explicou José Carlos*, um dos entregadores organizados na cidade.

“Então decidimos parar a greve por alguns dias, para a galera trabalhar e juntar uma grana e daqui a 15 dias vamos parar de novo”, ressalta. Segundo ele, a organização é para que a próxima paralisação seja “mais radical”.  

Até o ano passado, como foi o #BrequeDosApps em julho de 2020, os protestos da categoria tinham a característica de paralisação de um dia, com manifestações. Foi o que aconteceu nessa terça (12) com um ato feito em Rio Claro (SP) das 14h às 17h. 

Porém, desde que entregadores de São José dos Campos (SP) fizeram um breque de seis dias em setembro, a estratégia de parar por um período mais longo e pré-definido passou também a ser adotada. Os entregadores de Jundiaí agora inauguram a greve sem data para acabar.  

“Um recado para o iFood: enquanto vocês não responderem, é indeterminado. Motoboy tudo fechado, tudo parado. Não dá para a gente rodar por R$ 5,31 se a gasolina está R$ 6”, afirma um grevista de Jundiaí em vídeo divulgado nas redes sociais, se referindo ao valor da taxa mínima de entrega paga pela plataforma.

Além do aumento da taxa, o fim da coleta dupla e da suspensão da conta sem justificativa estão entre as demandas principais da greve. 

As plataformas de entrega na hora do almoço dessa quarta (13), com todos os restaurantes dos dois shoppings de Jundiaí aparecendo como fechados, demonstravam que o bloqueio seguia eficaz.

 

 

Brasil de Fato conversou com o autor, Cesar Calejon, que lançará a obra no próximo dia 15 em São Paulo (SP)

Daniel Giovanaz. Brasil de Fato | São Paulo (SP) | 13 de Outubro de 2021

Jair Bolsonaro cumprimenta o vice Hamilton Mourão: sob o governo deles, Brasil enfrenta uma das piores crises de sua história – Sergio Lima / AFP

“Todo líder populista reza para que exista um inimigo externo, que seja capaz de unir a nação em torno dele. Bolsonaro teve o ‘melhor’ inimigo que a história poderia providenciar, mas foi tão estúpido que conseguiu se aliar ao vírus, contra a população brasileira.”

A afirmação é do jornalista Cesar Calejon, autor do livro Tempestade Perfeita: o bolsonarismo e a sindemia covid-19 no Brasil, que será lançado na próxima sexta-feira (15) pela Editora Contracorrente.

Calejon tem especialização em Relações Internacionais pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e é mestrando em Mudança Social e Participação Política pela Universidade de São Paulo (USP).

O livro é uma análise detalhada de como o bolsonarismo e a instabilidade política agravaram as consequências da covid-19 no país. Na última semana, o Brasil atingiu a marca de 600 mil mortes em decorrência do novo coronavírus.

Mais do que uma crise sanitária, criou-se um colapso social, em um contexto de recessão econômica, com as instituições sob ataque e um governo incapaz de dar respostas às necessidades da população.

“Quando existe uma liderança sólida, sobretudo utilizando o simbolismo presidencial de forma adequada no combate ao patógeno, os resultados são absolutamente mais favoráveis”, ressalta o autor, em entrevista ao Brasil de Fato.

“Não quer dizer que não existiria a pandemia, não quer dizer que pessoas não seriam contaminadas e morreriam, em alguma medida. Mas isso mostra que a atuação do bolsonarismo catalisou muitas vezes o estrago que a covid-19 causou no Brasil.”

Durante a produção da obra, Calejon realizou dezenas de entrevistas com pesquisadores de diferentes áreas, incluindo profissionais de saúde, entre março de 2020 e junho de 2021.

O lançamento de Tempestade Perfeita ocorrerá às 18h de sexta, na Livraria Martins Fontes, na Avenida Paulista, em São Paulo (SP).

Confira os melhores momentos da entrevista:

Brasil de Fato: O que significa o termo “sindemia”, e por que você considera essa definição adequada para definir o momento que o Brasil enfrenta?

Cesar Calejon: O conceito de sindemia não é meu, mas de um pesquisador estadunidense [o antropólogo médico Merrill Singer]. Ele dá conta de diferentes e múltiplas crises que se somam para criar uma única grande calamidade.

No Brasil, essa crise começa com os movimentos de 2013, passa pelo conluio midiático que se formou em torno da Lava Jato, pela subversão do jogo democrático que levou à destituição da presidenta Dilma sem crime de responsabilidade em 2016, e pelo impedimento da candidatura de Lula em 2018.

Com a interseção entre o bolsonarismo e a covid-19, que é o que meu trabalho se propõe a analisar, formou-se a “tempestade perfeita”: a gente passa a ter não só uma crise sanitária, mas uma crise social, política, econômica. Ou seja, diferentes crises interagindo simultaneamente, que caracterizam esse processo sindêmico.

É uma situação calamitosa, que engloba todas as áreas. Não é questão de achismo ou de “ser de esquerda”. É só pegar o preço do gás de cozinha, da gasolina, da taxa de conversão do dólar, o Índice de Gini [que mede a desigualdade], o Índice de Desenvolvimento Humano, etc.

Qualquer parâmetro ou indexador que faça o acompanhamento da vida pública brasileira vai mostrar uma crise muito aguda – que tem todas as dimensões que mencionei, além de ser uma crise ética, como mostram os relatos escabrosos sobre a Prevent Senior na CPI da Covid.

Houve países em que a pandemia não deu origem a uma catástrofe social, por conta de ações tomadas pelo Estado?

Todos os países governados por líderes com viés autocrático – Orban [primeiro-ministro da Hungria], Trump [ex-presidente dos EUA], Duda [presidente da Polônia] – tiveram desempenho infinitamente pior no combate à pandemia.

Como exemplo positivo, eu citaria a Nova Zelândia, liderada pela [primeira-ministra] Jacinda Ardern, que foi muito forte e coerente no enfrentamento à pandemia. Ao menor sinal de contágio comunitário, ela fechou o país, avançou de forma muito séria e não estimulou remédios ineficazes: o oposto do que fez Jair Bolsonaro.

Na Alemanha, a [primeira-ministra] Merkel também fez um bom trabalho.

Quando existe uma liderança sólida, sobretudo utilizando o simbolismo presidencial de forma adequada no combate ao patógeno, os resultados são absolutamente mais favoráveis.

Não quer dizer que não existiria a pandemia, não quer dizer que pessoas não seriam contaminadas e morreriam, em alguma medida. Mas, isso mostra que a atuação do bolsonarismo catalisou muitas vezes o estrago que a covid-19 causou no Brasil.

A extrema direita, em cada país, lidou de diferentes formas com a pandemia. Na Índia, por exemplo, o primeiro-ministro Narendra Modi reagiu de forma agressiva, com quarentenas rígidas e violência policial contra quem descumprisse os protocolos. Na Europa e nos EUA, movimentos antivacina continuam nas ruas. Enquanto isso, no Brasil, os bolsonaristas criticam desde o início as medidas de isolamento social, mas quase todos tomaram vacina. A que você atribui essas diferentes reações dos movimentos ultraconservadores pelo mundo diante do coronavírus?

Essa é uma ótima reflexão. Cada país tem suas idiossincrasias, suas peculiaridades locais, e isso influencia a maneira como esses eventos se manifestam no contexto doméstico de cada país.

No meu primeiro trabalho, A Ascensão do Bolsonarismo no Brasil do Século XXI [Kotter Editorial], eu uso cinco vetores para explicar por que um movimento tão extremista foi capaz de ascender à chefia do nosso Poder Executivo.

O primeiro vetor é o antipetismo. O segundo, é o que chamo de elitismo histórico-cultural. O terceiro aspecto é o dogma religioso. Quarto: a negação da política anti-institucional, do “sistema”. E, por fim, as estratégias de disseminação de mentiras e ódio nas redes.

Presidente Jair Bolsonaro promove hidroxicloroquina como remédio contra a covid-19, durante posse de Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde -16/09/2020 / Carolina Antunes/Presidência da República

Para responder a sua pergunta, eu chamaria atenção especialmente para o elitismo histórico-cultural e como ele se organiza no país no começo do século XXI. Ele traz todo o legado do Brasil Colônia e do Brasil Império, com dimensões de mandonismo, de patrimonialismo, de racismo estrutural, que reverberam na forma como nosso arranjo social está composto.

O dogma religioso também é um fator importante para essa reflexão. Não trabalho contra nenhuma religião, mas contra o dogma religioso no cerne da vida política do país. Isso é um problema. Qualquer nação que se organiza de forma teocrática, invariavelmente, se torna intolerante.

Bolsonaro se apoiou na proposta neoevangélica no Brasil. É uma abordagem muito dogmática, centralizada em um tipo de fé que não remete a qualquer raciocínio, e que tem aderência forte no próprio elitismo histórico-cultural.

Essas são as duas propriedades mais peculiares dessa proposta autoritária no Brasil. E elas não se encerram em si mesmas, mas são meios para se avançar em questões relacionadas à economia política.

No fim do dia, sempre vai ter um sujeito como Paulo Guedes. E, se as pessoas não entendem como funciona a economia política, fica muito difícil construir um pensamento crítico. O mesmo vale para o direito constitucional: se as pessoas não entendem como funciona a República, a arquitetura institucional, fica impossível avançar.

Conforme a CPI da Covid levantou indícios de propina na compra de vacinas, parlamentares de oposição utilizaram várias vezes a frase “não era negacionismo, era corrupção”. Você concorda com essa afirmação? O que mais justificaria a postura negacionista de Bolsonaro sobre máscaras, vacinas e distanciamento social?

O bolsonarismo é a expressão mais aguda de um modelo de sociabilidade que tem a competição desenfreada como principal organizador da vida social. Ou seja, a expressão mais agressiva dos intentos neoliberais na periferia do capitalismo global.

Essa proposta ascendeu com base no ódio, na discriminação, a tal ponto que casos de corrupção na compra de vacinas em meio à maior pandemia do século são normalizados entre os bolsonaristas.

Ele pratica uma necropolítica, que tem como alvo principal todos os grupos historicamente usurpados pela colonização europeia nas Américas.

Não há nenhuma restrição ética, nenhum parâmetro moral. Essa gente não respeita a ciência, se baseia em parâmetros pseudocristãos. Eles têm como base uma fé descabida e utilizam o que quer que seja para manter seus poderes.

Então, sem dúvida, existe um elemento de negação da ciência, temperado pela corrupção. Porque não é única e exclusivamente negacionismo: essas pessoas sabiam o que estavam fazendo e negligenciaram deliberadamente a vacinação.

Bolsonaro defende há décadas políticas como controle populacional, integrou a “bancada da bala” e tem relação histórica com as milícias no Rio de Janeiro. Na sua visão, a pandemia contribuiu para acelerar seus objetivos, ao exterminar milhares de trabalhadores? Ou, pelo contrário, a crise sanitária expôs o fracasso do desmonte do Estado promovido pelo atual governo?

Eu trago essa reflexão no posfácio de Tempestade perfeita. Bolsonaro ascende com uma proposta absolutamente baseada na necropolítica.

Em 2010, ele foi eleito deputado federal com cerca de 500 mil votos nos bairros com forte presença da milícia no Rio de Janeiro. Em 2014, chegou a 1,5 milhão de votos. Existem gravações de Bolsonaro dizendo “minha especialidade é matar”. Então, não é preciso ser um gênio da ciência política ou da semiótica para entender que ele pratica uma necropolítica, que tem como alvo principal todos os grupos historicamente usurpados pela colonização europeia nas Américas.

A pandemia expõe tudo isso. Em interseção com o bolsonarismo, ela evidenciou um modelo de funcionamento da sociedade que já era agressivo antes, mas com certo nível de hipocrisia.

Quem antes era um meritocrata convicto e aderiu ao bolsonarismo, ou vai defendê-lo até o fim, ou vai negar que apoiou Bolsonaro.

Você com certeza tem amigos ou parentes que eram racistas, homofóbicos, mas até a ascensão do bolsonarismo se escondiam atrás da proposta do que antes chamávamos de social-democracia – que era o PSDB. Hoje, as pessoas se referem a esse partido não mais como social-democracia, mas como direita liberal.

Aquele tio que era racista, que fazia piadinhas na hora do almoço sobre gays, que dizia que a mulher não sabia dirigir, votava historicamente no PSDB, mas em 2018 precisou “botar a cara”. Ele votou no Bolsonaro, e hoje não pode mais se esconder atrás da hipocrisia tucana, ou apenas da meritocracia.

Vale lembrar que, de modo geral, quem assume essa postura é branco, heterossexual e tem ascendência europeia.

Então, quem antes era um meritocrata convicto e aderiu ao bolsonarismo, ou vai defendê-lo até o fim, ou vai negar que apoiou Bolsonaro. E é sempre importante lembrar que MBL [Movimento Brasil Livre], PSDB, Lava Jato, são todos artífices do bolsonarismo – assim como todos que apoiaram o golpe parlamentar de 2016.

Essas pessoas, obviamente, não queriam Jair Bolsonaro na presidência. Elas preferiam alguém como Geraldo Alckmin, Sergio Moro, Luciano Huck. O problema é que, quando se estimula ódio e elitismo histórico-cultural, você sabe como começa, mas não sabe como termina.

A pandemia, além de evidenciar tudo isso, ofereceu a medida perfeita para que Bolsonaro se consolidasse como líder genuíno, para seus apoiadores, capaz de “unificar” a nação. Mas ele é uma figura tão unilateral e tão pouco resiliente que se mostrou incapaz de dançar conforme a música.

Quando surgiu a pandemia, em março de 2020, ele tinha a faca e o queijo na mão. Ele poderia ter vindo a público e dito:

“Caros brasileiros, sei que temos divergências, mas existe um patógeno letal, que constitui a maior pandemia do século, e não podemos nos dar ao luxo de nos atermos a nossas dissonâncias. A gente precisa se unir pela solidariedade, pela ciência, para combater um inimigo externo.”

Todo líder populista reza para que exista um inimigo externo, que seja capaz de unir a nação em torno dele. Bolsonaro teve o “melhor” inimigo que a história poderia providenciar, mas foi tão estúpido que conseguiu se aliar ao vírus, contra a população brasileira. Se tivesse sido mais hábil, poderia garantir um projeto de poder para mais 20, 30 anos.

Dialeticamente, a pandemia ofereceu essa possibilidade, e ao mesmo tempo evidenciou a tragédia do modelo neoliberal, em sua expressão mais agressiva.

Para além do eleitor que vota há décadas na esquerda e dos bolsonaristas convictos, em que medida o fracasso desse modelo já foi internalizado pela população?

Há um mês, escrevi um artigo em minha coluna no UOL que a suposta “equivalência” entre Lula e Bolsonaro, como se os dois fossem extremos, é o novo antipetismo.

É verdade que Lula representa a antítese do bolsonarismo, mas não é verdade que ambos sejam tão deletérios para a vida sociopolítica do país, como a “terceira via” quer caracterizar. E isso não depende de achismos. Temos uma série de indicadores e parâmetros que nos mostram que as duas propostas não se equivalem.

O bolsonarismo está na contramão do processo civilizatório e emancipatório que vivemos.

Pela primeira vez, nesta década, negros e pardos são maioria entre os que ascendem ao ensino superior. Há uma maior quantidade de mulheres e gays ocupando cargos parlamentares. Tudo que o bolsonarismo preconiza vai em sentido contrário à ascensão das forças contra-hegemônicas. Falo sobre isso no penúltimo capítulo do livro.

O contexto histórico-cultural que dá origem ao bolsonarismo vem sendo consolidado no Ocidente ao longo dos últimos 350, 400 anos, e não é possível mudar isso em uma década. É um processo muito mais profundo. No começo do século XXII, propostas semelhantes ao bolsonarismo possivelmente serão inviáveis, porque o subconsciente coletivo estará orquestrado de maneira distinta.

Está na natureza do dogma religioso não aceitar a reflexão, não discordar, não debater. Sobretudo o neopentecostalismo, como está organizado no Brasil, se baseia na lógica do “funciona assim”, “você tem que aceitar”. E, no fim do dia, homens, brancos e heterossexuais é que mandam – o resto obedece.

Por isso, é tão importante fomentar o pensamento crítico, estudar economia política, arquitetura institucional. É por isso que o marxismo assusta tanto. Já imaginou ensinar na escola como se reproduz o capital enquanto determinante de relações sociais, dentre as quais a exploração da classe trabalhadora?

A classe empresarial, sobretudo a que vive da dimensão financeira do capitalismo, não tolera isso. Manter parte da população ignorante, para eles, é uma questão de sobrevivência. Eles não produzem nada, e por isso vão continuar apoiando os impropérios do bolsonarismo.

Para quem você escreveu Tempestade Perfeita?

Escrevi o livro para qualquer pessoa que esteja disposta a avaliar a interseção entre bolsonarismo e covid-19 sob um prisma científico, com um viés acadêmico e jornalístico.

Todo meu esforço enquanto comunicador, escritor, jornalista, é fomentar o pensamento crítico. E isso não significa “votar no Lula”. Não me refiro a nenhuma orientação político-partidária, mas a três dimensões.

A primeira é a capacidade de questionar, não aceitar as propostas de forma passiva. Em segundo lugar, questionar com base em parâmetros científicos, na materialidade dos fatos. Por último, ser capaz de, com base nisso, entender a dinâmica de funcionamento que organiza o seu arranjo social e qual a sua posição ou função dentro dele.

Para desenvolver esse pensamento crítico, como já ressaltei, considero a economia política e o direito constitucional como centrais. Isso precisa ser introduzido já no ensino médio, para adolescentes. Na minha visão, esses aspectos resumem todos os meus esforços como escritor e como jornalista ao longo de 20 anos.

Edição: Leandro Melito

 

 

 

 

📌 Dia 18 – Mediador: Edmilson Ferreira – 14 horas às 15:45
Mesa de Abertura:
Magnífica Reitora da UFRJ, Professora Dr.ª Denise Pires
Magnífica Reitora da UEZO, Professora Dr.ª Luanda Silva de Moraes
Vossa Senhoria Vice Reitor da UEZO, Professor Dr. Dario Nepomuceno da Silva Neto
Vossa Senhoria Pró-reitora de Pessoal, Professora Dr.ª Luzia Araújo
Representante Discente do Coletivo Preto Virgínia Bicudo- Maiza Kister
Representante do Coletivo de Docentes Negros, Professora Dr.ª Gracyelle Costa
🔗 Link para o YouTube: https://youtu.be/XIDyopPkPBQ

📌 15:45 às 18:00 h – Conferência:
Prof Dr Rodrigo Ednilson de Jesus/UFMG
Prof Dr Sales Augusto/UFMG
🔗 Link para o YouTube: https://youtu.be/cXYyY9pJecE

📌 Dia 19/10 – Mediador: Denise Góes – 13:30 às 15:30 h – Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ / Universidade Federal de Sergipe – UFS / Universidade Federal de Goiás – UFG
🔗 Link para o YouTube: https://youtu.be/i1DN8TQK9yU

📌 Dia 20/10 – Mediador: Mônica Gomes – 13:30 às 15:30 h – Universidade Federal Fluminense – UFF / Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB / Universidade Federal de Alfenas – UNIFAL
🔗 Link para o YouTube: https://youtu.be/rAzBXarnEws

📌 Dia 21/10 – Mediador: Pedro Gonzaga– 13:30 às 15:30 h – Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira – UNILAB / Universidade Federal do Pampa – UNIPAMPA / Instituto Federal do Sudeste de Minas – IF Sudeste MG
🔗 Link para o YouTube: https://youtu.be/ezCeBm4yvLc

📌Dia 22/10 – Mediadores: Vitor Matos e Denise Góes – 13:30 às 15:30 h – Universidade Federal do Oeste da Bahia – UFOB / Universidade Federal de Grande Dourados – UFGD
🔗 Link para o YouTube: https://youtu.be/G7w_Ev9snEs

 

 

Para participar, é necessário se inscrever! Você receberá no seu email um link personalizado para participar da assembleia. INSCREVA-SE AQUI: https://bit.ly/3mS7961

 

Para participar, é necessário se inscrever! Você receberá no seu email um link personalizado para participar da assembleia. INSCREVA-SE AQUI: https://bit.ly/3mS7961