Ato no CEG nesta quarta-feira, 19, dá a largada em semana atividades, define AG dos estudantes

Com participação simultânea nos auditórios do Fundão (Samira Mesquita), do IFCS-IH (Salão Nobre) e da Praia Vermelha (Manuel Maurício) e Macaé (do Bloco A), a assembleia geral dos estudantes da UFRJ, nesta terça-feira, 19, debateu a greve e decidiu por intensificação da mobilização, uma movimentada agenda de lutas por mais orçamento e por políticas de permanência e uma campanha: “A UFRJ vai à luta”.

O calendário aprovado começa com o ato no Conselho de Ensino de Graduação (CEG) nesta quarta-feira, dia 19, às 9h, no Parque Tecnológico por direitos acadêmicos como o trancamento, abono e reposição.

A representante do DCE Mário Prata Camile Paiva resumiu as deliberações: “A gente decidiu fazer um ato unificado, com as entidades do Rio no fórum que a gente ajudou a construir, (no dia 25 ou no dia 27, a proposta ainda será apresentada para decisão conjunta). Decidiu mobilizar ainda mais para o ato que vamos fazer no CEG amanhã, pelo direito dos grevistas, que é a reposição das atividades acadêmicos, garantia da segunda chamada. trancamento especial, abono de faltas. E a gente quer ajudar a pautar, nos locais que estão em greve, o que é de interesse dos alunos, como a suspensão do calendário para que a gente possa fazer a retomada posteriormente, quando a greve acabar”, disse ela.

A coordenadora explicou ainda que os estudantes planejam um calendário de lutas para a semana que vem que começa com uma campanha – “A UFRJ vai à luta” –, com mobilização na universidade, divulgação das iniciativas e da importante produção universitária a denúncia do estado da infraestrutura. “Uma campanha de valorização mas que culmine na luta”, alerta a jovem.

Sintufrj junto na luta

“O Sintufrj está sempre junto de vocês”, manifestou-se a  coordenadora Marly Rodrigues, contando que a categoria está há três meses em greve numa grande luta e que, na mais recente mesa de negociação com o governo, embora não se tenha alcançado o que realmente queria, a categoria não saiu derrotada: com a força da greve da educação, conquistou orçamento para universidade e ganhos na carreira (veja vídeo a seguir).

AG longa

Depois de longo debate (começou no fim da tarde e durou até às 21h), a assembleia aprovou um calendário unificado dos estudantes em greve e de mobilização dos demais.

A assembleia do dia 23 de maio apontou a deflagração no dia 11 de junho. A adesão, que já conta com vários cursos, está sendo progressiva.

Calendário intenso

Os estudantes esperam construir um grande ato no CEG. “Não podemos ser prejudicados por lutar em defesa da UFRJ, e pelas diversas dificuldades estruturais e orçamentárias que afetaram todo (primeiro) semestre”, diz convocatória do DCE. Os estudantes aprovaram, em assembleia passada, reivindicar a suspensão do calendário para os cursos em greve.

“Estamos em greve. O calendário unificado é um instrumento da luta dentro da greve. A greve é geral e está sendo mobilizada de forma gradual. Temos cursos com momentos diferentes de mobilização. Precisamos ter unidade na luta. Neste sentido foi proposta a suspensão para os cursos que estão em greve, e que possamos pensar de forma conjunta para os que estão sendo afetados pelas condições de infraestrutura, como o caso do IFCS”, disseram representantes do DCE.

Além do dia 19, foram propostas mobilizações todos os dias da semana, que culminarão com o ato que deve ser construído em conjunto com demais entidades (o calendário definitivo seria divulgado mais tarde). Foto: Renan Silva

MARLI RODRIGUES, dirigente do Sintufrj e do Comando Local de Greve, na assembleia dos estudantes

A direção do Sintufrj e o Comando Local de Greve (CLG) se reuniram com a Reitoria nesta terça-feira, 18, e a pedido do reitor Roberto Medronho, o coordenador-geral do sindicato, Esteban Crescente, fez um histórico dos 100 dias do movimento grevista dos técnicos-administrativos em educação na UFRJ e em nível nacional.

Já a greve da Educação Federal, segundo Esteban, que começou no dia 3 de abril sob liderança do Sinasefe e do Andes, com a adesão da maioria dos professores das universidades, institutos, centros e do Colégio Pedro II, completou dois meses.

Devido ao adiantando da hora, já que a reunião foi com todas as entidades dos servidores e de estudantes, que expuseram suas demandas, ficou agendada para terça-feira, 25, das 14h às 16h, reunião do Sintufrj com a Reitoria para tratar exclusivamente da pauta interna da categoria já entregue ao reitor e à Pró-Reitoria de Pessoal.

Situação caótica

Estudantes de várias universidades também pararam reivindicando recomposição orçamentária para as instituições, cujas condições precárias da estrutura dos prédios não oferecem segurança para a continuidade das aulas. De acordo com a coordenadora do DCE Mário Prata presente na reunião, Camila Paiva, alunos de 59 cursos na UFRJ estão em greve.

A Escola de Belas Artes, o Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCS), a Escola de Educação Física Desportos e Dança e as instalações do Colégio de Aplicação, no Fundão, que há mais de um ano teve que ser evacuado, são as unidades acadêmicas em piores condições no momento.

Quem decide é a categoria

O coordenador do Sintufrj dividiu a greve em três ciclos e detalhou, na reunião com o reitor e pró-reitores, a última proposta do governo às reivindicações da categoria, que será levada para decisão da assembleia nesta quarta-feira, 19. De acordo com o Esteban Crescente, ao iniciar as negociações com a as entidades nacionais, o governo propôs reajustar em 51% os benefícios (alimentação, creche e auxílio saúde), mas desde que a greve acabasse. Porém, o crescimento e a força da luta fizeram com que o MGI e o MEC recuassem da pressão e garantissem pagamento em maio dos aumentos.

O segundo ciclo da greve foi a continuidade da mesa de negociação sobre a valorização da carreira. Foram muitos os tensionamentos. Houve ganhos salariais, mas não o suficiente. A terceira fase da foi reforçada com a ampliação da greve. E, fruto de muita pressão, também ganhou mais força a reivindicação para a recomposição orçamentária para as instituições”, afirmou Esteban.

Vitória da pressão

“O governo dizia que estavam encerradas as negociações, mas o movimento radicalizou e houve mais uma mesa com os ministérios e de R$ 2,2 bilhões de investimentos passou para R$ 3,7 bilhões os recursos para atender a categoria”, melhorando a proposta..

Em relação ao Reconhecimento de Saberes e Competências,  o governo começará a aplicar em abril de 2026, a partir de critérios que serão criados. “O conjunto da categoria conquistou ganhos diferenciados até 2026. Os ganhos são relativamente altos, muitos, inclusive, recuperarão as perdas do desgoverno Temer. E há o compromisso do reenquadramento dos aposentados com a reabertura de prazos para isso pela Pró-Reitoria de Pessoal, já vamos articular a respeito”, antecipou o dirigente.

Entre outros avanços, Esteban também citou a expectativa de que seja revisto o PL 991/19, que devolverá à universidade a autonomia para fazer o processo de capacitação de pessoal, como também de ser criado o técnico-administrativo substituto, semelhante ao que já existe para a docência. O que, segundo o reitor, seria “fantástico”, porque resolveria vários problemas de pessoal na instituição.

 

Extraquadros sem solução

O Sintufrj cobrou da Reitoria uma resposta em relação a situação dos profissionais extraquadros dos três hospitais que agora estão sob a gestão da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e também sobre como fica a situação dos servidores, se irão para outras unidades, por exemplo.

Segundo a pró-reitora de Pessoal, Neuza Luzia, os servidores RJU permanecem na UFRJ sob as mesmas condições. “Não há diferenciação de movimentação desses RJUs dos hospitais sob gestão da Ebserh. Eles continuarão controlados pela PR-4 e em acordo com os departamentos de pessoal da unidade hospitalar”. E sobre os extraquadro que fizeram o concurso público e foram aprovados, o reitor disse que a Reitoria fará levantamento para mantê-los nos hospitais da UFRJ.

Em relação aos extraquadros que não fizeram o concurso público e/ou não foram aprovados, Roberto Medronho afirmou que a UFRJ não tem autoridade para pagar direitos trabalhistas e que eles devem entrar na Justiça. “Legalmente não temos como resolver a situação deles. Parte do orçamento para os extraquadros vêm do MEC e a gente completa o que falta com recurso de custeio. São R$ 25 milhões por ano”, disse.

Polêmica com os estudantes

A direção da Adufrj entregou ao reitor uma carta comunicando a postura de alguns estudantes da Escola de Belas Artes, em greve, que fizeram barricadas com mesas e cadeiras para impedir a entrada de professores nas salas para dar aulas. “Sala de aula não é local de luta”, afirmou a vice-presidente da entidade, Nedir do Espírito Santo. Também foi falado na reunião que uma professora substituta do Instituto de História teria sido humilhada por um professor da casa por estar dando aula.

“Fico triste com esse embate entre trabalhadores e estudantes. Defendo o direito de ir e vir de qualquer servidor e estudante nesta universidade. Respeito a autonomia de qualquer decisão. O relato que foi feito é muito grave, inclusive de violência contra mulher”, afirmou Roberto Medronho. Logo no início da reunião, ele fez questão de destacar que “o reitor e a Reitoria não tinham posição a favor ou contra a greve. E que o seu dever era zelar para que ninguém fosse punido pela greve”.

Manifestação dos estudantes e do Sintufrj

A coordenadora do DCE Mário Prata, Camila Paiva, aluna do curso de engenharia civil, respondeu à Adufrj dizendo que “nós temos direito de nos manifestar, porque estamos em greve pelo direito de ter aula com dignidade. As greves são temporais e é preciso ter muito cuidado com a maneira de criminalizar a greve. Tem professores colaborando com a nossa greve”, de acordo com a estudante, o Centro Acadêmico da Escola de Belas Artes já divulgou uma nota pública desculpando-se com a professora por impedi-la de entrar em sala.

O integrante do Comando Local de Greve, Fernando Pimentel, defendeu o diálogo com as entidades e, segundo ele, não é papel da Reitoria intermediar polêmicas entre os segmentos da comunidade universitária. “A universidade é um espaço de hierarquia, sim e arcaica. Setenta por cento dos docentes, uma única categoria tem ascensão sobre outras. Barricada não é violência, e ato de greve”.

“As entidades têm pontos comuns. Independente do conteúdo das carta da Adufrj à Reitoria, repudiamos a agressão física e oral, mas impedir de ir e vir é relativo. Os estudantes foram lá e impediram de dar aula. Não agrediram ninguém. Eles devem satisfação para a sua base organizada”, acrescentou Esteban Crescente.

Assembleia comunitária

O coordenador do Sintufrj defendeu, mais uma vez, a convocação pela Reitoria de uma assembleia comunitária dos três segmentos para expor toda a situação da universidade e as entidades sindicais e estudantis poderem se manifestar também. “O reitor quer que haja entidades unificadas, esse é o caminho”, avaliou
Esteban.

Natália Trindade, representante da Associação dos Pós-Graduandos (APG), é favorável a realização de uma audiência pública na UFRJ e outra em Brasília para discutir a UFRJ. “A UFRJ é assunto de Brasil e se o presidente Lula quer projetos, propomos todos os que for necessário”, disse.  FOTO: RENAN SILVA

 

 

 

“Lutar pela educação pública é fundamental para garantir os direitos das mulheres. E por isso reafirmamos os princípios de nossa luta e nossos objetivos, enfatizando o papel primordial das mulheres trabalhadoras da educação, a importância de sua atuação em movimentos sindicais e na luta das trabalhadoras e trabalhadores, do investimento em núcleos de gênero e diversidade sexual nas Universidades Federais e Institutos Federais, bem como a criação de protocolos de combate ã violência e ao assédio contra mulheres “.

Este é um dos parágrafos da Carta de Princípios resultante da Plenária de Mulheres em Greve pela Educação Pública, que reuniu representantes, militantes e dirigentes dos sindicatos de base do Andes, Sinasefe e Fasubra, no Colégio Pedro II, nesta terça-feira. 18 de junho. Houve análise de conjuntura na mesa de abertura e debate sobre política de enfrentamento ao assédio com as convidadas Joyce Alves e Meiryellem Valentim, amas da Universidade Rural do Rio. Foi uma atividade para troca de experiências, vivências e debate sobre assédios e violências de gênero e nos locais de trabalho.

A coordenadora-geral da Fasubra, Ivanilda Reis, compôs a mesa de abertura. O Sintufrj foi representado pela coordenadora Marli Rodrigues. “Temos que ser respeitadas e ouvidas onde estivermos. E estamos conseguindo fazer isso. Ocupando todos os espaços. Somos muito fortes, mães, donas de casa, esposas, mais também sindicalistas. É difícil, porque ainda somos discriminadas. Estamos na linha de frente da greve da educação. Que tenham mais plenárias como essa. Estamos na luta contra a discriminação e nunca devemos nos calar, combatendo o preconceito e o machismo desses homens que tentam nos fazer parar”, disse Marli.

Plenária de Mulheres em Greve pela Educação Pública, que reuniu representantes, militantes e dirigentes dos sindicatos de base do Andes, Sinasefe e Fasubra, no Colégio Pedro II Foto Elisângela Leite

TER 18/06

11h30 Reunião com Reitor.

13h as 17h
Evento das Mulheres na Greve da Educação – Colégio Pedro II unidade Tijuca

16h30 Assembleia de Greve do DCE Mario Prata – Auditorio Samira Mesquita Escola de Belas Artes

18h Plenária Unificada “Não ao PL dos Estupradores” – Circo Voador

QUA 19/06

9h30 – Assembleia Simultânea Sintufrj – Avaliação Proposta Governo e Rumo da Greve

QUI 20/06

6h30 Protesto Unificado em defesa dos Extra Quadros dos Hospitais Universitários

9h30 Consuni

SEG 24/06

10h CLG

 

O sindicato conseguiu reverter o corte do adicional de insalubridade que iria atingir 47 profissionais do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG). Do grupo fazem parte médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares em diversas funções que trabalham na emergência da unidade.

Esses profissionais pela natureza da atividade recebem adicional de 20%. Mas um laudo coletivo feito pela CPST (o órgão da UFRJ responsável pela saúde do trabalhador) determinava por meio de um processo administrativo coletivo o corte de 10% no adicional. Só que, por determinação legal, o processo administrativo tem quer individual.

O assessor para Segurança do Trabalho do Sintufrj, Rafael Boher, explicou que ao procurar a Pró-Reitoria de Pessoal para solicitar a anulação do processo, não entrou em questionamentos sobre os méritos técnicos da decisão.

“ É a dinâmica que determinou o corte que estava equivocada. Por determinação legal das orientações normativas do Ministério da Gestão e Inovação, o procedimento em questão exige que, embora o laudo seja coletivo, os processos administrativos tem que ser individuais, para cada trabalhador redução para 10% do adicional de insalubridade (era 20%)”, explicou o assessor.

O Sintufrj conseguiu anular o processo antes da implementação do corte. Agora os processos individuais terão que ser reexaminados.

A Pró-Reitoria de Pessoal colaborou no processo de diálogo para evitar o corte.

O Sintufrj e a assessoria de saúde do trabalhador da entidade, em conjunto com representação da Pró-Reitoria de Pessoal e da Coordenação do Sistema Interno de Bibliotecas (Sibi) participaram de audiência com o superintendente do Ministério do Trabalho no Rio, Alex Bolsas. O encontro foi esta sexta, 14 de junho.

Na pauta, a entrega de documento para avançar na regulamentação da Lei 18.846/24, que prevê garantia de pagamento de grau de insalubridade para trabalhadores em bibliotecas e arquivos.

A regulamentação cabe ao Ministério do Trabalho, e é fundamental para efetivação do direito às centenas de trabalhadores na UFRJ e milhares em universidades em todo país.

Outro tema tratado foi a constituição de mesa permanente, na qual Sintufrj será parte sobre saúde e segurança do trabalhador com apoio do Ministério do Trabalho no Rio. O objetivo é a construção de iniciativas preventivas e de estudos sobre as condições de trabalho na UFRJ.

REUNIÃO NA REPRESENTAÇÃO DO MINISTÉRIO DO TRABALHO, NO RIO: regulamentação da que prevê garantia de pagamento de grau de insalubridade para trabalhadores em bibliotecas e arquivos.

Quinta 13/06

  • Consuni, 9h30min, no auditório do Parque Tecnológico

Pautas importantes: Questão da Odonto, retorno do Reitor da reunião com Lula, PR-4: programa de capacitação

Sexta 14/06

  • 9h: Ato conjunto com companheiros do Sindiscope em São Cristóvão

Segunda 17/06

  • 10h: Comando Local de Greve

Quarta 19/06

  • 9h30 Assembleia Geral Simultânea de Greve

18/06/2024 a 19/ 06

  • Jornada Universitária pela Reforma Agrária (JURA). CT, Sala. D-220, as 9h30 – fala pelo comando na abertura

19/06/2024

  • GT antirracista, 13h no CAp.
Reunião de CLG no Espaço Saúde.
Rio, 10/05/24.
Foto de Elisângela Leite

Veja, aqui, o que disseram as dirigentes da Fasubra Cristina Del Papa,  Ivanilda Reis, Loiva Chansis e o coordenador do Sinasefe, David Lobão, depois da reunião de negociação no MGI na terça-feira, 11 de junho, sobre a proposta apresentada pelo governo.

  • Cristina del Papa

“Tivemos uma grande vitória com conquistas nessa mesa de negociação, como a proposta do step para 2025 de 4% e para 2026 de 4,1%. Essa foi uma conquista muito grande na mesa de negociação.

Tivemos as pautas não financeira com a discussão do reposicionamento dos aposentados que é uma pauta histórica da Fasubra que será resolvida agora. A pauta dos Hus como a normatização da hora fixa que também tivemos uma vitória nessa mesa e vamos discutir a normatização do plantão de 12/60.

Tivemos também a vitória em relação a não reposição das horas trabalhadas e sim atividades represadas. Não seria possível repor 90 dias de greve. Essa foi uma grande vitória, uma grande conquista que será normatizada pelo MEC, mais já está tudo acertado.

Temos outros pontos de pauta que são fundamentais para nós como a nossa saída nossa do Decreto no 991de 2019 que fala do desenvolvimento e capacitação. Hoje está na mão da Enap e vai voltar para nossas instituições.”

A greve não acaba hoje. Temos uma dinâmica no nosso movimento. Essa semana e na semana que vem a greve continua. Faremos avaliação no CNG e será feita rodada de assembleias. Após o resultado daremos a resposta ao governo.”

 

  • Ivanilda Reis

“Completamos três meses de greve e colocamos na mesa nossa contraproposta. Discutimos além da proposta orçamentária propostas importantes para a categoria que não têm impacto financeiro. Saímos então com essa proposta para discutirmos na nossa base. Vamos avaliar, teremos rodadas de assembleias e levaremos o resultado para o governo.

O que saiu dessa mesa é resultado dessa forte greve. Foi a greve da categoria que colocou para o governo que é preciso garantir a valorização dos técnico-administrativos. Feijóo foi melhorar a proposta. Isso só foi possível porque estamos fazendo uma greve muito forte.

Estamos mostrando a nossa capacidade de resistir e dizer não para o governo quando não atende as nossas reinvindicações. Seguimos lutando. Continuamos na greve. Mais essa reunião foi muito importante, o resultado dessa mesa que agora está sendo anunciado significa o resultado dessa forte mobilização da nossa categoria.”

 

  • Loiva Chansis

Tivemos uma reunião de mais de três hora com o governo. A reunião foi tensa, embora a postura do secretário Feijóo tenha se modificado em relação as outras mesas. Ele não nos ouvia e dizia que não havia mais possibilidade de nenhuma proposta, nessa mesa conseguimos fazer com que o governo pela primeira vez nos ouvisse e tivemos oportunidade de colocar outras propostas que não as orçamentárias.

Mas do ponto de vista da política salarial lamentavelmente a gente sai de 2024 com 0%. E o que mais nos preocupa não é nem em relação a nós os ativos, mas os aposentados. Eles saem de 2024 sem nenhuma perspectiva de aumento. Isso é muito ruim pra nossa categoria, principalmente a Fasubra que sempre teve a bandeira de que estamos juntos com os aposentados.

Então na perspectiva da política salarial houve uma movimentação extremamente pequena no step de 3,9% para 4% em 2025 e 4,1% em 2026, isso depois de muito tensionamento. É um aumento pequeno em relação a nova tabela. Então, na política salarial considero que não tivemos avanços.

Houve movimentações importantes sim, mas essas movimentações serão reais se realmente o GT não ficar apenas na promessa, como por exemplo a questão do RSC que não é para todo mundo e criar uma perspectiva de implantação em 2026. Se de fato isso acontecer consideramos que é uma movimentação importante.

A volta da capacitação isso sim considero importante por que é um princípio que não estava na mesa e retorna agora. E a questão do reposicionamento dos aposentados porque que ela é estratégica. Se realmente o MGI apostar em efetivar nós conseguimos pelo menos recuperar a tragédia que é aposentado sem nada em 2024.”

  • David Lobão

“Tudo o que nós conquistamos e tudo o que foi discutido nada foi de graça, foi produto da nossa luta, da nossa greve e da nossa persistência. A reunião foi muito difícil porque nós estávamos muito empenhados em conquistar o que mais queremos que é recompor os nossos salários e o governo se colocou muito fortemente sobre seus limites.

Fizemos intervenções por todos os lados, discutimos a recomposição salarial através do reajuste, através do step, através da lateralização da tabela. Tudo isso foi discutido com muita intensidade. Os representantes do governo saíram da mesa dizendo que diante de tudo o que colocamos precisava conversar com a ministra para nos trazer uma resposta, Demoraram bastante e retornaram com um documento escrito com várias questões que colocamos na reunião,

Dentro de tudo o que o governo apresentou tem coisas que nos interessam. Quem não está interessado no RSC? No aumento do step que vai acontecer agora a cada 12 meses?

O governo disse que apresentou coisas novas na mesa e que chegava ao seu limite informando que era muito difícil ir para além. Respondemos que a nossa greve acabava com a decisão da base e que iríamos apresentar a proposta para avaliação. É muito importante que se faça o debate dessa proposta, levando em conta que o governo não chegou nessa mesa com arrogância e nos ouviu. O secretário foi a ministra para nos trazer essa proposta. Então, vamos avaliar e discutir com as bases. A greve não terminou e a resposta será dada pelas assembleias.”

BOLO DA FASUBRA para marcar os 90 dias de greve no dia da negociação dos dirigentes sindicais com o governo no Ministério da Gestão e Inovação (FOTO: FASUBRA)

 

 

O Ato Unificado da Educação em greve foi outro momento importante na terça-feira (11) da jornada de luta iniciada nas últimas semanas. Depois da concentração na Candelária, a marcha foi até o Buraco do Lume e reuniu representação qualificada das entidades que atuam no movimento organizado em defesa da educação pública. Houve protestos em várias cidades brasileiras. Em Brasília, a Fasubra e o Sinasefe organizaram manifestação em frente ao Ministério da Gestão e Inovação durante a mesa de negociação com o governo. Até um bolo do aniversário dos três meses de greve dos técnicos-administrativos do Executivo federal marcou o protesto. No ato do Rio, organizados pelo Sintufrj e pelo CLG, trabalhadoras e trabalhadores da UFRJ marcaram presença. (FOTOS: RENAN SILVA)

 A atividade foi interrompida devido a operação policial no Complexo da Maré, por precaução da direção sindical com a integridade física dos participantes 

Na terça-feira, 11, os profissionais do Espaço Saúde Sintufrj se deslocaram para o Clube dos Empregados da Petrobras (Cepe/Fundão) para oferecer aos técnicos-administrativos em educação em greve o Dia Olímpico do Trabalhador.

Atividades físicas e as terapias alternativas para amenizar o estresse, ansiedade, dores musculares, dores de cabeça, estados depressivos e insônia fizeram parte do cardápio. Enfermeiras e técnicas de enfermagem verificaram pressão e glicemia.

Infelizmente, progamação foi interrompido em virtude da operação policial no Complexo da Maré, cujo tiroteio intenso assustou a todos, além de pôr em risco a integridade física das pessoas presentes no Cepe.

Medalhas

Os participantes do futsal, basquete, voleibol e circuito receberam medalhas. Não houve tempo para a realização dos outros jogos programados, que incluíam a piscina, assim como de todas as terapias. O Sintufrj ofereceu lanche e um almoço frugal ao término antecipado do Dia Olímpico do Trabalhador.

O Dia Olímpico foi acompanhado pela coordenadora-geral e o coordenador de Esporte e Lazer do Sintufrj, Laura Gomes e Waldir Lalá. Sob a supervisão da coordenadora pedagógica do Espaço Saúde Sintufrj, Carla Nascimento, atuaram os professores de educação física Carlos Guimarães, Michele Moraes, Elaine de Almeida, Igor Bencardino e os estagiários Matheus Fernando e Carlos Miguel. As fisioterapeutas Maria de Lourdes, Fabiana Ribeiro e Elaine Rocha, e a terapeuta integrativa Jaqueline.