Depois do chamado 29M, com atos que alcançaram números expressivos de participação popular, em 29 de maio, contra o governo de Jair Bolsonaro, em pelo menos todas as capitais brasileiras e no exterior, movimentos populares organizam uma nova manifestação presencial, marcada para o próximo dia 19, sábado.
Os organizadores reforçam que serão mantidos os cuidados sanitários nos protestos e a perspectiva de que são atos “extraordinários em uma pandemia diante da situação extrema de irresponsabilidade do governo Bolsonaro.”
As manifestações expressivas do dia 29 de maio são consideradas um elemento novo na conjuntura, tanto pela capilaridade nacional quanto pelo número de participantes dos protestos. Foram registrados atos em todos os estados e DF, em 213 municípios, mobilizando mais de 420 mil pessoas, segundo os organizadores.
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Os protestos mantém as bandeiras “Fora Bolsonaro”, vacina no braço (maior investimento no SUS, garantia de leitos e insumos e aceleração da vacinação) e comida no prato (auxílio emergencial de R$600, políticas para manutenção de salários e apoio a pequenas e médias empresas).
Até a última sexta-feira (11), a Central de Mídia das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo já havia contabilizado 74 manifestações confirmadas para o dia 19 de junho.
Confira, abaixo, a lista com todos os atos:
Norte
AM – Manaus – Passeata Praça da Saudade | 15h
AP – Macapá – Praça da Bandeira | 16h
PA – Belém – Caminhada Mercado de São Brás até Praça da República | 8h
PA – Santarém – Praça São Sebastião | 16h
RO – Guajará-Mirim – Parque Circuito | 9h
RO – Ji-Paraná – Casa do Papai Noel | 9h
RO – Porto Velho – Passeata Praça das 3 caixas d’água | 8h
RO – Porto Velho – Carreata 7 de setembro com a Farquar | 8h
RR – Boa Vista – Carreata e ato Centro Cívico até Jaime Brasil | 9h
TO – Palmas – JK Entrada Leste do Palácio Araguaia (Lado da Serra) | 8h30
Nordeste
AL – Maceió – Carro, moto ou a pé Praça Centenário | 9h
BA – Jacobina – Praça do Garimpeiro | 8h30
BA – Jequié – Praça Ruy Barbosa | 9h
BA – Feira de Santana – (Aguardando Infos)
BA – Paulo Afonso – Carreata | 9h (Aguardando Infos)
BA – São Luís do Curu – Saída de ônibus rumo à Fortaleza (Aguardando Infos)
BA – Salvador – Largo do Campo Grande até Farol da Barra | 14h
BA – Serrinha – Carreata | 14h (Aguardando Infos)
CE – Fortaleza – Praça da Gentilândia | 15h30
CE – Tianguá (Região da Ibiapaba) – Em frente ao Mix Atacarejo | 7h
PE – Recife – Praça do Derby indo pela Conde da Boa Vista até Guararapes | 9h
PB – Campina Grande – Praça da Bandeira | 9h
PB – Cajazeiras – Praça das Oiticicas | 9h
PB – João Pessoa – Caminhada e carreata Lyceu Paraíbano, rumo ao ponto de Cem Réis | 9h
PI – Piripiri – Praça da Bandeira | 10h
PI – Teresina – Praça Rio Branco | 8h
RN – Mossoró | praça Cícero Dias em frente ao Teatro Municipal | 16h
RN – Natal – Midway Mall até Natal Shopping Center | 15h
Centro-Oeste
DF – Brasília – Carreata Praça do Buriti (até a Esplanada) | 8h
DF – Brasília – Caminhada Biblioteca Nacional | 9h
GO – Goiânia – Caminhada e Carreata Praça Cívica | 9h
MT – Cuiabá – Prainha – Ato Simbólico | 6h
MT – Cuiabá – Carreata SESC Arsenal – Sentido Santa Isabel | 8h
MT – Cuiabá – Praça Alencastro | 11h
Sudeste
ES – Vitória – Carro, Bike e a pé UFES até Assembléia Legislativa | 15h
MG – Belo Horizonte – Praça da Liberdade até Praça da Estação | 13h
MG – Juíz de Fora – Parque Halfeld | 10h
SP – Santos – Estação da Cidadania | 16h
SP – Bauru – Praça Rui Barbosa | 14h
SP – Campinas – Caminhada Largo do Rosário até Centro | 10h
SP – Carapicuíba – Ato Simbólico na Vila Dirce e ida à Av. Paulista | 10h
SP – Diadema – Terminal Diadema | 14h
SP – Ilha Bela – Praça da Mangueira | 15h
SP – Indaiatuba – Av. Francisco de Paula Leite esquina do SESI em frente ao posto BR | 14h
SP – Jacareí – Pátio dos Trilhos – 9h30
SP – Jaú – Em frente ao Cemitério | 9h
SP – Laranjal Paulista – Carreata Cemitério da Saudade | 13h30 e Ato Simbólico Largo São João | 14h30
SP – Ribeirão Preto – Passeata Esplanada do Teatro Pedro II | 9h
SP – Santo André – Praça do Carmo | 10h
SP – Santo André – Paço Municipal | 13h
SP – São Paulo – MASP – 16h
SP – Sorocaba – Praça Coronel Fernando Prestes (Catedral) | 10h
SP – Osasco – Caminhada Rua Antônio Agu/Estação de Osasco | 13h30
RJ – Rio de Janeiro – Monumento Zumbi dos Palmares até Candelária | 10h
Sul
PR – Curitiba – Praça Santos Andrade | 15h
PR – Londrina – Em frente ao Teatro Ouro Verde | 16h
RS – Porto Alegre – Ato 150 anos da CARRIS (Aguardando Infos)
RS – Porto Alegre – Largo Glênio Peres | 15h
RS – Porto Alegre – Mercado Municipal em marcha até Largo Zumbi dos Palmares | 15h
SC – Araranguá – Relógio do Sol | 9h
SC – Blumenau – Praça do Teatro Carlos Gomes | 10h
SC – Brusque – Ato distribuição de máscaras e arrecadação de alimentos na Praça Gilberto Colzani (Praça do Chafariz) | 10h
SC – Chapecó – Praça Bertaso | 9h30
SC – Florianópolis – Praça Tancredo Neves (Praça da ALESC) | 9h
SC – Itajaí – Calçadão da Hercílio | 10h
SC – Joinville – Praça da Bandeira | 10h
SC – Lages – Praça João Costa (Calçadão) | 15h
SC – Rio do Sul – Ato e Arrecadação de alimentos Praça Ermembergo Pellizzetti | 9h30
SC – São Miguel do Oeste – (Aguardando Infos)
SC – Tubarão – Carreata e Caminhada Praça da Arena Multiuso | 13h30
Atos no Exterior
19/06
Inglaterra – Londres – Embaixada do Brasil | 14h (horário local0
Inglaterra – Oxford – Fernando’s Cafe City Center | 13h (horário local)
Portugal – Porto – Centro Português de Fotografia, Largo Amor de Perdição
20/06
Itália – Roma – Piazzale Del Verano 20h (horário local)
Com a retomada nesta quarta-feira, 16 de junho, da vacinação dos profissionais da educação superior na cidade do Rio de Janeiro, os trabalhadores da UFRJ (técnicos, docentes e terceirizados) poderão procurar o posto de saúde mais próximo de sua casa para receberem o imunizante. Mas, atenção: o protocolo exige que a pessoa tenha que apresentar o contracheque ou declaração da universidade.
O prefeito da Cidade Universitária, Marcos Maldonado, informou que quem tomou a primeira dose pelo sistema drive thru no campus do Fundão, para receber a segunda dose é só procurar qualquer posto de saúde levando o comprovante da primeira dose para completarem a imunização, dentro da data estabelecida no comprovante.
O Sintufrj inicia nas suas redes a apresentação de uma série de pequenos vídeos com depoimentos de trabalhadores que descrevem suas atividades na UFRJ.
A série “Os essenciais” ganha maior importância por captar o sentimento e as dificuldades dos técnicos nesses meses de pandemia – tanto no trabalho remoto como nas funções presenciais.
Os depoimentos de companheiras e companheiros ganham vigor também pela circunstância do momento adverso quando a universidade pública, no geral, e a UFRJ em particular, se tornaram alvo de ataques do governo Bolsonaro.
A partir de hoje (14/6), as edições dos nossos vídeos podem ser vistas em nossas plataformas virtuais. Acesse aqui: https://linktr.ee/sintufrj
Sábado, 19 de junho, vamos repetir o 29M e encher as ruas do país com nossas bandeiras e a palavras de ordem “O governo é mais perigoso que o vírus: Fora Bolsonaro para salvar vidas!” Sim, a nossa luta é por vacina no braço e comida no prato de todos os brasileiros, e para conquistarmos esse direito só expulsando Bolsonaro genocida do Planalto Central.
O Rio de Janeiro se prepara com mais força para fazer ecoar o #ForaBolsonaro! em todo o Brasil e no mundo. A concentração está marcada para às 10h, no Monumento Zumbi dos Palmares, na Avenida Presidente Vargas, nas proximidades do Terreirão. Os manifestantes seguirão em caminhada até a Igreja da Candelária.
Organização
A organização da manifestação foi decidida na Plenária de Lutas, na quinta-feira, 10, com a participação das Frentes Povo Sem Medo e Frente Brasil Popular, CUT e demais Centrais Sindicais, Comitê em Defesa da Vida, Fórum por Direitos e Liberdades, Movimento Acredito, Frente pela Vida, Coalizão Negra por Direitos, Comitê de Luta Contra as Privatizações, UNE, entre outras dezenas de entidades e movimentos.
Denúncia
Estaremos de volta às ruas para denunciar a falta de vacinas, auxílio emergencial ínfimo, falta de verbas para a educação, extermínio do povo negro, destruição da natureza e da Amazônia, e aumento da carestia de vida e do desemprego. Todos devem usar máscara, levar álcool em gel e manter o distanciamento.
O texto de convocação do ato denuncia a política genocida de Bolsonaro, principalmente em relação à pandemia, ao auxílio emergencial e ao assassinato de negros e pobres:
“A luta contra Bolsonaro é uma luta pela vida. Somos Fora Bolsonaro e defendemos o impeachment do presidente!
– Queremos uma campanha massiva pela vacinação para todos! Com prioridade para trabalhadores mais expostos ao vírus, como entregadores, trabalhadores dos transportes públicos, de supermercado e farmácias.
– Precisamos da volta do auxílio de R$ 600,00 para combater a fome que ataca nossas famílias e cresce cada dia mais no país.
– É urgente o fim das operações policiais nas favelas e periferias! Que mata ainda mais a população negra e pobre com tiro. Nem fome, nem tiro, nem covid, queremos viver!
Vem com a gente ocupar as ruas e dizer não a esse governo genocida!”
Para o povo deixar de usar a máscara, como quer Bolsonaro, país precisaria vacinar 70% da população. Sem máscara e distanciamento social, Brasil pode ter um número catastrófico de mortes e casos de Covid-19
Com a pandemia do novo coronavírus descontrolada, quase meio milhão de vidas perdidas e a vacinação lenta, recomendar o não uso de máscaras, como defendeu o presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL) nesta quinta-feira (10), é fazer “discurso de morte”, dizem autoridades e especialistas da área da saúde.
Eles rechaçaram veementemente a fala de Bolsonaro que disse ontem que o ministro da Saúde, o médico Marcelo Queiroga, está estudando uma portaria para desobrigar o uso de máscara de quem foi vacinado contra a Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, e também dos que já contraíram o vírus e sobreviveram.
O presidente, que sempre defende medidas contrarias à ciência, ignora as mais de 482 mil vítimas da doença que segue acelerada – em apenas 24 horas, 2.344 brasileiros perderam a vida e 89.802 foram infectadas. O total de pessoas contaminadas chegou a 17.215.159 milhões.
A fala de Bolsonaro de não uso de máscaras com este cenário, chocou sanitaristas e lideranças políticas que, de imediato, rebateram mais uma declaração negacionista do presidente.
Especialistas avaliam que a fala de Bolsonaro é um “perigo de morte”, no momento em que o Brasil já sinaliza uma terceira onda da doença que pode ser mais letal. Além disso, o país não fez a lição de casa em um ano e meio de pandemia e, por conta disso, ainda sofre as consequências da má administração do governo federal na maior crise sanitária do século.
O Brasil ainda não atingiu a imunidade de rebanho para tomar uma decisão como essa. Especialistas dizem que 70% da população precisar estar vacinada para se falar em controle da doença. E, e sem as medidas necessárias, como uso de máscara e distanciamento social, país pode ter um número catastrófico de mortes e casos da doença.
“Isso é mais um golpe de negacionismo, deixar as pessoas tentarem a imunidade de qualquer jeito, com muito mais mortes. Só no nosso país estão acontecendo essas coisas”, afirma o médico infectologista Marcos Boulos, em entrevista à Carta Capital, denunciando o “discurso de morte” do ocupante do Palácio do Planalto.
“As pessoas, mesmo vacinadas, podem estar assintomáticas e transmitindo. Então, todos têm de usar máscara até que consigamos ter a imunidade populacional, a chamada imunidade de rebanho, e isso provavelmente só acontecerá próximo do fim do ano”, disse o doutor Boulos.
Com a vacinação lenta porque o governo Bolsonaro ignorou todos os emails de compras da vacina no ano passado, o uso de máscaras pela população é necessário mesmo para aqueles que já foram vacinados contra a Covid-19 e para quem se recuperou da doença.
O sanitarista Gonzalo Vecina Neto, professor da Faculdade de Saúde Pública da USP, chamou a declaração do presidente de criminosa. “É uma posição próxima de criminosa. Quem já teve a doença, está provado, pode ter a doença novamente”, disse ao Estadão.
No mundo, Israel e os Estados Unidos são alguns dos países em que vacinados também não são obrigados a usar máscara. Lá, segundo balanço do Our World in Data, 59,4% da população já recebeu as duas doses da vacina. Nos EUA, 42,15%. Já no Brasil, apenas 11,06% das pessoas estão completamente imunizadas.
Alta de casos da doença
No Brasil, a alta taxa de transmissão do vírus e a média móvel de casos da doença acima de 50 mil por dia, ainda não permitem que a população deixe de usar as máscaras neste momento.
A situação se agravou nos últimos dias em Curitiba, Campo Grande, Aracaju, São Luís, Recife, Natal, Fortaleza, Maceió, Santa Cataria e Mato Grosso do Sul já apresentavam taxa de ocupação de leitos de UTIs igual ou superior a 90%, segundo levantamento feito pelo jornal Folha de S. Paulo.
Essa tendência de alta procura por leitos intensivos da Covid-19 pode ser observada em outras capitais brasileiras que têm ocupação acima de 80% e 70%.
Fala de Bolsonaro repercutem nas redes
A fala do presidente repercutiu imediato nas redes sociais. A frase “Use máscara e tire o Bolsonaro” ficou entre os assuntos mais comentados nas redes. Personalidades políticas, artistas e várias organizações sociais repudiaram a fala de Bolsonaro.
Há 50 anos, o técnico-administrativo em educação Ivan Hidalgo é um destacado servidor da UFRJ. Mas sua notoriedade institucional começou pra valer em 1997, quando assumiu o cargo de secretário-geral dos Órgãos Colegiados. Desde então, tornou-se o personagem de importância única nas sessões do Conselho Universitário (Consuni), principal instância deliberativa da universidade e em outros colegiados, por sua eficiência e discrição.
Nesta quinta-feira, 10, a reunião do Consuni homenageou o servidor. Segundo o conselheiro docente Francisco Esteves, Ivan Hidalgo foi empossado na UFRJ no dia 2 de junho de 1971 pelo reitor Djacir Menezes (1969 a 1973), e acrescentou: “Ivan tem o espírito da universidade, do conhecimento. A Minerva está no seu DNA. Ele é um exemplo de ética”.
A reitora Denise Pires de Carvalho apontou a dedicação e a seriedade de Ivan Hidalgo na realização do seu trabalho na Secretaria dos Órgãos Colegiados e solicitou que os conselheiros ligassem seus microfones para uma salva de palmas na sessão online do Consuni.
Com a palavra cedida pela reitora, o homenageado, com a elegância de sempre, agradeceu às manifestações de reconhecimento e carinho.
Na próxima sessão do Consuni, provavelmente dia 24 de junho, estará em pauta uma moção de louvor pelas cinco décadas de dedicação do servidor à UFRJ.
“Parabéns, Ivan. 50 anos! Meio século. Você expressa a responsabilidade e o compromisso dos técnicos-administrativos na garantia de que tudo nesta universidade aconteça de forma a expressar o que de melhor temos e o que de melhor podemos oferecer à sociedade e à própria dinâmica de funcionamento e estrutura da nossa universidade”, disse a representante da bancada técnico-administrativa e coordenadora do Sintufrj Joana de Angelis.
Trajetória irretocável
Nestes 50 anos de UFRJ, Ivan Hidalgo foi testemunha do trabalho de 15 reitores, e, pelo cargo que ocupa, tornou-se uma referência no conhecimento de documentos, regras e estatutos, além da história da instituição e de seus órgãos colegiados.
Sua história com a UFRJ começou quando ele era ainda muito jovem, 19 anos. Seu ingresso na universidade foi por uma dica do amigo de infância e seu xará, o Ivan Rodrigues da Silva, de quem mais tarde também viria a se tornar colega de instituição.
Ivan iniciou na UFRJ como datilógrafo da comissão especial criada para acompanhar os recursos aplicados nas obras de construção da Cidade Universitária (Cesar) e, assim, testemunhou a conclusão de grades prédios do campus, como do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho.
Ele prestou um trabalho importante para a categoria quando integrou o Grupo de Assessoramento à Comissão de Enquadramento do Plano de Carreira de 1987. Atuou ao lado de companheiros que se destacavam no movimento sindical dos técnico-administrativos, como João Eduardo e Carlos Maldonado.
Até que, em 1997, foi nomeado para a Secretaria dos órgãos Colegiados e passou a se responsabilizar pelo andamento do Consuni, Conselho Superior de Supervisão Executiva e de Curadores, os três presididos pela reitora.
Lembranças e curiosidades
Segundo Ivan, ao chegar muito jovem na UFRJ, não tinha noção dos efeitos da política de governo para a universidade. Mas, em 1985, começou a perceber os ares da redemocratização do país. Na gestão do reitor Horácio Macedo, por exemplo, percebeu o crescimento da participação dos técnicos-administrativos na vida institucional, culminando com a escolha de um membro da categoria para assumir a Pró-Reitora de Pessoal, que foi o João Eduardo Nascimento Fonseca. E, alguns anos mais tarde, a conquista dos técnicos ocupando vagas nos colegiados.
Entre as muitas lembranças e curiosidades, Ivan conta que já foi chamado até de “Google” da UFRJ. “Conheço muito da universidade. Em momentos de lazer, eu fazia o quê? Eu pesquisava. Sempre gostei muito de pesquisar. Tenho pesquisa sobre reitores e pró-reitores. Fiz pesquisa sobre regimentos e estatutos antigos e novos. Fui lendo, me inteirando. Li atas dos conselhos desde 1920”, revelou.
Mas todo esse acúmulo de conhecimento sobre a instituição não ficou somente na cabeça dele. Ivan Hidalgo transferiu todas as informações para o “Word”, portanto, a comunidade universitária dispõe de uma memória informatizada por iniciativa deste servidor técnico-administrativo excepcional.
“As pessoas perguntam e eu olho minhas anotações. Eu sei porque fiz essas pesquisas”, diz ele, explicando que seus arquivos serviram de consulta para o pessoal que organizou a comemoração do centenário da instituição. “Agora, quero continuar fazendo o que faço atualmente e me aposentar”, afirmou Ivan Hidalgo.
Ivan tem três filhos do seu primeiro casamento e cinco netos. É casado pela segunda vez. Poderia ter se aposentado com 57 anos, ou seja, há 12 anos atrás. Mas optou por ficar. “O que faço na universidade, faço por amor. Trabalho porque gosto”, finalizou.
Nos dias 18, movimento sindical fará mobilizações em locais de trabalho para dialogar com trabalhadores sobre a realidade do país e, no dia 19, com os movimentos sociais, vai às ruas pelo ‘fora, Bolsonaro’
A mobilização popular pela recuperação do Brasil, que está sendo devastado pelo governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) será reforçada na próxima semana. Com todos os cuidados necessários, como o distanciamento social, uso de álcool em gel e máscaras, os trabalhadores e trabalhadoras estarão mobilizados nos locais de trabalho e, outra vez, vão ocupar as ruas para levantar a voz exigindo o ’fora, Bolsonaro’, única maneira de o país voltar a crescer, salvar vidas, distribuir renda e gerar empregos. Os atos do dia 29 de maio demonstraram a insatisfação e a necessidade urgente de mudança no país.
No próximo dia 18, A CUT e demais centrais sindicais farão as mobilizações nos locais de trabalho para dialogar com trabalhadores sobre a realidade do país. E, no dia 19, com os movimentos sociais, vai às ruas pelo ‘fora, Bolsonaro’.
Na sexta-feira da semana que vem (18), os sindicalistas irão aos locais de trabalho dialogar com trabalhadores e trabalhadoras sobre a atual situação do país – de recessão, desemprego, pobreza, fome, inflação e, claro, de uma tragédia social jamais vista, provocada pela má atuação de Bolsonaro frente à pandemia, que levou o país a quase 500 mil mortos por Covid-19.
O presidente da CUT, Sérgio Nobre, explica que a mobilização deste dia tem foco na pauta trabalhista. “Vamos conversar com os trabalhadores, mostrar a eles o que está errado nesse país, o que este governo vem fazendo, e que provoca o desemprego e empobrecimento da população”.
De acordo com Sérgio Nobre, estão organizadas atividades em todo o país já nas primeiras horas do dia, em portas de fábricas e locais de trabalho, todas respeitando protocolos de segurança para evitar a disseminação do novo coronavírus.
“Vamos fazer panfletagens, assembleias, colocar faixas com as nossas lutas mais urgentes como o auxílio emergencial de R$ 600, a luta contra a fome que já atinge quase 20 milhões de pessoas, a carestia, a luta contra as privatizações que vão prejudicar ainda mais os brasileiros, além de exigir vacina já para todos, para salvar vidas”, diz o presidente da CUT.
Dia 18 faremos um diálogo direto com nossa base – os trabalhadores – sobre essa situação de tragédia que vivemos e o dia 19 será o dia do Fora Bolsonaro nas ruas- Sérgio Nobre
“Se queremos um país com mais empregos, com desenvolvimento, sem privatizações, um país em que os trabalhadores tenham direitos, tenham acesso à vacina e ao auxílio emergencial digno, temos que tirar Bolsonaro do poder”, completa o presidente da CUT.
E para reforçar o ‘Fora Bolsonaro’, a CUT apoia as manifestações que estão sendo organizadas pelas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo para o dia 19 de junho, sábado da semana que vem. A CUT é uma das impulsionadoras da Campanha Nacional Fora Bolsonaro, por fazer parte das Frentes Brasil Popular, Povo Sem Medo e do Fórum das centrais sindicais.
Neste dia, movimentos sociais pretendem levar às ruas todas as bandeiras de luta mais urgentes, mas o foco, a bandeira principal, é impeachment do presidente – o “fora, Bolsonaro” -, exigindo que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), paute um dos mais de cem pedidos de afastamento, que estão engavetados no Congresso.
Para este dia, a orientação da CUT é que todos que se sentirem seguros para ir às ruas, que não façam parte de grupos de riscos nem tenham comorbidades, devem se cercar de todos os cuidados necessários, a exemplo do que aconteceu no dia 29 de maio, em que mais de 420 mil trabalhadores em mais de 210 cidades deram um exemplo de proteção à vida nas manifestações, todos usando máscaras, álcool gel e mantendo o máximo possível de distanciamento social.
Ao contrário das manifestações antidemocráticas de apoio a Bolsonaro, convocadas por ele próprio, em que seus seguidores ignoram qualquer medida de segurança – máscara principalmente – e demonstram um enorme desprezo à vida e à dor das cerca de 500 mil famílias que perderam entes queridos na pandemia.
Sérgio Nobre orienta aos trabalhadores que não se sentirem seguros para ir às ruas, que organizem outros tipos de manifestações mais isoladas como panelaços e carreatas. “O povo pode dizer o ‘fora, Bolsonaro’ de várias maneiras, como ir para as redes sociais e se manifestar intensamente, pendurar bandeiras na janela, fazer panelaços, participar de carreatas.”
Mas uma coisa é certa, ele diz. “Se queremos que tenha emprego, que tenha auxílio emergencial, que tenha vacina, que tenha direitos, se queremos que o Brasil seja um pais decente, tem que ser com ‘fora, Bolsonaro’”.
Por isso, o dia 19, Dia Nacional de Mobilização por ‘Fora Bolsonaro’, será uma data igualmente histórica para o Brasil – mais um dia em que a maioria dos brasileiros mostrará que o país, “com Bolsonaro, não tem futuro”, completa o presidente da CUT.
Recomendações essenciais da CUT para as manifestações:
Participação nas atividades de rua, somente de quem se sentir seguro;
Quem não for para as ruas, poderá participar de forma virtual, colocando bandeiras nas fachadas, fazendo panelaços e outras ações;
Nas ruas, manter o distanciamento mínimo necessário, utilizar máscara adequada, álcool em gel;
Cuidados necessários:
– Quem não deve participar dos atos:
Pessoas que apresentam sintomas de covid-19 ou que tiveram contato recente com infectados o novo coronavírus, que possuam comorbidades ou que residam com alguém que as possua.
– Antes do ato:
Tomar cuidado redobrado com o transporte público. Evitar meios de transporte sem janela e que tenham muitas pessoas. É imprescindível sair de casa já utilizando máscara, preferencialmente do tipo PFF2 ou N95.
– O que fazer durante o ato:
Manter-se sempre ao ar livre e preferencialmente a uma distância de 1 a 2 metros de outras pessoas.
Retire a máscara apenas para trocá-la caso esteja úmida e neste caso, afastar-se das demais pessoas.
Limpar as mãos frequentemente com álcool em gel 70% e evite tocar mucosas dos olhos, nariz e boca sem que as mãos estejam devidamente higienizadas.
Não compartilhar objetos de uso pessoal e, se for possível, leve mais de uma máscara PFF2 ou N95 para distribuir para quem não as tem.
– Depois do ato:
Não confraternizar com amigos em bares, nem em casa, após a manifestação. No caminho de volta, são necessários os mesmos cuidados com o transporte público. Retire a máscara ao somente ao chegar em casa.
Preservar história, memória, tradição religiosa e cultura negra do bairro Engenho Velho da Federação em Salvador, é um dos objetivos do “Caminhos da Sagrada Resistência: Histórias e Memórias no Território Negro do Engenho Velho da Federação”.
O projeto propõe a criação de um site com registros de memória em fotos, vídeos, áudios e textos da “Caminhada pelo Fim da Violência e do Ódio Religioso, pela Paz!”. O memorial digital ressalta o compromisso político, social e cultural que a Caminhada possui ao longo de 16 anos no enfrentamento às diversas manifestações de violência sofrida pelo povo de Terreiro, e o engajamento das lideranças religiosas e sociais na organização do evento.
O acervo é composto por informações que contam a história do Engenho Velho da Federação e suas manifestações culturais, conteúdos ligados às temáticas abordadas em cada edição da Caminhada e registros das etapas de sua elaboração e realização. O projeto é realizado pelo Terreiro do Cobre através da Sociedade Flaviana Bianc, em parceria com os Terreiros Ilê Axé Omire Ojuire, Ilê Axé Mana Dandalunda Oya, Nzo Onimboyá, Zoogodô Bogum Malê Rundó, Ilê Axé Alarabedé, Pena Branca Jussara, Nzó Tanuri Junsara, Odé Mirin de Oxossi, Obá Tony, Centro de Caboclo Marujo, IIê Axé Opo Oya Omim,Tumbalagi Junçara, Ilê Axé Omadó Ny Osun, Ilê Oyo Bomim e Ilê Axé Awa Negy.
O memorial foi lançado dia 29 de maio, às 17h, numa transmissão ao vivo pelo YouTube (https://abre.ai/cHnb). O lançamento aconteceu na mesma semana em que se comemorava o Dia da África. A escolha da data representa um ato de resistência e valorização da ancestralidade.
Em 2004, templos religiosos do Engenho Velho da Federação foram invadidos por adeptos de igrejas neopentecostais em ato de total desrespeito à história e tradição religiosa, símbolo desses espaços sagrados. Diante do contexto de extrema violência, lideranças e comunidades de Terreiros de Candomblé, Caboclos, Umbanda e de outras religiões afro-brasileiras, além da comunidade do bairro, vão às ruas todo os anos no dia 15 de novembro para denunciar o desrespeito às tradições religiosas de matriz africana e indígena, resultado dos efeitos danosos do racismo e da ausência ou violação de políticas públicas voltadas para a garantia da integridade dessas religiões.
O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Pedro Calmon (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.
Terreiros do Engenho Velho (Foto: Imagem retirada do site Coalizão Negra Por Direitos)
Não. O que o governo propõe, na PEC 32/2020, é a desorganização do serviço público, tirando do Estado atribuições fundamentais no atendimento à população e abrindo espaço a privatizações de áreas essenciais, entrega da saúde e da educação para Organizações Sociais, fim dos concursos públicos para grande parte dos cargos, apadrinhamento no preenchimento das vagas e quebra da estabilidade facilitando a perseguição política e a pressão das chefias para cumprimento de ordens indevidas ou ilegais.
A reforma é mais uma disputa pelo orçamento público, a exemplo da Emenda Constitucional 95/2016 que congelou o orçamento para os serviços públicos por 20 anos. Entre atender à população – com um projeto de ampliação e melhoria da educação, pesquisa e saúde – e destinar uma parcela maior do dinheiro público para empresários e bancos, o governo escolheu a segunda opção.
Com o golpe de 2016, o governo de Michel Temer (MDB) e depois Jair Bolsonaro (sem partido) aprovaram medidas que, segundo eles, fariam o Brasil voltar a crescer: teto de gastos (EC 95/2016), terceirização geral; reforma trabalhista; reforma da Previdência. Nenhuma delas resolveu; pelo contrário, aumentaram os ganhos dos mais ricos e empobreceram a grande maioria da população.
É certo que várias distorções foram criadas para acomodar os interesses das cúpulas dos poderes, não são poucos os casos de remunerações que ultrapassam em muito o teto do funcionalismo, mas essa reforma não mexe em nada disso. Ao contrário, tende a aumentar ainda mais a diferença entre os menores e maiores salários.
Com a PEC, serviços públicos como Saúde e Educação seguem sendo obrigação do Estado e direito da população?
Não. A PEC 32/2020, de Bolsonaro e Guedes, introduz entre os princípios da administração direta e indireta descritos no Art. 37 da Constituição Federal o da subsidiariedade. Ou seja, o estado passa a ser complementar ao que o setor privado não pode ou não quer atender.
Mesmo que seja apenas um princípio constitucional, nos planos do governo para a reforma já constam mais duas etapas para sua implementação onde esta mudança pode ser realmente aplicada. Portanto, esse princípio antecipa o objetivo de substituição de escolas, universidades, hospitais e postos de saúde públicos pela entrega de vouchers (vale-mensalidade, vale-educação, vale-creche, vale-saúde) ou mesmo a entrega da administração, contratações e compras para as chamadas organizações sociais lucrarem em cima do que deveria ser direito do povo.
A população precisa de mais e melhores serviços públicos, e não menos.
A reforma se aplica apenas aos servidores federais?
Não. A reforma se aplica a todo o serviço público do país: à “administração pública direta e indireta de quaisquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios” (art. 37 da PEC 32/2020). Todos os servidores serão atingidos. O Brasil possui cerca de 10,7 milhões de servidores públicos civis ativos e sua maior parte é constituída de servidores municipais, quase 6 milhões (62,4%), seguida de 3 milhões de servidores estaduais (30,8%) (IBGE, 2016).