A sede e subsedes do Sintufrj estão recebendo as doações para  os desabrigados no município em consequência do temporal. Ajude! 

 

Em 11 de janeiro de 2011 a Região Serrana teve a sua maior catástrofe em decorrência de uma forte chuva de apenas três horas. Água e lama desceram pelas encostas numa intensidade atípica, devastando cidades e matando famílias inteiras. Mais de 900 pessoas morreram. 

Onze anos após a essa tragédia, na terça-feira, 15 de fevereiro de 2022, a aprazível Petrópolis, cidade do Museu Imperial, do Palácio de Cristal e do Quitandinha, sofre novamente um revés dessa magnitude. 

Petrópolis registrou em apenas seis horas uma quantidade de chuva maior do que a média esperada para todo o mês, segundo o Centro Estadual de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemadem). A Cidade Imperial ficou sob lama e o Corpo de Bombeiros ainda não sabe precisar o número de vítimas.

Mortes e destruição

Ao menos 78 pessoas morreram com as fortes chuvas desta terça-feira em Petrópolis, além de inundações e queda de barreiras em diversos pontos do município. O número de mortos pode subir em razão de haver pessoas ainda soterradas em vários pontos da cidade. O imenso volume de água em apenas seis horas causou rapidamente o transbordamento dos rios Quintandinha e Piabanha. As regiões do primeiro distrito foram as mais afetadas, sendo o Alto da Serra uma das localidades mais devastadas e o Morro da Oficina o mais atingido. Sob ele calcula-se que há o maior número de vítimas. Mais de 370 pessoas foram acolhidas em abrigos improvisados. E no IML familiares das vítimas se concentram para identificar os corpos.

Logo no dia seguinte a devastação, quarta-feira, 16, o cenário era de terror. Morros vieram abaixo, carregando pedras do tamanho de carros; veículos ficaram empilhados com a força da correnteza; vias importantes foram bloqueadas por ônibus e carros abandonados, dificultando o acesso aos desabrigados. Os corpos de vítimas arrastadas pela enxurrada começaram a aparecer em ruas do Centro da cidade quando a água baixou. A Rua Teresa, tradicional centro comercial petropolitano, amanheceu sob muita lama, água, galhos e veículos arrastados pela enxurrada. Grande parte da cidade ficou sem luz e água. A Prefeitura decretou estado de calamidade pública e equipes de resgate trabalham na remoção dos escombros.

Corrente de solidariedade 

A Defesa Civil informou que 25 escolas estão funcionando como ponto de apoio. Nesses locais, a população recebe o suporte de assistentes sociais, profissionais de saúde, educação, agentes comunitários, além da própria Defesa Civil. Numa forte corrente de solidariedade a população do Rio e de diversas cidades se mobiliza para ajudar as famílias que perderam seus entes queridos e estão desabrigadas. 

O Sintufrj está junto nesta corrente de solidariedade, ainda mais que entre os moradores de Petrópolis encontram-se parentes e amigos de servidores da UFRJ. A sede e subsedes da entidade estão recebendo doações para serem levadas à Petrópolis. 

Ao amanhecer, o principal centro comercial de Petrópolis havia se transformado em um amontoado de lama e veículos destruídos. — Foto: Reprodução/TV Globo

Buscas desesperadas  

Mulheres e homens usam pás e enxadas para revirar os escombros na tentativa de encontrar familiares. “Estamos chocados. Moramos aqui há três anos e vou retornar a morar no Rio. Não há mais condições de ficar por aqui. Amanhã, quinta-feira, levo meus netos para a avó materna e vou  procurar um local para morar”, disse o administrador hospitalar do Instituto de Neurologia Deolindo Couto (INDC), Leonel Martins Júnior. 

Ele mora no Bingen, bairro da zona oeste da cidade que não foi destruído, mas a força da água assustou a família. O Rio próximo a sua casa subiu quatro metros e suas águas misturaram-se às águas que jorravam do morro. 

“No centro de Petrópolis, no Alto da Serra e em outros bairros foi um terror. Nesses locais precisam muito de ajuda, mas, para nós a situação só causou muita preocupação, inclusive pelos amigos que moram em outros bairros que foram muito atingidos. Estamos entregando doações e ajudando a quem podemos”, informou Leonel.

A aposentada da UFRJ Leila Castro, que mora há seis anos em Itaipava, distrito de Petrópolis, contou que, felizmente, a chuva não atingiu a região, mas a tragédia, segundo ela, deixou o coração de todos apertados. “Todos se lembram da catástrofe de 2011 e corroboram com a dor das famílias atingidas em Petrópolis”, lamentou a servidora.

“Estamos muito tristes. A situação é terrível. Tudo devastado. E a gente pensa como essas famílias vão sobreviver. Não sei como vai ser reconstruir tudo. O que me consola é que por conta do passado a mobilização para ajudar está sendo rápida. Temos muitos pontos de doações”, constatou Leila. 

 

 

 

Recursos para manutenção, investimentos e bolsas caíram de R$ 6 bi para R$ 5,3 bi de 2019 a 2022

Vinicius Konchinski/Brasil de Fato | Curitiba (PR) | 16 de Fevereiro de 2022

Estudantes protestam contra o corte de verbas a universidades; em 2015, as universidades federais chegaram a receber R$ 7,86 bilhões para administrarem – Marcelo Camargo / Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (PL) iniciou o último ano de seu mandato sancionando um orçamento para universidade federais 12% menor do que aquele reservado às instituições no primeiro ano do seu governo.

Em 2022, as universidades federais terão R$ 5,33 bilhões disponíveis para investimentos, manutenção e bolsas estudantis. O valor é 18% maior do que os recursos destinados às instituições em 2021: R$ 4,51 bilhões.

Ainda assim, é menor do que o orçamento para universidades sancionado pelo próprio Bolsonaro dias após tomar posse como presidente da República, em 2019: R$ 6,06 bilhões.

Desde 2019, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ultrapassa os 20%. Considerando esse índice e o orçamento de 2019, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) aponta que o montante reservado às universidades deveria ser de pelo menos R$ 7,2 bilhões para que mantivesse sua capacidade de compra. Atualmente, ele é 25% menor que isso.

As contas são referentes só ao orçamento discricionário das universidades. Por lei, o governo é obrigado a transferir às instituições recursos para pagamento de salários, por exemplo. Isso está dentro do orçamento chamado de obrigatório. Já o discricionário é o que vai às universidades e que cabe a elas administrar.

De acordo com Marcus Vinicius David, presidente da Andifes, a redução acumulada desse orçamento já acarretou no corte de bolsas de iniciação científica pagas a alunos, na redução de ações para assistência de estudantes mais pobres e no sucateamento de estruturas.

“No caso da minha universidade, nós tivemos que demitir mais de 300 trabalhadores terceirizados, reduzimos o valor das bolsas pagas a estudantes e o número de bolsas foi cortado”, disse David, que também é reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). “A universidade tinha R$ 40 milhões ou R$ 50 milhões por ano para investimento. Hoje, nós temos R$ 3 milhões.”

Na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o prédio da reitoria precisa de uma reforma em suas instalações elétricas, mas a instituição não tem recursos para isso. Segundo a UFRJ, há risco de incêndios.

Em 2019, a UFRJ tinha um orçamento discricionário de R$ 389 milhões. Em 2022, tem R$ 329 milhões, e ainda cerca de R$ 20 milhões em contas de 2021 que terão de ser pagos com recursos deste ano.

Presencial vira problema

David afirmou que a redução do orçamento das universidades mantém uma tendência de queda desde 2016. Ele disse que isso está ligado a um contexto político favorável à austeridade fiscal, que surgiu no segundo mandato de Dilma Rousseff (PT) e ganhou força com a chegada de Michel Temer (MDB) à Presidência e a eleição de Bolsonaro.

Em 2015, as universidades federais chegaram a receber R$ 7,86 bilhões para administrarem. O orçamento de 2022 é 32% menor.

David ressaltou que, de 2019 em diante, os cortes começaram a inviabilizar o trabalho das instituições. Em 2020, a pandemia fez com que universidades adotassem o ensino remoto, o que acabou suavizando o impacto dos cortes.

Em 2022, no entanto, a expectativa é que todas as universidades retomem suas aulas presenciais. Aí, a falta de recursos para manutenção e principalmente para apoio a alunos mais carentes pode fazer diferença.

“Estamos muito temerosos de descobrir, com o retorno presencial, um crescimento muito grande da evasão”, afirmou David, citando a dificuldade que alunos possam vir a ter para manterem-se presentes nas universidades sem a assistência dela.

O presidente da Andifes disse que representantes da Universidade Federal do Piauí (UFPI) já manifestaram preocupação com a evasão neste ano. Lembrou que a Universidade Federal de Goiás (UFG) teve muita dificuldade para sua manutenção em 2021.

O pró-reitor de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças da UFRJ, Eduardo Raupp, ratificou a preocupação com o retorno das aulas presenciais em entrevista concedida ao jornal da própria universidade.  

“O ano de 2022 será de desafios”, declarou. “A volta das aulas presenciais fará com que as despesas com manutenção básica tenham um aumento significativo. Ainda é difícil prever como faremos este equacionamento.”

STF cobra informações

Na semana passada, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o Congresso Nacional e o Ministério da Educação (MEC) apresentem, em até 10 dias, informações sobre cortes realizados no orçamento das universidades federais. A determinação foi feita após o Partido Verde (PV) ingressar com uma ação na Suprema Corte para evitar o colapso orçamentário e a pane administrativa das instituições.

David, da Andifes, disse que as universidades sofrem também com corte de orçamento de instituições que fomentam a pesquisa, como a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O órgão teve, em 2019, R$ 4,19 bilhões a sua disposição. Em 2022, tem R$ 3,83 bilhões reservados no Orçamento da União. O valor, contudo, ainda pode ser suplementado.

Também são afetadas pelos cortes em orçamentos da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que presta serviços de saúde à população usando a estrutura de hospitais universitários federais. Neste ano, Bolsonaro vetou R$ 100 milhões em recursos do Orçamento da União que seriam destinados à empresa.

Para David, isso tudo demonstra a falta de sensibilidade do atual governo com o Ensino Superior. E disse que isso deve comprometer o desenvolvimento do país por anos.

“O Brasil é um país que, para dar um salto econômico e social, precisa de investimento em Educação. Da básica à superior”, disse. “Quando o governo não demonstra sensibilidade com a educação, ele demonstra miopia com o projeto de desenvolvimento da nação.”

David ressalta que, apesar dessa falta de sensibilidade e dos cortes orçamentários, as universidades federais não irão fechar.

“A gente podia parar tudo, mas a preocupação é que talvez seja este o projeto [do atual governo]”, afirmou. “Vamos resistir e manter as universidades funcionando a todo custo.”

Edição: Rebeca Cavalcante

 

 

Segundo levantamento do TST, entre 2019 e 2021, foram registrados 3.049 processos de assédio sexual e 52.936 de assédio moral

Publicado: 16 Fevereiro, 2022 – Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz

MÁRCIO BARALDI

A necessidade do home office, da manutenção do distanciamento social e de diversas medidas para evitar a disseminação da Covid-19 levou a uma nova relação de trabalho, muitas vezes não respeitada por empresas e chefias.

No primeiro semestre do ano passado, os relatos de assédio moral e sexual registraram a marca de 31 mil denúncias, em 347 empresas. O índice representa quase o triplo dos anos de 2019 e 2020, que, considerando os 12 meses do ano, atingiram as marcas de 12.349 e 12.529 casos respectivamente. O levantamento é da Consultoria de gestão de riscos e compliance ICTS Protiviti, que recebe denúncias em empresas.

Esse crescimento no número de denúncias também foi sentido pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) e pelo Ministério Público de Trabalho de São Paulo (MPT-SP). Segundo o TST, entre 2019 e 2021, foram contabilizados 3.049 processos de assédio sexual e 52.936 de assédio moral nas Varas de Trabalho pelo País.

Ainda segundo o TST, nos anos de 2018, 2019 e 2020, houve uma ligeira queda explicada pela reforma Trabalhista e a pandemia.

Chama a atenção, segundo a ministra Maria Cristina Peduzzi, presidente do TST, em entrevista ao Estadão, o fato de que esses tipos de processos haviam caído em 2018, um ano após a reforma Trabalhista de Michel Temer (MDB-SP). Para a ministra, como a reforma determinava que nos casos de perdas dos processos trabalhistas o autor da ação deveria arcar com as custas, houve uma queda naquele ano.

Nos dois primeiros anos da pandemia – 2019 e 2020 -, as chefias das empresas pressionaram mais os trabalhadores por produtividade, mas com o uso de gravações e celulares que facilitam a obtenção de provas digitais aumentou o nível de judicialização dos casos, que para a ministra podem ainda estar subnotificados.

Assédio moral também aumenta em SP

A capital paulista, e as cidades Guarulhos, Barueri, região do ABC, Baixada Santista e Mogi das Cruzes juntas foram responsáveis por um aumento de 51,4% nas denúncias. Foram 554 queixas registradas em 2021, contra 366 em 2020. Em todo o estado de São Paulo, houve um crescimento de 28,9% nos registros por assédio moral. De 896 passou para 1155.

As denúncias mais comuns, segundo o MPT-SP, são as cobranças de metas inatingíveis, a recusa em deixar o trabalhador em home office, práticas antissindicais, ameaças de demissão, são formas de assédio moral que levam ao constrangimento e humilhação do trabalhador.

“Muitas vezes essa pressão exacerbada sobre o trabalhador é confundida com disciplina. E não se confundem as duas situações. A gente tem situações de violência quando essa prática atinge níveis inaceitáveis e geram danos ao trabalhador – patrimoniais, físicos, psicológicos – e repercutem de uma maneira muito negativa no ambiente de trabalho, aumentando a rotatividade e o adoecimento de todo o grupo”, disse ao G1, a coordenadora nacional de promoção da igualdade e de oportunidades do MPT, Adriane Reis de Araújo.

MPT-RS dá prazo de 90 dias para Caixa fazer campanha contra assédio no banco

As denúncias de assédio sexual e moral na Caixa Econômica Federal (CEF) levaram o Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul (MPT-RS) a protocolar uma recomendação para que em 90 dias, o presidente da Caixa Econômica, Pedro Guimarães, elabore uma campanha publicitária interna para conscientizar contra o assédio sexual que vem ocorrendo no banco.

A instituição foi condenada a pagar uma indenização de R$ 1,2 milhão por danos morais em decorrência da prática de assédio moral e sexual nos departamentos do banco na Serra Gaúcha, em 2019.

Esta não foi a primeira vez que denúncias de assédio chegam ao público. No ano passado, o presidente da CEF, Pedro Guimarães apareceu em um evento com funcionários fazendo flexões.

À época a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) encaminhou um ofício à Caixa notificando-a do descumprimento da cláusula que impede o ranking de empregados e do assédio moral praticado contra os presentes, que foram obrigados a fazerem flexões de braço durante um evento nacional, realizado de 14 a 15 de dezembro, em Atibaia, São Paulo.

“Durante o ‘Nação Caixa’ foram realizadas práticas que expuseram os empregados a situações constrangedoras, que se transformaram em vexame nacional e até internacional quando vídeos que comprovam a prática ‘viralizaram’ pelas redes sociais e foram noticiados por diversos veículos de imprensa escrita e televisiva”, observou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt.

O ofício da Contraf-CUT observou ainda que a seleção dos empregados participantes levou em conta critérios proibidos pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária.

“De acordo com a própria Caixa, a escolha dos(as) empregados(as) para participação no evento considerou ‘critério meritocráticos’, supostamente reconhecendo trabalhadores que se destacaram em 2021. Tal prática é uma forma de ranking, que é proibida na Convenção Coletiva do Trabalho”, diz o ofício.

Com informações da Contraf-CUT

 

 

 

Ideia surgiu pela ausência de sinais em libras para determinados temas relacionados ao corpo humano. Objetivo é promover inclusão e facilitar a compreensão para pessoas surdas

Publicado: 16 Fevereiro, 2022 – Escrito por: Andre Accarini | Editado por: Marize Muniz

REPRODUÇÃO

A ausência de sinais de libras em temas específicos, como a ciência, é um tema caro a profissionais da educação engajados em promover educação inclusiva. Pensando em ampliar essa comunicação, um grupo de professores da Universidade Federal do Piauí elaborou o ‘Manual de Libras para Ciências: A Célula e o Corpo Humano’. Trata-se de um material inédito que indica, em libras, formas simples de denominar alguns verbetes, que vão da ‘célula’ ao ‘músculo’, passando pelos mais diversos sistemas de funcionamento do organismo humano.

Para Liana Maria Menezes Galeno, uma das idealizadoras do projeto, a ausência de sinais em termos específicos de Ciências foi um ponto de partida para a elaboração do manual. “É visível a dificuldade do profissional intérprete em repassar o conteúdo para o aluno surdo. Muitas vezes o intérprete tenta recorrer aos recursos visuais, como as imagens do livro didático, mas não obtém sucesso, dificultando mais ainda a aprendizagem do aluno surdo”, diz Liana no prefácio da publicação.

Em suma, o manual é uma ferramenta útil e poderosa para estreitar e facilitar a comunicação com pessoas surdas, de maneira assertiva. Este guia é recomendado tanto às pessoas surdas como a todos os profissionais – de educação e intérpretes de libras – que lidam (ou não) com ciências. E aqui, se fala sobre áreas como medicina, enfermagem, psicologia e outras, estendendo o leque aos profissionais que atuam nessas áreas.

Desafios

Professores e estudantes do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade Federal do Piauí /Campus Ministro Reis Velloso, presenciaram as dificuldades vividas por surdos em relação à ausência de sinais para indicar determinados termos, a falta de recursos e intérpretes e o despreparo de professores, durante os estágios supervisionados nos cursos.

“Conteúdos ficavam sem contextualização”, diz Luana. Sensibilizados por essa situação, desafiaram-se a elaborar o manual, que conta com imagens ilustrativas para indicar os sinais em libras. (veja abaixo).

 O manual é gratuito e está disponível para download aqui. Os responsáveis pelo projeto reforçam que o material é aberto a todos e que tenham contato direto ou indireto com pessoas surdas.

“A todos quem têm contato ou mesmo que tenham curiosidade sobre o assunto, o manual traz novos conhecimentos e, principalmente, para que possamos entender como a pessoa surda pensa e interage como a sociedade, mudando somente a forma que isso ocorre”, pontua Liana.

Capítulos

Divido em capítulos que destacam os sistemas de funcionamento do nosso organismo, o “Manual de Libras para Ciências: A Célula e o Corpo Humano” traz denominações em libras sobre a célula, os tecidos, ossos e músculos, além de sistema digestivo, circulatório, nervoso e reprodutor.

O manual também traz os símbolos universais (o alfabeto) de libras e um glossário sobre os termos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, até 2050, 900 milhões de pessoas podem desenvolver surdez no mundo.

No Brasil, cerca de 5% da população é surda e, parte dela usa a libras como auxílio para comunicação. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE), esse número representa 10 milhões de pessoas, sendo que 2,7 milhões não ouvem nada.

 

 

Evento acontece entre os dias 14 e 21 de fevereiro e será promovido em diversas parte do mundo

Redação/Brasil de Fato | São Paulo (SP) | 16 de Fevereiro de 2022

Entre os dias 14 e 21 de fevereiro acontece a Jornada do Dia dos Livros Vermelhos, promovida em diversas partes do mundo e por editoras, partidos, sindicatos e instituições de esquerda. No Brasil, a Editora Expressão Popular, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o Instituto Tricontinental de Pesquisa Social impulsionam a iniciativa. A primeira edição do evento aconteceu em 2020.

A jornada tem como objetivo estimular a leitura e o estudo de livros que tratam sobre temas essenciais para a esquerda, como classe trabalhadora, formas de opressão, comunismo e capitalismo.  

Um exemplo de “livro vermelho” é o Manifesto Comunista, publicado em 21 de fevereiro de 1848 por Karl Marx e Friedrich Engels, fruto de debates coletivos da Liga dos Comunistas. “Desde então são inumeráveis os livros vermelhos que foram escritos e publicados para compreendermos a realidade e transformá-la”, afirma a Associação Internacional de Editoras de Esquerda em nota. 

A associação “convoca todas organizações, sindicatos, movimentos, partidos e pessoas empenhadas em construir uma sociedade livre da exploração entre os seres humanos a fazer deste dia uma grande celebração ao conhecimento acumulado pela classe trabalhadora ao longo de sua trajetória de lutas e conquistas”. 

Para Olívia Carolino, economista do Instituto Tricontinental de Pesquisa Social, “a importância de comemorar esse livro é manter vivo esse legado e a tradição de um movimento internacionalista de luta contra o capital. O que a gente propõe é uma semana de estudo em torno desse 21 de fevereiro para a gente ler, estudar e reservar espaços nas nossas agendas de luta para refletir sobre o significado e a atualidade do Manifesto Comunista na nossa realidade”.  

Sugestões de atividades 

Organizar estudos coletivos com sua comunidade sobre algum livro vermelho; 

Projetar trechos de livros vermelhos em prédios nas cidades; 

Organizar aulas públicas sobre a luta da classe trabalhadora; 

Colar cartazes em sua cidade com trechos de algum livro vermelho; 

Realizar leituras coletivas, encenações e afins de livros vermelhos em lugares históricos importantes para a classe trabalhadora no dia 21/2. 

Campanha nas redes sociais 

Gravar e divulgar pequenos vídeos com a leitura de algum livro vermelho; 

Incentivar as pessoas a postar quais seus livros vermelhos favoritos com a hashtag #diadoslivrosvermelhos2022; 

Criar desafios para que as pessoas postem trechos de livros vermelhos com a hashtag #diadoslivrosvermelhos2022; 

Postar nas redes sociais qual o primeiro livro vermelho que você leu e utilizar as hashtags #diadoslivrosvermelhos2022; 

Convidar pessoas de referência no local para que escrevam ou falem sobre livros vermelhos que foram importantes para elas. 

Edição: Vivian Virissimo

 

 

Nesta sexta-feira, 18 de fevereiro, completa 1 mês sem respostas do governo Bolsonaro à proposta de reajuste de 19,99% dos servidores públicos federais. Para marcar a data e prosseguir na construção da greve unificada do serviço público haverá ato lúdico em Brasília, às 10h, em frente ao Ministério da Economia, e atos nos estados onde for possível. 

O ato em Brasília será transmitido na página do Fonasefe (Fórum Nacional das Entidades dos Servidores Públicos Federais) e o envio de pedido de cruzamento deve ser feito até 17 de fevereiro.

Entenda

As entidades representativas dos servidores protocolaram ofício com a reivindicação de reposição salarial de 19,99%, correspondente apenas às perdas inflacionárias nos três anos de governo Bolsonaro, e não obtiveram ainda nenhuma resposta. Este é apenas um reajuste emergencial, pois os trabalhadores do serviço público federal estão com salários congelados desde 2017 e amargam perdas salariais, acumulando uma defasagem salarial de, ao menos, 49,28%!

As categorias estão realizando uma série de atividades de mobilização e já acenam para a deflagração de uma greve geral do funcionalismo a partir de 9 de março. Um calendário de mobilização que segue até o fim de fevereiro foi construído na Plenária Nacional do Fonasefe para ser incorporado nas atividades dos sindicatos.

Pressão no Congresso

Os deputados de oposição e coordenadores da Frente Parlamentar Mista do Serviço Público protocolaram no dia 9 de fevereiro pedido para realização de uma Comissão Geral para tratar da recomposição salarial dos servidores. A Frente segue junto com os servidores sob o lema “Reajuste Já! Para todo o Serviço Público! Esse é mais um componente positivo para nossa pressão!

Mobilização

Com objetivo de fortalecer a mobilização e construir a greve, no dia 23 de fevereiro acontecerá nova Plenária Nacional do Fonasefe. Em março, nos dias 4 e 5, a Fasubra, nossa Federação, realizará Plenária Nacional Virtual, que discutirá o indicativo de greve, orientando assim para rodadas de assembleias até 22 de fevereiro.

 

 

Começa nesta quarta-feira, 16, e prossegue até o dia 22 de fevereiro, as inscrições para o IV Curso de Formação para Atuação nas Comissões de Heteroidentificação: Fundamentos conceituais e contextualização da luta negra no Brasil.

Link da inscrição: https://forms.gle/ttiizcBBobCAe8Gx8. A certificação será dada pela CPR/UFRJ. Inscreva-se! Divulgue! #pela manutençãodascotasem2022!

A UFRJ está desempenhando importante papel no controle social da política de cotas para o acesso ao ensino superior, mas para garantir que as vagas cheguem aos destinatários das ações afirmativas é fundamental a existência das comissões de heteroidentificação.  

 

Os sindicalizados que têm plano de saúde Sintufrj/Allcare e desejam comprovantes para fins de declaração do Imposto de Renda (IR/2021), devem proceder da seguinte forma:

Acessar o site da Allcare Benefícios e clicar no ícone Informe IR e, em seguida, digitar o CPF e a data de nascimento. 

 

 

Reformas da Previdência e do Trabalho, fim da valorização do Salário Mínimo e do combate à fome, entre outras medidas, fazem subir número de famílias rebaixadas de classe social

Publicado: 15 Fevereiro, 2022 – Escrito por: Rosely Rocha | Editado por: Marize Muniz

MARCELO CAMARGO / AGÊNCIA BRASIL

O fim ou a redução das políticas públicas implantadas pelos governos do PT, que protegiam as classes menos favorecidas e os trabalhadores de baixa renda, como o combate à fome e a valorização do salário mínimo, contribuíram para o aumento do número de famílias brasileiras que saíram das classes C e foram para a D ou E.

O retrocesso da ascensão social também foi provocado por reformas como a Trabalhista, de Michel Temer (MDB) e a da Previdência, de Jair Bolsonaro (PL), ambas tiraram direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e empurraram a aposentadoria para um futuro distante demais.

Durante os dois mandatos do ex-presidente Lula, 32 milhões de brasileiros saíram da pobreza e entraram na classe média. Em 2012, a classe média era composta por 104 milhões de pessoas, o que correspondia a 48,7% do total da população. 

Em 2021, após dois governos neoliberais, milhões de brasileiros despencaram da classe C para a D (renda de até R$ 2,8 mil) ou para a miséria. Pela primeira vez na década a classe média forma menos da metade da população brasileira. São 100,1 milhões de brasileiros, que representam hoje 47% do país, segundo pesquisa do Instituto Locomotiva.

A classe D/E subiu de 48,7%, em 2012, para 51,6% dos brasileiros, em 2021, totalizando 37,7 milhões de domicílios. A classe C (renda de até R$ 6,8 mil) se manteve no mesmo patamar entre 32,6% e e 32,8%. Já a classe B (renda de até R$ 21,3 mil) caiu de 15% para 13,3% de 2012 para este ano, de acordo com levantamento da consultoria Tendências. O fato da classe C ter mantido sua média pode ser motivada pela queda da classe B.

São diversos os motivos para o país ter revertido a linha de ascensão social das famílias que, nos anos dois mil, começou a se consolidar, mas depois de um período de crise econômica aliado a perdas de direitos, de renda e desemprego alto voltaram da classe C para D e E, e da B para C, entre eles a redução ou extinção de políticas públicas, diz Francisco Menezes, ex-presidente do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável (Consea), durante o governo Lula.

“Independentemente da pandemia, o que vem causando o empobrecimento das famílias são as escolhas dos dois últimos governos, que optaram pelo fim de políticas públicas que protegiam as classes menos favorecidas e os trabalhadores de baixa renda”, afirma Francisco, que atualmente é assessor de Políticas da Action Aid, uma organização internacional presente em 43 países, que trabalha pelo fim da pobreza.

A pandemia só mostrou o profundo poço da desigualdade social no país e no mundo, em que os ricos estão cada vez mais ricos, como mostram os relatórios da Oxfam.

– Francisco Menezes

A Oxfam é uma Confederação que tem como objetivo combater a pobreza, as desigualdades e as injustiças em todo o mundo. Essa rede conta com 20 organizações afiliadas e atua em mais de 90 países, inclusive no Brasil. 

Para o estudioso do combate à fome, algumas políticas públicas descontinuadas a partir de 2016, ano do golpe contra a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), foram as principais razões da queda do poder aquisitivo da maioria das famílias brasileiras, assim enumeradas.

1- Fim da prioridade do combate à fome

No governo Lula foi dada prioridade ao enfrentamento da fome em termos de políticas macroeconômicas com a formalização do trabalho, o aumento da renda, via salário mínimo e a geração de empregos, que em 2014 atingiu o pleno emprego.

“Ao lado disso, você teve uma série de políticas públicas no campo da agricultura familiar como o programa nacional de alimentação escolar que prevê a compra de alimentos para as escolas de produtores familiares.

2- Fim da Política de Valorização do Salário Mínimo

Desde 2019, primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro (PL), a correção do salário mínimo acima da inflação deixou de ocorrer. Isto acabou por impactar não só a distribuição de renda entre os mais pobres (30 milhões de brasileiros vivem com um salário) como também os ganhos de outros trabalhadores que têm remuneração baseada no valor do mínimo.

3- Reforma Trabalhista

Segundo Francisco, a reforma Trabalhista de 2017, no governo de Michel Temer (MDB-SP) teve um peso muito grande na perda de renda do trabalhador, por causa do aumento da informalidade, da precarização, do trabalho intermitente e da perda de direitos. 

“A renda do trabalhador vem caindo a cada ano, pois hoje em dia é muito comum demitir e depois contratar outra pessoa com salário menor e com menos direitos”, afirma Francisco.

4- Reforma da Previdência

Também no governo Bolsonaro, a reforma da Previdência, em 2019, que aumentou o tempo de contribuição e diminuiu os valores dos benefícios, causou perda de renda das famílias, que muitas vezes dependem da aposentadoria de um de seus membros.

“Com as mais de 630 mil mortes causadas pela pandemia, as famílias que perderam seus chefes, também perderam poder de compra pela redução do dinheiro que entrava em suas casas”, explica Francisco.

5 – A falta de uma reforma Tributária

No Brasil você paga imposto sobre o consumo, afetando o orçamento dos mais pobres. O rico paga o mesmo valor de imposto sobre um quilo de arroz que o mais pobre. E a classe média além de pagar sobre o consumo ainda paga no Imposto de Renda feito anualmente, analisa Francisco.

“O Brasil tem de enfrentar o problema da reforma tributária da riqueza, não é possível prolongar este tipo de decisão”, pondera.

6 – Falta de reajuste do Bolsa Família

De acordo com Francisco Menezes, o programa Auxílio Brasil precisava ser definitivo antes de substituir o programa Bolsa Família, que era permanente. 

“Substituíram o Bolsa Família por um programa mal ajambrado e a população está recebendo um valor maior no Auxílio Brasil achando que é definitivo, mas ele acaba no final deste ano. Em 2023 vai baixar praticamente à metade”, diz.

7 – Inflação e preços dos alimentos

Outro fator de empobrecimento e do aumento da fome é sobretudo os preços dos alimentos que estão em índices muito altos, atingindo, sobretudo, alimentos básicos como arroz, feijão, carnes, óleo de soja, que pesam muito no orçamento das famílias brasileiras de classe média e das camadas D e E.

“Isto é fruto de erros e de decisões que não deveriam ter sido feitas como a questão dos estoques reguladores de alimentos. O atual governo zerou os estoques de feijão e arroz, trazendo instabilidade ao mercado. Sem esquecer que a questão climática, como seca no Sul e enchentes no Nordeste, causou perdas em outros produtos também básicos ”, analisa Francisco.

Reforço que não é a pandemia, a principal causa dessa crise que empobrece as famílias brasileiras. Foram as escolhas no passado recente que aprofundaram a desigualdade social, deixando milhões de brasileiros passando fome- Francisco Menezes

 

 

    Da Agência Senado | 15/2/2022

O Memorial tem estruturas que simbolizam velas em homenagem às vítimas da doença/Roque de Sá/Agência Senado

A lembrança das quase 639 mil vítimas da covid-19, as críticas à condução do governo no combate à pandemia e a valorização das vacinas e da ciência marcaram, nesta terça-feira (15) a inauguração do Memorial às Vítimas da COVID-19 no Brasil. Localizado no Senado, o memorial tem estruturas que simbolizam velas em homenagem às vítimas da doença.

— Nós queríamos escrever a história somente com seus bons momentos e sem os eventos trágicos, mas a história registra pouco sobre as expectativas e muito sobre os fatos. É pelos fatos que nós estamos aqui reunidos. Nos dois últimos anos, o Brasil sofreu a sua maior dor.  Registramos, hoje, mais 638 mil irmãos brasileiros e brasileiras mortos pela covid-19 — lamentou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, durante a cerimônia.

Ele também lembrou os três senadores que perderam as vidas para a doença — Arolde Oliveira, José Maranhão e Major Olímpio —, além dos servidores vitimados pela covid-19 e dos profissionais de saúde, que fazem parte de um grupo com grande número de acometidos pela doença.

— Graças aos profissionais de saúde, muitos dos infectados  não serão homenageados neste memorial, pois conseguiram vencer doença.  Meu muito obrigado a todos profissionais da saúde do Brasil. Vocês são verdadeiros heróis anônimos, que trataram com coragem disposição de milhões de brasileiros, muitas sem a devida estrutura e proteção — continuou Pacheco.

Memorial

O memorial, localizado na parte superior do Auditório Petrônio Portela, reúne 27 prismas de mármore, representando as unidades da Federação. Os prismas são iluminados internamente e simbolizam velas em honra das vítimas da doença no Brasil. O distanciamento entre as estruturas vai permitir aos visitantes um passeio entre as luzes. O monumento, projetado pelos arquitetos Vanessa Bhering e André Luiz Castro, conta com rampas para o acesso de pessoas em cadeiras de rodas.

A criação do monumento está prevista na Resolução do Senado Federal nº 26, de 2021. A resolução em origem no PRS 46/2021, apresentado pelo relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, senador Renan Calheiros (MDB-AL) e relatado pelo presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM).

Ao homenagear as vítimas e relembrar os trabalhos da CPI, Renan Calheiros lamentou a postura do presidente da República, Jair Bolsonaro, durante toda a pandemia e afirmou que o Brasil foi vítima do negacionismo e da indiferença. Para ele, o péssimo desempenho do Brasil no combate à pandemia se deve ao comportamento “reiteradamente obscurantista” do chefe da nação. Para ele, muitas das mortes poderiam ter sido evitadas.

— São quase 640 mil óbitos, muitos deles evitáveis se houvesse respeito às recomendações da ciência, aquisição tempestiva dos imunizantes, correta orientação de campanhas verdadeiras sobre a situação sanitária mundial, todas as boas práticas aconselhadas pela ciência — lembrou Renan.  

Ele fez um apelo para que os projetos oriundos da CPI sejam votados com maior brevidade possível pelo Senado. Renan Calheiros lembrou que tradicionalmente os projetos oriundos de comissão são analisados diretamente pelo Plenário e fez um apelo o presidente do Senado para que os projetos entrem na Pauta. Em resposta, Pacheco reafirmou seu compromisso de dar seguimento às proposições.

Negacionismo

Também na cerimônia, o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que é inaceitável qualquer tipo de audiência feita por instituição pública negar vacina. O senador fazia referência à sessão temática feita na última segunda-feira (14) sobre a efetividade do passaporte sanitário — proveniente da vacinação — a ser adotado como medida de enfrentamento à pandemia de covid-19.

— É inaceitável e um desrespeito às vítimas da pandemia que, em tempos atuais, ter qualquer tipo de audiência em instituição pública a negar a vacina, seja para adultos ou crianças. Esse é um memorial para que nunca mais aconteça, mas ele não é o bastante. É preciso dar seguimento ao relatório da CPI e, sobretudo, não dar espaço ao negacionismo fascista propagandeador da morte é um dever civilizatório dos tempos em que vivemos.

Gesto

Também participou da cerimônia Sueli Aparecida Belatto, representante da Associação Vida e Justiça. A entidade de apoio e solidariedade às vítimas vivas e aos familiares das vítimas fatais da covid-19. Para Sueli Belatto, a criação do memorial é um gesto importante, que qualquer país civilizado deve ter em consideração às vítimas.

— Para que não se esqueça, e para que nunca mais repitam tragédias como esta é que estamos juntos, lutando para que outras homenagens reais sejam prestadas, como por exemplo, a continuação do fortalecimento do SUS e de todas as instituições que socorrem agora as vítimas de covid. Estamos juntos e seguiremos nessa luta para que ninguém mais perca sua vida inutilmente.

O presidente da Associação Brasileira de Vítimas da Covid, José Mauro Queijada, agradeceu a homenagem prestada pelo Senado e disse que erros na condução da pandemia vitimaram a população.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado