• Dia 7/11 (quinta-feira).
  • Horário: das 10h às 14h.
  • .Local: sala 207 – bloco A.

 

Justo em meio ao seminário nacional sobre Carreira, momento de intensa participação da categoria no amadurecimento das propostas para consolidação dos elementos acordados na greve, os representantes da Fasubra na Comissão Nacional de Supervisão de Carreira (CNSC) Vânia Helena Gonçalves e Marcelo Rosa lamentaram dar a notícia de que o trabalho da comissão na formulação da minuta do Projeto de Lei foi desrespeitado com a retirada, no texto do Projeto preparado pelo MGI, de quatro pontos importantes. Gerou a indignação da categoria, que aprovou indicativo de paralisação de 48 horas dias 15 e 16 de outubro.

Vânia Gonçalves e Marcelo Rosa repassem as informações que receberam sobre o que estaria fora do PL. Veja as explicações no vídeo a seguir:

Quais são os pontos:

Cargo de auxiliar em educação

Segundo o MGI, a maior parte do acordo estava no PL, mas algumas questões não deveriam constar, como o cargo de auxiliar em educação (segundo Vânia, já dentro da CNSC não havia acordo por parte do MEC e do fórum de pró-reitores de pessoal). Mas o MGI informou que a tratativa deste ponto vai continuar, só que no futuro.

O que é – Segundo o GT Carreira, a proposta na CNSC-MEC é de constituição de dois cargos amplos: Analista Educacional (nível superior) e Técnico Educacional (nível médio), mas que incluiriam apenas os níveis C, D e E. Ao passo que a proposta do GT é de criação de mais um macro cargo, o de Auxiliar Educacional (que incluiria o pessoal de nível fundamental). Seria composto ainda de servidores ocupantes dos cargos extintos, vagos, suspensos e a vagar e as vacâncias decorrentes desses cargos seriam transformadas em novas vagas para os dois outros cargos (Técnico e Analista Educacional).

Reposicionamento de aposentados

Esse seria o segundo ponto que, para o MGI, teria que estar fora do PL. Porque teria que ser tratado num GT (que realmente foi constituído, o GT Cargos) e que não há uma previsão orçamentária. Aqui Vânia pede um parêntesis: “Não há previsão orçamentária porque nós não tivemos os dados fornecidos pelo governo para que a gente pudesse fazer repercussão. Que pedimos, aliás, desde o ano passado. Incrivelmente, o governo disse que não tem nenhum órgão que (os dados)”, disse ela, contando que os representantes do MGI dizem que tem que ser trabalhado com mais calma, num futuro PL, se for viável.

O que é – Pela proposta, deveriam ser reposicionados os servidores e instituidores de pensão que se encontravam na última referência e se aposentaram na integralidade até 28 de fevereiro de 2005. O reposicionamento busca restabelecer no PCCTAE, novo padrão de vencimento na mesma posição relativa em que se encontravam no ato da aposentadoria.

Reconhecimento de Saberes e Competências

O governo informou que o RSC  não poderia estar neste deste PL porque, como é para 2026, não consta no orçamento porque este só será encaminhado em 2025. O que, segundo Vânia, não procede porque o reajuste para 2026 fruto do acordo (de 5%) consta do PL embora também seja para 2026. “E nós sabemos que o RSC é um instrumento da carreira. Então ele pode muito bem entrar nesse PL e a repercussão financeira para 2026,n o orçamento em 2025”, diz ela, apontando o segundo argumento do governo: os grupos de trabalho ainda não teriam terminado o trabalho. Outra incongruência. “Porque do ponto de vista do PL, todo o trabalho já foi feito nos grupos de trabalho, já aprovado na Comissão Nacional”. Aprovado e assinado. Então, o que está sendo discutido nos grupos são regulamentações para um decreto.

O que é – O RSC é, segundo o GT do Sintufrj, um meio de reconhecimento, uma forma de amenizar desigualdades entre servidores e de incentivar o desenvolvimento profissional que, pela proposta, podem requerer ativos, aposentados e pensionistas que tiverem adquirido critérios como atividades exercidas além da atribuição de cargos, cumprir requisitos do nível atual e somar pontuação para o benefício, realizar atividades relacionadas e ter avaliação positiva. O acordo previa sua implantação em abril de 2026.

Regras de transição da Capacitação

Marcelo explica: “Nós, com o suporte da assessoria jurídica da Fasubra, provamos dentro da CNSC que poderiam se manter as duas formas de Desenvolvimento – a progressão por mérito e a progressão por capacitação, chamada agora de aceleração. E garantimos dentro da minuta de PL a regra de transição. Mas o MGI manteve (somente) a regra de transição para a progressão por mérito e disse que não era preciso para progressão por capacitação ou aceleração por capacitação.

Segundo Marcelo, foi reafirmado para o MGI que ambas precisam estar descritas na lei, para que não se fique sujeito às interpretações das pró-reitoras em prejuízo do processo de aceleração que a categoria já garantiu.

O que é – A aceleração da progressão por capacitação possibilita que servidores avancem mais rapidamente na carreira por meio de cursos de qualificação e aprimoramento profissional.

CNSC também vai cobrar

“Essas são as dificuldades que vamos ter agora que superar. Para isso, nós acordamos também por unanimidade na CNSC-MEC que esta vai se posicionar oficialmente com relação a essa interpretação do MGI com os quatro pontos”, disse Marcelo informando que a comissão vai cobrar o MGI que o PL siga para a Casa Civil com todos esses elementos. A Fasubra também cobrou do MEC que se manifeste a respeito.

“Uma vez que a gente aprovou na Comissão, teve acordo e foi encaminhado. Então, é por isso que a gente tem, através da Comissão Nacional, que reafirmar a posição que foi votada sobre as propostas que foram construídas a partir do acordo de greve”, reiterou Vânia.

 

Mesmo com um estatuto vigente para os idosos, Brasil enfrenta desafios no combate ao preconceito e na inclusão social de uma população idosa crescente

PUBLICAÇÃO DA CUT

O  Dia Internacional e Nacional da Pessoa Idosa é comemorado neste 1º de outubro, uma data que coincide com a aprovação da Lei n.º 10.741, em 2003, que estabeleceu o Estatuto da Pessoa Idosa que garante o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.

No entanto, para que essa mudança ocorra são necessárias políticas públicas eficazes e um compromisso real com a inclusão dos idosos. O Brasil, apesar de ter instituído o Estatuto da Pessoa Idosa, carece de uma proteção jurídica robusta e de ações concretas que garantam o bem-estar e a dignidade dessa população.

Este marco jurídico, ainda pouco difundido na sociedade, deveria ser um instrumento central na proteção dos direitos dos mais velhos. No entanto, 21 anos após sua promulgação, o Brasil continua a enfrentar sérios desafios relacionados ao envelhecimento populacional e ao preconceito contra os idosos, o chamado etarismo.

“O Estatuto do Idoso foi uma conquista muito grande, mas ele é pouco conhecido e debatido”, observa Ari Aloraldo Nascimento, Secretário das Pessoas Aposentadas, Pensionistas e Idosas da CUT. Segundo ele, o desafio agora é popularizar o estatuto, tornando-o um instrumento efetivo na proteção dos direitos dos mais velhos.

Envelhecimento e etarismo

A demografia brasileira passou por uma transformação expressiva nas últimas décadas. A população idosa cresceu 39% nos últimos anos, e as projeções indicam que, até 2030, o Brasil será o quinto país com a maior proporção de idosos no mundo. Essa realidade impõe a necessidade de adaptação da sociedade a uma nova configuração etária, mas o que se observa, na prática, é a perpetuação de estereótipos e discriminações que afetam diretamente essa faixa etária.

O etarismo, ou idadismo, é uma das formas de discriminação mais universais e persistentes. Ele atravessa fronteiras de gênero, raça e classe social, e seus impactos, embora muitas vezes subestimados, são devastadores, principalmente para a saúde mental dos idosos. Gestos aparentemente inofensivos, como comentários sobre a “incapacidade” ou “inadequação” dos mais velhos, reforçam uma visão negativa do envelhecimento, associada à fragilidade e à obsolescência. O resultado? Solidão, depressão e um profundo declínio na autoestima e no bem-estar mental.

A questão, contudo, não se limita ao campo das interações sociais. O preconceito contra idosos está profundamente enraizado na estrutura da sociedade, especialmente no mercado de trabalho. Mesmo em um cenário onde outros tipos de discriminação, como racismo e homofobia, têm ganhado visibilidade e enfrentado maiores esforços de combate, o etarismo permanece à margem das discussões.

O afastamento de pessoas idosas da força de trabalho é um reflexo dessa marginalização. A filósofa francesa Simone de Beauvoir, nos anos 1970, já denunciava a lógica de uma sociedade que valoriza a produtividade e a aparência em detrimento da experiência e do conhecimento acumulado ao longo da vida. Em um ambiente competitivo e machista, os mais velhos são, frequentemente, excluídos e descartados.

A exclusão etária coloca em xeque não apenas a dignidade dos idosos, mas também a própria riqueza cultural e intelectual de uma sociedade. É impossível imaginar o Brasil sem as contribuições de Chico Buarque, Fernanda Montenegro ou Luís Fernando Veríssimo, cujas obras e trajetórias transcendem a idade. E o que seria da computação sem a genialidade de Bill Gates, hoje com 68 anos? Assim, o envelhecimento, longe de ser uma sentença de obsolescência, deve ser reconhecido como uma fase de acumulação de sabedoria e de contribuição ativa para o tecido social.

A transição demográfica brasileira exige, além de ajustes estruturais, uma profunda transformação cultural. O combate ao etarismo deve ser visto não apenas como uma questão de direitos humanos, mas como um passo necessário para o desenvolvimento de uma sociedade verdadeiramente inclusiva, que respeite e valorize todas as gerações.

Neste 1º de outubro, ao celebrar o Dia da Pessoa Idosa, a sociedade brasileira  precisa refletir sobre sua postura diante do envelhecimento e, mais do que nunca, deve se comprometer a garantir que os direitos e a dignidade dos idosos sejam efetivamente protegidos e promovidos. O envelhecimento não pode continuar a ser visto como um fardo, mas como uma fase rica em experiência e sabedoria, essencial para o progresso e a coesão social.

Fonte: Fasubra

A Fasubra Sindical protocolou, na tarde desta segunda-feira (30), um ofício dirigido ao Secretário de Relações de Trabalho do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), José Lopez Feijó, solicitando esclarecimentos sobre a retirada de pontos importantes da Minuta do Projeto de Lei (PL) que formaliza os acordos resultantes da última greve. O documento, que seria encaminhado ao Congresso Nacional, teve trechos retirados sem aviso prévio, o que gerou preocupação entre a categoria.

No ofício, a Direção Nacional da Fasubra destaca o desconforto e a desconfiança que a categoria sentiu diante da exclusão dos pontos acordados, considerados cruciais para o cumprimento do que foi negociado durante a greve. A Federação também cobrou uma justificativa formal sobre a decisão que levou à retirada desses pontos da proposta legislativa.

Segundo a Fasubra, a ação do MGI coloca em risco a confiança estabelecida no processo de negociação e compromete o diálogo entre governo e trabalhadores(as). A retirada desses itens da minuta do PL pode afetar diretamente os trabalhadores, que esperavam a implementação dos acordos firmados como parte do término da greve.

O documento enviado pela Federação, contendo todos os questionamentos e solicitações, está disponível para leitura completa no link abaixo.

Leia o documento na íntegra aqui.
https://drive.google.com/file/d/1nDdRR6saq1vuWrf8vYe4SjB0cbesjkzA/view?usp=sharing

Governo recua de pontos vitais celebrados no acordo de greve. Atitude é interpretada como afronta ao esforço coletivo dos trabalhadores

Resolução foi provocada pelo recuo do governo, no que toca ao acordo da greve, com o anúncio da retirada de quatro pontos importantes que estariam na minuta do Projeto de Lei – que foi fruto de trabalho intenso da federação durante três meses. São pontos resultantes dos acordos firmados durante o período de greve e fiel ao que foi acordado na Comissão Nacional de Supervisão da Carreira (CNSC, formada com representantes dos trabalhadores e do governo. Os quatro pontos são o reposicionamento dos aposentados, a criação do cargo de auxiliar, a aceleração da progressão por capacitação e o Reconhecimento de Saberes e Competências.

Como foi?

Na semana passada aconteceram dois importantes encontros da Fasubra, em Brasília: o Seminário Nacional (dias 26 e 27) sobre  Carreira, seguido da Plenária Nacional da Federação (dias 28 e 29), focados nos desdobramentos do acordo de greve da categoria e na conjuntura.

Os itens que o governo quer, agora, recuar, foram alvos  de muito estudo e empenho por parte dos integrantes do GT Carreira do Sintufrj e, naturalmente, de GTs de dezenas de outras entidades, cujas contribuições confluíram para o seminário.

Qual não foi a surpresa quando, justo no primeiro dia, os presentes recebem a notícia, dada pelos representantes da direção nacional, Marcelo Rosa e Vânia Helena, de que a Comissão Nacional fora desrespeitada: “O desrespeito à Comissão Nacional representa uma afronta ao esforço coletivo dos trabalhadores e à legitimidade do processo de negociação que envolveu a greve e as pautas acordadas”, alertaram.

Vânia Helena afirmou que a Minuta Projeto de Lei (PL) seguiu rigorosamente todos os pontos acordados na Comissão. “No entanto, quando recebemos a proposta final, retiraram quatro pontos importantes que estavam alinhados com nossas reivindicações”, destacou a dirigente, conforme informe da Federação.

Na Plenária

Além do documento “Fasubra e os desafios da conjuntura política”, com oito importantes temas para a reflexão e organização do movimento (sobre as eleições municipais de 2024, a democratização das Instituições Públicas de Ensino Superior, a crise climática, a luta contra a privatização das universidades estaduais de São Paulo, a situação da UERJ, solidariedade ao povo palestino e ao mandato do Deputado Federal Glauber Braga), foi aprovada a resolução da paralisação de 48 horas provocada pelo recuo do governo: “A garantia da efetivação do acordo de greve é a mobilização dos trabalhadores. Por isso foi aprovada a paralisação de 48 horas nos dias 15 e 16 de outubro para mostrar a força da categoria e a disposição de defender nossos direitos”, diz o documento.

E agora?

Segundo o coordenador de Comunicação da Fasubra, Francisco de Assis, a federação fechava, na tarde desta segunda-feira (30), ofício cobrando satisfação ao governo pelo recuo no processo de negociação – conforme deliberação da plenária. A outra orientação é intensificar a mobilização para fortalecer as assembleias de base para organizar os dois dias de paralisação. Também está acertado ato dos aposentados na porta do Ministério da Gestão e Inovação para protestar contra a retirada do ponto do reposicionamento do documento.

Segundo Francisco, não se fala em quebra do acordo porque ainda está dentro do prazo previsto para a negociação. A retirada dos pontos foi deste projeto de lei – que é grande e incluiu o negociado com todas as categorias –, mas para a Fasubra significa sim um recuo que exige a mobilização da base e os dois dias de paralisação para demonstrar a disposição de luta da categoria.

A plenária também entendeu que foi correto o posicionamento de duas coordenadoras da federação enviado por ofício ao governo pedindo a inclusão dos doutores entre os elegíveis ao incentivo pelo Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC). Ou seja, que seja extensivo a toda categoria. Independentemente da escolaridade ou nível de classificação.

Um dos argumentos para a retirada do item do PL é relativo á previsão orçamentária. No entanto, o benefício só seria concretizado em 2026, portanto possível de constar sua previsão no orçamento do próximo ano.

Enviado o ofício, a Fasubra aguarda a resposta.

 

Resolução da plenária sobre o RSC

Veja o vídeo da Direção da Fasubra sobre a construção coletiva e aprovação da resolução.

Plenária da Fasubra aprova paralisação de 48 horas dias 15 e 16 de outubro

 

https://www.geledes.org.br/demonizacao-de-cosme-e-damiao-por-evangelicos-da-corda-para-intolerancia-religiosa/ Fonte: Folha de São Paulo, por Anna Virginia Balloussier

Fotos: Elisângela Leite

O pastor batista Marco Davi Oliveira cresceu sem poder comer os doces ensacados nas tradicionais embalagens de papel branco com detalhes em verde e rosa. “Fugia e comia, mas me sentia meio culpado. Parecia estar cometendo um grande pecado”, conta.

Hoje até ri ao lembrar das estripulias da meninice evangélica, mas acha pouca graça no que define como “fundamentalismo religioso muito forte nas mentes das pessoas”.

“A gente tem que respeitar o sagrado do outro”, diz Nilza Valéria Zacarias, coordenadora da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito. Mas a demonização do alheio não vai passar num estalar de dedos, ela reconhece.

A tradição que marca o dia dos santos gêmeos une crianças, responsáveis e doadores, muitos deles em demonstração de fé e agradecimento. Mas em vez de mera distribuição de doces, se tornou também uma ação social, com a distribuição de alimentos, roupas e itens de higiene pessoal.

“Cosme e Damião são figuras importantes tanto na tradição católica quanto nas religiões de matriz africana, como o candomblé e a umbanda, onde são sincretizados com os orixás infantis conhecidos como Ibeji,” explica o historiador João Martins. A celebração, inicialmente restrita ao campo religioso, expandiu-se, tornando-se uma prática cultural que encanta gerações de crianças, especialmente nas Zonas Norte e Oeste do Rio de Janeiro, onde a tradição de distribuir doces ainda é forte.

Fonte: Diário do Rio

Fotos: Elisângela Leite

COSME E DAMIÂO fazem alegria das crianças do Complexo da Maré

FOTOS: RENAN SILVA

Os trabalhadores do Campus Ufrj em Duque de Caxias Professor Geraldo Cidade puderam contar com mais uma edição do “Sintufrj Tira-dúvidas”. Esta é uma ação do Sindicato  que reúne profissionais de diversos setores da entidade para visitas aos diversos campi para atender as demandas dos sindicalizados. No dia 11, a visita foi à Praia Vermelha. E a previsão é de que o próximo seja em Macaé. O objetivo da iniciativa é ampliar a prestação de serviços oferecidos diariamente na sede e subsede local do sindicato e também acolher os que necessitavam de informações e encaminhamentos, mas ainda não haviam se sindicalizado.

Instalados na sala do Inova, o container da Inovação do Campus UFRJ Duque de Caxias, ao lado do Núcleo Multidisciplinar de Pesquisa UFRJ – que, na fachada, anunciava com uma enorme faixa e banners a presença do Sintufrj – , profissionais de diversos setores, como do Departamento Jurídico, da Assessoria das ações coletivas, da Administradora de planos de saúde All Care, do Setor de Convênios, da Assessoria de Saúde e Segurança o Trabalho e do Espaço Saúde do Trabalhador do Sintufrj, estavam a postos para atender o público que aproveitou a oportunidade para atualizar informações sobre planos de saúde, ações judiciais, novos convênios, e muito mais. Além de usufruir o delicado trabalho de Auriculoterapia (técnica derivada da acupuntura, que faz pressão em pontos específicos da orelha) feito pelos professores do Espaço Saúde. Jornais e cartilhas foram distribuídos para divulgar as inúmeras frentes da ação da entidade, como as iniciativas políticas, conquistas da greve, ganhos judiciais e os serviços e convênios oferecidos pelo Sindicato.

Avaliações

Num breve balanço, a coordenadora do Sintufrj Marly Rodrigues, que acompanhou toda ação e convocou servidores a conhecerem o atendimento, explica o valor da iniciativa: “Pincipalmente para as unidades isoladas, é importante esse trabalho. A equipe poderia vir pelo menos uma vez por mês, mostrando que o Sindicato está perto”, diz. “A gente, que trabalha no Fundão, vê o sindicato ali perto. Por isso é importante dar continuidade a este trabalho aqui. As pessoas se sentem acolhidas, lembradas. O polo é pequeno e acho que a quantidade de pessoas que está vindo é boa”.

FOTOS: Renan Silva

Marly, ao centro, com o Banner do evento

Uhelinton Fonseca Viana (foto abaixo), assistente em Administração da Secretaria Acadêmica, doutor em Educação, foi o primeiro a ser atendido e procurou tirar dúvidas sobre planos de saúde e comentou a iniciativa da entidade de levar toda aquela estrutura ao campus de Duque de Caxias. Para ele, deveria se repetir sempre: “A gente tem que ter suporte do sindicato. Sem este suporte a gente não consegue muita coisa”, diz ele, acrescentando “Se a gente não tiver o sindicato mostrando presença aqui, a gente realmente fica muito vulnerável”.

A equipe foi recebida com a gentileza da técnica em assuntos educacionais Arnalda Souza da Silva (foto abaixo), que presenteou os trabalhadores com duas garrafas de café bem quentinho. Ela está desde 2010 no campus de Caxias, ajudou a construir a Coordenação de Desenvolvimento, Educação e Pedagogia, para acolhimento dos alunos, e hoje trabalha na Biblioteca. Ela conta que é Pedagoga e que acredita, pela sua formação, que todo serviço que propicia união traz benefícios para todos. “É bacana, proveitoso, saudável e, mesmo que tenha algum (serviço) que você não goste, outro vai gostar. E nós, que trabalhamos com atendimento ao aluno, a gente faz da melhor forma possível.

A assistente em administração Fátima Cristina dos Santos (foto abaixo) foi delegada de base de Caxias. Ela trabalha desde 2011 na UFRJ, está no Diretoria de Comunicação e cuida das redes sociais: “Essa ação itinerante é muito importante. Porque a gente fica mais distante e ] com pouco contato com o sindicato. E a gente fica mais a par das ações mais políticas, do que sobre os serviços”, disse, contando que fez Auriculoterapia. Ela disse que já expressou a coordenação geral o pedido para que a iniciativa retorne de maneira regular.

Próximos “Tira-dúvidas”

Nesses eventos acontecem também filiações sindicais, abertura de processos, adesões a convênios e o diálogo para mobilização da base. A proposta de direção é continuar realizando a atividade ao menos duas vezes ao mês, alternando os campi do Rio de Janeiro e os de fora. Em outubro a previsão é a realização em Macaé. Até o fim do ano, o plano é levar a caravana também nas unidades externas, como o Museu e Ifcs.

A direção também planeja fazer uma edição no Hospital Universitário porque, mesmo sendo próximo à sede, tem particularidades no regime do trabalho que justificam a atenção.

Veja como foi o “Sintufrj Tira-dúvidas” dia 11 na Praia Vermelha:

Sintufrj Tira-Dúvidas agita Praia Vermelha

Servidora Daniela Tavares, que tem deficiência visual grave, foi uma das protagonistas da elaboração do documento. Ela foi reverenciada por dirigente do Sintufrj e representantes da universidade

Nesta sexta-feira, 27, o lançamento do Dossiê Acessibilidade, especial da Revista Práticas em Gestão Pública Universitária (PGPU), no Salão Nobre do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN), marcou o mês de setembro em que é celebrado o Dia Nacional de Luta da Pessoa Com Deficiência.  O especial pode ser acessado pelo endereço https://revistas.ufrj.br/index.php/pgpu/issue/view/2813

A Revista PGPU é um periódico eletrônico semestral e esta edição traz vinte e quatro artigos científicos que nos mostram diferentes abordagens da temática acessibilidade. Dos editores convidados dessa edição especial três compuseram a mesa de lançamento do Dossiê: Daniela Cardoso Tavares (Instituto  Tércio  Pacitti  de  Aplicações  e  Pesquisas Computacionais/NCE), Claudia Martins e Rita de Cassia Oliveira Gomes (DIRAC).

Daniela Tavares, que tem uma deficiência visual grave, e que teve participação significativa na elaboração do Dossiê, foi especialmente reverenciada pela Pró-reitora de Graduação, Maria Fernanda Quintela, pela editora-chefe da PGPU, Ivaneide Grizente, pela Coordenadora de Políticas Sociais do Sintufrj, Marli Rodrigues, e pelo Decano do CCMN, Josefino Cabral Lima.

“Acompanhamos a questão da acessibilidade há muito tempo e acompanhamos a Daniela desde que entrou na universidade. Ela é uma pessoa incansável na luta das pessoas com deficiência. E ver a Daniela nesta mesa não tem preço. É ver que a luta vale a pena e que Daniela nunca desistiria. Como disse Maria Fernanda Quintela é importante que a gente não fique só nessa sala e só nessa comemoração. Que a gente parta para as ações para dar condições de as pessoas com deficiência estarem na universidade”, declarou a coordenadora do Sintufrj, Marli Rodrigues.

“Foi uma edição especial em formato dossiê, uma edição prazerosa importante e bem trabalhosa. Tenho orgulho e satisfação nesse lançamento. Agradeço nominalmente a Daniela que nos ajudou imensamente. Entendemos a importância desse tema e temos a consciência de que precisamos avançar muito”, afirmou a editora-chefe da PGPU, Ivaneide Grizente.

Daniela Cardoso falou emocionada: “Eu realmente agradeço as palavras. Estou na universidade há 19 anos. Tenho uma deficiência visual, eu perco a minha visão ao longo dos anos. Fazer esse dossiê e realizar esse trabalho para mim foi uma honra. Agradeço imensamente a oportunidade e agradeço a todos os envolvidos que trabalharam muito para realizar esse dossiê. E realizá-lo significa mais um dia nacional de luta da pessoa com deficiência e que temos muitos desafios a vencer. Talvez se tenha avançado muito ao longo dos séculos se olharmos para a história da humanidade. Porém, ainda avançamos muito pouco. Precisamos avançar muito mais para que possamos ter uma sociedade cada vez mais justa e inclusiva.”

A diretora de Acessibilidade, Rita Gomes, relatou que a UFRJ há 14 anos tinha menos de 500 pessoas com deficiência e hoje tem mais de mil estudantes, fora servidores e terceirizados. E hoje a UFRJ corre atrás dessa realidade. Mas diz que têm muitas esperanças de mudanças.

“Várias universidades hoje estão em condições menos desconfortáveis do que nós. Mas nós que estamos aqui somos resistentes e persistentes. Acreditamos que esse espaço será transformado. Que esse trabalho não seja apenas mais um dossiê, mais que seja um dossiê que realmente seja mais um degrau para a acessibilidade na universidade”, disse Rita.

 

Dossiê Acessibilidade

São vinte e quatro artigos científicos que nos mostram diferentes abordagens da temática deste  número. Dos editores convidados dessa edição especial, três compuseram a mesa de lançamento do Dossiê: Daniela Cardoso Tavares, Claudia Martins e Rita de Cassia Oliveira Gomes.

A escolha do tema partiu da demanda apresentada por  uma  das  Unidades  da  UFRJ –Instituto  Tércio  Pacitti  de  Aplicações  e  Pesquisas Computacionais/NCE, por iniciativa da técnico-administrativa Daniela Cardoso, em conjunto com a Superintendência Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Acessibilidade (SGAADA) por meio da Diretoria de Acessibilidade(DIRAC) organizadas para participarem da PGPU.

Com o intuito  de  valorizar  a  história  de  servidores  técnico-administrativos  (ativos  e aposentados), por sua atuação, desempenho, motivação ou outras características dignas de serem compartilhadas, foi criada a seção Entrevista. Este número conta com a participação dos técnico-administrativos Rogério da Silva Cruz e  Gustavo  Cravo  de  Azevedo entrevistando Denise  Góes,  Superintendente  Geral  de Ações  Afirmativas,  Diversidade  e  acessibilidade/SGAADA.

Cabe  ressaltar  o  momento histórico da criação da SGAADA (recém-criada em 2023) como um forte marco para a UFRJ e tendo a pauta racial como um dos principais focos do atual governo. Denise Góis é conhecida por incansável  luta  antirracista na Universidade.

A revista

A Revista PGPU foi lançada em 2017 e é uma publicação prioritariamente dedicada aos TAES. É um periódico eletrônico semestral, de acesso livre e irrestrito. Tem fluxo contínuo e aberta a qualquer momento a receber trabalhos.

O objetivo da publicação é a divulgação de análises, reflexões e resultados de trabalhos – voltados para a área da Gestão Pública Universitária – de técnicos administrativos em educação (ativos e aposentados), gestores, pesquisadores, professores, estudantes e trabalhadores terceirizados das instituições públicas de ensino superior de todo o país, priorizando a publicação de trabalhos escritos por técnicos administrativos ou que contenham técnicos entre seus autores. É editado pela Pró-Reitoria de Pessoal (PR4) em conjunto com o Fórum de Ciência e Cultura (FCC) da UFRJ. FOTOS: ELISÂNGELA LEITE

LANÇAMENTO DO DOSSIÊ NO SALÃO NOBRE DO CCMN. NA MESA: Josefino, Ivaneide, Cláudia, Maria Fernanda, Rita Gomes, Daniela, Marli e Angélica Dias (NCE)
DANIELA E MARLI que fez homenagem à luta pela acessibilidade
CAPA DA EDIÇÃO ESPECIAL da Revista

Com bolo e balões pretos, estudantes da Escola de Educação Física protestaram, na manhã desta quinta-feira, 26, no Conselho Universitário (Consuni), pela passagem de um ano da queda de trechos da marquise do prédio (foi no dia 6 de setembro de 2023) da unidade. O incidente se repetiu uma segunda vez, em 2 de maio deste ano, reforçando a gravidade da situação.

A estudante Alessandra Pessoa de Vasconcelos, que falou em nome do grupo, destacou que não era um dia de felicitar a UFRJ, mas de “comemorar o desaniversário” de um ano do desabamento. Ela leu carta aberta do corpo social da escola.

Aprovada em reunião dos coletivos dos estudantes, professores e técnicos-administrativos, a carta aponta inconformismo da comunidade diante de um ano de penúria predial que se soma às condições precárias da UFRJ.

Reivindicações

Os estudantes reivindicam a aceleração no processo de recuperação das instalações dos blocos C, D e E, os ginásios para as aulas práticas, e o aluguel de contêiners-vestiários, de modo que possam ocupar os ginásios da escola a partir de 14 de outubro.

Pedem também celeridade nas alternativas de espaços fundamentais para o funcionamento a partir de fevereiro de 2025, das atividades acadêmicas e administrativas; providências para a conclusão dos reparos no prédio, notadamente os blocos A e B, que envolvem salas de aulas teóricas, vestiários, laboratórios e setores administrativos.

“A gente está vivendo um momento muito difícil. E precisamos reverberar o verbo esperançar, como disse Paulo Freire. E para os jovens que sonham em cursar o nível superior na UFRJ, e ser o primeiro da sua família na Federal, como eu sou, eu deixo um recado. Estamos lutando pelos nossos sonhos”, concluiu a estudante.

Precisamos que os processos saiam

A Pró-Reitora de Graduação (PR1) Maria Fernanda Quintela, comentou que a situação vem sendo acompanhada pela Reitoria, por ela e pela equipe da PR-1, explicando que tem realizado diversas reuniões com o corpo social, coordenadores, direção, estudantes.

Segundo conta, há vários processos em andamento para que se possa fazer obras ou reparos, “porque nós combinamos que a partir e outubro começariam as práticas. Precisamos que isso ocorra, que os processos saiam e que as obras e os reparos iniciem, até porque nós já recebemos algum recurso, não é o total, para poder iniciar aquilo que precisa no primeiro ginásio, que a gente precisa ocupar para as aulas práticas”, disse ela, explicando ainda que  a Reitoria vem tomando todas as medidas para diminuir o impacto do acidente.

A pró-reitora agradeceu as unidades e centros que vem contribuindo para solução do problema ou no apoio com a disponibilização de salas de aula e concluiu:

“Eu gostaria que hoje as bolas fossem coloridas, o bolo tivesse uma cor também um pouco mais colorida (…) adoraria comer e festejar junto (…) e que a gente já tivesse tudo resolvido. Mas estamos no caminho certo. Nós vamos avançar”, garantiu.

 

PM na UERJ

Vários conselheiros se posicionaram criticamente contra a ação da Polícia Militar que invadiu a UERJ para cumprir mandato de reintegração de posse, no dia 20, com o uso da força, bombas de efeito moral contra estudantes que reivindicavam a revogação de medida que prejudica as políticas de permanência, com prisão de militantes e do deputado Glauber Braga (do Psol).

A reitoria estava ocupada desde 26 de julho. O principal motivo era a luta pela revogação do Ato Executivo de Decisão Administrativa (Aeda) 038/2024 que mudou os requisitos para obtenção das bolsas estudantis da Uerj, apelidada “Aeda da Fome” pelos estudantes que afirmam que 5 mil universitários foram prejudicados. Eles reivindicam a revogação do Aeda.

No Consuni, o representante do DCE, Henderson Ramon manifestou repúdio: “Todo mundo acompanhou, é inaceitável que a gente tenha uma reitoria de uma universidade pública deixando a polícia militar entrar para agredir estudantes. Isso é algo inaceitável, não podemos deixar que normalizar no nosso país. Algo como isso só aconteceu na ditadura militar e nós temos que repudiar ações como essa daqui da frente também”, disse.

O professor Vantuil Pereira também se manifestou, colocando-se solidário aos que foram presos e sofreram repressão da ação policial: “A autoridade está na capacidade de liderar o processo de diálogo”.

“A direção do Sintufrj faz coro com a avaliação dos estudantes e conselheiros. Repudiamos a intervenção da polícia dentro da universidade Não há justificativa, Em nenhum momento os ocupantes agrediram alguém ou agiram de forma que justificasse sofrerem esta repressão”, comentou o coordenador-geral da entidade Esteban Crescente.

PROTESTO NO CONSELHO UNIVERSITÁRIO. Estudantes “celebram” com bolo e tudo um ano de queda de marquise na Escola de Educação Física FOTO: RENAN SILVA

 

 

Com Fasubra Sindical

O primeiro dia do Seminário de Carreira da Fasubra foi destinado para apresentação dos Grupos da Comissão Nacional de Supervisão da Carreira (CNSC), explicações da Consultoria Jurídica da Fasubra, elucidação de dúvidas e organização dos grupos de trabalho.

Os GTs com as bases estão reunidos na manhã desta sexta-feira, 27, e à tarde haverá a apresentação das propostas de consenso. A delegação do Sintufrj foi com a incumbência de levar as propostas construídas no Seminário do GT Carreira da entidade.

 

O seminário foi aberto pelos dirigentes da Fasubra Cláudia Lossio, Loiva Isabel, Cristina Del Papa, Ivanilda Reis e Marcelo Rosa.  Fátima Reis, integrante da CNSC, apresentou as informações elaboradas pelo Grupo de Trabalho de Desenvolvimento formado por Cristina Del Papa, Daniel Farias e Marcelo Rosa.

“Nós temos que trazer para dentro do decreto que regulamenta a nossa legislação o uso da autonomia institucional”, afirmou Fátima. “Temos que ter autonomia e diretrizes nacionais de desenvolvimento do servidor técnico-administrativo”, reiterou.

Um dos principais destaques de sua apresentação foi referente ao artigo 10 que versa que o desenvolvimento do servidor na carreira dar-se-á pela mudança de padrão de vencimento mediante progressão por mérito e aceleração por capacitação.

A tarde o seminário seguiu a todo vapor com intenso debate. Consolidou-se os informes apresentados pela manhã e abriu-se espaço para a formulação de sugestões que serão levadas à Plenária Nacional neste fim de semana.

O ambiente foi de comprometimento e luta coletiva, com foco na defesa de uma carreira que valorize os trabalhadores e reconheça a importância estratégica dos técnico-administrativos em educação para o funcionamento da universidade.

Entre as propostas discutidas destacou-se a necessidade de revisar planos de carreira para garantir progressão justa, reconhecimento de competências e melhores condições de trabalho para todos. Também foi ressaltada a importância de fortalecer a mobilização frente aos desafios impostos pelas políticas neoliberais que ameaçam os direitos dos servidores e a qualidade da educação pública.

As propostas discutidas durante a tarde serão levadas à plenária nacional que terá a tarefa de transformar essas demandas em ações concretas na luta pela valorização da carreira e pela garantia dos direitos da categoria.