O instigante mundo das baleias – esse cetáceo que enfeita os mares e que, de forma cada vez mais frequente, surge na costa brasileira – foi desvendado em parte pelo professor Salvatore Siciliano, doutor em Ciências Biológicas, na palestra “Minha Vida é Migrar” no Salão Azul do Instituto de Biologia para celebrar o Dia do Biólogo nesta terça-feira, 3 de setembro.

Para buscar alimentação, as baleiras procuram águas frias. Mas, para procriarem e cuidar das crias, buscam águas quentes. Essa é uma das razões de se deslocarem para regiões dos mares tropicais do Brasil. Nesse deslocamento, se guiam por campo visual e têm como referência geográfica costões rochosos. A população de baleiras, de acordo com o professor, tem aumentado.

A atividade mediada por Margaret Correa, que coordenada a Extensão do Instituto de Biologia, foi realizada dentro da programação do projeto Árvore da Vida. Foi aberta com a apresentação do artista Bhega da Maré, responsável por um projeto de cinema volta para crianças com educação ambiental.

Na edição do Jornal do Sintufrj matéria completa sobre o Dia do Biólogo.

ARTISTA BHEGA DA MARÉ se apresenta no evento que marcou o Dia do Biólogo no Instituto de Biologia
PROFESSOR E PESQUISADOR Salvatore Siciliano desvendando o mundo fascinante das baleias

 

O balanço do 4º Festival do Conhecimento da UFRJ realizado entre 27 e 30 de novembro organizado pela Pró-Reitoria de Extensão apontou a oportunidade do tema escolhido, um dos fatores do êxito do evento:  Inteligência Artificial na perspectiva do Sul Global.

O debate colocou universidade em sintonia com a agenda crítica relacionada à IA e seus reflexos em todas as áreas de conhecimento.

“Qual seu potencial e riscos nos diversos campos do conhecimento? Que novos mundos e imaginários estamos construindo?”, provocaram os organizadores a profissionais e estudiosos sobre o tema que debateram nas mesas e palestras.

Mas, além da relevância do debate, há outros motivos para comemorar o sucesso do evento, desde a programação, nesta edição integralmente presencial (apesar de, em grande parte, transmitida), que contou também com lançamento de livro, atividades culturais, feira gastronômica e oficinas: a dedicação de toda equipe de servidores que, há alguns anos, vem garantindo a consolidação deste e de outros importantes eventos – sempre prestigiados por grandes públicos – na agenda institucional da UFRJ.

TAES também apresentaram trabalhos

Foram 11 mesas presenciais (especiais, transmitidas pelo youtube) com 46 palestrantes. Foram 3.062 participantes inscritos, 46 lives, 13 oficinas, três apresentações culturais, sete exposições na Feira de Tecnologia e Inovação e um lançamento de livro. Essas atividades mobilizaram 113 técnicos-administrativos, participantes das equipes de elaboração das atividades. E os TAE não participaram apenas da organização, mas também como proponentes de atividades: foram seis nas lives, três nas oficinas, e um na Feira de Tecnologia e Informação.

Uma turma envolvida de fato

A equipe da Pró-Reitoria de Extensão está envolvida até a raiz: desde o planejamento, a produção, e a pós-produção do evento. “Na verdade, está envolvida desde a criação do evento, lá em 2020 e até os dias atuais”, conta Bárbara Tavela, superintendente de Integração e Articulação da Pró-Reitoria de Extensão.

Segundo conta, o planejamento “do formato, a curadoria de convidados, produção das atividades (debates presenciais, lives, oficinas) e tecnologias que a gente recebeu na Feira de Inovação e Tecnologia, os empreendedores negros que a gente recebeu na Feira Gastronômica, em parceria com o projeto de extensão “Pretonomia”, a atividade de montagem e desmontagem do local do evento, a coordenação de extensionistas, a produção de intérpretes de libras, e toda a parte de acessibilidade, atividades de logística, atividades operacionais. todas realizadas por técnicos administrativos da PR-5”.

E a direção técnica do festival também é da Pró-Reitoria. “Desde a primeira edição, é feita por técnicos administrativos, parceiros da Central de Produção Multimídia da Escola de Comunicação da FRJ”, conta a superintendente explicando que essa direção técnica tem planejamento e operação gigantes para que as lives aconteçam no canal da Extensão de forma simultânea.

 

Pró-reitora de extensão avalia festival

“O Festival cumpriu seu objetivo de posicionar a comunidade acadêmica sobre um tema de impacto, a Inteligência Artificial pensada de forma crítica e para os países do Sul Global, ficou claro o seu impacto no campo da formação, no campo do trabalho, nas humanidades, nas artes e o potencial da UFRJ para pensar novas modalidades de formação e cursos que impactem nesse campo”, apontou a pró-reitora de Extensão Ivana Bentes.

Novidades

Ela destacou dois momentos importantes: o anúncio do Reitor Roberto Medronho, na abertura do evento, da criação de um curso transdisciplinar que responda a necessidade de formação para essa transição digital. E foi apresentado, pela primeira vez em uma universidade, o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA 2024-2018), pela representante do Ministério de Ciência, tecnologia e Inovação Eliana Azambuja.

Política, sustentabilidade e ética

“Tivemos a participação de convidados do terceiro setor, cientistas, pesquisadores, jornalistas, ativistas e uma representante da Meta, já que as plataformas são muito questionadas em relação ao uso de dados e algoritmos sem muita transparência. Outro tema importante foi o da necessidade de colocar a regulação para caminhar ao lado da inovação, e todas as discussões trataram de aspectos políticos, de sustentabilidade e ética”, aponta a pró-reitora comentando que o Festival foi um sucesso de público no formato híbrido e lembrando que, quem não pode participar, poderá assistir todos os debates no Youtube da Extensão (https://www.youtube.com/c/ExtensaoUFRJ)”.

Primeira universidade a receber o plano

Bárbara Tavela também avalia o sucesso do festival: “Pela primeira vez, nessa quarta edição a gente teve essa possibilidade de realizar o evento de fato híbrido na nossa universidade. Porque a gente montou a programação especial. que a gente já tinha nas outras edições, dessa vez presencial. Mas, ao mesmo tempo, a gente não quis deixar a nossa comunidade sem a possibilidade de fazer as lives, importantes porque possibilitam a participação de pessoas de outros estados, de outras cidades. E foi o que a gente viu acontecendo: em todos os chats no YouTube, a gente via participação de pessoas de universidades de fora”, diz ela, explicando que a equipe não quis abandonar totalmente o formato do primeiro Festival. “Então a nossa avaliação é excelente, porque a gente teve um público muito bom, presencial e um público muito bom também no virtual. Então acho que o hibridismo ficou, veio para ficar e a nossa intenção é que esse formato possa ser replicado em todos os nossos eventos”, conta Bárbara.

Como um dos momentos que teve maior repercussão ela também destaca a participação, na abertura, da representante do MCTI. Eliana Azambuja, segundo ela, fez uma apresentação adaptada sobre o que o Brasil está pensando sobre o tema na mesma mesa da qual participou João Brant, também envolvido nessa questão da inteligência artificial no governo brasileiro. “Nesta mesa, a UFRJ teve a oportunidade de ser a primeira universidade, a receber a apresentação do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (Pibia)”, comemorou. FOTO: ELISÂNGELA LEITE

PLATEIA ACOMPANHA ATENTA a mesa “Descomplicando a IA” no Festival do Conhecimento no Fórum de Cultura da UFRJ

 

 

 

 

Dirigente sindical e estudante do centro acadêmico da unidade condenam asfixia do orçamento

A Reitoria atribuiu a um vazamento no segundo andar do Centro de Ciências da Saúde (CCS/UFRJ) o desabamento de parte do forro do teto do Instituto de Biologia na segunda-feira (2). ficou encharcado e desabou no corredor do Instituto de Biologia na noite de segunda-feira (2). Em nota, a  direção da universidade diz que ninguém se feriu e que a área foi interditada para a retirada do material danificado. O incidente não interrompeu as aulas.

A explicação sucinta contrasta com a preocupação da comunidade, diante de um histórico de deterioração das estruturas da UFRJ. A  repercussão foi longe. Filmado por estudantes, o vídeo foi transmitido pelas redes do DCE Mário Prata e do Sintufrj, alcançando milhares de visualizações e reproduções. E não é à toa. A situação dos prédios da UFRJ vem se agravando.

Emendas pix x recursos para a Educação

“Lamentável. Mais uma parte da Universidade cai aos pedaços. Isso só prova a importância da nossa mobilização, da articulação e da cobrança ao  parlamento, cuja maioria optou por sequestrar (a gestão do) o orçamento para as chamadas emendas Pix (modalidade de emendas que permite a transferência direta de recursos federais para municípios e estados, o que gera dificuldades na fiscalização dos recursos públicos). Ao invés de pactuar uma política de fortalecer o Executivo, eles querem fortalecer um governo paralelo por meio do Parlamento. Por isso Universidade cai aos pedaços hoje e terceirizados ficam sem salário. É por conta desse sequestro do orçamento público por parte da maioria no Congresso Nacional. Precisamos dar uma resposta e apontar os canhões para o caminho certo. Claro que o governo tem sua responsabilidade. Mas não é possível governar com um parlamento que a toda hora o sabota. Em detrimento da coletividade para favorecer parlamentares candidatos, seus partidos e currais eleitorais”, diz o coordenador da Fasubra Francisco de Assis, e trabalhador do Instituto de Biologia, conclamando a comunidade a derrotar esse projeto nas urnas, votando em parlamentares comprometidos com o serviço público.

“É mais um episódio do descaso que nossa universidade tem sofrido, infelizmente. Foi um milagre ninguém sair ferido, visto que é um local muito movimentado. Uma de nossas professoras estava sentada em um banco próximo e por pouco não foi atingida pelo desabamento. É muito revoltante ver a faculdade literalmente se despedaçar na nossa frente. Até quando vamos passar por isso? Como aluno da Biologia, é particularmente triste que esse episódio tenha ocorrido justo no primeiro dia da nossa XXVIII Biosemana (Semana Acadêmica da Biologia, entre os dias 2 e 6 de setembro, com palestras, minicursos, mesas redondas e oficinas), um evento aberto ao público de fora, com diversos palestrantes vindos de outros lugares. Essa é a imagem que queremos passar para fora?”, questiona o representante do Centro Acadêmico de Biologia (CABio) Renan Barbosa.

Fim do arcabouço fiscal

“A situação estrutural e orçamentária da UFRJ está insustentável, precisamos avançar na luta por mais orçamento e cobrar imediatamente a manutenção dos prédios. Não podemos esperar que algum estudante ou trabalhador se machuque!”, alerta o post do DCE reivindicando o fim do arcabouço fiscal e o desbloqueio do orçamento do MEC, além de mais investimento na educação.

O Sintufrj lembra que, em agosto, o governo bloqueou R$ 60 milhões de limites de empenho da UFRJ, fruto do arrocho dos orçamentos das universidades – denunciada sistematicamente nos 113 dias de greve dos técnicos-administrativos em educação.

DESABAMENTO DO FORRO NO CCS deixou o teto a mostra em mais um episódio de manutenção precária dos prédios da universidade (FOTO: RENAN SILVA)

 

Mais um evento político-cultural do Sintufrj que atende às expectativas dos aposentados e pensionistas

“Amei! Minha mente ficou livre! Dancei muito, me alimentei bem. Soube das coisas. Reencontrei as pessoas. Foi um dia especial. Nessa noite, dormi como um pássaro”. Com essas palavras simples, mas cheias de significados, a aposentada do IPPMG, Conceição Maria Monteiro Brasil, definiu o encontro político-cultural realizado na sexta-feira, 30, pela Coordenação de Aposentados(as), Aposentandos(as) e Pensionistas do Sintufrj. O evento reuniu dezenas de companheiras e companheiros, ex-profissionais de diferentes unidades da UFRJ, no sitio Mauá.

“Este nosso encontro tem o clima de celebração: primeiro por ser um momento de aproximação, de interação entre nós. Isso fortalece os laços de companheirismo. Segundo porque, do ponto de vista da circunstância, esse encontro político-cultural acontece após uma jornada de 113 dias de greve que testaram a nossa capacidade de luta. Como diz a canção, a gente não quer só comida. A gente quer comida, diversão e arte. Celebramos aqui a luta política. Celebramos aqui a cultura caipira, tão presente nos nossos costumes, na nossa memória afetiva”, saudou os participantes a coordenadora de Aposentados e Pensionista, Ana Célia.

A dirigente agradeceu ao apoio de toda a direção para a viabilização do encontro, a ajuda imprescindível da comissão de festas, formada por aposentados, colaboradores da gestão e coordenadores sindicais, e aos patrocinadores aq administradora de planos de saúde Allcare e a empresa de transportes TJ Turismo.

“Se abracem, se beijem, brinquem bastante. Sejam felizes e aproveitem esse lugar de verde incrível e esse sol aconchegante. É muito bom estar aqui com todos vocês. Muito obrigada por aceitarem nosso convite”, saudou a coordenadora de Aposentados e Pensionistas Fátima Rosane. “Com muito carinho e a graça de Deus estamos com vocês aqui neste lugar bonito. A nossa luta sempre será também pelos aposentados e pensionistas. Vimos vocês com a gente na greve nos atos e nas caravanas e esse apoio é sempre fundamental para o sucesso das nossas lutas. Obrigada”, agradeceu a coordenadora de Finanças do Sintufrj, Carmem Lúcia.

Os esclarecimentos sobre os ganhos da greve, a luta em curso pelo reposicionamento dos aposentados e pensionistas no plano de Carreira, como também a inclusão  deles na recente conquista do Reconhecimento de Saberes e Competências foram feitos pelo coordenador-geral do Sintufrj, Esteban Crescente, e o coordenador de Comunicação da Fasubra, Francisco de Assis.

Arraiá Agostino

A área principal do sítio foi transformada em arraiá, com bandeirinhas, balões, cortinas de chita e barraquinhas de doces típicos. Para completar o clima festivo de roça, o Trio Forrozeiro “incendiou” o salão com sua zabumba, sanfona e triângulo. Clássicos do cancioneiro brasileiro, como Asa Branca e outras joias do Gonzagão, entre outros autores inesquecíveis, estimularam todos a dançarem. O professor da Oficina de Dança do Sintufrj, Luiz Ferreira, ajudou as damas no bailado com estilo. Nos intervalos do forró, ele ensinou passos de charme, samba de gafieira e xote. Não podia faltar à atividade!

Três ônibus de viagem providenciados pelo Sintufrj fizeram o transporte de ida e volta dos participantes do evento. O primeiro saiu da sede da entidade às 7h30.

. Leia mais sobre essa celebração na edição do Jornal do Sintufrj que entra nas redes na sexta-feira, 6 de setembro, à noite, e na sua versão impressa que será distribuída na segunda-feira, 9.

FOTOS: RENAN SILVA

CELEBRAÇÃO EM MAURÁ. Chegada ao sítio para um dia de política e cultura organizado pelo Sintufrj

 

Profissional de atuação importante nas áreas de meio ambiente, biodiversidade e saúde, entre outras,  com atenção voltada à qualidade de vida de humanos e animais

Nesta terça-feira, 3 de setembro, é a data em que celebramos o Dia do Biólogo. Esse dia foi escolhido por ser a data de sanção que regulamenta a profissão: a Lei no 6.604, de 3 de setembro de 1979, que também criou o Conselho de Biologia e os Conselhos Regionais. Em homenagem ao profissional o Instituto de Biologia da UFRJ promove a palestra “Baleias: minha vida é migrar”, com Salvatore Siciliano, às 12h, no Salão Azul (Bloca A-CCS).

O biólogo atua nas áreas de Meio Ambiente e Biodiversidade, Saúde e Biotecnologia, Produção Industrial e Educação. É um profissional importante para a sociedade, pois o seu trabalho contribui para a melhoria da qualidade de vida de humanos e animais. Em tempos de aquecimento global e extremos climáticos sua atuação é fundamental para a conservação da natureza e para o desenvolvimento de novas tecnologias, medicamentos, alimentos e materiais.

Os biólogos trabalham na preservação de espécies ameaçadas, na recuperação de ecossistemas degradados e na gestão de áreas protegidas.  A biologia, por sua vez, permite fazer previsões sobre o impacto da humanidade sobre si mesma e sobre as outras espécies do planeta. Os estudos realizados por biólogos ajudam a criar políticas ambientais eficazes. O biólogo atua também na prevenção de doenças, pois a compreensão do funcionamento dos seres vivos auxilia na prevenção e combate de doenças.

 

Instituto de Biologia

Na UFRJ temos o Instituto de Biologia, Unidade Acadêmica do Centro de Ciências da Saúde (CCS). Ele foi criado em 1968, a partir do Departamento de História Natural da Faculdade Nacional de Filosofia, e está estruturado nos Departamentos de Biologia Marinha, Botânica, Ecologia, Genética e Zoologia.

O Instituto possui mais de 50 laboratórios de pesquisa e guarda coleções biológicas dos principais grupos de seres vivos. Além das coleções o IB tem acervos sonoros e multimídias de anfíbios, aves peixes, insetos e mamíferos, como também fotografias. Oferece graduação em ciências biológicas nas habilitações profissionalizantes de Biologia Marinha, Biologia Vegetal, Ecologia, Genética e Zoologia, e Licenciatura em Ciências Biológicas, em dois turnos e, ainda, na modalidade do Ensino à Distância. A Licenciatura tem como parceiros a Faculdade de Educação, o CAP e vários colégios da rede pública. Oferece também quatro cursos de pós-graduação (Biodiversidade e Biologia Evolutiva, Ecologia e Genética).

As atividades de pesquisa são desenvolvidas em diversos laboratórios de pesquisa com vários projetos distribuídos em várias linhas de pesquisa, enfocando a Biologia em seus aspectos descritivos, sistemáticos, moleculares, filogenéticos, populacionais e da comunidade e ainda uso e manejo de recursos naturais.

As atividades de extensão concentram-se na realização de cursos de educação continuada, atualização para professores da rede escolar e outros profissionais do mercado de trabalho, assessoria especializada na solução de problemas genéticos e ambientais e na prestação de serviços nas áreas de análises biológicas, ecológicas e ambientais.

Pesquisadores renomados

A UFRJ tem cientistas entre os melhores do Planeta, segundo levantamento da Plataforma Research, um portal acadêmico, com dados coletado no fim de 2022. Muitos deles são das áreas que abrangem a Biologia tais como: Amilcar Tanuri (Mibrobiologia), Celuta Alviano (Microbiologia), Fabiano Thompson (Microbiologia), Jean Swings (Microbiologia), Jerson Lima (Biologia e Bioquímica), Leonardo Nimrichter (Microbiologia), Marcelo Bozza (Microbiologia), Márcio Rodrigues (Microbiologia),  Paulo Mourão (Biologia e Bioquímica), Pedro Oliveira (Biologia e Bioquímica), Radovan Borojevic (Biologia e Bioquímca), Rafael Linden (Biologia e Bioquímica), Sérgio Ferreira (Biologia e Bioquímica), Wanderley de Souza (Microbiologia).

Na nossa história não poderíamos deixar de falar da cientista, bióloga, educadora e ativista Bertha Lutz. Especializada em anfíbios, Bertha – filha de Adolfo Lutz (referência da zoologia médica no Brasil) – em 1919 foi a segunda mulher a fazer parte do serviço público do Brasil, tornando-se pesquisadora do Museu Nacional. Em 1965 Bertha Lutz recebeu o título de professora emérita da UFRJ.

Para além da ciência, Bertha Lutz era uma ativista feminista. Foi deputada em 1936, assumindo uma suplência pelo Partido Autonomista do Distrito Federal, sempre defendendo as bandeiras feministas. Em 1945 participou da Conferência das Nações Unidas em São Francisco, onde lutou para que a igualdade de gênero fosse incluída na Carta das Nações Unidas.

EM JULHO FOI INAUGURADA NO INSTITUTO DE BIOLOGIA a Escada Geológica e exposição

Na noite de 2 de setembro de 2018 ocorreu o incêndio no Museu Nacional do Brasil da UFRJ. O fogo fez arder em chamas o prédio na Quinta da Boa Vista, destruindo grande parte do acervo científico construído ao longo de duzentos anos, e que abrangia cerca de vinte milhões de itens catalogados.

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Além do seu rico acervo, também o edifício tinha expressão histórica. A causa do incêndio foi atribuída a um problema elétrico. A tragédia, no entanto, teve origem em causas mais profundas, ligadas há anos de cortes de verbas para a educação, a ciência e a cultura: a política de desmonte da Universidade pública.

Salas do Museu Nacional da UFRJ, na Quinta da Boa Vista, um ano após o incêndio. Foto: Agência Brasil

O processo de reconstrução do Museu Nacional enfrenta adversidades. Embora a fachada do prédio tenha sido recuperada, acervo e toda estrutura interna da edificação ainda terá que ser reorganizado e refeita. Inicialmente a previsão era de que a conclusão das obras seria em 2026. Mas, de acordo com a direção da instituição, o prazo agora foi fixado em 2028. Mas para isso, será necessário a arrecadação da mais recursos.

Assembleia Simultânea
10h – Quarta-feira, 4 de setembro
Fundão (Auditório do CT)
Praia Vermelha (Auditório Manoel Maurício – (CFCH)
Macaé (Sala 206 – Bloco A
Pauta:
• Informes locais e nacionais sobre Carreira
• Avaliação da greve
• Eleição de delegados à Plenária Nacional da Fasubra nos dias 28 e 29 de setembro

Pesquisa com as 162 inscritas no programa mostrou que mais de 80% são moradoras de favelas e ganham menos de um salário-mínimo

Cem mães de pessoas que foram vítimas letais da violência de Estado foram selecionadas para participar do programa de bolsas de pesquisa da Rede de Atenção a Pessoas Afetadas pela Violência do Estado (Raave) fomentado pelo Ministério da Justiça junto ao Instituto de Psicologia da UFRJ. O objetivo é desenvolver uma proposta de política pública para essas famílias a ser apresentada ao governo federal.

As mães bolsistas de extensão que tomaram posse no dia 16 de agosto atuarão nas atividades de acolhimento psicossocial de familiares atingidos por violações de direitos promovidas por agentes públicos no Estado do Rio de Janeiro.

Elas contribuirão com seus relatos e vivências para produzir dados, metodologias e fluxos de saúde mental, além de garantir direitos, visando ao aperfeiçoamento e fortalecimento da rede de assistência do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Sistema Único de Assistência Social (SUAS).

Uma pesquisa com as 162 inscritas mostrou que mais de 80% são moradoras de favelas e ganham menos de 1 salário-mínimo. A maioria tem forte engajamento por direitos humanos, mas sofre com abandono do poder público. Do total, 94% têm outros filhos além do que foi assassinado, e mais de 60% possuem renda familiar inferior a 1 salário-mínimo. Apenas 9% têm algum vínculo empregatício. A maioria está desempregada, é dona de casa ou autônoma. A principal fonte de renda delas são programas sociais como o bolsa família.

Apesar das difíceis condições de vida, a maioria já participa de coletivos de familiares e movimentos de direitos humanos. Quase 60% têm experiência de atividades com instituições públicas para tratar de direitos. Esse trabalho para essas mulheres vai ajudar muito financeiramente. Elas ganharão uma bolsa de R$ 700 por mês, com duração de um ano e possibilidade de prorrogação por até dois anos.

Linha de frente

O defensor público e coordenador técnico da Raave, Guilherme Pimentel, explica que que as mulheres são a linha de frente do acolhimento das famílias que são afetadas pela violência de estado e que elas têm uma enorme contribuição para fazer avançar esse tipo de política pública.

“Quando acontece uma situação de violência de estado quem normalmente se apresenta e toma uma atitude e principalmente quem acolhe novas mães são as mães que já passaram por isso. Isso é observado como uma grande potência de um papel que é cumprido por essas mulheres e que muitas vezes é invisibilizado. Então quando a gente pensa na produção de uma política pública  de atenção psicossocial para famílias afetadas pela violência de estado nós precisamos reconhecer o papel que essas mulheres já cumprem. Por isso elas são as protagonistas desse programa e desse desenvolvimento como pesquisadoras e produtoras de uma proposta de política pública a ser apresentada ao governo federal”, diz.

Ele aposta no sucesso da proposta. “Temos certeza de que dessa experiência das mães que nós teremos a melhor proposta para apresentar para o Ministério da Justiça, o Ministério da Saúde, para o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social e todos os demais ministérios do governo federal que estão empenhados em fazer avançar essa retomada democrática brasileira.”

 

Raave

A Raave é fruto de uma articulação entre a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, através de sua Ouvidoria e de sua equipe psicossocial, com instituições de defesa dos direitos humanos, movimentos sociais de favelas, Movimento de Mães e familiares de vítima da violência de estado ligados aos mais diversos territórios da região metropolitana, e 12 grupos clínico-políticos que promovem atenção psicossocial através de atendimentos individuais e coletivos e outras atividades com pessoas afetada pela violência de Estado.

Um dos principais objetivos da Rede é fortalecer os movimentos de familiares vítimas da violência de estado, os movimentos de favela e os coletivos de território que tem lutado constantemente em defesa dos direitos humanos e contra a violência de estado que insiste em perdurar no nosso país.

Guilherme Pimentel conta que a Raave começou a surgir no dia 6 de maio de 2021, quando ocorreu a chacina do Jacarezinho que foi a operação policial mais letal da história do Rio de Janeiro que resultou em pelo menos 29 pessoas mortas a tiros ou com objetos de corte. Foi uma das maiores do estado, sendo comparável à chacina da Baixada de 2005. Naquele dia, diversas organizações de direitos humanos decidiram ir para o Jacarezinho atuar no território antes mesmo da operação acabar porque as denúncias eram muito grandes.

“Na época era ouvidor da Defensoria e acionei também outras organizações e junto com o movimento de mães, familiares e lideranças de favelas nós entramos no Jacarezinho com a operação em curso. Lá dentro flagramos uma série de provas do que tinha acontecido ali era uma chacina. Documentamos tudo e ao sairmos anunciamos numa coletiva de imprensa de que era uma chacina. O que tinha acontecido ali era gravíssimo. Não tínhamos a dimensão do número de mortos e não sabíamos que era a maior da história das operações policiais no Rio”, narra o defensor público.

Segundo Pimentel “isso gerou o maior atendimento de violência institucional da história da Defensoria Pública, feito de forma integrada, não só com os movimentos dos territórios mais com outras organizações, inclusive profissionais e clínicos de atuação em saúde psicossocial.”

Ele conclui informando que foi então um atendimento integrado jurídico e psicossocial. E muitos grupos que não participaram nos procuraram oferecendo ajuda, se disponibilizando a atender essas pessoas. “Foi aí que percebemos que nós tínhamos uma rede que não poderia se limitar apenas ao Jacarezinho, mais que deveria estar disponível a atender todas as pessoas em todas as situações de violência de Estado.”

ADVOGADO INFORMADA QUE Rede de Atenção a Pessoas Afetadas pela Violência do Estado (Raave) começou a surgir no dia 6 de maio de 2021, quando ocorreu a chacina do Jacarezinho (Foto: Internet)

Nesta quinta-feira, dia 29, aconteceram mais duas reuniões com os técnicos-administrativos em seus locais de trabalho, promovidas pelo GT Carreira do Sintufrj – no Salão Nobre da Decania do CT e no Instituto de Ginecologia – para discutir as conquistas da greve, como estas serão formalizadas e as questões em pauta na Comissão Nacional de Supervisão da Carreira (CNSC).

Com representantes da Fasubra, Sinasefe e MEC, a CNSC está encarregada de elaborar as alterações da Lei da Carreira (a minuta do projeto de lei já está pronta) e – no prazo máximo de 180 dias, a contar da assinatura do acordo de greve, em 27 de junho – regras e elementos de transição para a aplicação dos direitos conquistados.

O GT Carreira do Sintufrj tem se reunido sistematicamente, após a greve de 113 dias, para debater esse detalhamento e contribuir com propostas da categoria da UFRJ, com a formulação da proposta da federação.

Seminário local e nacional

A Fasubra organizou, para os dias 26 e 27 de setembro, o Seminário de Carreira, para aprofundar os pontos ainda sem deliberação de congresso ou plenária.

A próxima reunião dos subgrupos temáticos em que se dividiram os membros do GT do SINTUFRJ, como Desenvolvimento, Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC), Racionalização e Aglutinação dos Cargos, Reposicionamento dos Aposentados, acontece na segunda-feira, dia 2, na sede entre 9h e 13h. Trabalho que culminará com a realização de um seminário local, no dia 18 (os detalhes ainda serão definidos) para fechar a proposta local para a Fasubra.

O que está em debate

As reuniões locais têm sido uma tarefa importante da entidade e seus militantes, ao levar à base a importância do que representa, na Carreira, tudo que foi conquistado com os 113 dias de greve e mobilização (veja no box a seguir) e seus desdobramentos.

O coordenador de Comunicação da Fasubra e colaborador da direção, Francisco de Assis, que coordenou a reunião com trabalhadores da Escola Politécnica, decania e outros setores do CT (cerca de 30 trabalhadores, incluindo o pessoal on line), explicou que, no seminário local, o GT apresentará todo trabalho desenvolvido para debater com a categoria e finalizar as propostas a serem enviadas ao fórum da Fasubra. Por isso destacou a importância da participação de todos.

Francisco informou o resultado destes 113 dias de greve, os dobramentos que necessitam de estudo, avaliação e posicionamento para que as proposições se consolidem. “Parte já está bem adiantada no projeto de lei (que vai alterar a Carreira), mas tem outras partes que dependem de regulamentação, de debate com a base, que a gente está promovendo”.

Dúvidas

“É verdade que, no incentivo à qualificação (IQ), toda formação acadêmica será considerada como relação direta?”; “O que fazer para garantir o reconhecimento de saberes e competências?”; “Como ficará a transposição para as tabelas de 2025 e 2026?”. Estas foram algumas das perguntas do grupo ao coordenador.

Segundo Francisco, no caso do IQ, a partir de janeiro, acaba a correlação indireta e todos que recebem a gratificação, passará a receber o percentual correspondente à correlação direta, o que representará aumento de até 23%. “Conquistas da greve que a gente também precisa valorizar”, destacou.

Quanto ao RSC, ele reiterou a importância do seminário para consolidar propostas, por exemplo, de como se pontuará as atividades do servidor para o reconhecimento, ou de como incluir a todos, entre os que podem vir a receber o RSC, inclusive doutores. Porém, como lembrou, tudo deve ser feito com segurança para não ser questionado pelos órgãos de controle. E que, embora o regramento ainda esteja em discussão, é preciso desde já reunir comprovantes de atividades além dos requisitos do cargo, como a participação em colegiados ou comissões, por exemplo, para reivindicar o direito.

Francisco explicou  que, para se encontrar na nova malha que será implementada, o servidor pode consultar o material publicado no Jornal do Sintufrj nº 1436, com as tabelas, disponível no site da entidade. Mas, abaixo, resumimos um passo a passo.

Reajustes foram importantes, mas conquistas não se resumem a tabelas

O crescimento do impacto financeiro do que o governo destinaria ao atendimento da pauta (que saltou de R$1,8 bi em fevereiro para R$ 4,1 bi em junho) – se refletem não apenas em percentuais nas tabelas e incentivos.

De fato, há o reajuste linear de 9% em 2025 e de 5% em 2026, o aumento no valor do step (para 4% em janeiro de 2025, e 4,1% em abril de 2026) e do aumento dos percentuais de correlação entre os níveis de classificação com relação em nível E (nível A, 36% do nível E; B, 40%; C, 50% e D, 61%.). O estepe vai para 4% em janeiro de 2025 e 4,1% em abril de 2026.

E tudo disso pode representar muito mais do que a simples soma dos reajustes nos próximos dois anos.

Como assim?

É que, na nova tabela, somando-se o reajuste de cada ano (aplicado no piso do nível E), ao aumento do percentual de correlação dos níveis com o nível E, ainda ao aumento do step, o aumento total pode chegar de 25% e 34 % em alguns níveis, respectivamente em 2025 e 2026.

Isso sem contar o aumento do auxílio alimentação de R$658 para R$1.000, da assistência pré-escolar (de R$321para R$484 e aumento variável do auxílio saúde suplementar (por faixa de idade e remuneração).

E tudo isso ainda pode aumentar, porque há outros elementos acordados que beneficiarão a categoria adiante, como a transformação da relação indireta do Incentivo a Qualificação (IQ) em relação direta, o que em alguns casos pode representar até mais 23% de reajuste. Ou Reconhecimento de Saberes e Competências (RCS, em abril de 2026, cujos percentuais podem se assimilar aos do IQ). Ou ainda a redução do intervalo para progressão por mérito de 18 para 12 meses.

Além dos resultados dos elementos em pauta na CNSC (que tem prazo até o fim do ano), como o Reconhecimento de Saberes e Competências, o reposicionamento de aposentados, entre outros.

 Ganhos no piso e no teto

 

Como se localizar na tabela reestruturada

Tabela 1 – Se localize na tabela atual (maio de 2023);

Tabela 2 – Alie seu padrão de vencimento ao nível de classificação e encontre, ao lado, o seu novo padrão reestruturado;

Tabela 3 – Encontre na tabela de 2025 (com índice de 9% e step de 4%), com base no novo padrão, o seu novo vencimento a partir de janeiro.

Tabela 4 – Da mesma forma, encontre na tabela de 2026 (com índice acumulado de 14,.45% e step de 4,1%), o vencimento a partir de abril de 2026.

Exemplo

Tabela 1 – Nível D Padrão 13: vencimento R$ 4.221,24.

Tabela 2 – Se estiver no nível I de Capacitação, permanece no padrão 13 na tabela reestruturada.

Tabela 3 – Vencimento em janeiro de 2025, R$ 4,850,96.

Tabela 4 – Vencimento em abril de 2026, R$ 5.152,59.

Se tiver nível de capacitação II, III ou IV, o novo padrão será, respectivamente, 14, 15 ou 16, aumentando também o vencimento.

Fotos: Renan Silva

 

REUNIÃO NO Salão Nobre da Decania do CT

O ato unificado organizado pelo Fórum dos Segmentos da Educação Pública do Rio de Janeiro – que reúne entidades de todas as esferas da educação, de profissionais, estudantes e pesquisadores – realizado nesta quinta-feira, 29, exigiu o “Revogaço” – Revogação do Aeda na Uerj; Revogação do Nem (Novo Ensino Médio); Revogação das Escolas Cívico-Militares –  recomposição salarial dos trabalhadores da educação e recomposição orçamentárias das instituições de ensino públicas.

Da Secretaria Municipal de Educação (Seeduc), na Cidade Nova, onde se concentraram às 14h, eles fizeram uma caminhada até o Campus Maracanã da Uerj. A universidade estadual passa por uma série crise decorrente de corte de verbas e bolsas que vem atingindo toda a sua comunidade, inclusive os terceirizados.

Os três segmentos da Uerj (estudantes, técnico-administrativos e docentes) que estão juntos na luta para superar a crise engrossaram a manifestação. Eles lutam por mais verbas, buscam valorização dos profissionais que nela trabalham e condições de permanência estudantil.

Pressão arranca suplementação

No dia 26 de agosto completou um mês da ocupação da Reitoria da Uerj pelos estudantes que exigem a revogação da Aeda, ato administrativo que cortou bolsas e auxílios estudantis. Os técnico-administrativos e os professores da Uerj, por sua vez, fizeram paralisação de 48 horas dias 28 e 29 para participação ativa nos atos – realizado dia 28 no Palácio Guanabara, e o desta quinta-feira na Secretaria Municipal de Educação. Na sexta-feira, 30, haverá Festival da Ocupação da Uerj com artistas convidados com apoio do Sintuperj, Asduerj e DCE.

A pressão e os protestos da comunidade da Uerj resultaram na liberação pelo governador Cláudio Castro de R$ 150 milhões para a UERJ para que a universidade possa honrar os compromissos assumidos até o fim de 2024. A decisão foi tomada após uma reunião entre as secretarias de Governo, Planejamento e Gestão e Ciência e Tecnologia com a reitoria da UERJ, na manhã de 27 de agosto. Os estudantes da Uerj consideraram essa liberação como uma importante vitória do movimento.

O valor será dividido em duas parcelas, a serem disponibilizadas nos meses de agosto e setembro. A verba vai ajudar a universidade, até o fim do ano, a realizar a manutenção das bolsas estudantis e dos serviços, finalizar obras estruturais e conseguir efetuar o pagamento dos terceirizados, entre outras atividades.

Já a Reitoria da Uerj propôs aos estudantes algumas medidas de transição: os alunos que perderam o direito à Bolsa de Apoio à Vulnerabilidade Social (BAVS), receberão R$ 400 mensais até dezembro de 2024; a ampliação da gratuidade no Restaurante Universitário também para alunos que se enquadram nos novos critérios de BAVS até dezembro; e, a criação de um grupo de trabalho para rever casos de pessoas não contempladas com bolsa permanência e cuja documentação estava incompleta ou não cumpria condições à época de sua entrada na universidade. As propostas estão sendo analisadas pelos estudantes.

Violência policial

Durante a passeata foi denunciada a política genocida do governador Cláudio Castro que vem promovendo sistematicamente operações policiais nas favelas tendo como saldo vítimas inocentes e impedindo aos moradores de ir e vir. Há mais de 25 dias as crianças no Complexo da Maré, zona norte do Rio, seguem sem aula devido as operações policiais.

De janeiro a agosto desse ano, foram contabilizadas mais de 31 dias de operações policiais no Complexo da Maré. Além do medo, crianças e adolescentes sofrem na aprendizagem. Ao todo, as aulas nas escolas e creches foram suspensas 28 vezes neste ano.

Segundo dados do 8º Boletim Direito à Segurança Pública na Maré, o número de dias sem aulas é o maior em seis anos. De 2016 a 2023, foram 146 dias de aulas suspensas e escolas fechadas por conta de operações policiais, o que equivale a 73% de um ano letivo inteiro perdido.

“Uma das nossas pautas centrais e que viemos denunciando é a política genocida que permanece no estado do Rio de Janeiro. Vários estudantes não conseguiram ir para a universidade porque estavam acontecendo operações policiais, operações estas que estavam matando nossos familiares e nossos amigos. Essa denúncia não é de hoje. E a gente vem aqui novamente denunciar que várias escolas não estão tendo aula graças a essa política genocida de insegurança”, anunciou no microfone um dos organizadores do ato.