Ameaças começaram após repercussão da campanha “vacina no braço, comida no prato: Fora Bolsonaro!”, realizada com êxito na sexta (9)

Escrito por: Redação CUT 

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Sintufrj) divulgou nota nesta segunda-feira (12) denunciando ameaças, inclusive de ações terroristas , que apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL) vêm fazendo por telefone desde este domingo (11). De acordo com a direção do sindicato, os bolsonaristas acusam o movimento sindical de “atrapalhar o Brasil” e prometem invadir e depredar a sede da entidade.

“As ameaças são uma consequência da ação realizada pelo Sintufrj no dia 9 de abril, com ampla repercussão nas redes sociais, denunciando os crimes do governo na pandemia, motivação da recente criação de uma CPI no Senado e de ofício enviado pela OAB à PGR, além de amplamente denunciados pelos movimentos sociais e pela imprensa”, diz trecho da nota do sindicato.

Foto: RENAN SILVA

“A intenção dos apoiadores do governo é intimidar o Sintufrj e tentar impedir novas ações de denúncia contra Bolsonaro”, ressalta a nota.

“Afirmamos em alto e bom som: não vão nos calar!”, segue a nota que cita as vidas perdidas para a Covid-19, dizendo: “Nos últimos dias, chegamos à marca de 3 pessoas mortas por minuto. 

Ultrapassamos as 350 mil vítimas fatais da pandemia. Nada pode ser maior do que combater essa tragédia e seus responsáveis. 

Nosso compromisso é com a defesa da vida e da democracia”.

Os trabalhadores da educação da federal do Rio de Janeiro reforçam na nota a importância da organização da classe trabalhadora neste momento. “Contra a violência e o arbítrio, nossa arma é a força organizada das trabalhadoras e trabalhadores que se dedicam todos os dias a salvar vidas, produzir conhecimento e contribuir para a construção de um Brasil melhor”.

O Sintufrj realizou, ao longo da sexta-feira (9 de abril) várias ações coordenadas em defesa da vida e contra o governo Bolsonaro.

Com o mote “vacina no braço, comida no prato: Fora Bolsonaro!”, o sindicato instalou um telão de LED na Praia Vermelha e realizou uma projeção na fachada da Escola de Música, na Lapa, exibindo simultaneamente nos dois pontos um vídeo denunciando as ações do governo na pandemia – falta de vacinas, corte de verbas, ausência de auxílio emergencial decente – e exigindo a saída de Bolsonaro.

O Sintufrj também instalou um outdoor de frente para a Linha Vermelha e 2 grandes faixas na principal passarela da vida exibindo os dizeres da campanha.

 

 

A Direção da FASUBRA Sindical manifesta sua solidariedade à direção do SINTUFRJ pelos ataques sofridos de apoiadores do ódio e da violência. As ameaças de extremistas de direita à direção do sindicato são consequência da potente ação política construída pela entidade, seguindo orientação da FASUBRA, no último dia 9 de abril, quando exibiu em pontos diferentes da cidade um vídeo denunciando o governo Bolsonaro pela conduta criminosa na pandemia, responsável pela morte de mais de 350 mil pessoas, fato este que a Federação caracteriza como genocida, ao negar ações concreta, que iniba a proliferação, deste vírus, aliado aos vários ataques através de PECs que visam a destruição dos Servicos Públicos em nosso país, em um momento que salvam vida nesta pandemia.

As ameaças são uma consequência da ação realizada pelo Sintufrj no dia 9 de abril, com ampla repercussão nas redes sociais, denunciando os crimes do governo na pandemia, motivação da recente criação de uma CPI no Senado e de ofício enviado pela OAB à PGR, além de amplamente denunciados pelos movimentos sociais e pela imprensa. A intenção dos apoiadores do governo é intimidar o Sintufrj e tentar impedir novas ações de denúncia contra Bolsonaro.

Nesse sentido orientamos que os sindicatos da base da Fasubra manifestem publicamente sua solidariedade ao Sintufrj. O movimento sindical não se calará frente aos desmandos e crimes de um governo inimigo do povo. Todo apoio à luta das trabalhadoras e trabalhadores!
A FASUBRA Sindical reafirma seu posicionamento em defesa da vida, vacina para todas e todos!
#servidoressalvamvidas
#Vacina no braço, comida no prato!
#ForaBolsonaroeMourão
#BolsonaroGenocida

 

 

Desde ontem, vários apoiadores do presidente Bolsonaro estão telefonando para o sindicato e fazendo ameaças, inclusive de ações terroristas. Acusam o movimento sindical de “atrapalhar o Brasil” e prometem invadir e depredar a nossa sede.

As ameaças são uma consequência da ação realizada pelo Sintufrj no dia 9 de abril, com ampla repercussão nas redes sociais, denunciando os crimes do governo na pandemia, motivação da recente criação de uma CPI no Senado e de ofício enviado pela OAB à PGR, além de amplamente denunciados pelos movimentos sociais e pela imprensa. A intenção dos apoiadores do governo é intimidar o Sintufrj e tentar impedir novas ações de denúncia contra Bolsonaro.

Afirmamos em alto e bom som: não vão nos calar! Nos últimos dias, chegamos à marca de 3 pessoas mortas por minuto. Ultrapassamos as 350 mil vítimas fatais da pandemia. Nada pode ser maior do que combater essa tragédia e seus responsáveis. Nosso compromisso é com a defesa da vida e da democracia.

Contra a violência e o arbítrio, nossa arma é a força organizada das trabalhadoras e trabalhadores que se dedicam todos os dias a salvar vidas, produzir conhecimento e contribuir para a construção de um Brasil melhor.

Vacina no braço, comida no prato! Fora Bolsonaro!

Sintufrj – Gestão Ressignificar

As projeções de vídeo com protesto contra o governo Bolsonaro realizado pelo Sintufrj ganharam repercussão nas redes sociais e em veículos de mídia. Parlamentares de diferentes partidos saudaram a ação do sindicato feita por meio de painel de LED instalado na Praia Vermelha e por imagens projetadas no paredão da Escola de Música da UFRJ, na Lapa.

A Adufrj se solidarizou com o Sintufrj e exibiu o conteúdo do vídeo em suas redes.

O líder da bancada do PT na Câmara, Bohn Gass, os deputado federais Henrique Fontana e Alencar Santana, além do vereador Lindbergh Farias, todos do PT; o deputado Marcelo Freixo, líder da oposição na Câmara Federal, o deputado federal David Miranda e a deputada estadual Renata Souza, do PSOL; e a deputada Jandira Feghali, do PC do B, estão entre os parlamentares que manifestaram apoio ao vídeo cuja mensagem caracteriza o ocupante do Palácio do Planalto como genocida.

Os dirigentes do PT Jilmar Tatto e Renato Simões, e a professora Luciana Boiteux (PSOL) também saudaram a ação política do sindicato.

O texto e as imagens foram roteirizados pelo Sintufrj sob o mote “Vacina no Braço, Comida no Prato”. Em mínimos minutos, a peça audiovisual traduz o caos no qual o governo Bolsonaro mergulhou o país.

A última tela do vídeo estampa o #forabolsonaro. A reação veio do senador Flávio Bolsonaro, que chafurda na lama do escândalo da rachadinha e que acaba de adquirir em condições suspeitas uma mansão no Lago Sul de Brasília.

No Facebook, o senador anunciou que um de seus asseclas, o deputado estadual Anderson Moraes (PSL), denunciou o protesto à Polícia Federal.

Mas, como esclarece matéria da Carta Capital sobre o assunto, “uma decisão do Supremo Tribunal Federal datada de 2020 declarou ser inconstitucionais atos que vão contra a liberdade de expressão de alunos e trabalhadores e tentativas de impedir a propagação de ideologias ou pensamento dentro das universidades”.

 

 

 

 

Vídeos, charges e memes movimentaram as redes sociais do Sintufrj nesta sexta-feira, 9 de abril:

 

Na Linha Vermelha e em um dos acessos ao Fundão, o Sintufrj exige vacina no braço e comida no prato em faixas e outdoor.

 

 

Sem renda, sem emprego, sem comida, sem vacina

Vários pontos da UFRJ e da cidade estão com paredões emplastados de cartazes imitando a estética dos anúncios de supermercados. Neles, os preços do gás, da carne, gasolina, arroz, da cesta básica indicando a explosão do custo de vida num momento em que milhões estão mergulhados no desemprego e na falta de qualquer renda. Na UFRJ, os cartazes BOLSOCARO podem ser vistos nas cercanias do IPPMG, IFCS, CT, Praia Vermelha, entre outros locais.

CONFIRA AS FOTOS:

 

 

A principal pauta do Conselho Universitário (Consuni), na quinta-feira, 8, era a apresentação da proposta do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UFRJ. Toda a comunidade universitária, e também a sociedade em geral, foi estimulada a contribuir com ideias. Dentre as contribuições enviadas à Reitoria pelo Sintufrj, consta a criação do Conselho Superior de Administração e Gestão de Pessoal.

O debate nem chegou a ser iniciado, porque a sessão do colegiado foi interrompida com a notícia da morte de mais uma servidora da universidade pela Covid-19. Juliana Cruz Lopes, 42 anos, fazia parte da Coordenação de Relações Institucionais e Articulações com a Sociedade (Corin). A comunidade universitária da UFRJ já não suporta mais contabilizar tantas vidas perdidas nesta pandemia.   

De acordo com a reitora Denise Pires de Carvalho, a discussão sobre a proposta finalizada do PDI pelos conselheiros será retomada em 15 dias, em sessão normal do Consuni ou em caráter extraordinário.

Ditadura nunca mais

Enquanto durou a sessão na quinta-feira, 8, estava em pauta a continuidade de uma discussão iniciada há duas semanas no colegiado: a proposta de cassação do título de Doutor Honoris Causa concedido ao coronel Jarbas Passarinho, em 1973, no auge dos “anos de chumbo” do golpe militar. Ele foi duas vezes ministro dos golpistas e subscreveu o AI-5. 

Na sessão do dia 25, ao apresentar a justificativa para a cassação do título de Jarbas Passarinho, os estudantes lembraram que a ditadura matou pelo menos 27 estudantes da UFRJ e leram nomes de alguns dos assassinados pelos generais. Foi um momento de emoção na sessão virtual.

Parte do colegiado é favorável à cassação dos títulos de Passarinho, como já ocorreu com outros personagens nefastos da história do Brasil.  

Momento exige tomada de decisão

Pela bancada técnico-administrativa falou a conselheira Joana de Angelis, que é também coordenadora do Sintufrj. Ela defendeu que este é o momento ideal de a universidade se posicionar em razão dos inúmeros ataques do governo à instituição, à educação, à ciência e ao SUS, e propôs: 

“Não há melhor apoio à universidade, aos nossos cientistas e pesquisadores do que mostrar publicamente para a sociedade que somos contra a tortura e a ditadura.”

Segundo a conselheira e dirigente sindical, é importante fazer o resgate desta parte trágica da história do país e dos protagonistas do golpe que matou, torturou, exilou e calou estudantes, trabalhadores e a sociedade. 

“Mais do que nunca a UFRJ não pode se calar, e este Conselho tem a obrigação e o dever de se posicionar, sim, num momento em que há um governo que vive tentando nos colocar de novo nas mesmas condições que tanto repudiamos. Esta casa centenária, que produz conhecimento científico e que tem autonomia, tem de manifestar seu posicionamento contrário à ditadura, porque está havendo ataques e retrocesso”, afirmou. 

“Não vamos conseguir nada nos submetendo, mas, sim, mostrando que estamos juntos, unidos e fortes pela resistência e pela luta em defesa da educação pública, e esta casa tem o dever de retirar o entulho ditatorial que carregamos”, concluiu Joana. 

Aqui você encontra a íntegra das considerações e propostas apresentadas pelo Sintufrj ao PDI https://sintufrj.org.br/wp-content/uploads/2020/12/PDI-Sintufrj-2020-Revisado.pdf

 

 

 

Desde o início da pandemia do novo coronavírus, em março do ano passado, a UFRJ está atuando no combate à Covid-19 em várias frentes. E deste esforço coletivo participam, anonimamente, técnicos-administrativos, estudantes e professores que integram a comunidade universitária, como também de outras instituições.  

Estão cadastrados como voluntários na UFRJ 2.541 pessoas desde o mês de abril de 2020. Este contingente tem sido fundamental para a produção dos dois tipos de álcool consumidos na pandemia: em gel e 70%, e de equipamentos de proteção individual (EPIs). Também estão presentes no trabalho de  distribuição de quentinhas e, atualmente, na campanha de vacinação contra a Covid-19. 

São 350 voluntários que todos os sábados de vacinação drive-thru nos campi da UFRJ na Cidade Universitária e Praia Vermelha, Sambódromo, Centro do Rio e Planetário da Gávea permanecem em pé das 8h às 15h, ajudando na organização das filas e na aplicação do precioso líquido que salva vidas. 

Responsável pelo voluntariado

A idealizadora do Programa de Voluntariado da UFRJ é a diretora Escola de Enfermagem Anna Nery (Eean), Carla Araújo. Ela faz parte da força-tarefa da universidade que compõe o Grupo Multidisciplinar de Enfrentamento à Covid-19. 

“O voluntariado tem sido uma das coisas boas que temos vivido nesta pandemia. É com a disponibilidade que se possibilita aos alunos, professores e técnicos-administrativos descobrirem juntos o exercício da responsabilidade social e da cidadania. E  com o nosso conhecimento podemos contribuir para a melhoria da saúde da população”, resumiu a diretora. 

O trabalho anônimo, sem remuneração alguma, tem sido um importante reforço nas ações empreendidas pela universidade no atual momento, acrescentou. “No dia 27 de março, no Sambódromo, vacinamos 910 pessoas. Os voluntários são fundamentais em todo o processo de vacinação. Sem eles teríamos mais filas e o tempo de atendimento seria muito maior”, afirmou. 

Segundo Carla Araújo, que é enfermeira, o trabalho voluntário realizado pela comunidade universitária tem tido o reconhecimento da população, e de uma forma muito peculiar: 

“Vemos a gratidão da população na nossa ação em saúde, que é possibilitada também pelo SUS. Recebemos bilhetes nos agradecendo e desejando saúde, e, na Páscoa, chocolates. Estamos fazendo história e fazendo parte desta história.” 

 

A UFRJ se integrou ao esforço de vacinação da Prefeitura do Rio contra a Covid-19 e oferece seu espaço, infraestrutura e voluntários para os postos de vacinação no sistema drive-thru aos sábados, nos campi Cidade Universitária, na Ilha do Fundão, e  Praia Vermelha, em Botafogo, zona sul do Rio. 

Desde a inauguração do posto de vacinação no Fundão, em 6 de fevereiro, foram aplicadas 1.466 doses de vacinas, segundo a Secretaria Municipal de Saúde: 1.156 da primeira dose e 310 da segunda dose. O campus faz parte da Área Programática de Saúde (AP 3.1). 

Além dos voluntários da UFRJ — entre estudantes, professores e técnico-administrativos –, a vacinação na universidade também mobiliza as equipes da Secretaria Municipal de Saúde e enfermeiros da Força Aérea Brasileira.

Na região da AP 3.1, que envolve 28 bairros, entre eles toda a Ilha do Governador, Os Complexos da Maré e do Alemão, reunindo uma população de quase 900 mil pessoas, foram aplicadas desde 20 de janeiro, quando foi iniciada a campanha de vacinação, 150.837 mil doses: 116. 416 mil em Unidades de Atenção Primária (UAPS). Foram vacinados 91.175 mil idosos e 42. 749 trabalhadores da saúde. 

O calendário de vacinação nos postos drive thru segue o oficial divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio. Neste mês estão sendo vacinados como grupo prioritário os idosos e profissionais de saúde com conselho de classe e conforme a faixa etária.

Calendário de vacinação de profissionais de saúde

O calendário de vacinação para os profissionais de saúde entre 50 e 59 anos seguirá em paralelo ao cronograma dos idosos. Eles podem se vacinar em todos os postos, exclusivamente das 13h às 17h. 

Nas etapas anteriores já foram vacinados os profissionais de saúde da linha de frente no combate à Covid-19, os diretamente envolvidos na campanha de vacinação e aqueles com 60 anos ou mais.

Os calendários de vacinação contemplando os próximos grupos prioritários serão divulgados futuramente, conforme novos aportes de vacinas forem chegando ao município.

Vacinação em idosos surte efeitos

A prova de que a vacinação é o método mais eficaz para combater a pandemia é a redução do número de internações e mortes de idosos no Rio de Janeiro.

De acordo com a Subsecretaria de Vigilância em Saúde, da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, caíram as internações e mortes de idosos com mais de 80 anos, entre janeiro e março de 2021. A campanha de vacinação contra a Covid foi iniciada em janeiro.

Nos meses analisados, a queda foi de 49% nas internações e 44% dos óbitos causados pela Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em idosos acima dos 90 anos. Entre os de 80 anos, a internação caiu 33% e as mortes 22%.

A principal causa analisada é a vacinação das idades prioritárias no estado. O número de idosos vacinados com 80 anos ou mais chegou a 329.062. Até a segunda-feira, 5 de abril, 1.316.104 pessoas tinham sido vacinadas e um total de 374.909 já tinham recebido a segunda dose da vacina contra a Covid-19.