Em decisão unânime, o Conselho Universitário (Consuni) na quinta-feira, 13, aprovou moção de repúdio à medida anunciada pelo Ministério de Educação, ao informar os limites para o Projeto de Lei Orçamentária de 2021 (PLOA 2021), de redução linear de 18,2% no orçamento discricionário das instituições federais de ensino superior. “Este corte é desastroso e representa uma ameaça ao sistema universitário federal”, diz o documento.

A reitora Denise Pires fez um apelo emocionado de ajuda às Ifes, reiterando que a situação é muito grave e pode levar a destruição de instituições como a UFRJ: “Faço um apelo a todo comunidade universitária, amigos, parentes, qualquer um que atue junto à sociedade civil, para que os cortes sejam revertidos, porque a sociedade sabe a importância dessas instituições e da continuidade deste que é um projeto de Estado, e previsto na Constituição de 1988”.

Os conselheiros manifestaram indignação diante da atitude do governo constatando: “Enquanto a UFRJ desponta no cenário nacional como protagonista em inúmeras ações de combate ao coronavírus, o governo Bolsonaro responde com cortes”. A representante da categoria no órgão e coordenadora do Sintufrj, Jopana de Angelis, afirmou: “Queremos nos juntar a todas as ações de resistência, porque vamos precisar de unidade para reverter este quadro e garantir o funcionamento da instituição”.

Ela destacou o trabalho que vem sendo realizado pela UFRJ na linha de frente da luta para vencer o coronavírus e suas consequências para a população, realizando pesquisas, testagens, produzindo insumos e garantindo assistência aos infectados. “Todo o esforço das equipes profissionais desde a chegada da pandemia ao Brasil, agora é premiado com o corte que pode comprometer não apenas os serviços essenciais em meio a crise sanitária, mas o funcionamento da universidade para o ensino, a pesquisa e os projetos de extensão”, acrescentou.

Convocatória

Além de registrar o repúdio da comunidade universitária, o documento também reivindica aos ministérios da Educação e da Economia que revejam a medida, antes do envio do PLOA 2021 para o Congresso Nacional, e conclui com uma convocatória à sociedade: “Todas as entidades representativas do setor educacional, parlamentares, corpo social da UFRJ e todos aqueles que admiram e valorizam nossa centenária universidade devem se enganjarem nesta mobilização contra o corte do orçamento das Ifes, pela defesa dos sistemas federal de ensino superior e pela educação de qualidade, pública e gratuita”.

O corte anunciado, segundo o texto da moção, vai recair sobre as verbas de custeio e de capital, reduzindo R$ 4,2 bilhões no orçamento do Ministério da Educação em 2021, dos quais R$ 1,43 bilhão nas Ifes. Serão atingidos programas de ensino, pesquisa e extensão, serviços de manutenção, limpeza e segurança, toda infraestrutura tecnológica, o complexo hospitalar, museus, bibliotecas e demais atividades acadêmicas e administrativas. “No contexto duríssimo a que estamos submetidos com a pandemia da Covid-19 e que aprofunda a vulnerabilidade socioeconômica dos nossos estudantes, o corte não poupa o PNAES (Plano Nacional de Assistência Estudantil) e atinge em cheio a assistência estudantil. Trata-se da ameaça mais grave ao financiamento do sistema federal de ensino superior”, informa o documento.

Suspensão de serviços

“Da gestão do déficit passaremos à inevitável suspensão de serviços e cancelamento de contratos”, antecipou o pró-reitor de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças, Eduardo Raupp, ao ler no Consuni o levantamento feito pela Reitoria, no qual a universidade alerta para as consequências do corte anunciado, “que vai mudar o paradigma da crise orçamentária no caso da UFRJ”.

O corte de 18,2% reduz o orçamento da fonte do Tesouro em R$ 58.174.385,00. Isso, associado à redução na estimativa de receitas próprias, resulta em diminuição total do orçamento discricionário em R$ 70.338.201,00, em 2021.

De um total de R$ 374 milhões disponíveis em 2020, ficariam R$ 303 milhões em 2021, em valores aproximados. Isto, explicou Raupp, equivale a mais de dois meses de funcionamento da UFRJ. É um orçamento inferior ao de 10 anos atrás.

“Na prática, precisaremos interromper serviços e as bolsas de extensão, iniciação científica, monitorias e de assistência estudantil. Teremos que cortar atividades de limpeza, de segurança e provavelmente seremos obrigados a manter áreas inteiras fechadas. Sem falar nos danos com a redução da assistência estudantil que se soma à alta taxa de desemprego que assola o país”, acrescentou o pró-reitor; Ele lembrou que tudo isso está previsto para ocorrer num contexto em que a universidade está totalmente mobilizada para combater o coronavírus, em diversas frentes, e justamente quando investe na inclusão digital dos estudantes e busca “assegurar a acolhida tecnológica, pedagógica e sanitária do seu corpo social e da comunidade que ela (a universidade) serve”.

Todas essas informações estão contidas na moção aprovada, como também a de que as atitudes empreendidas pela instituição exigem “recursos, “uma política pública consistente, bem planejada e executada, com forte mobilização social e não o contrário”.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, debate a reforma da Previdência (PEC 6/19). Guedes é o articulador do corte que pode fechar as portas de maioria dos institutos federais.

 

 

 

Não bastando a pandemia de Covid-19 que obrigou a suspensão de aulas, um cenário ainda mais sombrio se apresenta para a educação superior pública. O governo Bolsonaro está propondo para o orçamento de 2021 um corte de 18,2% para as universidades e institutos federais. A medida foi justificada pela MEC “em razão da crise econômica em consequência da pandemia do novo coronavírus”.

A redução, que está proposta no Projeto de Lei Orçamentária (Ploa) de 2021, a ser enviada ao Congresso Nacional até 31 de agosto, significa a redução de R$ 1,4 bilhão para a manutenção das atividades das instituições de ensino superior. Soma-se a isso o estrangulamento orçamentário das universidades com o congelamento de seu orçamento já há três anos e as despesas que terão para possibilitar o retorno das aulas, está armada a sua inviabilidade.

Situação inviável

“O corte de 18,2% trará um agravamento da nossa situação. É extremamente sério. Isso pode levar a interrupção dos serviços das universidades”, alertou o presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Edward Brasil, em entrevista virtual coletiva na tarde de quarta-feira, 12 de agosto.

A redução proposta é exatamente nas despesas que mantém a universidade de pé, as ditas discricionárias que não são obrigatórias e podem, por lei, serem remanejadas. São despesas como água, luz, contratação de terceirizados (serviços de limpeza e segurança), obras e reformas, compras de equipamentos, realização de pesquisas e até com assistência estudantil.

O dirigente informou que a Andifes buscará o diálogo com o governo e está se mobilizando para contactar os parlamentares para reverter o corte. “Vamos mostrar o papel que a universidade desenvolve na pandemia e mostrar sua essencialidade”, afirmou.

Prejudicados

Centenas de estudantes que necessitam dos programas de assistência estudantil poderão ser afetados. Nos cálculos numéricos e frios do governo Bolsonaro não se leva em conta pessoas. Serão R$188 milhões perdidos na Assistência Estudantil, segundo informou o vice-presidente da Andifes, Marcus David.

“Na assistência estudantil o impacto é grande. Temos 25% dos nossos estudantes em absoluta fragilidade econômica cuja renda per capita é inferior a meio salário mínimo e 50% com renda inferior a um salário mínimo e meio. Mais ainda agora com famílias que perderam o emprego e tiveram a situação agravada”, observou Edward Brasil. Ele disse que o tamanho do impacto pode levar até suspensão das bolsas de assistência estudantil.

Retomada?

A proposta de redução do orçamento das universidades vem justamente quando os reitores preveem gastos mais altos para viabilizar a volta às aulas, com a compra de equipamentos de proteção, reforços nas equipes de limpeza e adaptações nas salas de aula e nos sistemas de ventilação. A redução pode inviabilizar tais investimentos tão necessários para a retomada das aulas presenciais.

O presidente da Andifes alertou também que tais investimentos serão muito necessários, pois afirma que os efeitos da pandemia se estenderão para além de 2021. Edward Brasil finalizou a entrevista ressaltando o papel estratégico da universidade pública, que além de produzir conhecimento e atender as necessidades da sociedade, impulsiona também a economia. Por isso o corte poderá ter consequências para além das instituições.

“As universidades federais movimentam também a economia de mais de 300 municípios. Não serão somente elas a sofrer o impacto da redução de seus orçamentos”, disse. “Colocar o sistema federal em risco é comprometer o futuro da nação e a saída da crise que vivemos”, sustentou Edward Brasil.

 

 

 

 

O governo do Paraná e a Rússia assinaram memorando de entendimento que firma parceria para o desenvolvimento da vacina Sputnik V contra o coronavírus.

No futuro, o estado brasileiro e o país estrangeiro poderão trabalhar juntos no desenvolvimento de testes e até na produção da vacina.

Mas, o Paraná não descarta a possibilidade de importar a vacina russa e não produzi-la, caso a eficácia não seja comprovada. O pedido de análise ou de autorização de pesquisas ou testes ainda não foi feito à Anvisa.

Que vacina é essa?

A Sputnik V é questionada pela comunidade internacional científica, porque se sabe pouco sobre sua eficácia. O presidente russo Vladimir Putin, anunciou a descoberta da primeira vacina contra o vírus na terça-feira, 11

Ele disse que a vacina desenvolvida pelo Instituto Gamaleya de Moscou (que teria recebido aprovação regulamentar após menos de dois meses de ser testada em humanos), oferece “imunidade sustentável” contra o coronavírus. Desde a semana passada Putin diz ao mundo que estava se preparando para iniciar a vacinação em massa em seu país após testes bem-sucedidos da vacina. Segundo publicação da BBC News, a Rússia fará isso a partir de outubro.

Mas, especialistas internacionais levantam preocupações sobre a velocidade com que a Rússia criou a vacina, inclusive, ela não faz parte da lista da Organização Mundial de Saúde das seis vacinas que alcançaram a fase três dos testes clínicos –, que envolvem testes mais amplos em humanos — e a OMS  reforçou pedido de cautela. A Rússia não teria publicado nenhum estudo ou dado científico sobre os testes.

Credibilidade questionada

Se a desconfiança procede ou não, quem avalia é o médico infectologista Roberto Medronho, professor da Faculdade de Medicina da UFRJ, diretor de pesquisa do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho e coordenador do Grupo de Trabalho Coronavírus da instituição.

Medronho explica que uma vacina para ser disponibilizada para a população precisa passar por  três etapas de ensaios clínicos: de avaliação sobre sua segurança; se tem poder de imunização e se é eficaz eficácia, ou seja, se de fato a incidência de casos em indivíduos vacinados é menor que naqueles que usaram placebo (vacina sem o princípio ativo). E isso deve envolver milhares de pessoas.

Segundo o especialista, após a comprovação de que a descoberta não impõe riscos às pessoas e a sua eficácia for comprovada é iniciado o processo de inscrição na Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) para produção e distribuição da vacina. Isso é o que ocorrerá com as vacinas da China e de Oxford.

No entanto, Medronho aponta que os processos em relação às vacinas contra o vírus, que já matou no Brasil mais de 100 mil pessoas, estão mesmo acelerados pela gravidade da situação. Mas, de qualquer forma, é uma situação que gera preocupação. “Agora, no caso da vacina Russia existem dois problemas, O primeiro deles é que o processo foi aceleradíssimo. Isso nos preocupa. O outro é a falta de publicação na literatura científica internacional dos resultados dos testes, mesmo que parciais obtidos até o momento”, disse ele.

A publicação científica é fundamental, segundo o professor, porque o estudo é revisado por outros pesquisadores e cientistas do mundo todo, o que gera segurança de que realmente as etapas estão sendo cumpridas de forma adequada. E a partir disso se pode iniciar a vacinação na população com tranquilidade.

“E ainda assim não acaba (a fase de testes) porque, mesmo depois da fase três, com sucesso da aplicação da vacina em milhares de pessoas, há a fase quatro, de vigília após a comercialização: é necessária a aplicação em milhões para efetivamente se saber se é realmente eficaz e segura, e se não produz efeito colateral importante”, acrescentou Medronho.

“O problema principal não é de onde vem a vacina, ela pode russa, chinesa, mas informações são fundamentais para que possamos aplicar na população uma vacina que resolva o nosso problema”.

Bem público

Outro aspecto que destaca é que, nos acordos comerciais como estes é preciso incluir a transferência de tecnologia. “Na verdade propugno que a vacina, seja ela de onde vier, passe a ser considerada como um bem público e toda população do planeta tenha acesso. A vacina não deve ficar apenas nas mãos dos países que podem comprá-la. Trata-se de uma pandemia extremamente grave e uma crise que não é só de saúde, mas humanitária”, chamou a atenção Medronho.

“Óbvio que qualquer vacina nos deixa muito esperançosos, mas também muito cautelosos porque é preciso precaução. Acho que os prazos estão sendo muito encurtados e quanto mais rápido mais problemas potenciais podem ocorrer”, alertou, avaliando que embora a notícia seja alegre, pessoalmente acredita que a disponibilidade de uma vacina eficaz e segura para aplicação na população é pouco provável que se dê antes do segundo semestre de 2021.

 

 

 

“Somos milhares de corações azuis pelo Brasil, os quatro cantos unidos pelo futuro e tradição. A UNE reúne, junta, ecoa todas as vozes, queremos e somos ouvidos”, escreveu a entidade na sua página do Facebook para marcar o 11 de agosto, o Dia do Estudantes e o aniversário de 83 anos da União Nacional dos Estudantes.

“O recado que a UNE tem para dar nesse momento é que independentemente de governo Bolsonaro ou de qualquer governo a resistência dos estudantes segue. É óbvio que nesse contexto a nossa luta se torna mais desafiadora”, declarou a dirigente nacional da UNE, Regina Brunet.

Uma luta difícil, mas que vem fazendo frente a Bolsonaro, diz Regina ao enumerar vitórias recentes do movimento estudantil como o adiamento do Enem, a aprovação do Fundeb, e até mesmo a saída de Abraham Weintraub do Ministério da Educação.

“Tudo isso só pôde acontecer por conta da mobilização estudantil e da nossa luta. A luta dos estudantes é uma luta que pensa o presente e o futuro. Nós temos muitas conquistas no presente, mas nós não vamos deixar de lutar por todas aquelas que a gente ainda quer ver no nosso futuro”, vislumbra a estudante.

Ato Virtual
Os estudantes não se fizeram de rogados para lembrar e ratificar a potência de sua voz e ações. Em plena pandemia de Covid-19 e com mais de 100 mil vidas perdidas e diante do governo fascista e negacionista de Jair Bolsonaro, eles promoveram uma Mobilização Nacional pela Vida, Democracia e Educação.

Pela manhã ocorreu um tuitaço com a hastag #LuteComoUmEstudante. Pelo país houve vários atos simbólicos nas capitais e cidades. E a noite, ocorreu um grande ato virtual transmitido pelo canal oficial da UNE no Youtube, com dezenas de convidados.

Neste ato virtual, UNE (universitários), UBES (secundaristas) e a ANPG (pós-graduandos) reuniram convidados dos movimentos sociais, das universidades, escolas, parlamentares, lideranças políticas, artistas, e formadores de opinião envolvidos com a luta pela democracia e contra a ascensão autoritária no Brasil. Foi um dia para festejar e debater os rumos democráticos do país.

História
A UNE, criada em 11 de agosto de 1937, ao longo das décadas, principalmente entre o período de 1964 e 1985 (período da ditadura militar), foi perseguida, caçada e sofreu diversas tentativas de sabotagem.

Os estudantes, assim como os trabalhadores, participaram ativamente de diversos processos de mobilização popular no Brasil como a luta pelas Direta Já, em 1984, e foram protagonistas do movimento dos caras pintadas na campanha Fora Collor! que impulsionou o impeachment do então presidente Fernando Collor de Melo, em 1992.

Foi nos governos de Lula e Dilma, que a UNE se fortaleceu. Foram tempos de grandes investimentos na educação, com ampliação de vagas nas universidades, criação de políticas de cotas, investimento em assistência estudantil e implementação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que ampliou o acesso nas instituições de ensino superior públicas.

Mais, desde 2016, com o golpe para retirar Dilma Rousseff da presidência da República, a educação e a UNE, vem sofrendo ataques de toda a ordem e que se agravaram no Governo Bolsonaro. Este elegeu os estudantes, professores e funcionários das universidades e instituto federais e de escolas públicas como inimigos do país.

E os estudantes, seguem, mais uma vez, na resistência. “Hoje é um dia de orgulho para aqueles e aquelas que dedicam sua vida em defesa da educação. A UNE somos nós, nossa força e nossa voz!”, ressalta a diretora da UNE Rio, Elaine Monteiro.

 

Brasília- DF. 12-07-2019- Manifestação de estudantes na esplanada dos miistérios contra a reforma da previdência e cortes na educação. Foto Lula Marques

 

 

De um instante para outro, a pandemia freou o mundo. Surpresa, a humanidade se viu obrigada, de uma hora para outra, a repensar valores — como a solidariedade — mas também, de modo prático, como viabilizar seu dia o dia. Com o Sintufrj não foi diferente. Com a acertada adoção da quarentena na cidade e, seguindo os protocolos estabelecidos na UFRJ, o Sindicato adotou o trabalho remoto.

Na quarta matéria sobre o Sintufrj no dia a dia da pandemia, vamos mostrar como têm funcionado as áreas de Pessoal, Financeira e de Serviços Gerais – que compõem a espinha dorsal de sustentação do cotidiano da entidade a serviço dos técnicos-administrativos em educação da UFRJ –, e a Reprografia.

Compromissos em dia
Os setores da administração do Sintufrj seguiram firme com suas tarefas: cumprindo seus compromissos com os profissionais da entidade, as contas pagas e garantindo que a prestação de serviços à categoria e a luta em defesa de direitos e da universidade pública de qualidade não parassem.

O setor de Recursos Humanos prosseguiu na elaboração das folhas de pagamento, concessão de benefícios, entre outras tarefas, como também atuando para a adequação do Sindicato às novas normas de saúde.

Sob orientação de uma empresa especializada em segurança no trabalho, a MedLine, a direção sindical está adquirindo equipamentos de proteção individual (EPI), termômetros e máscaras, assim como promovendo a higienização e a adequação de salas (com distanciamento do mobiliário e adoção de paineis de acrílico para o atendimento), tapetes sanitizantes, entre outras medidas para a realização de trabalho presencial, ou seja, se preparando para o pós-pandemia.
Os profissionais reiteram que todos os compromissos estão sendo cumpridos e para que isso ocorra, destacamos o esforço de todos os setores. Alguns deles montaram uma força tarefa — poupando, naturalmente, os colegas de grupos de risco — para a necessidade de eventual presença na sede da entidade.

Serviços gerais
Sob a orientação da Medline, os profissionais deste setor prosseguiram com às atividade – usando os equipamentos de proteção – para a adoção pela direção das novas regras de higienização dos espaços –, que são os trabalhadores da limpeza, por exemplo.

Os vigilantes do Sintufrj estão entre os que atuam na linha de frente neste momento excepcional pelo qual passa o país. Eles garantem a segurança da entidade dia e noite. Os motoristas foram colocados de sobreaviso para comparecerem no Sindicato quando for necessário, por exemplo, nas campanhas de doação.

Reprografia
A reprografia — responsável pela impressão de material gráfico produzido na entidade — como cartazes, panfletos, faixas e banners –, assim como os motoristas, entra em ação presencialmente conforme a necessidade – para acompanhar a assistência técnica e ativar o maquinário, que não pode ficar parado por muito tempo. Quando isso ocorre, as salas são higienizadas para o trabalho ser realizado com toda a segurança.

Financeiro
Com rapidez, o setor tomou as devidas providências que a pandemia exige para dar continuidade às tarefas: os computadores foram enviados para as casas dos integrantes da equipe considerados de risco e uma estrutura mínima foi organizada para os profissionais.

Assim, os pagamentos estão sendo feitos nas datas corretas dos auxílios (funeral e natalidade) e aos sindicalizados; das Guias de Recolhimento da União (GRU), dos processos acompanhados pelo Sintufrj; folha de funcionários do Sindicato e prestadores de serviço; impostos, contas (telefonia fixa e móvel); provedores de internet; correio; como também reembolsos e acompanhamento diário dos saldos bancários e movimentação de contas on line.

O setor de compras mantém em dia o estoque do almoxarifado (onde ficam os materiais de consumo, limpeza em geral, escritório, suprimentos de informática, etc), e adquirindo equipamentos que se fazem necessários.

Mesmo em casa, portanto, os trabalhadores dos setores continuaram realizando o seu trabalho. Somente eventualmente dão plantão presencial, com exceção dos vigilantes.

No setor financeiro funciona também a assessoria contábil, que analisa e libera a contabilidade, balanços e relatórios financeiros. Fora a mudança do espaço físico, para a assessoria nada mudou, e o trabalho mesmo com a pandemia, está em dia.

Campanhas
As campanhas de solidariedade do Sintufrj – as ações são registradas pelas lentes do nosso repórter fotográfico e divulgadas nas mídias da entidade – mobilizam coordenadores sindicais e funcionários da entidade, como os dos setores de compras e transporte.

Entre as campanhas já realizadas pelo Sindicato estão a de distribuição de máscaras entre profissionais de unidades da UFRJ e doação de cestas básicas, algumas em conjunto com o Diretório Central dos Estudantes, na Vila Residencial (às vítimas das enchentes) e em comunidades vizinhas da universidade, como o Complexo da Maré.

 

 

 

 

VEJA OS TEMAS PROPOSTOS PARA ABORDAGENS NO FÓRUM

Servidores ativos ou aposentados, sindicalizados, poderão optar por cinco temas propostos pela organização do evento que tem como referência de debate a Uberização do Serviço Público. Os assuntos foram selecionados para alcançar um leque abrangente de frentes de atuação na vida universitária.

Politica de Pessoal – trabalhos que tratem de ações e atividades sobre a área de pessoal: capacitação, qualificação, uso das TICs no trabalho, ambiente organizacional, dimensionamento, desvio de função, formação

Gestão Universitária – trabalhos que tratem de ações e atividades sobre a área de gestão: financeira, patrimônio, compras, infraestrutura, manutenção

Políticas Acadêmicas – trabalhos que tratem de ações e atividades sobre a área acadêmica – ensino, pesquisa, extensão, seja administrativa, seja no apoio ao ensino, sejanna execução de atividades de pesquisa e extensão

Políticas Afirmativas – trabalhos que tratem de ações e atividades relacionadas as politicas de inclusão social, combate ao racismo e a homofobia, as questões de gênero, acessibilidade, liberdade religiosa

Informação e Comunicação – trabalhos que tratem de ações e atividades relacionados a informação (sistemas, organização, transparência), bibliotecas, arquivos, museus, comunicação social (jornalismo, publicidade, editoração, radicalismo), artes, linguagem.


 

Três opções de inscrição estão disponíveis na página do Fórum no site do Sintufrj

a) Para ouvinte (servidor ativo e/ou aposentado): até 31 de agosto.
Link: https://sintufrj.org.br/cpd/forum2020/

b) Para apresentação de trabalho escrito (servidor e ou servidores sindicalizados ativos e/ou aposentados): até 24 de agosto.
Link: https://sintufrj.org.br/orientacoes-para-envio-de-trabalhos-escritos/

c) Para quem desejar enviar vídeos (servidor sindicalizado ativo e/ou aposentado): até 24 de agosto.

 

Desde o início da pandemia, a direção sindical montou um esquema especial de funcionamento do Sintufrj, respeitando protocolos de saúde adotados na UFRJ, com atividades em ambiente virtual para atender aos sindicalizados e seus dependentes.

Nesta terceira matéria da série que iniciamos no dia 4 de agosto sobre como os setores da entidade se estruturaram para trabalhar durante o isolamento social, vamos mostrar o trabalho da equipe que recepciona e encaminha solicitações e dúvidas dos sindicalizados sobre os mais diversos serviços: os trabalhadores do Atendimento Geral, Secretaria e Convênios.

No chamado home office, o serviço segue de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h às 17h (veja lista dos telefones para atendimento no fim da matéria).

Atendimento geral

Os telefones e as correspondências por e-mail não pararam ao longo dos últimos meses de quarentena. São tarefas do atendimento geral: realizar os procedimentos para sindicalização ao Sintufrj (desde a inclusão do servidor no sistema, orientação como realizar a autorização para pagamento da mensalidade sindical, no Sistema de Gestão de Pessoas (Sigepe), e comunicação aos setores de Convênios e de Processamento de Dados, ao passo a passo para que o novo sindicalizado entre no sistema para incluir dados e fotos até esclarecimento de dúvidas em geral); orientar sobre o recadastramento; executar a adesão a planos de saúde, auxílios funeral e natalidade; imposto de renda; encaminhar para atendimento jurídico; esclarecer dúvidas trabalhistas/direitos e como proceder no período da quarentena, e de pensionistas sobre os processos em andamento etc, entre outras.

Secretaria

Além de atender às solicitações da direção e do Departamento de Pessoal da entidade (para feitura de ofícios e mensagens para as unidades, planilhas, etc), a secretaria do Sintufrj também atende à categoria por home office, contribuindo, inclusive, com o atendimento geral, verificando e encaminhando demandas enviadas através de e-mails, buscando informações nos setores responsáveis e também com os profissionais da área para dar um retorno satisfatório às demandas dos sindicalizados, como, por exemplo, informações precisas sobre os Planos Bresser, Verão, 28,86% e 3,17%; e realiza o recadastramento dos filiados.

Convênios

É um dos setores mais agitados do Sintufrj e essa dinâmica se manteve no  atendimento a distância. Lá os sindicalizados tratam sobre planos de saúde, auxílios (como natalidade e funeral), entre outros. O setor também esclarece dúvidas e encaminha para outros profissionais da entidade, de acordo com as necessidades da trabalhadora ou trabalhador.

Recentemente, uma demanda intensificou a procura pelo setor de convênios:  em consequência de uma portaria do governo, a Pró-Reitoria de Pessoal solicitou aos ser5vidores que têm plano de saúde que apresentassem a comprovação (para recebimento do auxílio saúde). Coube ao Sintufrj enviar a listagem de sindicalizados com planos vinculados à entidade (Mas são muitos os trabalhadores que ligam solicitando orientação, mesmo quem não tem plano vinculados ao Sintufrj).

“O atendimento continuou a todo vapor. O telefone não parou, é uma ligação atrás da outra, e algumas dezenas de e-mails por dia”, contou Claudia Azevedo, profissional do setor.

Para enriquecer as abordagens, o Sintufrj está selecionando convidados que vão compor as mesas de debates na parte da manhã do evento

Escolhidos por um júri, os três melhores trabalhos apresentados no 1º Fórum Técnico-Administrativo serão premiados com a entrega de notebooks aos autores. O evento no início de setembro terá como tema Uberização do Serviço Público na UFRJ.

Com a premiação, o Sintufrj pretende estimular a reflexão sobre os desafios que se apresentam ao exercício de nossas atividades na UFRJ hoje e no futuro pós-pandemia.

Além disso, todos os trabalhos e vídeos selecionados que darão conteúdo ao evento serão publicados e mostrados numa revista eletrônica que trará o inventário de experiências e narrativas apresentadas nesse encontro com perspectiva de desdobramento.

O Fórum pretende ser um espaço inédito para revelação de êxitos, incertezas, conquistas e frutrações presentes no nosso dia a dia de trabalho na UFRJ.
Sem ranço acadêmico, o objetivo é valorizar as experiências que estão sendo postas à prova neste momento de isolamento social e de tragédia humanitária – que nos afeta nos planos pessoal e profissional.

Essa característica do Fórum cria fôlego abrangente no conteúdo e flexível na forma. As inscrições abrigam apresentação de trabalhos em lives nas tardes dos três dias de debates e também o envio de vídeos de com depoimentos gravados em celulares em qualquer mídia e formato.

Os trabalhos dos servidores serão apresentados virtualmente na parte da tarde em rodadas (das 15h às 17h e das 17h30 às 19h30) nos dias de palestras e debates do Fórum Técnico-Administrativo. As inscrições podem ser individuais ou em grupos de até três pessoas. São habilitados técnicos-administrativos sindicalizados ativos e aposentados. Para apresentação, os trabalhos serão selecionados por uma banca. Ao final, os três melhores trabalhos serão premiados na sessão final do evento.

O MUNDO DO TRABALHO EM XEQUE

O 1º Fórum Técnico-Administrativo que tem como tema a Uberização do Serviço Público. Com esse encontro, o Sintufrj propõe o debate sobre os desafios imediatos da categoria, mas com perspectiva estratégica que envolve os rumos nossa carreira e a discussão sobre projeto de universidade.

Para enriquecer as abordagens, o Sintufrj está selecionando convidados que vão compor as mesas de debates na parte da manhã do evento. A pauta aspectos como o trabalho precarizado, ensino e trabalho remoto, as novas engenharias do capitalismo na exploração do trabalho e a saúde, no olho do furacão do drama Brasil. A construção do movimento dos técnico-administrativos na UFRJ, a origem do caminho no qual chegamos até agora, terá seu destaque.


 

Três opções de inscrição estão disponíveis na página do Fórum no site do Sintufrj

a) Para ouvinte (servidor ativo e/ou aposentado): até 31 de agosto.
Link: https://sintufrj.org.br/cpd/forum2020/

b) Para apresentação de trabalho escrito (servidor e ou servidores sindicalizados ativos e/ou aposentados): até 24 de agosto.
Link: https://sintufrj.org.br/orientacoes-para-envio-de-trabalhos-escritos/

c) Para quem desejar enviar vídeos (servidor sindicalizado ativo e/ou aposentado): até 24 de agosto.

 

A flexibilização das regras de isolamento social incentivou empresas a retomar as atividades presenciais ainda em plena pandemia de Covid-19. Com isso, os trabalhadores estão sendo obrigados a retornar ao trabalho, muitas vezes sem a devida garantia de segurança para evitar a contaminação pelo vírus. As consequências vão de afastamentos a mortes.

Categorias como a dos professores, petroleiros, bancários, trabalhadores de correios têm enfrentado muitos problemas para resguardar suas vidas e manter seus empregos. A pressão para trabalhar com a pandemia ainda em alta é enorme e o corte de direitos é uma constante. No caso dos bancários, a pandemia serviu de justificativa para o fechamento de agências e extinção dos postos de trabalho.

Segundo o presidente da CUT Rio, Sandro Cezar, as empresas seguem a cartilha ultraliberal do governo Bolsonaro. As estatais, por seguirem suas diretrizes; e as privadas, como os bancos, por só vislumbrarem a defesa do lucro. Sandro afirma que, nesta pandemia, Bolsonaro busca criar um clima de normalidade para seguir com seus compromissos com o capital.

“No começo da pandemia, atingiu-se os ricos e agora está matando pobres. O governo, por sua vez, criou um clima para as pessoas irem para a rua. Ele não está preocupado com a necessidade das pessoas, com direitos e com empregos. Sua ação é política. É um governo ultraliberal voltado para o sistema financeiro, por isso precisa criar um clima de normalidade que inexiste. Quem paga são os trabalhadores, os operários e os informais”, declara.

Correios
Desde o dia 1° de agosto já foram suprimidas 70 das 79 cláusulas do atual acordo de trabalho, retirando direitos como 30% do adicional de risco do salário, fim do ticket nas férias, fim do anuênio.

Além de reivindicar a manutenção destes direitos, os trabalhadores cobram melhores condições sanitárias de trabalho e equipamentos de proteção e segurança contra os riscos de contaminação pelo novo coronavírus (Covid-19). A categoria está com greve marcada para 18 de agosto.

A falta de condições sanitárias nas agências em todo o Brasil é apontada como fator de grave risco à segurança e a saúde dos trabalhadores e de suas famílias. A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Similares (Fentect) denuncia que os Correios, desde o início da crise sanitária, não cumprem as recomendações de medidas mínimas de segurança à saúde do trabalhador.

Em muitas agências, de acordo com levantamento da entidade, ainda não há equipamentos adequados, sabonete líquido para uso dos funcionários, desinfecção dos ambientes e álcool em gel. A Federação e seus sindicatos filiados inclusive já tiveram que procurar os meios judiciais para garantir um mínimo de condições para não expor funcionários e clientes aos riscos de contaminação pelo coronavírus.

Em nota, a Fentect afirma que há má fé e negligência da empresa para com os trabalhadores, que resultam em um crescente número de casos de infectados e óbitos dentro da categoria.

Bancários
A pandemia serviu de justificativa para o fechamento de agências e extinção dos postos de trabalho pelos bancos. A defesa do emprego é uma das prioridades da campanha salarial deste ano, onde o teletrabalho está em pauta.

Segundo o Sindicato dos Bancários, a atual legislação não protege estes trabalhadores e os bancos querem reduzir direitos. Assim, diz o sindicato, garantir as conquistas da categoria para quem vai continuar trabalhando em casa após a pandemia é também uma importante bandeira de luta da campanha deste ano.

Para situar o drama da categoria, toma-se como exemplo o Santander. No período que avançou a Covid-19 o Santander demitiu mais de 800 trabalhadores em todo o Brasil, descumprindo o acordo firmado pelas três maiores instituições financeiras do país (além do grupo espanhol, o Itaú e o Bradesco) de não realizar demissões durante a pandemia.

“O que eles estão fazendo é se livrar da mão de obra para aumentar o lucro. O sistema digital já vem ocorrendo e com a dificuldade de assistência formal por conta da pandemia incrementaram a digitalização de serviços e estão cada vez mais investindo nisso”, declara o presidente da CUT Rio, Sandro Cezar.
Só o Brasil responde por 33% dos lucros mundiais do Santander. Apenas com o dinheiro arrecado com tarifas equivale a duas vezes a sua folha de pagamento.

Sandro afirma que a demissão em massa no Brasil foi possível porque o Estado, isto é, o governo Bolsonaro, não se importa com a manutenção dos postos de trabalho. “O grupo não fez isso no exterior. Só no Brasil. Isto porque aqui há falta de atuação do estado”.

O economista do Dieese (Departamento de Estatística Intersindical de Estatística e Estudos socioeconômicos), Paulo Jager, em uma live do Sindicato dos Bancários, afirmou que o sistema financeiro não tem razões para demitir, como tem feito principalmente, o Santander.

“Os lucros do primeiro trimestre dos grandes bancos foram ainda muito altos sem falar que durante décadas o setor acumulou ganhos, independentemente da conjuntura econômica do país. E num período extraordinário como este de pandemia, os bancos deveriam dar o exemplo de responsabilidade social. O Santander tem demitido no Rio e no Brasil e usar como argumento que a expectativa da empresa era de que a pandemia se resolveria em dois meses não é razoável. Os impactos poderão durar dois anos. É lamentável este banco esteja agindo desta maneira”.

Petroleiros
Assim como nas Universidades Federais Instruções Normativas são baixadas ao arrepio da lei, dentro de uma visão primordialmente produtivista, na empresa estatal Petrobras Notas Técnicas seguem a mesma lógica.

A empresa se valeu de uma Nota Técnica com diretrizes para testagem rápida para fazer os petroleiros trabalharem mesmo infectados. A empresa, por sua vez, se recusava a fornecer informações sobre a saúde dos trabalhadores.

Ela foi então acionada na Justiça pelo Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) para ter o direito a informações diárias sobre as condições de saúde dos trabalhadores por conta da pandemia em refinarias e plataformas. Com isso, revelou-se que já havia ocorrido mortes pela Covid-19 e centenas encontravam-se em quarentena.

A Fiocruz recomenda, com base nos estudos da Organização Mundial de Saúde, que os trabalhadores com teste positivo para IgM sejam afastados do trabalho por 14 dias. Voltar ao trabalho, só quando o IgM estiver negativo, segundo os pesquisadores. Com a “ajuda” da Nota Técnica, a Petrobras então propiciou o contágio dos seus funcionários por utilizar de uma interpretação equivocada dos resultados dos testes.

Qualquer semelhança da ação da empresa com a política negacionista do governo Bolsonaro não é mera coincidência.

O período de inscrição on line para os cursos oferecidos pelo Sintufrj de capacitação e preparação para o mestrado e o doutorado está chegando ao fim. Começou no dia 25 de julho e termina no próximo domingo, 9 de agosto. Restam poucas vagas, portanto, quem pretende galgar mais um nível na sua formação contando com o apoio de uma equipe experiente e exitosa de professores em Metodologia da Pesquisa, Redação Acadêmica, Inglês (do I ao III) e Espanhol Instrumental, e Introdutório não devem perder tempo.

As aulas serão ministradas de forma remota e em ambiente virtual, a partir ainda deste mês – entre os dias 17 e 21. Saiba os dias e horário de cada curso consultando o Edital do Processo de Inscrição 2020/2, no site do Sintufrj (www.sintufrj,org,br), onde também se encontram a ficha e a instrução para a inscrição dos alunos. Os Cursos Preparatórios do Sintufrj integram o projeto Universidade para os Trabalhadores sob responsabilidade da Coordenação de Educação, Cultura e Formação Sindical da entidade.

Trabalho não parou

A pandemia do novo coronavírus, que impôs o isolamento social, não impediu que os profissionais do Sintufrj atuassem para a abertura dos cursos. “Se a  vida acadêmica não parou, não havia razão para que o Sintufrj não ministrasse os cursos remotamente. As seleções para mestrado e doutorado continuam (as inscrições ocorrem em geral em meados do segundo semestre e, as provas, no fim), e o Sintufrj precisa colaborar com os interessados em não perder a chance de concorrer a uma vaga para cursar uma pós-graduação na UFRJ,” disse a coordenadora sindical, Damires dos Santos França.

Segundo a dirigente, os professores continuaram em contato com os alunos das turmas que haviam sido iniciadas em março (e que seguiriam até julho), mas que foram interrompidas pela necessidade do isolamento social.

“Quando começou o isolamento social, os cursos haviam começado uma semana antes. E como foram preparados para ser presenciais não conseguiríamos transportá-los de imediato para o modo remoto”, explicou Danielle São Bento, coordenadora pedagógica do projeto do Sintufrj.

Dificuldades

Alguns cursos apresentaram mais dificuldades de serem adaptados para o modo remoto, como os de língua estrangeira, porque, segundo Danielle, são instrumentais e complementados com debates em salas de aula. Mas os professores não perrderam o contato com os alunos.

O curso de Redação Acadêmica prosseguiu com a utilização do Skype (aplicativo de comunicação por vídeo). O de Metodologia da Pesquisa continuou com atendimento individual por e-mail e WhatsApp, assim como a Orientação Acadêmica.

“Isso tudo para o aluno não perder contato com a equipe, porque o Sintufrj está seguindo o protocolo da UFRJ para a pandemia da Covid-19. Toda semana, no horário das aulas, os professores enviavam o conteúdo para os alunos e ficavam à disposição deles para esclarecer as dúvidas”, informou Danielle, explicando, porém, que essa forma de estudar não era obrigatória. Até porque muitos alunos eram da área de saúde e estão atuando na linha de frente no combate à Covid-19, no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho e em laboratórios.

“Passamos os últimos dois meses estruturando os cursos para a forma remota. Assim, neste segundo semestre, todos os alunos terão a sua certificação como antes (para a Capacitação)”, garantiu a coordenadora pedagógica.

Números

São três turmas de Metodologia de Pesquisa, duas de Espanhol (introdução e instrumental), três de Inglês e uma de Redação Acadêmica. O projeto do Sintufrj oferece também Orientação Acadêmica (que ajuda o estudante a se organizar para cumprir as exigências de cada programa). A procura para todos os cursos tem sido grande.

A equipe é composta de cinco professores: Yara Barros (Orientação Acadêmica), Caroline Reis (Metodologia de Pesquisa), Sandra Bragato (Inglês), Bete Dreon (Espanhol) e Elísia Maia (Redação Acadêmica). O projeto Universidade para os Trabalhadores começou com os cursos de capacitação e preparatórios para a pós-graduação no primeiro semestre de 2018. A média tem sido de 500 alunos por ano (cada curso dura um semestre).

Para possibilitar o ensino remoto foi necessário diminuir o número por turma (cerca de 10 por turma) para facilitar a interação entre os alunos no ambiente virtual. Mas vai haver lista de espera. “Sempre fazemos o possível para atender toda a demanda da categoria, às vezes até abrindo turmas extras, e temos conseguido fazer isso ao longo do tempo”, complementou Danielle.

Além da procura cada vez maior, o sucesso do projeto pode ser medido pelo retorno que os alunos sempre dão quando são aprovados nos programas de mestrado e doutorado. E na avaliação de Danielle, o Sintufrj tem despertado cada vez mais na categoria, o interesse de acessar a pós-graduação e o reconhecimento de que é possível ocupar mais esse espaço na univertsidade.

Pré-universitário – O Sintufrj também garante à categoria, por meio de convênio, vagas para o Curso Pré-Universitário Samora Machel, que também adotou o sistema de aulas remotas. Este ano a inscrição de alunos já terminou (foi de 24 a 31 de julho), mas Danielle informou que todos os inscritos pelo Sintufrj estão matriculados.

Serviço

Público – De acordo com o edital do Sintufrj, técnico-administrativos em educação da UFRJ filiados ao Sintufrj, em dia com suas relações com a entidade (conforme consta do Estatuto do Sindicato) têm prioridade no preenchimento de vagas, mas o projeto também é aberto a dependentes diretos; prestadores de serviços na UFRJ há mais de 1 ano devidamente comprovado pela direção da unidade e extraquadro.

Inscrição — O Formulário está disponível no site www.sintufrj.org.br. Após o preenchimento, deve ser encaminhado para o e-mail: educacaosintufrj@gmail.com.

Certificação — o aluno deverá ter, no mínimo, 75% de frequência.

Seleção – Caso o número de candidatos supere o de vagas oferecidas, estas serão distribuídas com base em sorteio público com ampla divulgação nas mídias sociais do Sintufrj.

Aulas — As aulas remotas serão ministradas por meio de ambientes virtuais, através de plataforma on line. Haverá um período de ambientação e treinamento para que todos aprendam a utilizar essa ferramenta de estudo. Os horários e mais detalhes estão no edital divulgado no site do Sintufrj (www.sintufrj.org.br).