Bolsonaro privilegia militares ao convocar reservistas para trabalhar no INSS

Governo vai convocar 7 mil reservistas para o INSS a fim de  “acabar” com as filas, ao custo de R$ 14,5 milhões ao mês. Para sindicato dos servidores, medida privilegia militares e não resolve o problema.

Matéria retirada do site da CUT. 

O governo de Jair Bolsonaro anunciou nesta terça-feira (14) que pretende convocar 7 mil militares da reserva para trabalhar no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a fim de zerar, em seis meses, a fila da concessão dos benefícios como aposentadoria e auxílio-doença. Em alguns casos, os segurados chegam a esperar um ano para ter o benefício concedido.

A convocação dos militares, ao custo de R$ 14,5 milhões ao mês – cerca de R$ 2 mil para cada reservista – gerou revolta junto aos servidores públicos federais que denunciam que o governo está invadindo competências da área civil e privilegiando os militares, categoria de origem do atual presidente, que antes de ser deputado federal por mais de 27 anos, foi tenente do Exército. Bolsonaro só atingiu o posto de capitão após ser reformado, ao deixar as Forças Armadas.

Segundo Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) , Bolsonaro, além de invadir competências da área civil, privilegiando militares, não vai resolver o problema dos atrasos nas concessões dos benefícios.

“Se o governo quisesse acabar com as filas convocaria os seis mil servidores do INSS aposentados que entendem do assunto. O problema não está no atendimento do balcão nas agências, está na análise dos processos, alguns complexos. É preciso pessoas qualificadas”, afirma Sérgio Ronaldo.

O dirigente denuncia ainda que se forem convocados os 7 mil reservistas, serão mais de 10 mil militares ocupando postos no governo, desde o início de 2019.

Bolsonaro disse que iria acabar com os privilégios, com as mamatas, mas está, na verdade, privilegiando apenas uma categoria. Nem na época da ditadura militar havia tantos militares ocupando postos nas estruturas das estatais, das empresas públicas e no Executivo

– Sérgio Ronaldo da Silva

O secretário-geral do Condsef lembra ainda o privilégio concedido aos militares na reforma da Previdência da categoria, com o ganho de um novo plano de carreiras e reajustes salariais que chegaram a 75%, dependendo do cargo ocupado, ao contrário dos trabalhadores e das trabalhadoras civis que tiveram aumento de tempo de contribuição e diminuição no valor do benefício.

“O governo vai gastar R$ 14,5 milhões ao mês, para trazer os militares da reserva que estão há 10, 15 anos sem fazer nada, para substituir servidores civis. É mais uma mamata aos que compõem a base do governo. É a população que será penalizada porque levarão meses até que os militares sejam treinados”, critica Sérgio Ronaldo.

Benefícios atrasados chegam a 3 milhões

Enquanto o governo admite atrasos em 1,3 milhão de pedidos de aposentadorias e outros 700 mil benefícios, num total de 2 milhões, o dirigente do Condsef contraria esses números. Segundo Sérgio Ronaldo, já chegam a 3 milhões os benefícios em atraso.

“Até treinar os militares que não sabem calcular os benefícios do INSS, a tendência é ainda aumentar a fila”.

Servidores demonstram revolta nas redes sociais

Nas publicações das hastags #DitaduraNao! #ConvocaAposentados #MiliciasGoHomme!, os  servidores dizem que a forma encontrada pelo governo foi “o velho jeito de beneficiar ‘os seus’.

“Chegamos ao cúmulo da indecência, promiscuidade deste governo na gestão da previdência social. A completa subversão dos princípios constitucionais em relação às competências do exército brasileiro e das prerrogativas e competências privativas da carreira do seguro social dos servidores do INSS. Em hipótese alguma o ordenamento jurídico, em um Estado democrático de direito, permitiria tamanha aberração”.

Nota da CUT Rio sobre a Medida Provisória 914/2019 que fere a autonomia de escolha de dirigentes das Universidades, Institutos Federais e Colégio Pedro II

O governo Bolsonaro ataca mais uma vez a autonomia das Instituições de Ensino Superior Públicas (IES) por meio da medida provisória 914/2019 (MP 914/2019) que altera profundamente o processo de escolha do(a)s dirigentes das IES. Às vésperas do Natal e em pleno recesso parlamentar, o presidente inimigo da educação sorrateiramente edita uma MP totalmente inconstitucional, pois não preenche os requisitos de urgência e relevância, tampouco foi discutida com o segmento em questão.

A medida interfere abruptamente na democracia interna das consultas à comunidade acadêmica por votação direta para o cargo de reitor(a) das Instituições de Ensino Superior Públicas (IES) pois acaba com o voto paritário entre estudantes, técnicos administrativos e docentes, impondo um desequilíbrio nos pesos dos votos: 70% no voto docente, 15% no do técnico-administrativo e 15% para o voto discente. Essa distorção tem nítido objetivo de corroer as relações na comunidade acadêmica!

Segundo a Nota da Frente Parlamentar pela Valorização das Universidades Federais, a MP “ ataca a prerrogativa dos Conselhos Universitários de formulação da lista tríplice, o que, naturalmente, favorece a participação de candidatos avulsos que podem, mesmo com votação inexpressiva, virem a integrar a lista e serem escolhidos pelo governo.”

A escalada autoritária já chegou no Rio de janeiro ao longo de 2019. Na UniRio, Bolsonaro nomeou o reitor que não foi escolhido pela comunidade acadêmica e o CEFET RJ, escola técnica de excelência, está sob intervenção “pro tempore” de um dirigente que nem é matriculado nesta Instituição.

Nós da Central Unica dos Trabalhadores do Rio de Janeiro defendemos a autonomia e a democracia das Instituições de Ensino Superior Públicas, reconhecidamente de excelência, e que desde os governos democráticos e populares de Lula e Dilma abriram as suas portas para o(a)s filho(a)s da classe trabalhadora, buscando refletir a diversidade da nossa sociedade. Repudiamos a Medida Provisória 914/2019 pela sua inconstitucionalidade e autoritarismo, que visa concentrar poder nas mãos do(a) reitor(a) e, por consequência, do Presidente da República que o(a) escolhe.

 

Em 1969, nascia o Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ, no campus da Praia Vermelha, e em 1972 a mudança do ICB para o Centro de Ciências da Saúde (CCS) foi finalizada. No dia 11 de dezembro, a grandeza dessa unidade de projeção nacional e internacional, responsável pela difusão de ciência para a sociedade, foi contada por quem fez e faz o dia a dia de sua história, na solenidade que celebrou os seus 50 anos de existência.

Uma festa organizada e comandada pela técnica de laboratório Ludmila Ribeiro e prestigiada pela totalidade dos 54 técnicos-administrativos em educação e dos 79 docentes que integram o corpo social do instituto, além de inúmeros alunos dos quatro programas de graduação, dos seis programas de pesquisa e da extensão. O Quinteto Experimental de Sopro da Escola de Música, sob o comando do professor Aloysio Fagerlande, e o violão e voz do vice-diretor do ICB, Marcos Farina, foram responsáveis pela trilha sonora do evento.

“O ICB é nosso e por isso trabalhamos de forma integrada e feliz, unidos e fortalecidos. Hoje o perfil do técnico é outro: de engajamento e participação, e vamos trabalhar ainda mais unidos pelo fortalecimento do ICB e da UFRJ”, prometeu o representante técnico-administrativo na Congregação, Fábio Jorge Moreira da Silva, em sua saudação em nome de todos os colegas da categoria. Um vídeo com uma coletânea de depoimentos de servidores somou-se às inúmeras manifestações de ex-decanos e diretores, e de dirigentes de unidades que transversalizam com o ICB, como a Faculdade de Medicina; os Institutos de Biologia, Física e Química Médica; a Escola de Enfermagem Anna Nery, entre outras.

Casa nova

“Um dos grandes desafios que o ICB enfrenta é sua fragmentação geográfica. Estamos espalhados pelos blocos K, J, E, B, F do CCS, o que dificulta as interações internas, o convívio e a consolidação da identidade espacial que é de um instituto moderno, transversalizado e sem as barreiras e feudos departamentais”, registrou o diretor da unidade, Joé Garcia Abreu.

ICB celebra aniversário e homenageia servidores

Uma das expectativas da comunidade do ICB é, em 2020, finalmente ocupar os sete mil metros quadrados, divididos em módulos, das novas instalações, no bloco F, que já conta inclusive com equipamentos para a maioria dos novos laboratórios e área de experimentação animal. Segundo Abreu, entraves burocráticos impedem a concessionária Light de fazer a ligação elétrica. “Além dos desafios impostos pelo governo atual e da escassez de financiamento, temos o desafio da expansão física do instituto. Os novos docentes não têm espaço, os mais antigos não conseguem expandir e nossas salas são precárias, onde se amontoam pessoas. Este é um real desafio para os anos vindouros”, concluiu o diretor.

2020 vai ter mais luta por direitos, indica Resolução da Executiva Nacional da CUT

A Resolução repudia os ataques de Bolsonaro contra trabalhadores e define um calendário de luta para os primeiros meses do ano por emprego, em defesa do serviço público, direitos e democracia

*Matéria retirada do site da CUT

Reunida em São Paulo nos dias 11 e 12, a Executiva Nacional da CUT debateu as conjunturas nacional e internacional, fez um balanço das medidas neoliberais de ataques aos direitos dos trabalhadores, em especial as tomadas pelo governo de Jair Bolsonaro, e divulgou, nesta quinta-feira (12), uma Resolução repudiando as medidas contra a classe trabalhadora e orientações sobre a jornada de luta que será realizada em 2020 para impedir que as propostas sejam aprovadas.

A Jornada Nacional de Lutas por Emprego e Desenvolvimento, Direitos, Democracia e Soberania terá atividades articuladas e unificadas nos locais de trabalho, moradia e comunidades, onde os sindicalistas detalharão o que as medidas que Bolsonaro vem propondo, como o Programa Verde e Amarelo, que prejudicam os trabalhadores e as trabalhadores, e apresentarão as propostas da CUT e demais centrais para gerar emprego e renda.

O Dia Internacional da Mulher, 8 de março, será  também um dia de luta por direitos sociais e trabalhistas. E no dia 18 de março, todas as categorias profissionais vão participar do Dia Nacional de Luta pela Educação, convocado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação (CNTE), que será também um dia Nacional de Luta em Defesa do Serviço Público, Estatais, Emprego e Salário, Soberania, Defesa da Amazônia, Agricultura Familiar etc.

Confira a íntegra da Resolução política da Executiva:

São Paulo, 11 e 12 de dezembro de 2019

Em um cenário mundial marcado por um ambiente de crise e instabilidade política, econômica e social, a ofensiva conservadora liderada pelos EUA e o capital financeiro para aprofundar a agenda neoliberal de austeridade e retirada de direitos historicamente conquistados são a expressão de uma estratégia das classes dominantes para intensificar a exploração da classe trabalhadora, a espoliação imperialista dos povos, os ataques às liberdades democráticas e a exploração predatória dos recursos naturais.

Mas essa agenda vem enfrentando resistência das forças populares, democráticas e progressistas. Na região latino-americana e caribenha, as vitórias eleitorais no México e Argentina e as lutas populares no Equador, Chile, Haiti, Colômbia e a luta do povo de Cuba e Venezuela contra o bloqueio econômico, expressam a vitalidade desta resistência, ao passo que o golpe na Bolívia e a vitória conservadora nas eleições uruguaias demonstram que a ofensiva neoliberal e autoritária não refreou.

A CUT manifesta sua solidariedade à greve geral das trabalhadoras e trabalhadores franceses em defesa dos direitos previdenciários e reitera seu compromisso com a convergência das lutas impulsionadas pelas entidades sindicais e populares para alterar a correlação de forças em nossa região e transformar as estruturas de poder econômico, político e cultural em favor dos povos.

No Brasil, com apoio majoritário do empresariado, do sistema judiciário, das forças armadas, das forças policiais, das milícias, dos oligopólios da comunicação e da cúpula de igrejas conservadoras, uma coalizão ultraneoliberal governa o país, buscando desmontar o movimento sindical, reprimir os movimentos populares e institucionalizar um Estado de exceção – vide as declarações em favor de um novo AI-5 –  para aplicar seu programa de ataques aos direitos sociais, à soberania nacional e às liberdades democráticas.

Tentam impor um retrocesso civilizatório, a começar pela violação do direito à integridade e à vida, como demonstra a escalada dos estupros e do feminicídio, da violência e dos assassinatos motivados pela LGBTfobia, dos massacres no campo, das torturas e do permanente genocídio dos povos indígenas e do povo negro – sobretudo sua juventude, desde a política de encarceramento em massa até o recente massacre de Paraisópolis, em São Paulo. O campo, a floresta, a favela, as mulheres, a população LGBT e a juventude negra querem paz! A CUT se opõe às iniciativas que reforcem o Estado penal e a política de segurança pública que criminaliza a pobreza, as periferias, a juventude negra e as lutas sociais.

Mesmo com toda resistência do movimento sindical a antirreforma da previdência foi aprovada no Congresso e significou mais um ataque brutal aos direitos dos trabalhadores. Neste final de 2019, governadores de vários estados buscam a reprodução da reforma para o serviço público estadual, com regras mais rígidas de contribuição e, em vários casos, com a desconstrução de planos de carreira. A CUT orienta as suas estaduais e ramos a apoiar e a luta e as mobilizações dos servidores em defesa dos seus direitos previdenciários e de suas carreiras.

Ao mesmo tempo, o governo envia um conjunto de emendas constitucionais (Plano Mais Brasil) que visam reduzir o comprometimento do Estado com as políticas públicas e aumentar a liberdade de governantes para cumprir compromissos com os bancos em detrimento dos serviços públicos, de seus trabalhadores e da população em geral. Por sua vez, a Medida Provisória 905 (Carteira Verde Amarela) representa um novo ciclo de precarização do trabalho, radicalizando pontos da antirreforma trabalhista de 2017.

O desmonte da fiscalização das obrigações trabalhistas e inspeção em segurança e saúde no trabalho – favorecendo a impunidade de empresas que descumprem a legislação trabalhista e inclusive exploram o trabalho infantil e o trabalho análogo à escravidão –, assim como a recente tentativa de acabar com as cotas para pessoas com deficiência no mercado de trabalho são o cúmulo da perversidade contra a classe trabalhadora, evidenciando que o empresariado não tem limites quando se trata de garantir seus lucros e de que o governo Bolsonaro é inteiramente submisso aos seus interesses.

Em suma, a política econômica de austeridade radical, o desmonte do SUS, da educação e demais serviços públicos, a privatização das empresas Estatais e os ataques aos direitos trabalhistas e previdenciários comprometem decisivamente as condições de vida da maioria da população, relegando-a ao desemprego, ao subemprego, à informalidade, ao trabalho precário, à pobreza, à miséria e à morte, tornando o Brasil o 2º país mais desigual do mundo. O sentido geral destas iniciativas é nítido: condicionar a promoção dos direitos sociais ao equilíbrio fiscal, destinando cada vez menos recursos para o povo viver melhor e cada vez mais recursos para o capital financeiro lucrar mais. São ataques que atingem todos os setores da classe trabalhadora.

Portanto, o governo Bolsonaro significa a destruição de direitos da classe trabalhadora, do Estado brasileiro e das riquezas do país, bem como um contínuo estreitamento das liberdades democráticas e da garantia dos direitos humanos no Brasil. A CUT repudia e é contra todas essas medidas que vem sendo propostas e aprovadas e mobilizará suas bases para impedir que elas sejam implementadas.

Neste sentido, a soltura de Lula traz novo fôlego e esperança, renovando as energias para intensificar as lutas em defesa dos direitos, da soberania e da democracia. A campanha Lula Livre deve continuar para garantir sua liberdade, anular os processos fraudados pela farsa jurídica de Moro e dos procuradores da Lava Jato e recuperar os direitos políticos do ex-presidente. Lula Livre! Lula inocente!

O aprendizado das lutas contra o golpe, de resistência aos ataques de Temer aos trabalhadores/as, pela liberdade de Lula, para derrotar Bolsonaro nas eleições 2018 e na oposição ao seu governo demonstra a existência de forças sociais e políticas populares, democráticas, progressistas e de esquerda no país, cuja unidade é indispensável para uma alteração na correlação de forças no Brasil em favor da maioria do povo. Compreendendo essa diversidade, trabalhando para congregar setores cada vez mais amplos da classe trabalhadora e articulando uma forte oposição ao projeto político ultraneoliberal, a CUT atuará como protagonista e articuladora de uma forte oposição, cujo objetivo é derrotar e impor um fim ao governo Bolsonaro, com a restituição da democracia por meio do voto popular em eleições livres.

Para fazer frente a todos esses ataques será necessária uma forte articulação de pressão nos espaços institucionais de decisão e, principalmente, uma ampla articulação e organização com as centrais, os movimentos sociais e populares, organizações da sociedade civil e setores democráticos e progressistas comprometidos, particularmente as Frentes Brasil popular e Povo sem Medo, para dialogar com o povo nas periferias, os trabalhadores nos locais de trabalho e na informalidade, e defender as conquistas e políticas sociais que estão sendo destruídas.

Neste sentido, a direção executiva nacional da CUT, reunida nos dias 11 e 12 de dezembro, em São Paulo, orienta a todas as instâncias e entidades filiadas a iniciar o ano de 2020 articulando as pautas da CUT – a partir dos eixos aprovados no 13º. CONCUT – Centrais e movimentos sociais, visando ampliar a mobilização, não descartando nenhuma forma de luta, o que inclui reunir as condições para uma greve geral.

Esse processo de mobilização, que deve ser uma resposta de conjunto da classe trabalhadora e popular, deve se conformar numa Jornada Nacional de Lutas, com três frentes de atuação:

  1. JORNADA NACIONAL DE LUTAS POR EMPREGO E DESENVOLVIMENTO, DIREITOS, DEMOCRACIA E SOBERANIA
    • . Realizar atividades articuladas e unificadas nos locais de trabalho, moradia e comunidades de denúncia dos ataques aos direitos e apresentação de nossas propostas, como o Plano Emergencial de Emprego e Renda;
    • Potencializar o Dia 8 de Março,
    • Incorporar o dia 18 de março de 2020, transformando a data que a CNTE apontou como “Dia Nacional de Luta pela Educação” em um dia Nacional de Luta em Defesa do Serviço Público, Estatais, Emprego e Salário, Soberania, Defesa da Amazônia, Agricultura Familiar etc.,
    • Realizar um 1º de Maio unificado da Classe Trabalhadora,
    • Iniciar a elaboração da Plataforma da CUT para as Eleições Municipais de 2020 utilizando o debate eleitoral como contraponto às políticas do governo Bolsonaro.
  2.  CAMPANHA NACIONAL EM DEFESA DO SERVIÇO PÚBLICO E DAS ESTATAIS Desenvolver materiais para diálogo com a população sobre o papel do Estado, com base nas necessidades reais do povo trabalhador e exemplos práticos.
  3. CAMPANHA DE VALORIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO SINDICAL, DOS SINDICATOS E DA NEGOCIAÇÃO COLETIVA 

Elaborar material para qualificação e debate com entidades e trabalhadores da importância do sindicato e da negociação coletiva como instrumentos de defesa e ampliação dos direitos

Organizar o acompanhamento da tramitação da PEC da Reforma Sindical e mobilização permanente junto aos parlamentares

Fantasma da ditadura sobre a democracia, AI-5 completa 51 anos

Eduardo Bolsonaro e Paulo Guedes explicitam autoritarismo do governo ao defender reedição do ato mais brutal da ditadura

*Matéria retirada do site Brasil de Fato

Cassação de mandatos parlamentares, suspensão de direitos políticos de civis, censura prévia da imprensa, fechamento do Congresso Nacional e das assembleias legislativas. Há 51 anos, no dia 13 de dezembro de 1968, o Ato Institucional 5 (AI-5) estabelecia essas e outras medidas de exceção que deram início ao período mais repressivo da ditadura militar brasileira (1964-1985).

O AI-5 autorizou o uso de ações repressivas, chamadas de “punições revolucionárias” pelos militares, por prazo indeterminado. Carlos Fico, historiador e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), explica que a medida também permitiu a demissão sumária de funcionários públicos e a transferência compulsória de militares legalistas e democráticos para a reserva.

:: Leia na íntegra o texto original do Ato Constitucional nº 5 :: 

Especialista em ditadura militar brasileira, Fico relata que o ato criou sistemas clandestinos de repressão que permitiram prisões arbitrárias e torturas de forma sistematizada, a partir da atuação de uma polícia política: o Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI).

“As pessoas presas eram imediatamente torturadas para revelar companheiros, planos e etc. O sistema de espionagem também foi ampliado para colher informações. Havia órgãos de informação no Brasil inteiro, em todas as empresas estatais, autarquias e universidades.”

A medida também suspendeu a possibilidade de habeas corpus em casos de “crimes políticos”. O dispositivo jurídico serve de garantia para que o acusado não tenha seu direito à liberdade ameaçado por alguma ilegalidade, qualquer violência, coação ou abuso de poder. “Quem era preso, mesmo que o advogado ou a família soubesse que estava sendo torturado, não podia recorrer”, acrescenta o historiador.

Obra de semântica histórica do Brasil no século XVI, de Luciana Villas Bôas, é a mais recente publicação da Editora UFRJ. O lançamento será na Livraria Argumento, na Rua Dias Ferreira, 417, no dia 10 de dezembro, às 19h.

Publicado originalmente em alemão, em 2017, o livro enfoca as primeiras narrativas sobre o Brasil e o Novo Mundo publicadas em várias línguas e contextos no decorrer do século XVI. A autora mostra que esses relatos estão longe de apenas servir à dominação colonial ou à imaginação de europeus.

Luciana Villas Bôas é doutora em Literatura Comparada e Germanística e professora do Departamento de Letras Anglo-Germânicas da UFRJ, traduziu obras e organizou coletâneas, sobretudo, nas áreas de história dos conceitos.

Nesta terça-feira,10, e na quarta-feira, 11, o Instituto de Microbiologia Paulo de Góes (IMPG) e a Fiocruz mostrarão as últimas novidades em métodos de pesquisa, projetos e produtos na área de biotecnologia na II Feira de Inovação que realizam em conjunto, nesses dois dias, no auditório do Quinhentão (CCS). Como destaque, no dia 11, haverá a apresentação dos trabalhos selecionados da área de saúde pública em forma de pitch (defesa rápida).

O público poderá visitar estandes de laboratórios do Instituto de Microbiologia e de outras instituições de pesquisa, e de empresas do Parque Tecnológico; startups da Coppe, Fiocruz e UFRJ. Os melhores trabalhos serão premiados. Participam da II Feira de Inovação 104 alunos da Escola Técnica Federal e de biotecnologia e química do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ). Cerca de 400 inscrições foram feitas até sexta-feira, 6, para participação na feira.

Retorno à sociedade

“Temos uma tradição muito forte na pesquisa e no ensino. A ciência que a gente pratica aqui é muito diversa, de alta qualidade, em várias áreas, como na virologia, microbiologia médica e na microbiologia em geral. A inovação vem para aproveitar tudo isso e gerar produtos que possam reverter em benefício para a sociedade”, disse a diretora do Instituto de Microbiologia, Beatriz Meurer.

“Essa segunda edição está maior porque obtivemos patrocínio da Capes e de empresas. Eu sempre achei que nós, pesquisadores, tivéssemos outras fontes de interação financeira, ainda mais porque a parte de biotecnologia no Brasil é muito difícil de se desenvolver com apoio público somente. Por isso, precisamos da interação da universidade e de empresas, e de expor mais o que fazemos para aumentar a participação da comunidade universitária”, explicou a coordenadora do Laboratório BioInovar e ex-diretora do Instituto de Microbiologia, Alane Beatriz Vermelho,

A aproximação entre o Instituto de Microbiologia e a Fiocruz foi comemorado pela professora, e já rendeu frutos com a criação da disciplina de pós-graduação Empreendedorismo e Inovação, que será oferecida pelas duas casas.

 

A equipe da Escola de Educação Física e Desportos conquistou a taça da Copa Sintufrj de futebol de campo, na categoria abaixo de 45 anos. Na partida final do campeonato, na sexta-feira, 6, p placar foi de 3 a 1 na Vila Residencial.

“Somos pentacampeões! Este é o quinto campeonato promovido pelo Sintufrj que ganhamos: quatro society e um de campo”, comemorou o técnico do time, Antônio Paulo, o Papai Joel.

Foi uma final surpreendente, porque a equipe da Vila Residencial liderou a competição.

“Acabamos o quadrangular em primeiro lugar, mas não levamos a taça. Infelizmente, na última partida deixamos o time adversário dominar o jogo e perdemos. Vamos nos preparar para fazer uma melhor campanha no próximo campeonato”, prometeu Valdney Pereira, o piolho, técnico da Vila.

Disputa em campo

No primeiro tempo, a Educação Física fez dois gols: um de Rodrigo Batista e outro de Leandro Fernandes, o Leandrinho.

No segundo tempo, logo no início, houve pênalti a favor da Educação Física. Diogo Felipe converteu. A Vila fez seu gol de honra com Rodrigo Azevedo.

 

Celebração   

A comemoração e a entrega de taças e medalhas aos vencedores e aos que se destacaram durante a competição foi logo após o jogo, no Espaço de Convivência Marlene Ortiz, no Sintufrj. Um churrasco de confraternização, ao som do grupo Tá Ligado, marcou o encerramento da Copa Sintufrj, iniciada em outubro.

As coordenadoras de Esporte e Lazer do Sintufrj Noemi de Andrade e Dulcinea Barcellos, enalteceram a integração entre as gerações de trabalhadores que sempre marcam presença no campo da Prefeitura Universitária, no Fundão.

“Essa Coordenação tem a capacidade de aproximar veteranos das novas gerações de atletas da categoria. E nessa integração, temos a oportunidade de aliar a discussão política ao esporte, conscientizando os trabalhadores da UFRJ da necessidade de combater governos e políticas que retiram direitos da classe trabalhadora e da população em geral”, disse Noemi.

“A Copa foi um momento muito bom de descontração num momento de tantas notícias ruins e de destruição de direitos. Tivemos muito entrosamento e camaradagem nos meses da competição. Novas amizades surgiram e os servidores antigos na universidade tiveram a oportunidade de interagir com os recém-chegados, e vice e versa”, comemorou Dulcinea.

A coordenadora-pedagógica do Espaço Saúde, Carla do Nascimento, reafirmou a integração promovida pelo esporte: “Os jogos de futebol promovem a integração entre os trabalhadores e contribui para se reconhecerem como uma categoria só. Somos todos UFRJ!”.

Destaques em campo

Goleiro menos vazado: Jair Fonseca, o Babalu (da Vila Residencial)

Artilheiros com três gols: Rodrigo Teobaldo e Cláudio Márcio (Vila Residencial) e Diogo Felipe (Educação Física).

Classificação geral:

4º Lugar: CCS

3º Lugar: ETU

2º Lugar: Vila Residencial

Campeão: Educação Física

Equipe Técnica

Apitaram a final o árbitro Alexandre Samuel com os auxiliares Carlos Martins e José Cláudio de Sousa.

 

Próximo jogo

No dia 11, às 16h, na categoria acima de 45 anos, Prefeitura Universitária e Educação Física disputarão outra final, no campo da Prefeitura Universitária.

 

 

Sempre presente, Paulo Vaz

Com pesar informamos o falecimento do companheiro Paulo Cezar Vaz Santos, ocorrido na quarta-feira, 4, no Hospital Jorge Valente, em Salvador.

Militante do PCdoB, ex-dirigente da Fasubra, ex-representante da categoria no Conselho Universitário da Universidade Federal da Bahia e atualmente na coordenação de Assuntos Jurídicos do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-administrativos em Educação das Universidades Públicas Federais no Estado da Bahia (Assufba), o companheiro sempre foi exemplo de firmeza na luta em defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade, e pela dignidade dos trabalhadores das Ifes.

Toda a nossa solidariedade aos familiares, amigos e companheiros de luta de Paulo Vaz, a quem só temos a agradecer por tudo o que fez pela categoria técnico-administrativa e pelo movimento sindical combativo e de luta. Siga em paz, companheiro!

Diretoria do Sintufrj – Gestão Ressignificar