No mês em que se comemora o Dia do Servidor Público, o Sintufrj convida as trabalhadoras e estudantes da UFRJ para um evento múltiplo que realizará na quinta-feira, 31, das 9h às 17h, no hall do bloco A do Centro A do Centro de Tecnologia (CT).
Autor: Postado pelo Sintufrj
Com jogos de cada chave, na quarta-feira, 16, e na sexta-feira, 18, teve início a disputa da Copa Sintufrj. A competição reúne quatro equipes na categoria acima de 45 anos e quatro na categoria abaixo de 45 anos. Os times se enfrentarão até 4 de dezembro, quando será jogada a partida final.
Todos os jogos são disputados às 16h, no campo da Prefeitura Universitária, no Fundão.
Prefeitura vence Educação Física
O primeiro jogo da chave acima de 45 anos foi entre os times da Escola de Educação Física e Desportos (EEFD) e Prefeitura Universitária (PU). A equipe da PU, que joga junto a mais tempo, embora no primeiro tempo tenha sido dominada pelo adversário, ganhou a partida com um golaço de Washington Luiz Moura da Silva, da Diseg.
Jorge Pierre é o técnico da equipe da EEFD e Demarcos José da Silva, da equipe da Prefeitura Universitária
A eficiência da equipe de arbitragem da Liga de Nova Iguaçu foi elogiada. Atuaram Alexandre Samuel (árbitro principal) e os assistentes Carlos José das Neves e Marcelus Monteiro
A comissão organizadora do campeonato vai estar presente em todas as partidas: Carla Nascimento, Carlos Guimarães, Guilherme da Conceição Soares e Michele Gomes (Espaço Saúde Sintufrj) e da Coordenação de Esporte e Lazer do Sintufrj, Dulcineia Barcellos.
Torcida nota 10!
A participação da torcida foi um espetáculo à parte fora de campo. A zueira foi geral. Afinal, a Copa Sintufrj é o encontro de amigos e companheiros de trabalho. Só alegria!
ETU e CCS em jogo tumultuado
No primeiro jogo da chave abaixo de 45 anos, na sexta-feira, 18, entraram em campo os times do Escritório Técnico da Universidade (ETU) e do Centro de Ciências da Saúde (CCS), e o clima esquentou. O placar de 1 X 1, ainda no primeiro tempo, não agradou o CCS, que jogou pesado contra o adversário no segundo tempo.
Dois jogadores do CCS receberam cartão vermelho: Carlos Roberto, por uma entrada forte, e Yghor Alves, por indisciplina – agiu com desrespeito ao árbitro e já tinha dois cartões amarelos.
Marcaram os gols Rodrigo dos Santos (ETU) e Osimar Martins (CCS), de pênalti
A equipe de arbitragem teve uma substituição: No lugar de Marcelus Monteiro, atuou José Claúdio de Sousa.
Próximos jogos
Acima de 45: quarta-feira, 23, CCS X HU.
Abaixo de 45: sexta-feira, 25, Vila X CCS.
A Prefeitura Universitária iniciou um mutirão com os trabalhadores da unidade para substituição das lâmpadas queimadas de mercúrio por pétalas de led, que iluminam mais e são mais econômicas, nos campi da Praia Vermelha e do Fundão.
Segundo o prefeito Marcos Maldonado, isso só foi possível com a colaboração da Pró-Reitoria de Gestão e Governança, que conseguiu, junto à Receita Federal, a doação de 380 pétalas de led e 96.800 lâmpadas tubulares de led para as unidades.
Mutirão
O mutirão também foi responsável pela remoção de seis toneladas de lixo do entorno da orla da Baía de Guanabara, pela poda das árvores antigas nos pátios do Centro de Tecnologia e da Reitoria, que ameaçavam o patrimônio de terceiros, e pela melhoria do aspecto da recepção e da fachada do prédio da sede da Prefeitura Universitária. “Os trabalhadores têm o direito de trabalhar em ambiente mais digno”, disse Maldonado sobre as reformas.
Iluminação e limpeza
O mutirão, organizado com os trabalhadores da Prefeitura, teve início na semana passada e prosseguirá nos próximos dias. Segundo o prefeito, inicialmente foram substituídas 80 lâmpadas de mercúrio (muitas queimadas) por pétalas de led no estacionamento da Reitoria – onde ocorreram duas tentativas de sequestro recentemente (as vítimas foram um professor da EBA e a pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa), cujas ações dos bandidos foram facilitadas pela escuridão do local – e no Alojamento Estudantil (entrada e jardins).
Segundo Maldonado, todos os estacionamentos da Cidade Universitária serão mais bem iluminados, sendo os próximos da lista os da Faculdade de Letras, do Hospital Universitário, do Centro de Ciências da Saúde e da Faculdade de Odontologia. O campus também foi beneficiado com um mutirão de limpeza, quando foram recolhidas cerca de seis toneladas de lixo.
“Uma grande quantidade do lixo recolhido vem de outras partes da cidade”, explicou Maldonado, que, por isso, pretende procurar o governo estadual para propor a construção de ecobarreiras no entorno do Fundão.
Na Praia Vermelha foram colocadas 45 pétalas de led em substituição às lâmpadas de mercúrio. Segundo o aluno do 5º período do curso de Serviço Social Celso Sá, que tem problemas sérios de visão, a Prefeitura somente reforçou a iluminação da rua principal do campus onde circulam os veículos. As travessas, becos, passagens de pedestres “nem uma vela”.
Obras
Toda a fachada do prédio da Prefeitura Universitária foi pintada, as paredes da sala de recepção foram azulejadas e o forro do teto da varanda em PVC está sendo trocado.
Num jogo bastante disputado, com a equipe da Escola de Educação Física e Desportos (EEFD) atacando mais no primeiro tempo, a Prefeitura Universitária (PU) surpreendeu e virou o jogo marcando no último minuto do segundo tempo o gol da vitória. Placar final: 1 PU X 0 EEFD.
Foi o primeiro jogo da chave de atletas acima de 45 anos. Washington Luiz, 55 anos, da Diseg, foi o autor do único gol da partida. A eficiência da equipe de arbitragem da Liga de Nova Iguaçu foi elogiada por todos. Atuaram Alexandre Samuel (árbitro principal) e como assistentes Carlos José das Neves e Marcelus Monteiro.
Torcida nota 10!
A participação da torcida foi um espetáculo à parte fora de campo. A zueira foi geral. Afinal, a Copa Sintufrj é o encontro de amigos e companheiros de trabalho. Só alegria!
Próximos jogos
Abaixo de 45 anos: sexta-feira, dia 18, entre ETU e CCS
Acima de 45: quarta-feira, entre CCS e HU.
Todos os jogos são disputados às 16h, no campo da Prefeitura Universitária, no Fundão.


Ao tomar posse na presidência da Adufrj – Seção Sindical do Andes –, a professora Eleonora Ziller disse que o seu mandato vai continuar investindo na ampliação da representatividade da entidade, da mesma forma como os dois mandatos que a antecederam.
A dirigente reafirmou seu compromisso com um movimento docente que seja combativo, sem ser sectário. “Um movimento que seja capaz de envolver a maioria dos professores e, com isso, dar cor e forma poderosa às nossas reivindicações. A universidade está mais viva do que nunca”, apontou.
Emocionada, Eleonora relembrou aos presentes sua trajetória de mais de 30 anos de militância na UFRJ desde o movimento estudantil, passando pela diretoria do Sintufrj.
Presente à posse, a coordenadora-geral do Sintufrj, Neuza Luzia, saudou Eleonora e destacou a parceria entre a Adufrj e Sintufrj na gestão conduzida pela professora Maria Lucia Werneck, que se encerrava.
“Nossa parceria coma atual gestão mostrou que é possível construir caminhos para pautar unicamente a luta pela universidade pública, e tenho certeza que com a nova gestão não será diferente”, disse a dirigente.
Quem são
A nova diretoria foi eleita no pleito que ocorreu nos dias 11 e 12 de setembro e, além de Eleonora Ziller, da Faculdade de Letras, é constituída por Felipe Rosa, do Instituto de Física, como 1º vice-presidente; Christine Ruta, do Instituto de Biologia, 2ª vice-presidenta; Pedro Lagerblad, do Instituto de Bioquímica Médica, 1º Secretário; Marcos Dantas, da Escola de Comunicação, 2º Secretário; Josué Medeiros, do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, 1º Tesoureiro; e Jackson Menezes, do NUPEM / UFRJ – Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade, 2º Tesoureiro.
A posse foi no salão Pedro Calmon, na Praia Vermelha.
Petroleiros preparam greve nacional por salários e dignidade
Mais de 700 trabalhadores do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), na Cidade Universitária da UFRJ, participaram na terça-feira, 15, pela manhã, da assembleia realizada pelo Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindpetro-RJ). A categoria em todo o país está em Campanha Reivindicatória com vistas a um novo Acordo Coletivo de Trabalho – cuja pauta foi entregue à Petrobras no dia 15 de março –, e contra a destruição e o desmantelamento da maior empresa pública do país.
Com a intermediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST), a direção da petrolífera quer impor uma contraproposta rebaixada aos petroleiros. O clima em todos os setores da estatal é o pior possível, com ameaças e intimidações de gerentes e chefias. São muitas as denúncias de assédio moral contra as trabalhadoras e trabalhadores, numa tentativa de inibir a deflagração de greve nacional a qualquer momento pela categoria, se o impasse perdurar.
Voto em urna
Como está ocorrendo em todos os setores e turnos da Petrobras, os trabalhadores do Cenpes votaram se aceitam ou rejeitam a contraproposta TST/Petrobras em urna. A medida está sendo adotada pelos sindicatos da categoria, entre os quais o Sindpetro-RJ, para impedir o controle e o voto de cabresto dos gerentes. “A tradição de participação e mobilização dos trabalhadores de áreas operacionais e administrativas são bens distintas. Por isso, é bom que saibamos que neste momento, em todo o país, a direção da Petrobrás e demais executivos turistas pagos a peso de ouro, contam conosco, do administrativo, para jogar para trás a luta coletiva”, alerta a direção sindical no Rio de Janeiro.
A greve não é de marajás!
Sindpetro-RJ
A Petrobrás lucra bilhões por ano, acumula uma reserva de caixa também da ordem de bilhões… de dólares. E quem produz 100% desse lucro? Nós, os trabalhadores. E sabe quanto a Petrobrás retorna para nós? Menos de 10%. Nossos benefícios e salários refletem de forma rebaixada o caráter dessa empresa, seu lucro, a produtividade e a luta dos seus trabalhadores. Segundo o Dieese, a Petrobras é hoje a empresa do ramo de setor de óleo e gás que tem a menor remuneração por empregado comparado a outras empresas do setor, ficando atrás da BP, Equinor, Shell e Total. O empobrecimento da categoria petroleira, como o de qualquer categoria, tende a piorar a situação do país.
Somos cerca de 61 mil trabalhadores por todo o país e nossos salários são revertidos para as economias locais. Consumimos produtos, usamos restaurantes, pagamos escolas, etc. Isso movimenta a economia brasileira. A redução proposta em nossos salários é para favorecer a quem nada produz, como os grandes especuladores do mercado de ações ou os executivos de aluguel a peso de ouro, que pousam temporariamente na empresa e sugam mais do que doam. Também é para subornar licitamente os gerentes da Petrobrás, através de bônus (renda variável-PRVE). E mais, qual o compromisso dos grandes acionistas em reverterem dinheiro em investimento produtivo, se a lógica do capital especulativo é justamente ganhar dinheiro sem nada gerar? Ainda que alguns poucos invistam parte em algo produtivo, quem disse que isso seria no Brasil, se muitos são estrangeiros?

Na terça-feira, 15, a Coordenação e o Departamento de Aposentados e Pensionistas do Sintufrj realizou reunião extraordinária para indicação de representantes ao Encontro Nacional da Fasubra de Aposentados (as), Aposentandos (as) e Pensionistas, nos dias 24 e 25 de outubro, em Brasília.
A base do Sintufrj será representada por quatro companheiros/as e uma coordenadora de Aposentados e Pensionistas. O evento será realizado no Teatro dos Bancários, na EQS 314/315, Bloco A, Asa Sul do Distrito Federal.
“Este encontro visa agregar, mobilizar e abastecer as companheiras e os companheiros aposentados e pensionistas das universidades e institutos federais de muita informação, para a formação de um bloco de resistência poderoso contra os ataques do governo Bolsonaro à Educação, à Previdência e aos direitos sociais de todos os brasileiros. É muito grave o momento em que se encontra o nosso país sob a égide de um presidente da República fascista e inimigo das trabalhadoras e trabalhadores”, alertou a coordenadora-geral do Sintufrj, Gerly Micelli, na reunião.
A dirigente acrescentou que “é muito importante que todos entendam como a reforma da Previdência afetará as nossas vidas hoje e a das futuras gerações, assim como a proposta de reforma do Estado que o presidente Jair Bolsonaro também enviará ao Congresso Nacional”. Ela concluiu, recomendando: “O que apendermos nesse grande encontro deve ser passado aos nossos familiares, amigos e vizinhos.”
Todas às quartas-feiras, das 9h às 16h. Na subsede do Sintufrj.
Agendar com a Kátia (21) 2542-9143.
Em tempo: No dia 23/10 não haverá plantão. Motivo: todos os advogados estarão realizando audiências.
CUT: Congresso decide repensar estrutura sindical
Objetivo é aproximar as entidades sindicais de sua base do cotidiano dos trabalhadores desempregados ou informais para enfrentar a conjuntura da era Bolsonaro

O 13º Congresso Nacional da CUT, encerrado na quinta-feira, 10, definiu como estratégia para enfrentar a conjuntura adversa repensar a estrutura sindical.
Um dos objetivos é aproximar os sindicatos dos desempregados e do universo cada vez mais amplo dos trabalhadores informais.
O Sintufrj participou da instância de decisão mais importante da principal central sindical do país com oito delegados. Joana de Angelis, diretora do Sintufrj, disse que a CUT saiu fortalecida do encontro.
“Representações do Brasil todo estavam lá, com destaque para a região Nordeste”, disse. “O fundamental foi que, mesmo forças que atuam na CUT com leituras nem sempre coincidentes da realidade, diante do cenário político, concordaram com a linha de atuação definida pelo congresso.”
Os debates concluíram que a atuação sindical deve ter como referência o território onde ele existe. O sindicato deve deixar de ser visto como uma entidade abstrata, descolada da realidade que o cerca, e abrir canais para incorporar desempregados e mão de obra informal na sua ação política.
Outro ponto destacado nesta inflexão da Central na procura de estratégia que responda com mais força a um governo que ataca os trabalhadores é a possibilidade de fusões de sindicatos, quando eles atuam no mesmo universo de trabalhadores.
As orientações serão debatidas e aprimoradas nos congressos estaduais da Central, os quais, não por acaso, dessa vez vão ser realizados depois do encontro nacional, até dezembro.
Sérgio Nobre é o novo presidente
Metalúrgico do ABC, Sérgio Nobre foi eleito presidente da CUT para o mandato que vai até 2023. Vagner Freitas, que presidiu a Central por sete anos, no curso de dois mandatos, continua na executiva como vice-presidente. A Secretaria Geral será comandada pela primeira vez nos 36 anos de CUT por uma mulher, a trabalhadora rural Carmen Foro.
Em sua primeira manifestação, o novo presidente da CUT, sustentou que comandará com firmeza a luta contra a política econômica e entreguista do governo de Jair Bolsonaro (PSL) e seu ministro da Economia, Paulo Guedes. De acordo com o dirigente, política esta que está destruindo o país, com desemprego e sofrimento para os trabalhadores.
A secretária-geral também enfatizou o enfrentamento com o governo. “Nós vamos derrotar essa reforma sindical (veja a matéria na página anterior), organizar os trabalhadores e fazer todas as lutas necessárias”, disse ela.
Carmen Foro acrescentou: “Essa vai ser nossa missão: organizar os congressos estaduais até dezembro e pautar um conjunto de outros enfrentamentos com esse governo. Viva a CUT! Viva a classe trabalhadora! Viva o movimento sindical! Até a vitória, companheiros e companheiras!”
O 13º Congresso Nacional da CUT (13º Concut) ganhou o nome de “Lula Livre – Sindicatos Fortes, Direitos, Soberania e Democracia”. Nobre foi eleito, encabeçando chapa única, para um mandato de 2019 a 2023.
“Esse congresso” – no primeiro ano de governo Bolsonaro, que já se posicionou contra entidades sindicais e diariamente opera para cercear os direitos de organização dos trabalhadores – “foi realizado numa conjuntura adversa, difícil, que requereu de todas as forças políticas a mais ampla unidade para enfrentar o fascismo neste país. Esta chapa expressa toda a diversidade do país, de raça e entidades. Tem gente do campo, da cidade, de entidades públicas e privadas e LGBTs”, declarou Sérgio Nobre.
No total, inscreveram-se para o 13º Concut 1.957 delegados. Deste total, 1.705 se credenciaram, sendo 968 homens e 737 mulheres. A maior categoria presente foi a da Educação, somando 556 delegados.
Trama diabólica contra sindicatos
Bolsonaro articula nova reforma trabalhista e estrutura sindical atual seria substituída por modelo de sindicalismo dos EUA

Uma nova investida de Jair Bolsonaro aos direitos e à organização dos trabalhadores está sendo preparada com a reforma sindical e a nova reforma trabalhista. O governo constituiu um grupo especialmente para elaborar uma proposta com esse propósito até o fim do ano. O Gaet (Grupo de Altos Estudos do Trabalho) tem ministros, desembargadores e juízes, e o coordenador é o ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Ives Gandra, que atuou na elaboração da reforma trabalhista de Michel Temer.
O objetivo de Bolsonaro é dar o golpe final para detonar as relações de trabalho ainda existentes no Brasil. As propostas de reforma sindical e de nova reforma trabalhista incluiriam todas as mudanças que ficaram para trás na reforma trabalhista de Temer, na Medida Provisória 873 (que extinguia a contribuição sindical da folha de pagamentos, mas que caducou sem ser apreciada) e na Medida Provisória 881 (a da Liberdade Econômica).
O Gaet foi montado pelo secretário especial da Previdência e Trabalho e ex-relator da reforma trabalhista, Rogério Marinho. Sob a justificativa de “modernizar as relações de trabalho”, ele almeja institucionalizar o enfraquecimento da organização sindical da classe trabalhadora destruindo de vez a forma de financiamento e a representação dos trabalhadores. A unicidade sindical é a bola da vez.
Rogério Marinho estaria se inspirando no modelo americano, que é um sindicato para cada empresa, estrutura completamente diferente da brasileira, onde as entidades representam categorias por município ou região, como os metalúrgicos de São Paulo ou os motoristas de ônibus do ABC.
O fim da unicidade sindical faz parte do projeto de enfraquecimento da organização da classe trabalhadora
Fim da unicidade
Para dizimar a classe trabalhadora, o Gaet irá promover novas mudanças na CLT, flexibilizando e extinguindo ainda mais direitos. Acaba com a unicidade sindical e institui a pluralidade sindical absoluta, o que incentivará a proliferação de sindicatos sem representação e atrelados ao patronato. Vários pontos que foram retirados da MP da Liberdade Econômica, aprovada recentemente, serão recolocados para usurpar mais direitos e garantias ainda existentes.
Centrais sindicais reagem e propõem uma PEC
As centrais sindicais, antecipando-se ao governo e se contrapondo à tentativa de dividir o movimento sindical, articularam com parlamentares uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC). É a PEC 161/19, que trata da reforma sindical e foi apresentada à Câmara dos Deputados no dia 9 de outubro.
A PEC 161/19 – apresentada pelo deputado Marcelo Ramos (PL-AM) e por outros parlamentares – propõe uma mudança na estrutura sindical atual com a criação do Conselho Nacional de Organização Sindical (CNOS), reunindo representantes dos trabalhadores e de empresários.
Ela adota na prática os termos da convenção 87 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que trata da plena liberdade sindical. E também evitaria a multiplicação de sindicatos não representativos, pois delimita um percentual mínimo de filiados em relação ao conjunto da categoria.
O CNOS retiraria das mãos do Estado a tutela sobre a legislação trabalhista. Caberia a esse conselho cuidar dos mais diversos interesses e necessidades dos sindicatos, incluindo estatutos, eleições e todas as formas de regulamentação e representação dos trabalhadores.
O mais importante é que o conselho de organização sindical deliberaria sobre o sistema de custeio e financiamento do sistema sindical. Assim, as tentativas de asfixiar financeiramente as entidades representativas dos trabalhadores para destruir seu poder de luta cairiam por terra.