Ao som de canções inesquecíveis e ritmos variados – do swing de Wilson Simonal, o romantismo de Roberto Carlos, a MPB de Tom Jobim, Dorival Caymmi e boleros castelhanos –, a Coordenação de Aposentados e Pensionistas do Sintufrj homenageou as companheiras pelo mês dedicado às mulheres (a data do evento foi alterada de março para abril devido as ameaças de fortes temporais), nesta sexta-feira, 5, no Espaço Cultural da entidade sindical. Os aniversariantes de fevereiro a março foram festejados com bolo e muita dança.

A comemoração começou às 10h e terminou às 16h, mas antes da festa, os coordenadores da Fasubra Francisco de Assis e Marcelo Rosas deram informes sobre a greve nacional da categoria. A parte da proposta da Fasubra e do Fonasefe em negociação com o governo sobre a reestruturação do Plano de Carreira dos Carlos Técnicos-Administrativos (PCCTAE), que contemplará principalmente os aposentados e pensionistas foi detalhada pelos dirigentes.

“Por isso é importante que vocês se integrem à greve para que o movimento fique cada vez mais forte. Lutamos por uma reestruturação da carreira que valorize todos os servidores, ativos e aposentados. Cada vez mais a gente vai se endividando com os consignados porque nossos salários são baixos”, disse Rosas. Fotos: Renan Silva

Leia matéria completa na edição do Jornal do Sintufrj 1431, que circulará a partir de segunda-feira, 8 de abril.

 

ANIVERSARIANTES DE fevereiro, março e abril foram homenageados na celebração da Coordenação de Aposentados e Pensionistas do Sintufrj. Foto: Renan Silva
MARCELO ROSA fala da Carreira a aposentados

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O deputado do PSOL associou as dificuldades da educação ao ímpeto dos golpistas de facilitar seu projeto político

O aguerrido deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) declarou total apoio a luta dos técnico-administrativos em educação durante o debate “Orçamento Público, Campanha Salarial e Valorização da Carreira”, no Salão Azul do Instituto de Biologia, organizado pelo Comando Local de Greve do Sintufrj.

Glauber foi eleito dia 6 de março por unanimidade presidente da Comissão de Legislação Participativa (CLP) da Câmara dos Deputados que é responsável por facilitar a participação da sociedade no processo de elaboração legislativa.

Através da CLP, qualquer entidade da sociedade civil organizada, sindicatos, associações, órgãos de classe, apresenta à Câmara dos Deputados suas sugestões legislativas.

No debate desta quinta-feira na UFRJ, Glauber se colocou à disposição para encaminhar à CLP propostas dos técnico-administrativos em educação assim como desde já informou que nos fóruns, eventos e congresso falará da luta dos trabalhadores das universidades e institutos federais em defesa da educação, da universidade, do orçamento público e pela valorização de sua carreira.

“Quero ser um aliado exatamente pela compreensão que a luta de vocês, ao contrário do que alguns possam supor, é uma luta que além de fundamental para a educação pública é uma luta que defende o governo contra os ataques dos golpistas. O que os golpistas querem é ter uma educação desestruturada para que eles tenham a facilidade de implementar o seu projeto político”, afirmou.

Exatamente sobre essas intenções, Glauber fez um alerta em relação a verba pública para saúde e educação. Ela são obrigatórias constitucionalmente, mas há um movimento recente para reverter isso.

“As preocupações de vocês são várias. E queria falar de outra. Isso tem a ver com a luta de vocês também. O secretário nacional do tesouro já falou algumas vezes em mandar uma proposta de desconstitucionalização dos mínimos atuais para saúde e educação públicas. Se isso for aprovado o que está ruim vai ficar pior. Temos de demonstrar que não tem acordo dessa possibilidade de desconstitucionalização. Todas as reivindicações da pauta de vocês passam por não ter desconstitucionalização da educação e saúde”, advertiu.

Na Câmara

Glauber Braga sugeriu que o movimento faça um requerimento à Comissão de Legislação Participativa (CLP) para debater sua pauta de reivindicações. Além disso, reiterou que sem luta os trabalhadores não irão muito longe.

“Essa luta de vocês é essencial e fundamental. Mas é preciso mobilização. Se vocês estão brigando por espaço no Orçamento, e se houver arrecadação, sem mobilização vocês não vão garantir a verba para as universidades. O centrão vai querer levar tudo para seus ministérios e ampliar a liberação emendas que não estão no orçamento. Mesmo que aumente a arrecadação e tenha capacidade de atender a mais coisas, essa é uma disputa permanente. No final são eles que votam o que foi encaminhado pelo governo. E no final das contas, sem mobilização os trabalhadores estão fritos”, sustentou.

Ao falar do jogo político e da queda de braço no Congresso Nacional, Glauber revela o que se passa com os projetos encaminhados pelo governo.

“Quando é do interesse do mercado o Arthur Lira, que os representa, coloca para tramitar rápido e aprovar. Quando é alguma matéria de interesse dos trabalhadores tem que ter mobilização junto. Por que ou não botam para votar ou revogam.”

Glauber Braga não tem papas na língua quando tem de falar a verdade e ou barrar manobras do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Com isso, tentam intimidá-lo e até cassar seu mandato através de processo no Conselho de Ética. Recentemente Glauber denunciou que Lira entrou com um terceiro processo no Conselho de Ética em nova tentativa de cassá-lo.

Educação

No mínimo 50% das emendas parlamentares, obrigatoriamente têm que ser indicadas pelo deputado para a área da saúde. O restante pode ser indicado para qualquer outra área. Nesse ano, o mandato do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) fez uma mudança no processo das reuniões de emendas participativas.

Devido aos inúmeros cortes orçamentários na educação pública, sucateamento das instalações e falta de valorização aos professores e funcionários da área educacional, pelo Governo Bolsonaro, Glauber indicou os 50% que não são para a saúde, em educação.

Todos os anos, os 513 deputados federais têm a possibilidade de indicar emendas parlamentares ao Orçamento da União. Glauber não escolhe sozinho onde esses recursos devem ser aplicados. Ele realiza audiências públicas, onde cada participante pode sugerir como o recurso federal deve ser aplicado.

Depois de recolher todas as propostas é iniciada uma votação. A sugestão que recebe o maior número de votos é que o deputado Glauber apresenta em outubro ao Orçamento do próximo ano. Foram realizadas reuniões de Emendas participativas em diversas Universidades Federais, Estaduais e Institutos Federais de Educação. Como resultado verbas já foram destinadas para a UFRJ, recentemente para a Biblioteca do Centro de Ciências da Saúde e para o Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, por exemplo.

NO SALÃO AZUL DO CCS, O deputado Glauber Braga(de camisa branca, no centro) posa com trabalhadores em greve

 

 

 

 

 

Fotos: Renan Silva

Em ato unificado na manhã desta quinta-feira, dia 4, coordenadores do Sintufrj, militantes do Comando Local de Greve (CLG) e da base da categoria, aposentados, estudantes e professores levaram à comunidade do campus Geraldo Cidade, em Duque de Caxias, protesto pelo atendimento da pauta dos trabalhadores em greve há três semanas.

A luta dos trabalhadores terceirizados do campus – que sofrem com salários sistematicamente atrasados – foi outra pauta destacada em mais esta ação da agenda da greve.

A reestruturação da Carreira dos Técnicos-Administrativos, o reajuste dos salários há anos sem aumento, mas também a recomposição orçamentária das universidades foram reafirmadas como objetivo do movimento paredista.

Como se sabe, a asfixia financeira das universidades resulta em  sérios problemas de infraestrutura e manutenção em seus campi, com um agravante: com o atraso no pagamento dos serviços

Dezenas de pais e mães de família enfrentam dificuldades. Como aconteceu na Faculdade de Letras no Fundão, Duque de Caxias adiou o início das aulas em duas semanas porque os terceirizados estavam sem salários.

Há infiltração, goteiras, umidade e mofo no alto das paredes, salas sem ar-condicionado numa região de calor intenso, uma piscina suja (herdada da construção original cedida pela Prefeitura local).

O coordenador-geral do Sintufrj Esteban Crescente explicou que o protesto, previsto pelo CLG, teve o propósito de reivindicar condições de funcionamento, ambientes dignos e para que o pagamento dos trabalhadores seja feito em dia.

Disse que a valorização da carreira e da remuneração dos servidores têm a ver com os estudantes. “Por isso nossa luta para melhorar a Carreira, reter quadros de qualidade na universidade, e por recursos, principalmente em Caxias, que sofre muito com a falta de estrutura. Este também é um protesto em solidariedade aos terceirizados”.

Diretora: greve ‘justa, necessária e urgente’

A diretora do campus Duque de Caxias, Juliany Rodrigues, se colocou ao lado da categoria e da greve “justa, necessária, importante e urgente”. Comentou da necessidade de recomposição dos salários (“tão baixos” em relação a outras áreas do Executivo) e do orçamento da UFRJ.

“Se a gente não brigar com o governo pela recomposição orçamentária, a UFRJ vai ter que fechar por falta de dinheiro, por falta de manutenção básica”, disse.

Ela explicou que a UFRJ ainda não pagou os salários de janeiro e fevereiro dos terceirizados. “Está muito difícil manter a universidade funcionando. Achar que a universidade tem recursos para se manter aberta como se nada estivesse acontecendo para mim é uma loucura”, disse ela, propondo greve para que se discuta “a universidade que queremos. Do jeito que está não dá para continuar”.

A coordenadora do DCE Bianca Vitória reiterou a unidade de estudantes e trabalhadores nesta luta e a necessidade de recomposição orçamentária: “Sabemos que podemos cobrar. Não é mais o governo Bolsonaro. Mas precisamos que mais dinheiro do orçamento público vá para educação, para que a universidade não seja sucateada”.

Representantes técnicos-administrativos do campus no CLG, André Moura ressaltou que, além da pauta principal sobre a Carreira e recomposição do salário, é central também a recomposição orçamentária. Morador da região, ressaltou a importância do campus para a comunidade, mas lamentou o fato de que foi precarizado e que o dia a dia mostra um certo abandono.

 Greve e resultados

Depois de uma pequena caminhada por setores do campus, alguns coordenadores e militantes foram ao auditório (durante aula que ocorria na única sala com ar-condicionado, adquirido recentemente) explicar a dezenas de estudantes, os motivos do movimento.

“É o momento de fazer greve? Vocês podem perguntar”, provocou o dirigente do Sintufrj. Esteban disse que o movimento já teve resultados importantes, como a formulação de um relatório junto com representantes do governo sobre pautas relativas à Carreira.

“O governo está avaliando e disse que vai trazer um projeto de lei para reestruturação da nossa Carreira, o que tem a ver com vocês porque muitos quadros de qualidade, em função da média salarial muito baixa, se evadem. Na conjuntura atual, esse governo abre espaço para negociação e tem o compromisso de fazer diferente do anterior. Temos que cobrar. Por isso estamos em luta”, explicou.

André Moura explicou a eles que, ao contrário de achar que o movimento paredista pode atrapalhar suas vidas, a greve é para garantir o direito de acesso à universidade pública, hoje ameaçada por falta de recursos.

 

 

Ato unificado dos trabalhadores federais da educação- boa parte já em greve – ocupou o Centro da cidade, fazendo o percurso entre Candelária e Cinelândia, trecho histórico das grandes manifestações políticas do Rio de Janeiro desde os tempos de capital federal. A manifestação foi encerrada com uma fotografia para marcar a luta pela educação no país nas escadarias da Câmara Municipal. O Sintufrj teve protagonismo na marcha, como um dos centros de gravidade da agitação que envolveu aquela parte da cidade quando milhares de pessoas deixavam seus trabalhos. A presença de estudantes ampliou a legitimidade da manifestação que despertou atenção da massa de transeuntes na hora do rush. Já em greve, desde 11 de março, técnico-administrativos exigem Carreira, recomposição orçamentária para as universidades e reajuste salarial. Em várias partes do país, houve atos indicados pela Fasubra num dia nacional de mobilização dentro da campanha salarial exigindo que o governo dê respostas às reivindicações. Foto: Elisângela Leite

 

 

04/04 –

10h Campus da UFRJ  em Caxias

14h – Debate sobre Orçamento com Deputado Glauber Braga n

14h às 15:30 no Salão Azul do Instituto de Biologia (CCS)

Sexta-feira –  05/04 REUNIÃO DO CLG

 IFCS – Sala 106 – 10h

 13h30 – Momento de discussão Carreira no CLG no IFCS

Atividade da Coordenação de  Aposentados – das 10h às 16h, no Espaço Cultural

15/04

10h – Aula Magna Celso Amorim (auditório Rodolpho Rocco – CCS)

Reunião Comissão do CLG.
Rio, 02/04/24
Foto de Elisângela Leite

 

 

 

O Dia Nacional de Luta dos servidores federais em greve no Rio de Janeiro – técnicos-administrativos em educação da UFRJ, UFF, UniRio, UFRRJ e do Colégio Pedro II – começou com assembleia ato convocada pelo Comando local de Greve (CLG/UFRJ) em frente ao Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS/UFRJ), na Praça Tiradentes. Em seguida, as trabalhadoras, trabalhadores e estudantes caminharam com suas faixas, bandeiras e palavras de ordem até a Candelária, local de concentração da manifestação conjunta e passeata até a Cinelândia.

A assembleia foi conduzida por integrantes do CLG/UFRJ e o coordenador-geral do Sintufrj Esteban Crescente. “Estamos em greve nacional porque há sete anos nossos salários estão congelados, portanto, o poder de compra desses servidores ficou defasado. Nossas perdas somam mais de 50%. Lutamos por  dignidade salarial e mais recursos para as instituições federais de ensino. O orçamento destinado este ano para UFRJ é o mesmo de 2012. As consequências disso são salários atrasados dos trabalhadores terceirizados, falta de pagamento de bolsas para os alunos de baixa renda e mais atraso para o país por falta de investimento na ciência”, informou à população o dirigente sindical.

referendos

Os técnicos-administrativos da UFRJ presentes na assembleia ato aprovaram os encaminhamentos do CLG a respeito de três  questões levadas para análise pelo movimento grevista pela Pró-Reitoria Estudantil (PR-7). Na avaliação socioeconômica feita pelo CLG, a matrícula dos novos alunos aprovados para a universidade (acesso) não é essencial, porque não impede as atividades acadêmicas dos estudantes. Portanto, não causa dano irreparável, assim como o que se refere às bolsas de assistência estudantil relativas aos novos editais não lançados até a deflagração da greve, no dia 11 de março. A realização do Jic-Tac também não foi considerada atividade essencial.

A assembleia também aprovou a moção de repúdio contra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que entrou na Justiça e conseguiu que o Hospital Universitário da Universidade Federal do Paraná funcione 100% e o da Universidade Federal de Santa Catarina com 80% da sua força de trabalho. “Essas decisões judiciais são uma afronta e ferem nosso direito de greve”, diz o texto, que será levado ao Comando Nacional de Greve (CNG) para que a Fasubra encaminhe ao ministro da Educação, Camilo Santana, para o governe “ordene à direção da Ebserh a retirada imediata dessas ações em respeito ao direito de greve dos trabalhadores dos HUs”.

Informes nacional

Reunião sobre a carreira está sendo aguardada para até a próxima semana, segundo expectativa do movimento grevista a partir da entrega do relatório final preparado pelo Grupo de Trabalho de Reestruturação da Carreira dos Técnicos-Administrativos em Educação pela Fasubra e o Sinasefe aos ministros da Educação (MEC), Camilo Santana, e da Gestão e Inovação (MGI), Esther Dweck, no dia 27 de março. O documento apresenta os estudos para o aprimoramento do PCCTAE..

Agnaldo Fernandes, integrante da CNSC e participou da reunião com os ministros, em Brasília, junto com as direções das entidades foi quem deu os informes do CNG na assembleia. Ele iniciou explicando a composição do grupo (membros da Comissão Nacional de Supervisão da Carreira (CNSC), do Ministério da Educação (MEC), Ministério da Gestão

e Inovação (MGI) e dos Fóruns de Gestão de Pessoas das Instituições Federais de Ensino) e porque foi criado. “Tanto a Fasubra como o Sinasefe protocolaram a proposta de reestruturação da Carreira Técnico-Administrativa em agosto e setembro, mas o MGI mostrou, na reunião do dia 22 de fevereiro, desconhecer o conteúdo, portanto, não ter preparo para discutir sobre o PCCTAE. Por essa razão formamos o GT, que teve 30 dias para produzir o relatório. Fruto da nossa greve nacional”.

Segundo Agnaldo, houve avanços em alguns pontos da proposta protocolada, mas o governo não aceitou a redução de cinco para três classes: AB, CD e E, argumentando que poderia haver questionamentos jurídicos. Mas concordou com a mesma malha salarial proposta para todas as classes. Outra reivindicação aceita pelo MEC e MGI foi em relação a progressão e capacitação vertical por mérito, que hoje é de 18 em 18 meses e vai passar para 12 em 12 meses.

“Atualmente progredimos em quatro níveis de capacitação, que agora passa também para vertical. O governo quer quatro e reivindicamos oito níveis”, acrescentou Agnaldo. “Do ponto de vista conceitual conseguimos avanços, mas não temos a revisão orçamentária para garantir os ganhos. Esperamos uma reunião com os ministérios nos próximos dias”, concluiu.

Vá ao debate e entenda

 tudo sobre a Carreira

Na sexta-feira, 5, às 14h, no IFCS, o CLG realizará um debate sobre a carreira e o que a categoria reivindica como reestruturação do PCCTAE, com a participação de Agnaldo Fernandes e dois dirigentes da Fasubra: Francisco de Assis e Marcelo Rosa.

Reunidos no Comando Nacional de Greve (CNG) da Fasubra, em Brasília, técnicos-administrativos trabalhadores da educação federal  cumprem agenda diária de atividades propagando as razões do movimento. Nesta quarta-feira, e de abril,  Dia Nacional de Mobilização pela Reestruturação da Carreira e Reajuste Salarial dos TAE!, servidores foram as ruas pressionar o governo. Atos foram realizados diante do MEC e do MGI. Oito companheiros  estão representando os trabalhadores da UFRJ.  NOSSO PESSOAL EM BRASÍLIA. Delegados da UFRJ no Comando Nacional de Greve

MOVIMENTO NACIONAL dos trabalhadoras e trabalhadores da educação está representado em Brasília.

Reunião no instituto discutiu formas de adesão à greve dos setores essenciais da unidade

Nesta terça-feira, 2 de abril, o Comando Local de Greve (CLG) e as direções do Sintufrj e da Fasubra se reuniram com os trabalhadores do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão (IPPMG) para discutir formas de adesão à greve dos setores essenciais da unidade e avançar na paralisação dos serviços não essenciais.

Foi aprovado por unanimidade pelos presentes na reunião, a realização de uma paralisação geral no IPPMG por cerca de duas horas, das 11h às 13h (a princípio), em uma data a ser confirmada pelo Comando de Greve da unidade e encaminhada ao CLG.

Tanto o coordenador-geral do Sintufrj Esteban Crescente, como o coordenador da Fasubra e técnico-administrativo do Instituto de Biologia da UFRJ Francisco de Assis, frisaram que, embora ainda não seja o momento para fechar setores no IPPMG, é importante que os trabalhadores entendam por que estão fazendo greve.

“Para nós faz muita diferença a categoria estar nos atos”, disse o dirigente do sindicato. “Greve não é parar o trabalho e acabou. Em greve trabalhamos mais. Temos que ter essa consciência de classe”, complementou Assis.

Ebserh

A entrada em breve da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) no hospital também entrou na pauta. Servidores e extraquadros estão preocupados com a falta de transparência do processo. “Tudo está sendo muito obscuro”, observou uma técnica de enfermagem.

Por iniciativa dos profissionais, na quinta-feira, 11, das 12h às 13h, está agendada uma reunião com a direção do IPPMG, com a participação do CLG, Sintufrj e Fasubra para que sejam esclarecidas as dúvidas a respeito do início das atividades da Ebserh na unidade. Os trabalhadores querem saber, inclusive, qual é a contrapartida que a empresa está impondo para assumir o comando do hospital.

“Travamos uma batalha e não nos damos por vencidos. Não somos contra o trabalhador da Ebserh, cujos salários são maiores e a carga horária diferenciada: são os gestores que estimulam o conflito entre eles e os servidores”, disse o coordenador da Fasubra. De acordo com o dirigente, a UFRJ foi a última universidade a aderir à Ebserh, mas a resistência foi vencida pela perspectiva de altas remunerações. No entanto, já se estabeleceu uma disputa, porque tudo indica só haverá uma gratificação de R$ 27 mil para o cargo de superintendente. “Quem assumirá? Essa é a pergunta que estão fazendo”.

O coordenador-geral do Sintufrj informou que consta da pauta nacional de reivindicações ao governo, a revogação da lei da Ebserh. “O Sintufrj participará da reunião no dia 11 e estará de prontidão para acompanhar a chegada da empresa aqui, embora todas as baterias estejam voltadas para a greve por ganhos econômicos, porque somos o menor salário do serviço público. Há ainda o fato de que as bases dos hospitais universitários estão denunciando que a Ebserh, nacionalmente, começou a oprimir a nossa greve”, acrescentou.

Mesa Específica

Francisco de Assis informou sobre o conteúdo do relatório final do Grupo de Trabalho de Reestruturação da Carreira dos Técnicos-Administrativos em Educação entregue pela Fasubra e o Sinasefe aos ministros da Educação (MEC), Camilo Santana, e da Gestão e Inovação (MGI), Esther Dweck, no dia 27 de março. O documento apresenta os estudos para o aprimoramento do PCCTAE.

Ele fez uma retrospectiva das negociações com o governo na Mesa Nacional Permanente, instalada no dia 27 de fevereiro de 2023, quando a Fasubra apontou que as perdas dos técnicos-administrativos em educação das Ifes eram maiores do que das outras categorias dos servidores.

Portanto, não poderia aceitar a proposta atual posta na mesa pelo governo de reajuste de 9% pagos em duas vezes (2025 e 2026), e nada este ano. Além do aumento no valor dos benefícios. “Auxílio creche, auxílio saúde e auxílio alimentação não são para todos”, lembrou Assis.

“Temos que lutar pela reestruturação da carreira e pela recomposição do orçamento da universidade, que está muito precária. Esses são os eixos do movimento grevista. Temos que tensionar o governo mantendo e reforçando a nossa greve. Mas, a nossa luta é maior contra Arthur Lira (presidente do Congresso Nacional), porque foi o Congresso que aprovou a lei orçamentária”, explicou o coordenador da Fasubra.

No relatório fechado no dia 27 de mar foi incluída a resposta do ministro Camilo Santana. Ele diz que “O documento será subsídio fundamental para a elaboração da proposta aos técnicos-administrativos em educação em debate na Mesa Específica e Temporária no MGI”. Foto: Renan Silva

 

 

 

 

Na UFRJ, esta terça-feira (2) foi dia de panfletagem e reunião nas pró-reitorias

O Ministério de Gestão e Inovação (MGI) agora tem todas as condições objetivas para construir uma contraproposta que solucione os históricos e urgentes problemas da categoria, principalmente de ordem financeira. Isso porque o Grupo de Trabalho (GT) de Reestruturação da Carreira — com membros da Comissão Nacional de Supervisão da Carreira (CNSC), do MEC, do MGI e dos Fóruns de Gestão de Pessoas das Instituições Federais de Ensino –, já apresentou o resultado das suas atividades para o Ministro Camilo Santana (MEC) e para a Ministra Esther Dweck (MGI) no dia 27 de março, com base nas propostas apresentadas pela Fasubra e Sinasefe.

Um passo importante depois de meses da apresentação da proposta sem avanço na negociação e depois de três semanas da deflagração da greve da categoria. Portanto, é hora de reforçar a mobilização. De aumentar a pressão. Foi o que informou o Comando Local de Greve da (CLG) UFRJ aos trabalhadores presentes nas pró-reitorias, na manhã desta terça-feira, dia 2.

A mobilização, nos setores da administração central da UFRJ no Parque Tecnológico, contou a participação de vários integrantes do CLG no corpo-a-corpo para esclarecimento dos companheiros, panfletagem, colagem de cartazes, culminando com uma reunião em que todos estes informes foram detalhados.

Cumpriu a convocação da Fasubra para um dia nacional de luta nas reitorias de universidades e institutos federais em 1º de abril (na UFRJ foi no dia 2 em função das mobilizações, neste dia, contra a ditadura).

No dia 1º, aconteceram atos simbólicos em todo o país, para marcar a entrega do relatório do GT Reestruturação. O Comando Nacional da Greve também atribuiu ao caráter do ato, o protesto pela ingerência da Ebserh na greve.

Na UFRJ, os militantes detalharam elementos do relatório, apontaram perspectivas, esclareceram dúvidas e reiteraram a necessidade da participação de todos na greve.

É protesto, mas é ‘pró-servidores’

Temendo o “protesto”, os portões da entrada do estacionamento das PRs, no Parque Tecnológico, foram fechados por homens da empresa de vigilância, que interpelaram o grupo do CLG. Queriam consultar algum diretor para liberar a entrada. Por coincidência, viaturas da polícia, foram vistas por perto. Mas logo foi tudo esclarecido e os militantes realizaram livremente a mobilização nos setores.

Por fim, chegou ao CLG a informação de que parte dos trabalhadores das pró-reitorias foi instruída a trabalhar de modo virtual em função do “protesto”.

O movimento, destaque-se, tinha a finalidade de reunir servidores de pró-reitorias, (parte deles em atividades essenciais), e os militantes que vêm atuando na mobilização da categoria, num protesto, sim, porém, contra a demora no atendimento das reivindicações da categoria, pela estruturação da Carreira que tem o mais baixo piso do Executivo e vive uma fuga de quadros, e por recurso para a sobrevivência das universidades federais.

Pautas que dizem respeito a todos, tanto que estudantes e docentes de todo país estão ou apoiando ou se integrando progressivamente ao movimento.

Um grupo de trabalhadores da UFRJ partiu na manhã da sede do Sintufrj para se incorporar à marcha cujo roteiro até Juiz de Fora foi o inverso da trajetória feita pelo general Mourão Filho que marcou o início do golpe que em 1º de Abril de 1964. Golpe que implantou a ditadura de 21 anos assassinando, prendendo, torturando e censurando na sociedade brasileira.
A Marcha, cujo núcleo principal deixou a Cinelândia bem cedo,  ao longo do caminho, foi agregando outros grupos de Petrópolis e outras cidades, além do pessoal que veio do Espírito Santo. Todos com destino a Juiz de Fora. A atividade dos servidores da UFRJ está dentro da série de ações da greve na universidade iniciada em 11 de março por Carreira, recomposição orçamentária e reajuste salarial. (FOTOS: ELISÂNGELA LEITE)