O Sintufrj se soma a mobilização nacional em defesa do fim da escala de trabalho 6×1, que é vigente na maior parte do setor de serviços e bastante comum no comércio e indústria.
A Proposta de Emenda a Constituição que propõe alterar a legislação precisa de 171 assinaturas de deputados a pressão popular já alcançou a assinatura de mais de 150, por isso assine também a petição https://peticaopublica.com.br/pview.aspx?pi=BR135067.
A luta pela redução da jornada de trabalho é uma pauta histórica da luta sindical. A jornada 6×1 se configura em uma superexploração da classe trabalhadora, garantindo os lucros dos grandes empresários, ao custo da vida do povo trabalhador, que é excluído do lazer, estudo e tempo com a família.
Vários países têm aplicado redução das semanas de trabalho em todo o mundo devido ao avanço das condições técnicas de produção. O grande entrave é político e de classe. Por isso, o Sintufrj reafirma seu compromisso com a luta de toda a Classe Trabalhadora por direitos e superação da exploração capitalista.

Aula pública esta quarta, no prédio antigo da reitoria, às 10h, debaterá crise orçamentária. Plano da empresa é de suspender o fornecimento de energia em 15 unidades. Sintufrj denuncia arbitrariedade

FOTOS E VÍDEOS: RENAN SILVA

Depois de suspender o fornecimento da iluminação no Museu Nacional, em São Cristóvão, na Editora da UFRJ (na Praia Vermelha), no antigo prédio da Reitoria (JMM), na Associação de Moradores da Vila Residencial e no estacionamento da Coppead, a Light partiu para desligar até a luz do Gabinete do Reitor Roberto Medronho no início da noite desta terça-feira (12). Pretendia também seguir para a sede da prefeitura universitáira mas, por ação da Procuradoria,  a operação foi suspensa por ora. Amanhã pode prosseguir porque plano era cortar a luz de 15 unidades. O prefeito Marcos Maldonado, no entanto, adianta que não pode permitir o corte de luz na via pública, no Alojamento e no Restaurante Universitário para proteção da comunidade.

A Reitoria convocou aula pública nesta quarta–feira (13)  às 10h, no prédio Jorge Machado Moreira, antiga reitoria. Roberto Medronho vai abordar crise orçamentária. Vai ser à base de um gerador porque o prédio que vai abrigar o ato continua sem luz. Sintufrj aponta importância da mobilização para evitar o desmonte, critica a arbitrariedade e denuncia os efeitos da privatização que visa o lucro em detrimento do funcionamento desta instituição essencial para a sociedade.

Caso repercutiu na mídia. Reitoria deve ir à Justiça.

Reitor discute com técnicos da Light sobre arbitrariedade da ação

Em nota sobre os cortes em várias unidades isoladas e do Fundão, a Reitoria afirma que em nenhum momento se negou a pagar a dívida (de mais de R$35 milhões), que vem solicitando suplementação orçamentária ao MEC, mas que a Light, depois de uma reunião sem consenso hoje iniciou corte em 15 edificações da UFRJ. “As atividades acadêmicas e de assistência à saúde realizadas na UFRJ são essenciais e a Reitoria já adotou medidas para reverter o mais rápido possível esse quadro”, diz o texto cuja íntegra está no final da matéria.

Um dia antes, em uma cerimônia de reconhecimento ao serviço prestado por quase 30 servidores com mais de 50 anos na UFRJ, o reitor Roberto Medronho alertava o público justamente sobre a asfixia que a UFRJ vem enfrentando há anos, injustificada diante da dimensão da maior universidade federal do país e da sua produção para a sociedade em ensino, pesquisa, extensão e assistência, apesar dos esforços nos ministérios por recursos suplementares.

Sintufrj defende importância da mobilização

“O sindicato sempre defendeu a importância de mobilizar toda a comunidade acadêmica contra a dramática situação dos cortes de gasto. Não à toa fomos linhas de frente na greve nacional unificada e convocada pelos técnicos ativos em educação que unificou os segmentos de várias universidades em todo o país. A situação de corte orçamentário é em nome de uma política de teto de gastos que alterou o nome e flexibilizou em pequeno percentual o investimento nos gastos primários com arcabouço fiscal. Essa é uma política de morte da universidade pública e dos direitos da população e esse acontecimento hoje só reforça isso”, declarou o coordenador geral do Sintufrj Esteban Crescente.

Ele argumenta que tudo isso mostra ainda o quanto a privatização é danosa para a garantia dos direitos da população. “Da população, que é a Light, de forma abusada, autoritária, atacou. Num espaço que é fundamental para o funcionamento da sociedade, onde se faz ensino, pesquisa, extensão. E para a vida de milhares de estudantes, de toda a comunidade acadêmica, seus trabalhadores, sem nenhuma preocupação com as consequências disso. O funcionamento dos hospitais tem que ser prioridade. O nosso repúdio a essa postura autoritária que só avisa o poder financeiro, o poder econômico atrelado aos proprietários dessa empresa que hoje é privatizada”, denunciou.

Esteban pondera ainda que o subfinanciamento produz outras consequências: diversos trabalhadores da limpeza e vigilância nesse exato momento encontram-se com salários atrasados: “O drama não se dá apenas na questão (do corte) da luz, mas com nossos irmãos trabalhadores e trabalhadores que estão sem salários”.

O coordenador da Fasubra Francisco de Assis, morador da Vila Residencial, prestou solidariedade à Associação de Moradores, organização que conta com vários projetos sociais, de extensão e importantes que a universidade desenvolve na Vila, promovendo a troca, através da atividade de Extensão, entre a comunidade local e a universidade. “Esse corte do fornecimento da energia por parte da Light vai trazer prejuízos tanto para a academia como para a comunidade “, criticou.

Veja o momento em que a luz é cortada na Reitoria

   

 

A crônica do corte anunciado, devido à vertiginosa queda no financiamento dos custeio da maior universidade federal do Brasil, se concretizou na tarde desta terça-feira, dia 12, com a ação da Light de suspender, no meio da tarde, o fornecimento de energia no Museu Nacional (unidades 1 e 2 ) e na Editora da UFRJ, Depois a Light partiu para o Fundão. Cortou o fornecimento do estacionamento da Coppead, da Associação de Moradores da Vila Residencial, do prédio JMM, antiga reitoria, que abriga a Escola de Belas Artes e a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e seguiria para o gabinete da Reitoria e para a Prefeitura, Alojamento e Restaurante Universitário e vias públicas. Foi suspenso por ação da Procuradoria e resistência da Prefeitura.

O prefeito da Cidade Universitária, Marcos Maldonado disse que, embora se soubesse da gravidade do problema, isso estava em negociação e a efetivação da medida absurda da Light contra a UFRJ pegou a todos de surpresa. “A Procuradoria tinha liminar determinados que determinados pontos não poderiam ser cortados”, disse ele, argumentando que não poderia permitir o corte até por conta da determinação do juiz, nas vias públicas, no restaurante universitário, no alojamento e na Prefeitura, onde está o centro de operações de iluminação, segurança etc.

Os cortes feitos, permanecem. E as consequências irão ainda mais longe que isso, se o corte permanecer.

A Pró-Reitoria de Planejamento , Orçamento e Finanças emitiu um compromisso de pagamento, para tentar evitar o corte e a Prefeitura informou os lugares em que o corte se tornaria perigoso para a comunidade. “Como os alunos vão circular na escuridão, como vão se alimentar ou ficar no alojamento?”, questionou ainda durante a tarde.

Diante da situação absurda, Maldonado lembrou das palavras do reitor Carlos Lessa que, quando assumiu atravessou uma situação parecida na Reitoria e disse que esta instituição de ensino é lugar de luz, não de escuridão. Contou que esta é também a posição do reitor Medronho, mencionando até mesmo a repercussão internacional que a crise pode ter, lembrando que no museu há acervo que deve permanecer em ambiente de temperatura controlada, como o Manto Tupinambá, valioso artefato indígena trazido da Dinamarca onde estava desde o século 17,

Veja a nota da Reitoria

Sobre o corte de energia elétrica em diversas edificações da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Reitoria esclarece que:

  1. Por restrições orçamentárias, a Universidade tem uma dívida total com a empresa de energia que soma R$ 31,8 milhões referentes a faturas vencidas entre março e novembro de 2024, além de R$ 3,9 milhões em parcelas não quitadas de um acordo firmado em 2020;
  2. Em julho de 2024, a Universidade recebeu uma notificação de corte no fornecimento de energia elétrica;
  3. Em nenhum momento, a UFRJ se negou a pagar a dívida, tendo solicitado suplementação orçamentária ao Ministério da Educação (MEC);
  4. Nesse período, a Procuradoria Federal, junto à UFRJ, conseguiu a antecipação de tutela para evitar o corte no fornecimento;
  5. A empresa de energia recorreu ao Judiciário e derrubou a antecipação de tutela;
  6. Depois de extensa reunião hoje (12/11), que terminou sem consenso, a empresa de energia iniciou um processo de corte de fornecimento em 15 edificações da UFRJ;
  7. As atividades acadêmicas e de assistência à saúde realizadas na UFRJ são essenciais e a Reitoria já adotou medidas para reverter o mais rápido possível esse quadro.

Rio de Janeiro, 12 de novembro de 2024

 

Na Associação de Moradores, corte interrompe diversos projetos sociais

Light corta luz na Reitoria

Para marcar o Mês da Consciência Negra, celebrado em novembro, o GT Antirracismo do Sintufrj preparou uma sessão especial com debates, apresentações culturais, danças e capoeiras. Verônica Caé, Vantuil Pereira e Mônica Santos são os palestrantes convidados. O grupo de capoeira Labcapo UFRJ e o bloco Afro Orunmila confirmaram presença na celebração na quarta-feira, 13 de novembro, a partir das 14h, no Espaço Cultura do sindicato.
Verônica Caé é Profa Adjunta do DME/EEAN/UFRJ, membro da Câmara de Políticas Raciais da UFRJ e de outros coletivos voltados para a questão racial.
Vantuil Pereira é Decano do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) e integra o Coletivo de Docentes Negros.
• Mônica Santos é advogada, membro da Comissão Nacional de Direito Social, palestrante, militante.

Cerimônia de Concessão de Medalha pelos 50 Anos de Serviço Público Federal homenageia companheiros e companheiras entre os quais  o atual coordenador (de Esporte e Lazer) do Sintufrj, Waldir de Oliveira, e o ex-coordenador geral da entidade Marcílio Lourenço de Araújo.

Uma emocionante homenagem preparada pela UFRJ na tarde desta segunda-feira, dia 11, que lotou o auditório G122 do Centro de Tecnologia, destacou a essencialidade do trabalho de 28 servidores (entre eles, dois docentes) que dedicaram 50 anos de sua vida ao serviço público e à instituição, muitos dos quais em plena atividade.

O clima de emoção  e reencontro marcou o evento, que contou com a presença de diversos dirigentes de centros e unidades e de coordenadores do Sintufrj – estavam lá Marly Rodrigues (Políticas Sociais), Carmen Lúcia (Administração e Finanças) e Helena Vicente (Educação, Cultura e Formação Sindical)  e uniu gerações: de trabalhadores (as), de amigos (as), familiares e alunos (as) em abraços fraternos nos homenageados.

Eles receberam das mãos do reitor Roberto Medronho, da vice-reitora Cassia Turci e da pró-Reitora de Pessoal Neuza Luzia, medalhas de reconhecimento à sua importante contribuição na construção da maior universidade do Brasil.

“Neste palco iluminado…”

Os três fizeram fortes discursos destacando a essencialidade dos quadros de trabalhadores da UFRJ, a importância deste trabalhão para a sociedade e na construção de um mundo melhor.

Medronho citou o professor Clementino Fraga Filho quando afirmou que a vida de uma instituição depende da vida de todos e todas que a ela se dedica. “Então a UFRJ não são os seus bens móveis, não é o seu patrimônio físico, a UFRJ é feita pelos seres humanos que aqui trabalham e se dedicam ao seu dia a dia. A excelência no ensino, na assistecia à saúde é por conta do nosso trabalho do dia a dia. A nossa missão precípua é formar um cidadão consciente, crítico. Formar um cidadão que vá lutar contra essa sociedade desigual, escravocrata, discriminatória, LBTIfóbica e contra tudo de ruim que temos na nossa sociedade”.

Entre os exemplos, o reitor apontou o coordenador do Sintufrj Waldir Oliveira, que, segundo contou, ganhou o apelido de Lalá porque, diligente, estava em todos os lugares, numa brincadeira que faz menção ao samba da Imperatriz de 1981: “Neste palco Iluminado, só dá Lálá…”

Medronho também mencionou o ex-coordenador do Sindicato Marcílio Araújo, lembrado sua  importante liderança da categoria nas lutas em defesa da UFRJ e do Hospital Universitário. “Cada um de vocês é importante para a excelência da UFRJ”, disse.

O evento, com que se encerrou a programação preparada pela Pró-Reitoria de Pessoal para comemorar a Semana do Servidor, foi concluído com um coquetel para os homenageados e acabou se tornando um grande congraçamento entre antigos amigos.

Coordenadoras se emocionam

“Essas são pessoas que dão a vida por isso aqui. Estão há 50 anos aqui, é muito tempo. São Pessoas valorosas. E é um clima de alegria, não é?”, emocionou-se a coordenadora do Sintufrj Marly Rodrigues.

Helena Vicente é aposentada, trabalhou 54 anos na UFRJ e, além de representar a entidade da qual é coordenadora, foi prestigiar os amigos. Ela conta que também ficou emocionada com as homenagens e discursos: “É um reconhecimento merecido. Aqui está demonstrada a dedicação destas pessoas”.

A coordenadora Carmen Lúcia destacou que a homenagem faz jus aos verdadeiros profissionais: “Mostra a relevância dos servidores, dos técnicos administrativos, do nosso fazer dentro dessa instituição. São 50 anos de dedicação. Nós fazemos a história também dentro da UFRJ, não só docentes e alunos. Muitos nossos que já partiram foram pedra angular dessa casa”.

Homenageados

Alfredo Heleno de Oliveira
Carlos Alberto Celestino
Celso Pereira
Cláudio Nunes Pereira
Dilza Torres Melo de Alvim
Edna do Desterro
Edson Jorge da Rocha
Eliana Barreto Bergter
Fátima Morgado Britto

Francisco Carlos Santana Costa
Ilton Antônio da Silva de Oliveira
Joaquim Inácio de Nonno
José Carlos da Silva Paz
Laureano Soares da Silva
Luiz Carlos Batista Freitas
Marcilio Lourenco de Al
Maria de Fátima Stoppelli Mendes
Marilene Ferreira dos Santos
Paulo César Villa Real

Paulo Cezar Rangel
Paulo da Costa Lima Filho
Reinaldo Barros
Ronaldo Martins
Sérgio Iorio
Severino de Andrade Amorim
Vânia Dias de Oliveira
Waldir Dias de Oliveira
William Barbosa da Silva

   

   

Não só nomes, mas histórias de vida

“Sim, eu sou muito grato à UFRJ.  Eu trabalho no Instituto Biofísica. Hoje eu sou técnico de eletricidade. Entrei como office boy.  Então por esse carinho que eu tenho de ter sido bem recebido, tenho essa dedicação muito grande, não somente pela Biofísica, mas pela UFRJ. Eu sou muito grato, viu?”, disse Waldir Lalá.

Vânia Dias de Oliveira, assistente social do Hospital Universitário, recebeu dos pequenos netos Alice, de 5 anos e Antônio, 6, uma braçada de flores. Ao ser chamada, recebe da Reitoria a medalha, a levanta e entoa, orgulhosa, sob palmas o nome da sua unidade: “Hospital Universitário!”. E ela conta: “Eu vim trabalhar numa instituição de excelência, branca, elitista, racista, a gente não tem como negar, herdeira do colonialismo, e eu vim trabalhar aqui, não como uma menina da limpeza (como manda o sistema). Mas já como Assistente Social, trabalhar com a formação em saúde. Ao longo desses 50 anos, participei da formação de uma infinidade de estudantes de Serviço Social. Isso foi me encantando, e aqui eu fui ficando”, diz ela contando que em 2013 passou a cursar o mestrado com sua filha e, depois o doutorado, cuja tese defendeu em 2023. “Há um ano eu venho o título de doutora. “, diz ela que, embora não seja docente, ajudou a formação de muitas pessoas. Atualmente é u assistente social da unidade cardiológica e do CTI. Faz atendimento aos usuários. “Em paralelo, a gente cuida do ensino. Eu tenho duas alunas que estão concluindo (o curso) e seis residentes multiprofissionais”

 

“Eu acho que o importante é o reconhecimento da comunidade pelo tempo de dedicação que nós tivemos com a universidade, com a sociedade. Isso é um reconhecimento, um coroamento”, disse Marcílio Lourenço.

Alunos de diversos cursos cercaram com carinho e de admiração a professora Eliana Barreto Bergter. que, emocionada, declara: “Para mim, foram os melhores 50 anos da minha vida. Eu passei aqui dando aula, fazendo pesquisa, e eu amo de paixão a UFRJ. Eu sou da Microbiologia. Eu dou aula para Farmácia, Medicina, Nutrição, todas as graduações que têm Microbiologia. Eu comecei em 1972. Acabei o mestrado, fiz doutorado, depois do Pós-Doc no exterior, voltei e continuei”, diz com orgulho e contando que também recebeu o título de professora Emérita.

Momentos da emocionante cerimônia

Alguns dos homenageados: no primeiro vídeo, Vânia Oliveira e Waldir Lalá; no segundo, Marcílio Araújo e no terceiro vídeo, a entrega das medalhas a Alfredo Heleno e Carlos Alberto.

Além de dirigentes e colaboradores da gestão, a caravana do sindicato mobilizou advogados civil e trabalhista, assessoria de saúde e segurança do trabalho, técnicos do setor de convênios e a comunicação da entidade

FOTOS: RENAN SILVA

Assédio moral, aposentadoria especial, portaria 996, corte de insalubridade foram algumas das várias demandas esclarecidas e assumidas pela direção sindical para buscar solução jurídica ou administrativa via Reitoria dos sindicalizados da UFRJ-Macaé. Este foi o saldo do Sintufrj Tira Dúvidas na quinta-feira, 7 de novembro, no Polo Aloísio Teixeira e no Nupem.
A caravana do sindicato mobilizou dirigentes e colaboradores da gestão, advogados civil e trabalhista, assessoria de saúde e segurança do trabalho, técnicos do setor de convênios e a comunicação da entidade. A maratona começou às 6h30 com a saída da van da sede do Sintufrj, no Fundão, e terminou por volta das 20h com o retorno no mesmo local.
“Uma iniciativa ótima, porque falar presencialmente com o Sintufrj é muito melhor, e esse convívio de conhecer os companheiros à frente da entidade é gratificante. Sei que é uma viagem bate e volta cansativa, mas para gente é muito necessária. Deveriam vir mais vezes”, observou Itamara Pereira Moço, técnica-administrativa da secretaria acadêmica do Polo com 10 anos de UFRJ.
“Fiz um ensaio para a minha aposentadoria com o advogado. Precisava saber dos meus direitos. Tenho doutorado e já cheguei no limite da carreira. A questão agora é o tempo de serviço e a idade. Fui a primeira servidora do campus UFRJ-Macaé, contribui muito com a implantação dos setores acadêmicos. Tenho muito orgulho do meu trabalho”, disse Cristiane Pires Teixeira Pacheco.
No Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade (Nupem), o principal problema no momento dos técnicos-administrativos em educação é a recente Portaria 996, assinada pelo reitor e que só está valendo, por enquanto, para essa unidade. As profissionais dos Departamentos de Recursos Humanos (DRHs) Thuammya Vasconcelos Bento e Gisele Pereira discordavam de algumas das exigências contidas no documento, por considerarem desnecessárias, e o Sintufrj com o seu jurídico estão analisando o texto do ato oficial.
“A Reitoria deveria ter nos buscado para um diálogo antes de adotar as medidas contidas na portaria. Afinal, está sendo implantado o PGD. Vamos procurar na portaria o que extrapola o Plano de Gestão e Desempenho, que chega para regularizar a jornada de trabalho”, explicou o coordenador-geral do Sintufrj, Esteban Crescente.
Na reunião, ele convocou os trabalhadores dos RHs para a reunião híbrida, na segunda-feira, 11, às 14h, no Espaço Cultural da entidade. Pauta: Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC). O link da reunião seguirá pela rede de transmissão e informada pelos canais digitais do sindicato.
Bem-vindas, companheiras
Thuammya, que por permuta se transferiu do Observatório do Valongo para o Nupem, há oito anos na universidade, e Anna Beatriz dos Santos Salgado, bióloga, aprovado em recente concurso e se tornou servidora da UFRJ em agosto, depois de atuar como extraquadro no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho por 10 anos, se filiaram ao Sintufrj.
Boa notícia
A boa notícia quem recebeu do Sintufrj foi professora associada 4 e sindicalizada da entidade, Angélica Ribeiro Soares. Ela atua no Laboratório de Química Orgânica e desde 2019 deixou de receber a insalubridade. “Naquele ano, solicitei licença de três meses para fazer um curso de capacitação oferecido pela Reitoria e até hoje não tive de volta o adicional. Entrei em contato inúmeras vezes com a Pró-Reitoria de Pessoal e nunca recebi resposta. “Entrei com processo no SEI e o assessor de saúde e segurança do trabalho do sindicato fez o relatório técnico e encaminhou para a CPST e, finalmente, foi agendada a perícia”, comemorou a docente.
Caravana Sintufrj a Macaé – Dirigentes: coordenadores Esteban Crescente, Nivaldo Holmes e Ana Mina; apoiadores: Maria Lenilva e José Carlos Xavier; advogados (Alexandre Fecher e Leandro Mathias), técnico de Saúde e Segurança do Trabalho (Rafael Boher); Convênios (Claudia Azevedo e Graziele Gonçalves) e os repórteres Ana de Angelis e Renan Silva). Atuação local imprescindível do apoiador Milton Madeira.

 

DIRIGENTES, APOIADORES E EQUIPE DE PROFISSIONAIS do sindicato em Macaé para o Sintufrj Tira Dúvidas

O III Congresso Mundial contra o Neoliberalismo na Educação será na UERJ, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, no Maracanã, entre os dias 11 a 17 de novembro. Uma semana intensa, com debates e atividades culturais reunindo estudantes e trabalhadoras e trabalhadores da educação O coordenador de Comunicação da Fasubra, Francisco de Assis, da base do Sintufrj, estará na abertura, no dia 11, às 15h, representando a Federação neste Importante fórum de resistência aos avanços do neoliberalismo na Educação.

Para mais detalhes clique em:

 

Congresso Página Inicial

A unidade dos trabalhadores em educação em defesa da Educação Pública

A EDIÇÂO de 2024 do encontro mundial será na UERJ, palco recente de grande mobilização contra cortes na assistência estudantil e em resistência aos ataques do governo estadual.

O Congresso, realizado organizada pelas entidades que discutem a Educação, através de uma articulação entre os sindicatos, federações, representações estudantis. está em sua terceira edição. O I Congresso Mundial da Educação foi em 2020, em modo remoto; o II Congresso, no Panamá, em 2023.

A terceira edição, que será no Brasil, é organizada pela Fasubra, Andes, Sinasefe, Apeoesp, Sepe/RJ, Asduerj, Fenet e ANPG. A entidade Outras Vozes da Educação cuida da organização internacional da atividade. Contará com representações de países como Panamá, Chile, Argentina, Perú, Uruguai, Venuzuela, Colômbia. Serão oito mesas sobre temas como questões raciais, gênero, crise climática, inteligência artificial, EaD e muito mais.

Uma unidade para fortalecer a educação pública e traçar caminhos para resistir aos ataques das políticas neoliberais è Educação Pública, Gratuita e de Qualidade.

Programação (sujeita a ajustes)

SEGUNDA, 11 de novembro
13h às 15h – Credenciamento
15h às 18h – Instalação do Congresso
18h – Ato político de instalação do Acampamento dos Estudantes
19h – Ato político Cultural com presença do coral da Uerj – Altivoz
TERÇA, 12 de novembro
9h às 12h- Mesas temáticas
Eixo Educação – Mesa 1: Questões raciais, gênero e classe
Eixo Educação – Mesa 2: Territórios e crise climática
Eixo sindical – Mesa 3: Grêmios, sindicatos e transformação social
ALMOÇO
14h30 às 17h30 – Mesas Temáticas
Eixo Educação – Mesa 4: Digitalização, Inteligência Artificial, EAD e desafios educacionais
Eixo Educação – Mesa 5: Internacionalização, avaliação e inclusão
Eixo Sindical – Mesa 6:  Organização de classe e democracia, uma relação conflitiva?
17h30 às 19h – Atividade Cultural – Fanfarras – Honk.
Apresentação de livros, vídeos, cartazes.
19h às 21h – Atividades autogestionadas do Acampamento dos Estudantes
QUARTA, 13 de novembro 2024
9h às 12h – Mesas temáticas
Eixo Educação – Mesa 7: Projetos conservadores em educação, violência, homeschooling e laicidade
Eixo Sindical – Mesa 8: Sindicatos, grêmios e movimentos sociais
ALMOÇO
14h30 às 18h – Apresentação de informes nacionais de luta contra o neoliberalismo na educação
18h às 20h – Atividades autogestionadas do Acampamento dos estudantes
QUINTA, 14 de novembro
9h às 11h – Continuação da apresentação de informes nacionais de luta contra o neoliberalismo na educação
11h às 12h – Atividades autogestionadas do Acampamento dos estudantes
ALMOÇO
14h às 15h – Leitura de acordos, resoluções e da Declaração Final do Congresso. Fechamento e apresentação do local para o IV Congresso Mundial contra o Neoliberalismo na Educação
17h às 19 h – Reunião de delegações dos sindicatos.
19h – Ato-show (atração a confirmar). Abertura do show com “Ah Banda!”
SEXTA, 15 de novembro
8h às 19h – Atividades autogestionadas
SÁBADO, 16 de novembro
Visita a espaços dos movimentos sociais e culturais do Rio de Janeiro, a partir de roteiros e sugestões fornecidas pela organização do evento.
DOMINGO, 17 de novembro
Retorno das delegações nacionais e internacionais

 

FOTOS: ELISÂNGELA LEITE

Estudantes e professores, cansados de tentar uma solução para o retorno das aulas no prédio da Escola de Educação Física e Desportos da UFRJ (EEFD), realizaram nesta quarta-feira, 5, um panelaço nas escadarias do Centro de Ciências da Saúde (CCS) e fizeram passeata até a Prefeitura Universitária, onde fica o Escritório Técnico da Universidade (ETU).
Os estudantes alegam que estão já há um ano sem aulas práticas no prédio e exigem uma solução. O prédio foi interditado após desabamentos nos blocos B e A, necessita da finalização das obras de reestruturação e avaliação da estrutura para ser liberado. O primeiro desabamento foi em setembro do ano passado, no bloco B, atingindo salas de aulas. E esse ano, dia 1º de maio, no Bloco A, atingindo o corredor da direção.
A UFRJ esclareceu que após os desabamentos, o Ministério da Educação (MEC) repassou cerca de R$ 242 mil apenas para o escoramento de parte dos muros e mais R$ 300 mil para o escoramento da frente do edifício. A medida, embora não solucione o problema estrutural da unidade, apenas impede que o prédio continue cedendo. Em maio deste ano o reitor Roberto Medronho ressaltou que o prédio da Escola de Educação Física só seria reaberto após a conclusão das obras de contenção de toda a estrutura. Mas para isso, a verba recebida deveria ser maior.

Insatisfação
O protesto dos estudantes chegou até ao ETU. Eles afirmam que o escritório em julho apresentou um laudo que liberou o uso do prédio mediante a implementação de algumas medidas de segurança, mas recentemente emitiu um novo que impediu o acesso exigindo medidas adicionais. Com isso, as disciplinas com características mais práticas, de vital importância à formação dos estudantes de educação física, foram muito prejudicadas. Assim grande parte das disciplinas do segundo bloco foi cancelada.
“Os estudantes da EEFD estão há um ano sem aula no prédio. Estamos sem local definido para ter nossas aulas, espalhados pelas unidades. O primeiro desabamento foi ano passado. Veio o segundo em maio. E até agora não resolveram a situação. O ETU apresentou um parecer inconclusivo para liberação dos ginásios. Com isso, as aulas práticas que começariam no fim de outubro foram adiadas. Queremos que o diretor do ETU nos receba e explique o que está faltando para liberarem o prédio”, declarou Melanie Caires, presidente do CA da EEFD e estudante do 2º período.
“É problema estrutural e político. Vai do governo federal, passando pela Reitoria e pela direção da EEFD. É um descaso de décadas com a educação brasileira. A EEFD é a primeira escola de educação física civil do país, sabia? Queremos e precisamos dar aula, mais são os alunos realmente os mais prejudicados”, afirmou Luciana Peil, professora do Departamento de Jogos.
O diretor do ETU não estava. Em seu lugar, seu substituto, Albertino Alves Ribeiro, deu algumas informações aos alunos. Ele explicou que o ETU depende da contratação de uma empresa para avaliar a estrutura do prédio e isso é um processo que demanda certo tempo, pois depende de licitação. Seu papel é técnico e não lida com liberação de verbas.
O coordenador geral do Sintufrj, Esteban Crescente, afirmou que o sindicato está ao lado da luta dos estudantes para garantir seu direito ao acesso e a permanência na universidade. Mais que a situação da EEFD remete a uma leitura maior.
“O problema da EEFD está ligado ao processo de terceirização e privatização da universidade. O ETU depende de serviços que são terceirizados. O que acontece com a Escola de Educação Física faz parte do estrangulamento dos recursos das universidades que vem diminuindo há 10 anos. E os processos de licitação e terceirização são cruéis com as universidades. Então a nossa luta é uma só. Estamos juntos. Fizemos greve pela recomposição do orçamentária, ganhamos algo, mas foi contingenciado.”

Ato dos Estudantes de Educação Física da UFRJ.
Rio,06/11/24
Foto Elisângela Leite

Sintufrj solicita à Reitoria reunião sobre portaria que determina às unidades divulgação da escala de trabalho

FOTOS RENAN SILVA

A coordenação do Sintufrj realizou, na manhã desta quarta-feira, 6, no auditório do Horto, reunião com trabalhadoras e trabalhadores do Escritório Técnico Universitário (e alguns da Prefeitura). Além das novidades em torno das negociações com o governo sobre a concretização dos termos do acordo fruto da recente e histórica greve da categoria, os coordenadores do Sintufrj Esteban Crescente, Laura Gomes (ambos da Geral) discutiram com os presentes, demandas sobre relações de trabalho.
Estavam lá também os coordenadores Luciano Nascimento (Organização e Política Sindical), João Pereira (Esporte e Lazer), a colaboradora Lenilva da Cruz e a delegada sindical da Prefeitura Alzira Trindade (integrantes do Grupo de Trabalho sobre Carreira do Sintufrj).
Esteban abordou conquistas da greve, não apenas do ponto de vista financeiro, como reajustes de salário (9% em janeiro de 2025 e 5% em abril de 2026) e benefícios (vale-alimentação, creche e saúde). Mas também efeitos na tabela (com aumento da diferença percentual entre os níveis (step), o aumento dos percentuais de correlação entre os níveis A, B, C e D com o nível E, e o fim da correlação indireta dos cursos considerados para o Incentivo à Qualificação, (IQ, agora todos são de correlação direta), entre outras mudanças (que podem ser consultadas na edição do Jornal do Sintufrj nº 1436, no site da entidade).
O coordenador explicou mudanças para o aprimoramento da Carreira e novidades, como a conquista do Reconhecimento de Saberes e Competências (com base na experiência que o servidor adquiriu com seu fazer, equiparado financeiramente ao IQ). E abordou trâmites e prazos-limite para a finalização de projetos de lei e decretos necessários para a formalização das conquistas.
Relações de trabalho
Os coordenadores trataram também de demandas que não se restringem ao setor, mas atingem também trabalhadores de outras unidades. Por exemplo, quanto a portaria da Reitoria de 24 de outubro que determina ao dirigente da unidade fixar em frente ao setor e na página da unidade na internet, o horário de funcionamento (de início, fim e os intervalos de almoço e descanso), sob o argumento de que a escala de trabalho é informação pública e deve estar fixada em local de ampla visibilidade.
O texto lembra que a folha de ponto é o método de monitoramento da assiduidade adotado pela UFRJ para todos os servidores, exceto docentes e participantes do Programa de Gestão de Desempenho (PGD). Estes, caso não cumpram a escala, podem sofrer desconto de dias de trabalho.
“Houve orientação para exposição do horário dos setores, dos servidores. Tão logo soubemos, decidimos realizar reunião nos locais em que está acontecendo”, disse o coordenador explicando que a finalidade da reunião era esclarecer alguns aspectos, como o fato de que, no PGD, não é necessário controle de frequência, mas a aferição do cumprimento das metas estabelecidas com a equipe.
Ele informou que o Sintufrj enviou ofício à Pró-Reitoria de Pessoal solicitando reunião sobre teor da portaria. Sem retorno, a entidade reiterou pedido. Como PR-4 não respondeu, o Sindicato mandou ofício diretamente ao reitor, e aguarda resposta.
Sindicalize-se
Apontando a importância de que trabalhadores construam sua representação local junto ao Sindicato, Alzira lembrou que foram os sindicatos e categorias organizados na base da Fasubra que conquistaram o acordo da greve e é a entidade que representa os trabalhadores na negociação local com a Reitoria.
Esteban reiterou a importância da sindicalização para o fortalecimento da entidade na luta para a garantia de direitos. “Nosso instrumento é a organização coletiva”, insistiu.

 

REUNIÃO MOBILIZOU ATENÇÃO de servidores que debateram com dirigentes sindicais pauta dupla: portaria da PR 4 e conquistas da greve
À MESA, OS COORDENADORES GERAIS Laura Gomes e Esteban Crescente

Os 57 anos de existência do Núcleo de Computação Eletrônica (NCE), que em 11 de novembro de 2010 foi transformado no Instituto Tércio Pacitti de Aplicações e Pesquisas Computacionais, começaram a ser comemorados com o sucesso de público da edição de 2024 do evento NCE de Portas Abertas, que integrou a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, em outubro. As homenagens prosseguem com uma série de postagens elaboradas por especialistas, pesquisadores, e gestores, em breve filmagens, sobre o este importante núcleo especializado da UFRJ..

“NCE de portas abertas”

 

A terceira e bem-sucedida edição do NCE de Portas Abertas 2024 –importante fórum de divulgação da produção universitária do Instituto Tércio Pacitti de Aplicações e Pesquisas Computacionais e integração com estudantes, servidores, pesquisadores e o público em geral –, aconteceu no dia 16 de outubro, integrando a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.

Com programação presencial com palestras e oficinas em torno do tema “Diálogos Contemporâneos sobre Computação Aplicada e Biomas”, reuniu estudantes, pesquisadores e público em geral em atividades e debates no Anfiteatro Maria Irene Melo, com foco no uso da inteligência artificial aplicada aos “Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, problematizando as dimensões éticas das tecnologias emergentes”.

O instituto realizou ainda o HackBio, envolvendo estudantes de escolas de ensino médio e técnico em uma competição colaborativa (cada equipe uma com quatro alunos e um professor mentor) sobre o tema “Como aplicar inovação e tecnologia social na construção de um caminho sustentável para a Mata Atlântica?”.

Tudo isso, em meio às comemorações dos 57 anos do Instituto, que contará com uma série de postagens comemorativas onde seus especialistas e pesquisadores, docentes, parceiros da UFRJ e gestores irão discorrer, em breve filmagens, sobre o NCE.

Legado

“Celebrar 57 anos de história do Instituto Tércio Pacitti de Aplicações e Pesquisas Computacionais – NCE é reconhecer um legado de inovação, tecnologia, pesquisa, ensino e extensão que moldou o panorama da educação e da ciência no país. Desde sua fundação, o instituto tem sido um lugar de excelência, contribuindo significativamente para o avanço da computação e suas aplicações em diversas áreas”, diz artigo de Angélica Dias (diretora do NCE) e Maira Fróes (vice-diretora).

As dirigentes concluem: “À medida que olhamos para o futuro, continuaremos a inovar, ensinar e estender nosso impacto, sempre com a missão de contribuir para um mundo mais justo, em que a tecnologia esteja a serviço do bem-estar e existir do humano, sua sociedade, seu mundo. Essa jornada é um convite para todos nós a explorarmos novas formas de crescer e contribuir para a universidade, entendendo que cada um de nós, e cada rede de nós, é maior do que pensamos. Que a universidade é a celebração da diversidade, da riqueza de pensamentos e da pluralidade de ações… e que sempre podemos ser, e somos, maiores do que julgam nos permitir ser”. (Leia a íntegra ao final da matéria)

NCE: produção pioneira

O antigo Núcleo de Computação Eletrônica (NCE), criado em1967, foi transformado em 11 de novembro de 2010 no Instituto Tércio Pacitti de Aplicações e Pesquisas Computacionais (homenagem a um dos primeiros diretores, pioneiro da computação no Brasil).

Tem por objetivo contribuir para domínio da tecnologia de computação através da pesquisa e do ensino de graduação e pós-graduação de Informática.

TAEs na gestão

Possui um corpo técnico altamente especializado, hoje composto por 92 servidores técnico-administrativos e 9 docentes. Apesar de não ser tradição na Universidade, a gestão do NCE sempre foi exercida pelos servidores técnicos, mesmo depois do ingresso de professores da carreira do magistério.

Sempre teve atuação marcante.

O NCE é um dos grandes responsáveis pela concepção do curso de graduação em Informática, apoiando a criação do Departamento de Ciência da Computação no Instituto de Matemática, ministrando aulas e orientando projetos de final de curso. Desenvolveu sistemas para gestão da vida acadêmica e do quadro social da UFRJ. O Programa de Pós-Graduação em Informática (PPGI/UFRJ), parceria com o Departamento da Ciência de Computação do Instituto de Matemática, conta com cerca de 550 dissertações e 40 teses defendidas; seu doutorado foi aprovado em 2010. Tem cursos reconhecidos no mercado e na academia.

Dosvox e Motrix

Na Extensão, o projeto de inclusão digital de portadores de deficiência visual e motora tem reconhecimento internacional, já tendo recebido vários prêmios. O Dosvox, software que provê aos deficientes visuais a iteração com o computador através de síntese de voz, conta com cerca de 20.000 usuários no Brasil e América Latina. Através Motrix, deficientes motores usam o computador apenas por comandos de voz, o que permite sua inserção no mercado de trabalho.

50 Anos de Serviço Público

Nesse ano de eventos e comemorações, um servidor do corpo técnico do NCE também será homenageado. Aposentado do NCE, Edson Jorge da Rocha receberá da Reitoria uma medalha pelos 50 anos de serviço público. A homenagem acontecerá em cerimônia no dia 11 (às 14 horas, no auditório G-122 da COPPE)

Reportagem publicada no site conta a trajetória do servidor: “Edson começou no NCE em 1974 como motorista e, ao longo dos anos atuou nos setores de Almoxarifado, Compras. Manutenção e Obras e Produção, antes de ir para a Divisão de Suporte Técnico, onde se aposentou”. Edson é o segundo servidor do NCE a receber a medalha. O primeiro foi Pedro Manoel da Silveira, que completou 50 anos de UFRJ em 2023.

Artigo

Legado de inovação, pesquisa, ensino e extensão

Artigo de Angélica Dias (diretora do NCE) e Maira Fróes (vice-diretora)

Celebrar 57 anos de história do Instituto Tércio Pacitti de Aplicações e Pesquisas Computacionais – NCE é reconhecer um legado de inovação, tecnologia, pesquisa, ensino e extensão que moldou o panorama da educação e da ciência no país. Desde sua fundação, o instituto tem sido um lugar de excelência, contribuindo significativamente para o avanço da computação e suas aplicações em diversas áreas.

A inovação é um dos pilares fundamentais do nosso instituto. Ao longo das décadas, temos promovido pesquisas que não apenas acompanham, mas frequentemente antecipam as tendências do setor. Nossos laboratórios de pesquisa são o berço de projetos que geram soluções criativas e eficientes, impactando a indústria e a sociedade. Essa busca constante por inovação reflete nosso compromisso em preparar profissionais capacitados e atualizados com as últimas tecnologias.

Para além da computação, o NCE detém reconhecido domínio da relação das tecnologias computacionais com o humano, entrelaçando os campos da pesquisa em tecnologia e humanidades. Reúne hoje profissionais de reconhecida competência num amplo espectro das ciências do humano, da biologia à arte, das engenharias à sociologia, alicerçado e representado na combinação de cursos Mestrado e Doutorado assinados pelo NCE nos campos da Informática, e por outro, no amplo espectro contemplado pela História das Ciências e Técnicas e pela Epistemologia. O NCE se destaca, assim, de outras unidades que têm a computação como base na UFRJ, adotando as mais promissoras tendências internacionais no campo, com forte e profunda ênfase interdisciplinar.  A formação também ocupa um lugar central em nossa trajetória. Com um corpo docente e técnico-administrativo altamente qualificado, oferecemos uma formação sólida e abrangente, que combina teoria e prática, no tripé ensino-pesquisa-extensão. Nossos estudantes não apenas adquirem conhecimentos técnicos, mas também desenvolvem habilidades críticas, criativas e humanas, que os preparam para os desafios de sua missão junto à sociedade, e para o mercado de trabalho. O Instituto se orgulha de formar líderes e especialistas que se destacam como cidadãos, e como profissionais em suas áreas de atuação. De fato, do NCE partiu um número grande de analistas e técnicos de alto nível que acabaram compondo os melhores quadros docentes de unidades afins, na UFRJ.

A extensão é outra faceta essencial de nosso trabalho. Ao longo desses 57 anos, temos estabelecido conexões profundas com a comunidade, sendo parceiros e amigos de nossos vizinhos, de nossa comunidade acadêmica, da universidade, promovendo e exercitando o espírito universitário, e o que há de mais valoroso no espírito público. Mais, ao protagonizar programas que levam o conhecimento científico e tecnológico para além das paredes acadêmicas, com a capacitação de profissionais externos à universidade, nossas iniciativas nos colocam como protagonistas na sociedade. Nossas parcerias com empresas e projetos sociais são exemplos de como buscamos contribuir para o desenvolvimento local e regional, transformando vidas por meio da educação.

Em suma, os 57 anos do Instituto de Computação Aplicada são um testemunho de um compromisso contínuo com a excelência e a transformação, tendo o humano como centro. À medida que olhamos para o futuro, continuaremos a inovar, ensinar e estender nosso impacto, sempre com a missão de contribuir para um mundo mais justo, em que a tecnologia esteja a serviço do bem-estar e existir do humano, sua sociedade, seu mundo. Essa jornada é um convite para todos nós a explorarmos novas formas de crescer e contribuir para a universidade, entendendo que cada um de nós, e cada rede de nós, é maior do que pensamos. Que a universidade é a celebração da diversidade, da riqueza de pensamentos e da pluralidade de ações… e que sempre podemos ser, e somos, maiores do que julgam nos permitir ser. Esse é o grande recado, o legado, do NCE.