“Apagão em Cuba é resultado do bloqueio dos EUA, afirma movimento Alba”.

Esse é o título da matéria do site Brasil de Fato do dia 22 de outubro informando um apagão total na Ilha entre os dias 18 e 21 (leia mais em https://l1nq.com/cAEBW).

Apagão e furacão –  segundo o site, mais de 70% da população cubana recuperou o serviço de eletricidade após quatro dias de apagão total, emergência agravada pela passagem do furacão Oscar que deixou seis mortos no leste da ilha, informaram as autoridades no dia 22. Os ventos do Oscar varreram telhados e casas inteiras na cidade de Baracoa.

“O que pretende os EUA é transformar Cuba numa outra Gaza”

É o que avalia o jornalista Beto Almeida, em extenso artigo sobre a situação da Ilha que vale a pena conhecer. Almeida é diretor da Telesur, Conselheiro da Associação Brasileira de Imprensa e membro da Rede de Intelectuais e Artistas em Defesa da Humanidade.

Leia o artigo a seguir:

A crise energética em Cuba, o bloqueio e a luminosidade da Revolução

Notícias que chegam de Cuba relatam grave crise de abastecimento de energia, decorrente das dificuldades impostas pelo bloqueio econômico imposto pelos EUA contra a Ilha socialista, impedindo-lhe a compra de petróleo, bem como de peças de reposição para a manutenção do sistema elétrico. Além disso, a Cuba é negado o acesso ao sistema de crédito internacional. Tudo é consequência deste criminoso bloqueio que se iniciou em 1962, e que conta com o apoio do regime genocida de Israel. O que pretende os EUA é transformar Cuba numa outra Gaza, matando seus habitantes de fome, de penúria, ou por falta de medicamentos.  Mas, isso não vai acontecer! A solidariedade internacional à Revolução Cubana se fará sentir cada vez mais forte e mais organizada, e os sinistros planos dos EUA e de Israel não serão alcançados.

Cuba estará participando da Cúpula dos BRICS em Kazan, convidada pelo presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, hoje no comando do bloco que já supera o G7 em termos de PIB. Além disso, entre os países que compõe o BRICS, vários possuem relações de cooperação com Cuba que,  neste momento em que a selvageria capitalista contra a Ilha revela toda sua crueldade, certamente estarão redimensionando suas relações bilaterais, especialmente Rússia, China, África do Sul e Irã, permitindo que Cuba possa enfrentar e superar as atuais dificuldades.

(Nota da Redação: Os líderes dos BRICS, se reuniram em Kazan, Federação Russa, de 22 a 24 de outubro na XVI Cúpula do BRICS, e apontaram um grupo de países convidados a fazer parte do Brics como “Estados parceiros”, entre eles Cuba. Leia mais em https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2023-08/seis-novos-paises-integrarao-o-brics-partir-de-janeiro-de-2024)

A Federação Russa já tem demonstrado efetiva solidariedade com Cuba: em março deste ano, chegou à Ilha caribenha, um navio russo com 700 mil barris de petróleo. https://br.russiabeyond.com/ciencia/87114-navio-russo-transporta-700000-barris-petroleo-cuba

Além desta doação essencial, a Federação Russa está operando a modernização da principal ferrovia da Ilha, ligando Habana a Santiago de Cuba. E também das Forças Armadas cubanas.

De sua parte, a República Popular da China efetivou a doação de usina de energia solar no valor de 107 milhões de euros, medida que deverá ser seguida de novas doações, com a meta indicada  de que a Ilha possa fazer sua gradativa conversão do atual sistema elétrico, baseado em petróleo, para um modelo energético lastreado em fontes renováveis para a  geração de eletricidade, com a utilização de placas fotovoltaicas, aproveitando a elevada incidência solar em toda a região do Caribe. https://hojemacau.com.mo/2023/09/22/pequim-doa-a-cuba-parque-fotovoltaico-no-valor-de-107-milhoes-de-euros/

Brasil amplia relações

O Brasil também faz parte de grupo de países que busca ampliar as relações bilaterais com a Cuba  –   que foram bastante reduzidas durante o governo de Bolsonaro. A Ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou a retomada dos Acordos de Cooperação na área de produção de fármacos,  envolvendo a participação de instituições dos dois países. Uma parceria que já deu frutos, pois, no ano 2007, os dois países chegaram  a produzir 19 milhões de doses de vacinas contra a febre amarela, produzidas pelo Instituto Finley, de Cuba, e a Fiocruz, brasileira, com um preço 90% mais baixo do que o oferecido pelo laboratório concorrente, vinculado à  ambiciosa  e rica Fundação Bill Gates. Essas vacinas foram destinadas uma vasta região da África, atendendo uma licitação lançada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) . Essa notícia somente foi divulgada pela Telesur e pela Prensa Latina, agência de notícias  fundada por Che Guevara,

Outro integrante do Bloco BRICs e também dotado de robusta política anti imperialista deste 1979m quando triunfou a Revolução Islâmica que derrubou a ditadura do Xa Reza Pahlevy, é a República do Irã, Ainda este ano, Cuba recebeu a visita de um chefe de estado persa, o ex-presidente Ibrahin  Raissi,  falecido em acidente no dia 19 de maio último. Durante sua visita a Habana, o então presidente do Irã fortaleceu os laços de cooperação junto ao seu homônimo, o presidente cubano Miguel Diaz Canel. Além de acordos de cooperação em diferentes áreas, Irã e Cuba comprometeram-se a atuar de modo solidário e organizado para resistir às sanções dos EUA que atingem aos dois países revolucionários. Além disso, alguns medicamentos produzidos pela indústria farmacêutica de Cuba estão à venda no mercado da nação persa,.

Em nenhum momento, mesmo enfrentando todas as adversidades do bloqueio dos EUA, Cuba deixou de expressar sua solidariedade concreta a diversos países, em todos os continentes, Há vacinas cubanas no Irã, na Venezuela, na Nicarágua e no México. As brigadas médicas cubanas também marcaram sua presença em 77 países mundo, inclusive Rússia, China, Itália, Brasil e Haiti. A Escola Latino-americana de Medicina já formou mais de 300 mil médicos, com financiamento próprio de Cuba. Com isto, Cuba comparte seus modestos recursos com os povos de vários continentes, na forma de médicos dotados de uma consciência socialista da medicina.

Vale lembrar que quando o Brasil teve um surto de meningite, durante o governo Sarney, ameaçando ceifar a vida de milhares de crianças brasileiras, a vacina que nos salvou veio de Cuba. Mais tarde, durante o governo Dilma Rousseff, quando o Brasil necessitou de milhares de médicos para atender os brasileiros mais humildes, nos locais mais inóspitos, onde os médicos brasileiros nunca se interessaram em estar, foram os médicos cubanos, por meio do Programa Mais Médicos, que atenderam a população nos seringais, nos pampas, no Pantanal, no sertão e também nas favelas do Rio de Janeiro. Como registro para comprovar o alcance da medicina cubana, o neto do ex-presidente João Goulart, formado em Cuba, é médico num posto de saúde na favela da Rocinha.

  • Ao Brasil, a presença da solidariedade cubana nunca faltou. Poderia até ter sido mais profunda, se o Ministério da Educação tivesse dado continuidade à aplicação do método de alfabetização chamado Yo Si Puedo, e talvez já tivéssemos erradicado o analfabetismo que grassa entre nós, como o fizeram Venezuela, Nicarágua, Bolívia e Equador, sempre com a presença de pedagogos de Cuba, como atesta a Unesco, declarando esses países, Territórios Livres do Analfabetismo, tal como a Ilha caribenha, o primeiro a se ver livre desta chaga social nas Américas. Mas, foi o próprio MEC, no governo Lula1, que não deu continuidade aos projetos pilotos, no nordeste, com a participação de pedagogos cubanos, e que registraram excelente rendimento alfabetizador.

 

Escola Latino-americana de Medicina: médicos ao redor do mundo

Agora, quando Cuba atravessa essa dificuldade no abastecimento de energia,  tragédia produzida por mais de 60 anos de Bloqueio dos EUA, é hora da Humanidade reconhecer que possui uma dívida para com a Revolução Cubana, que sempre reagiu ao ódio e à coação imperialistas, bem como à indiferença de outras nações, ofertando educação, saúde, vacinas, médicos e professores, como agora em Honduras, em convênio com o governo da presidenta Xiomara Castro, onde se aplica o método Yo Si Puedo, destinado a erradicar o analfabetismo naquela nação centro americana. As dificuldades no abastecimento de energia em Cuba, não interrompem a energia social civilizatória que a ilha lança, de modo solidário, a outros povos. Falta luz, sobra solidariedade!

Constituição e Integração da ALatina

O Brasil tem no preâmbulo de sua Constituição de 1988, a meta de construir uma “Comunidade Latino Americana de Nações” Expressar solidariedade concreta a Cuba neste momento, seria não apenas uma missão constitucional, mas também o reconhecimento desta imensa dívida que a humanidade tem para com o generoso povo cubano. Tivéssemos hoje a Eletrobrás como empresa estatal, tal como fora criada pelo grande presidente Vargas, teríamos uma ferramenta de desenvolvimento a ser aplicada em favor da integração energética latino-americana, como é compromisso assumido pelo Brasil ao decidir integrar a CELAC.

Seria imensamente mais fácil e prático expressar a solidariedade brasileira. Mas, essa missão também pode ser muito bem cumprida via BNDES, outra ferramenta surgida na Era Vargas, com a aprovação de linhas de créditos para que empresas brasileiras implantem projetos para o desenvolvimento de novo modelo energético em Cuba, com equipamentos da indústria brasileira, o que contribuiria para atender uma das metas anunciadas pelo Presidente Lula, aliás prioritária em seu terceiro mandato: a reindustrialização do Brasil, ainda marcando passos.

Certamente, o presidente Lula não deve ter se esquecido de que logo após a derrota de 1989, quando chegou a pensar em abandonar a política, foi exatamente o Comandante Fidel Castro quem lhe abriu os olhos e lhe tocou a consciência, mostrando que, embora não vitorioso eleitoralmente, havia recebido dos trabalhadores brasileiros um precioso voto de confiança, uma mensagem para que seguisse na política.

O conselho do líder cubano foi de grande valia, e aí está o retirante nordestino pela terceira vez no Alvorada. É hora de pagar dívidas históricas, com o povo brasileiro, erradicando o analfabetismo, por exemplo, meta ainda sem definição, e também retribuindo a solidariedade caribenha que nunca faltou aos brasileiros. Afinal, não tem nenhum sentido que a Petrobras, fruto do trabalhismo varguista, seja hoje utilizada para abastecer de petróleo a máquina de matar israelense, enquanto Cuba, que ilumina a humanidade com suas mensagens edificantes à civilização, não receba sequer uma gota de petróleo brasileiro.

 

Conheça mais sobre Cuba nas páginas especiais do site preparadas pelo Sintufrj para marcar os 65 anos da revolução:

Sem perder a ternura” e “Vai pra Cuba!

A passagem dos 65 anos da Revolução cubana vem sendo marcada por reflexões e publicações sobre o que representou esse momento do ponto de vista histórico e político, suas implicações nos dias de hoje e seus personagens icônicos, como símbolo de luta e resistência.

O Sintufrj preparou um conteúdo especial em seu site sobre Cuba, ontem e hoje.

      

Cuba: sem perder a ternura                                                  e    Vai pra Cuba!

Uma tarde/noite de congraçamento na sexta-feira, 1º de novembro, no Espaço Cultural do Sintufrj marcou a festa dos servidores. Conjunto com música ao vivo e gravações de canções de diferentes épocas embalaram a festa que também criou uma atmosfera de reencontro entre trabalhadoras e trabalhadores. Na edição do Jornal do Sintufrj mais detalhes. FOTO: ELISÂNGELA LEITE

Após mobilização que resultou em paralisação há dois dias, o salário e o auxílio alimentação dos  terceirizados da Faculdade de Letras foram pagos. Com isso os trabalhadores retornam ao trabalho nesta segunda-feira.

O movimento teve apoio do Sintufrj e do Centro Acadêmico de Letras da UFRJ. Athos é o nome da empresa terceirizada pela Reitoria. A pendência em relação a três meses anteriores do não pagamento do auxílio alimentação ainda persiste.(FOTO: RENAN SILVA)

COM APOIO DO SINTUFRJ E DE ENTIDADE ESTUDANTIL, os servidores terceirizados da Faculdade de Letras paralisaram as atividades na quinta-feira (31). Pressão fez com que a empresa pagasse os salários.

Audiência Pública em defesa da autonomia da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) convocada pela Comissão de Ciência e Tecnologia da Assembleia da Assembleia lotou o plenário da Casa.
Foi mais uma manifestação da comunidade científica que tem reagido à ameaça de substituição do presidente do órgão de pesquisa, o cientista Jerson Lima Filho, por uma indicação política do governador Cláudio Castro.
O coordenador da Fasubra, federação que apoia o movimento, Francisco de Assis, presente ao ato, defendeu como mecanismo de democratização e respeito a autonomia dos órgãos de pesquisa, o sistema de listas tríplices para a escolha pela comunidade científica que assegure a independência os órgãos de pesquisa.
“Assim como defendemos a autonomia universitária, defendemos a autonomia para Faperj e órgãos de pesquisa”, disse o dirigente. (FOTO: RENAN SILVA)

 

FRANCISCO DE ASSIS, MABEL (DIRIGENTE DA UNE) E LUCIANO na audiência pública em defesa da Faperj

No dia 13 de novembro, às 11h, no hall do Edifício JMM (antigo prédio da Reitoria), teremos a abertura da exposição “O Arquivo Central nos anos de chumbo: recortes documentais da UFRJ durante a Ditadura Civil-Militar (1964-1985)”.

Para relembrar os 60 anos de um dos períodos mais tenebrosos da história do Brasil contemporâneo, o Arquivo Central/SIARQ, através da Divisão de Arquivo Permanente, apresenta parte de seu acervo que mostra a UFRJ como cenário de acontecimentos que atingiram duramente a comunidade acadêmica.
A exposição estará em cartaz entre os dias 13 a 27 de novembro, convidando todas as pessoas à reflexão a partir dos arquivos, essenciais na preservação da memória, acesso à informação e defesa da democracia.

O hall do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS, no Largo de São Francisco) viveu uma movimentação atípica na manhã desta quinta-feira, dia 31, com mais uma edição do “Sintufrj Tira-Dúvidas”. Coordenadores e profissionais de diversos setores do Sindicato se reúnem em plantões quinzenais que alternam campi e unidades isoladas do Rio de Janeiro e de fora, na ação quinzenal que tem recebido aprovação geral dos sindicalizados (veja os depoimentos no box a seguir) e que já se institucionalizou na programação cotidiana da entidade.

No IFCS, desde a manhã ao início da tarde, o plantão atendeu diversos sindicalizados. Esclareceu, apresentou serviços, convênios  e novidades e informou sobre ações políticas aos servidores do local, apresentando o potencial da entidade, ferramenta de organização, luta e conquistas de direitos, como, depois da história greve de 113 dias, garantias do termo de acordo com o governo que prometem mudar o perfil da Carreira.

Além dos coordenadores Anaí Estrela, Edmilson Pereira, Nivaldo Holmes, Sharon Rivera, que visitaram setores da unidade convocando a participação dos sindicalizados, e os assessores da direção Heitor Cesar e  Isabela estavam lá profissionais responsáveis pelo setor de Convênios e pela Assessoria de Segurança e Saúde do Trabalhador, advogados da área Cível e Trabalhista do Departamento Jurídico, e do escritório da Assessoria das Ações Coletivas (28,86% e Plano Bresser), e da administradora dos planos de saúde.

O Assessor para Segurança do trabalhado do Sintufrj, Rafael Boher, foi chamado para uma vistoria nas condições do ambiente na Biblioteca da Graduação do Curso de História, no segundo andar. O local sofreu, segundo servidores, uma inundação há um ano, com a proliferação de mofo e presença de forte odor característico. Boher explica que o procedimento depois de uma vistoria é o envio de um ofício à direção da unidade, relatando o fato e pedindo providências.

Coordenadores, assessores e sindicalizados avaliam

Heitor, Bárbara, Edmilson, Isabel, Anaí, Sheron e Nivaldo

“Esta é uma maneira de aproximar o Sindicato dos sindicalizados. E tem muitas pessoas que às vezes nem sabem de determinados serviços, têm dúvidas. Então, acho que falar de RSC (Reconhecimento de Saberes e Competências, conquista da greve), falar do GT Carreira, de todos esses direitos, em cada unidade, é muito importante”, comentou Anaí Estrela, explicando que recebeu, em conversa com os funcionários do local, a demanda de que um grupo da entidade vá a unidade palestrar sobre a Carreira, as mudanças em curso e conquistas da greve. Anaí adianta os planos dos organizadores da ação: “Nós temos em mente realizar o próximo em Macaé. A data prevista é dia 7, mas ainda estamos resolvendo (quando aos detalhes e equipes que participarão e mais esta edição da pequena caravana)”.

Pela valorização do IFCS

“A importância de o sindicato estar aqui no IFCS é para, inclusive, valorizar esse espaço, que é histórico, um espaço de memória, de produção de saberes. A importância de virmos aqui, primeiro, é valorizar o espaço que é de memória. Segundo, valorizar os técnicos que aqui ajudam a construir esse espaço de saberes que é a Universidade Federal, a maior do Brasil,. Então não podemos deixar esse espaço abandonado. Nem nós, do Sintufrj, nem a gestão da Reitoria”, alertou o coordenador Edmilson.

Aproximação da entidade com a categoria

“A importância da ação é a aproximação da direção com a categoria”, destacou Nivaldo, ponderando que a entidade não tem pernas para atingir a todos em todo momento. “Apesar do IFCS ser próximo do Fundão, todo mundo acaba envolvido com seus fazeres”, diz, o que dificulta a ida à sede. Ele também relativiza a presença da categoria reduzida na ação (normalmente mais concorrida) com o fato de que, com o PGD, se exige mais rigor ainda na presença do servidor no setor. “Além disso, acho importante o Sintufrj estar presente com todos os serviços oferecidos à categoria”, conclui.

Ferramenta para reivindicar direitos

Sharon Rivera destaca que a gestão tem a proposta de tornar o “Sintufrj Tira-Dúvidas” uma ação regular, com frequência quinzenal . “Porque a gente entende que principalmente os campos avançados, ou os que não estão no Fundão, ficam mais distantes e com mais dificuldade de saber o que acontece no Sintufrj. Inclusive sobre seus direitos. Hoje a gente recebeu casos de pessoas que não sabiam que tinham direitos, inclusive dentro da Universidade. Por exemplo, insalubridade ou o abono permanência, também quanto à licença para capacitação”, resumiu a coordenadora explicando que, ao se informarem com o Sindicato ganham ferramentas para perseguirem seus direitos.

O que tem de novo

“A ideia é sempre deixar as pessoas a par sobre o que tem de novo no Departamento Jurídico, o que se oferece quanto a planos de saúde (e ouvir os sindicalizados, porque há muita gente reclamando que os planos estão caros). Temos também informações sobre as ações do Plano Bresser e dos 28,85%, sobre os quais as pessoas toda vez perguntam; a área Cível, Trabalhista, sobre a insalubridade, para quem quiser tirar todas as dúvidas”, explicou Isabela de Freitas, assessora da direção.

Permeado pela base

“Uma das metas dessa gestão é que o sindicato seja cada vez mais permeado pela categoria. E uma das formas de dar a efetividade a essa proposta é o sindicato estar presente nas unidades, inclusive naquelas que estão mais longe. E no IFCS, embora seja uma unidade que já teve uma sede, é importante estar presente justamente para a base ver as ações do sindicato, para além dos serviços que são prestados. O sindicato é mais do que os serviços. É uma concepção, é uma forma de enxergar a convivência dos técnicos administrativos da UFRJ, uma forma de integrar toda a universidade. E nesse sentido estar presente no IFCS tem essa importância. É o sindicato presente na base para ser permeado pela base”, disse o assessor Heitor Cesar.

Perto da gente

“É muito importante (a ida do Sintufrj) porque a gente tem muita dúvida. Como está sendo o PGD, como estão os planos de saúde… Há as páginas (e informação nas diversas mídias) do Sindicato. Mesmo assim fica aqui e ali uma dúvida. Parabéns para vocês por estarem aqui, em nossa unidade. Eu acho que tem que ir às unidades mesmo para esclarecer e sentirmos o sindicato perto da gente”, disse Janete Casal, assistente em administração do IFCS.

Como está a vida profissional

“A vinda aqui é perfeita. Eu tinha dúvida em dois processos que tenho pelo Sindicato. Isso é importante para a comunidade, para que se inteirar de seus direitos. Como estão as suas coisas, os seus processos, a sua vida profissional?”, aponta Luiz Fernando Pacheco, assistente em Administração cm formação em Arqueologia e servidor do Arquivo.

Sintufrj para o Centro

“Quando eu cheguei aqui no instituto, em 2010, nós tínhamos um contato muito grande com o Sintufrj, porque tinha aqui uma extensão da entidade e o curso preparatório para o vestibular. Era muito bom esse trabalho e a gente tinha um contato direto com o pessoal. Mas depois, essa assistência deixou de acontecer. E muitos alunos de fora da comunidade procuram até hoje essa iniciativa para estudar. E a gente gostaria de ver a possibilidade de novamente retomar esse trabalho junto ao Instituto, até porque nós estamos agora no Instituto entrando numa reforma. A Prefeitura fez um convênio de R$170 milhões para investir na parte externa. E isso vai ficar um monumento vistoso. O Sintufrj vindo para cá, vai ser muito importante para o centro da cidade, porque nós temos aqui a Faculdade Nacional de Direito, a Escola de Música e outras unidades poderiam recorrer ao Sintufrj nesse espaço que é muito convidativo”, sugere Samuel Mello, técnico em assuntos educacionais do gabinete da direção.

Facilitam a vida

Bárbara Lúcia Pereira, técnica em Arquivo do IFCS, destaca a importante de que a comunidade local tenha conhecimento do que o Sindicato apresenta para ajudar a comunidade. “ A gente fica meio que isolado aqui. Não tem noção nem dos nossos direitos e do que vocês podem realizar na defesa dos direitos. Tem coisas aqui que eu não sabia que a gente tinha. Às vezes, coisas simples mas que facilitam a vida da gente (como alguns serviços oferecidos nos convênios)”, disse ela, interessada e se comprometendo a chamar mais colegas para usufruírem dos serviços.

Fabuloso

Teresa Rocha, bibliotecária aposentada da Escola de Música já esteve no plantão de atendimento realizada há algumas semanas pela equipe na Praia Vermelha e retornou agora, para buscar mais informações, no IFCS.  “Acompanho o Jornal do Sintufrj toda semana. E achei fabuloso isso aqui. Porque, por exemplo, eu moro em Copacabana, Para ir ao Fundão é mais complicado. E estas ações setoriais, como já houve no Museu Nacional também, são ótimas. As pessoas são atendidas com tempo, onde achar mais oportuno, Eu achei fabuloso. Vocês estão de parabéns. Sai um pouco do Fundão, porque lá é muito difícil. E sempre eu acompanho (o jornal): Vocês são o nosso vínculo. Então de parabéns”, elogiou.

Periodicamente

Tayguara Torres, técnico em assuntos Educacionais do RH, lembra que havia uma subsede no IFCS e acha que é preciso que a iniciativa seja retomada.  “Eu acho que é importante ter o sindicato periodicamente aqui. Porque fica distante da Cidade Universitária”, ponderou.

Uma reunião de trabalho da direção sindical com a participação de um dirigente da Fasubra foi realizada nesta quarta-feira, 31, com os técnicos-administrativos do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) e do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG).

Nessas duas unidades de saúde no Fundão sob gestão da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) os problemas com os profissionais e de desabastecimento de insumos básicos se agravam a cada dia. Pacientes de quimioterápicos estão sendo mandados para casa por falta de medicamentos.

A reunião foi dividida em dois temas. O coordenador de Comunicação da Fasubra, Francisco de Assis, atualizou a categoria sobre as conquistas da greve e das negociações em andamento com o governo dos itens do acordo já assinado, mas que somente entrarão em vigor a partir da aprovação do projeto de lei.

A coordenadora-geral do Sintufrj, Laura Gomes, fez um relato dos problemas enfrentados pelos pacientes e os profissionais do Hospital Universitário após a entrada da Ebserh — setores sendo fechados, como o Serviço de Atendimento á Saúde do trabalhador da unidade (Sesat), onde atua, restrições para atendimento de pacientes já internados, entre outros desmandos –, e informou sobre o abaixo-assinado que o sindicato está disponibilizando endereçado ao reitor em defesa da movimentação e manutenção dos direitos do servidores RJU nos hospitais geridos pela empresa (HUCFF, IPPMG e Maternidade Escola).

“Temos que potencializar essa mobilização realizando outra reunião como essa e ato, mas com mais participação de trabalhadores. A reação tem que ser coletiva e o HU tem história de luta em defesa do seu pleno funcionamento para a população e dos nossos direitos. A adesão a esse abaixo-assinado é fundamental”, recomendou Francisco de Assis. “O Sintufrj e a Fasubra continuam legítimos representantes dos trabalhadores HUs”, acrescentou.

“O abaixo-assinado estará à disposição dos trabalhadores na sede e subsedes do Sintufrj com seus vários considerandos, portarias, leis e as nossas propostas para garantida dos direitos dos servidores RJU. A assinatura tem que ser presencial porque precisamos de um documento bem embasado juridicamente para levarmos a Pró-Reitoria de Pessoal”, explicou Laura Gomes.

A reunião foi realizada nos pilotis do HUCFF.

LEIA AQUI O ABAIXO-ASSINADO EM PDF

LUCIANO (COORDENADOR DO SINTUFR), FRANCISCO DE ASSIS (COODENADOR DA FASUBRA), LAURA GOMES (COORDEANDORA GERAL DO sINTUFRJ) na mesa da reunião no pilotis do HU com pauta dupla: acordo de greve e Ebserh

Sintufrj e Centro Acadêmico de Letras da UFRJ realizaram protesto de paralisação das atividades de trabalho da limpeza na Faculdade de Letras.

Os trabalhadores e trabalhadoras estão há um mês com salário atrasado e três meses sem receber auxílio alimentação.

A empresa Athos alega falta de pagamentos pela UFRJ. Porém, por lei,  tem que arcar com o direito mínimo ao salário que deve ser pago pelo trabalho feito.

A UFRJ vive uma crise de longa data, com cortes orçamentários, mas a gestão da universidade não pode aceitar a situação de pessoas trabalhando sem receber salários.

Por isso, nossas entidades de luta sindical e estudantil se mobilizam em solidariedade a estes trabalhadores e trabalhadoras fundamentais para a UFRJ.

Apoie esta luta também.

O QUE DIZ A REITORIA

1 – A PR6 confirmou que a empresa Athos receberá uma fatura de pagamento até está sexta – feira 01 de novembro.

2 – Com isso, a previsão de pagamento de salários atrasados será nesta sexta.

3 – As trabalhadoras e trabalhadores permanecerão em paralisação até o recebimento dos salários, contanto com apoio do Sintufrj, Centro Acadêmico de Letras e Movimento Correnteza.

Júri popular que pode sentenciar assassinos confessos da vereadora e de Anderson Gomes começou nesta quarta-feira (30)

DO BRASIL DE FATO

FOTOS DE FÁBIO CAFFÉ/ FAVELA EM FOCO

Começou nesta quarta-feira (30) o julgamento dos assassinos confessos da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Desde o início do dia, um ato mobilizado por familiares reforça o pedido de justiça em frente ao local onde ocorre o júri popular, no Rio de Janeiro (RJ).

Os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz estão presos desde 2019, um ano após o crime, acusados de serem os executores do crime. Agora, o júri decidirá qual será a pena final.

“Antes de mais nada é muito importante dizer que o Brasil tem uma chance histórica de começar a justiça por Marielle e Anderson”, define a diretora do Instituto Marielle Franco, Lígia Batista, em entrevista ao programa Bem Viver desta quarta.

“Esse caso é simbólico, ele é sintomático de muitas maneiras. Nossa expectativa é, de fato, que esse momento do júri popular seja para gente ter finalmente uma resposta contundente sobre essa violência, e que o Estado brasileiro comece a se posicionar de forma intencional sobre a necessidade de responsabilizar aqueles que acreditam que a violência política é o caminho”, explica a advogada.

O Ministério Público Estadual chamou sete testemunhas para participar do julgamento: a mãe de Marielle, Marinete da Silva; a viúva da vereadora, Mônica Benício; a viúva de Anderson Gomes, Ágatha Reis; a única sobrevivente do atentado, Fernanda Chaves; uma perita criminal e dois policiais civis.

Ronnie Lessa, que está na Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo (SP), e Élcio Queiroz, que está no presídio da Papuda, em Brasília (DF), prestarão depoimento também, mas por videoconferência.

Embora a expectativa do Instituto Marielle Franco seja a de “sair vitoriosos”, Lígia Batista confessa que teme por uma “revitimização para essas famílias”.

“O júri popular é uma instância muito desafiadora, justamente porque são jurados escolhidos aleatoriamente na nossa sociedade. Não são pessoas necessariamente com um contexto de formação jurídica e eles são aplicáveis justamente em casos de crimes contra a vida”, explica.

para exemplificar, Lígia Batista lembra que em março deste ano o júri entendeu que a PM não teve intenção de matar o jovem Johnatha de Oliveira Lima na favela de Manguinhos, em 2014. O menino levou um tiro nas costas e a sentença revoltou parentes. A mãe de Johnatha, Ana Paula de Oliveira fundou o grupo Mães de Manguinhos a partir deste caso.

O julgamento iniciado nesta semana não trata dos dois acusados de serem os mandantes do crime, o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão, o irmão dele, Chiquinho Brazão, deputado federal (Sem Partido-RJ).

Em delação premiada, Ronnie Lessa acusou os dois de terem arquitetato o crime, conjuntamente com ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa e o major da Policia Militar Ronald Paulo de Alves Pereira.

Confira a entrevista na íntegra

Qual a expectativa para o julgamento?

Antes de mais nada é muito importante dizer que o Brasil tem uma chance histórica de começar a justiça por Marielle e Anderson. Esse é um capítulo que a gente se aproxima cada vez mais da conclusão, então a nossa expectativa é de sairmos vitoriosas.

A gente entende que ele não diz respeito só à justiça por Marielle e Anderson, ele diz respeito ao avanço na luta por justiça, pela atuação de defensores de direitos humanos, pela luta de familiares de vítimas de violência de Estado, no enfrentamento à violência política de gênero e raça que atravessa a realidade da política institucional no Brasil

Esse caso é simbólico, ele é sintomático de muitas maneiras. Nossa expectativa de fato é que esse momento do júri popular seja para gente ter finalmente uma resposta contundente sobre essa violência e que o Estado brasileiro comece a se posicionar de forma intencional sobre a necessidade de responsabilizar aqueles que acreditam que a violência política é o caminho.

Em algum momento ao longo desses quase sete anos desde o crime, houve um temor de que o caso fosse esquecido pela Justiça?

Seguramente. Foi uma caminhada muito longa que já alcança quase sete anos neste momento. Não foi só a luta das famílias de Marielle e Anderson, mas também essa mobilização coletiva que nos trouxe até aqui.

Chegarmos a esse julgamento e, de fato, termos essa possibilidade de virarmos essa página é algo histórico. Virar a página no sentido de entendermos que o assassinato de Marielle e Anderson não é aceitável num contexto de uma democracia que, de fato, avance ao modelo de país em que pessoas que lutavam pelo que Marielle Franco acreditava possam seguir sem ter que pagar com suas próprias vidas.

Para conseguir promover essas transformações sociais que a gente quer enxergar, transformações sociais para mudar a vida de pessoas negras, de mulheres, para mudar a realidade de desigualdade que a gente enfrenta todos os dias, por isso é claro que é um momento histórico.

Mas é, de fato, muito importante que a gente possa esperar a conclusão do júri popular pra eventualmente dizer que saímos vitoriosos.

É muito sintomático e simbólico que chegamos nesse momento do júri, mas a conclusão desse júri, com uma decisão adequada, justa, sobre os envolvidos nesses assassinatos, é fundamental.

E é isso que a gente espera no fim das contas.

Como o Instituto avalia o fato do julgamento ter ido a júri popular? 

O júri popular é uma instância muito desafiadora porque são jurados escolhidos aleatoriamente na nossa sociedade, não são pessoas necessariamente com um contexto de formação jurídica e eles são aplicáveis justamente em casos de crimes contra a vida.

Em outros casos de violência de Estado, a gente viu, por exemplo, o julgamento de um caso muito grave e também simbólico de violência policial aqui no Rio de Janeiro: o assassinato do Jonathan, filho da Ana Paula de Oliveira, morto na favela de Manguinhos há bastante tempo.

Quando chega nesse momento do júri popular a gente tem mais medo de que, na prática, quem vai ser julgado é a vítima e não quem praticou o assassino.

Então hoje pra mim a grande discussão sobre o que vai significar o debate desse júri popular é justamente a importância de não se criminalizar vítimas de violência de estado, como foi Marielle, como são tantas pessoas cotidianamente.

É fundamental que a conclusão desse processo não gere qualquer tipo de revitimização para essas famílias. Que não fortaleça a criminalização de Marielle e Anderson, e que efetivamente esse posicionamento dos réus, que são réus confessos, seja referendado pelos jurados que se envolverem nesse caso.

A que você atribui o fato do caso ter ganhado essas proporções e se tornado um julgamento de comoção nacional?

Em primeiro lugar, ao papel das famílias de Marielle e Anderson. Foi fundamental ao longo desses últimos anos. Sem que essas famílias tivessem de fato perseverado e continuado a caminhar nessa luta, nada disso seria possível.

Talvez a gente não tivesse nessa posição que a gente chega hoje, com esse júri que se inicia.

Mas ao mesmo tempo é também importante dizer e reconhecer que o assassinato de Marielle Franco acontece num contexto político bastante particular.

Um contexto em que a gente vê, lá em 2018, uma guinada da extrema-direita, em que a gente vê um aprofundamento da polarização política no país, em que a gente vê, no Rio de Janeiro, um processo muito sensível que foi da intervenção federal na Segurança Pública do estado do Rio.

E mesmo diante desse cenário, muito adverso, a gente tem o assassinato de uma mulher, que é uma mulher preta, favelada, eleita com 46 mil votos. Teve uma votação muito expressiva para uma primeira campanha eleitoral.

E ainda assim ela é assassinada pelo que ela defende, pouco mais de um ano após o início do seu mandato. Então é muito significativo, porque a gente está falando sobre uma mulher que vem das camadas populares, uma mulher que vem de um histórico de muita luta para conseguir alcançar o que alcançou na vida.

E que ainda assim, mesmo alcançando um espaço de poder, tenha sua vida atravessada por essa violência. Por isso eu acho que existe uma comoção popular.

ANIELLE FRANCO, irmão de Marielle, ao lado dos pais, na mobilização convocada para acompanhar o julgamento dos assassinos da vereadora

 

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