FONTE: STILASP, filiado a CUT

Foi aprovada em assembleias realizadas no domingo (24/11) a greve dos operários da PepsiCo em São Paulo pela redução da jornada de trabalho, rejeitando a proposta de escala 6×1 e 6×2 apresentada pela empresa.
A decisão dos trabalhadores da PepsiCo reforça a possibilidade de massificar a luta pela redução da jornada de trabalho no Brasil, levando a luta para os locais de trabalho, na construção de greves, rumo à Greve Geral!
É tarefa dos lutadores do povo apoiar e divulgar esse importante exemplo de luta, expandindo as greves e outros métodos de ação direta para cada vez mais categorias e setores da classe trabalhadora.
Viva a greve dos operários da PepsiCo!
Construir uma Jornada de Lutas rumo à Greve Geral pela redução da jornada de trabalho!
Grande avanço na luta contra a 6×1 primeira categoria a puxar greve contra a escala. Trabalhadores da Pepsi em São Paulo. Liderada pelo sindicato de indústria de Laticínios e Alimentos de SP. STILA filiado a CUT.

Reunido nesta segunda-feira, 25, de modo presencial (na sala de reuniões da sede) e com participação de mais 13 companheiros on line, o Grupo de Trabalho sobre Carreira do Sintufrj concluiu o trabalho de elaboração das propostas que serão encaminhadas à assembleia da categoria, dia 27 e, após, à plenária nacional virtual da Fasubra, entre os dias 5 e 7 de dezembro.

O trabalho do grupo está sendo reconhecido nacionalmente (parte da proposta já foi incorporada à da Federaçao) e coroa o esforço de meses: desde julho o GT vem se reunindo. Depois de organizar lives, seminários, debates, o GT se subdividiu em subcomissões (com os temas Reconhecimento de Saberes e Competências, Racionalização, Reposicionamento de Aposentados e Desenvolvimento).

O coordenador de Comunicação da Fasubra, Francisco de Assis tem coordenado também os trabalhos do GT. Ele conta que terminou todo trabalho de produção, estudos e elaboração dos relatórios. E agora o grupo vaio trabalhar o material produzido com o Sintufrj para a produção de uma publicação especial para apresentar à Federação e divulgar para a categoria. Ficará também disponível no site da entidade (que já tem um banco de informações sobre a Carreira).

A atividade do GT continua. O grupo tem nova reunião dia 16 para fechar o ano com uma avaliação da plenária e, preventivamente, de mobilização, “porque a gente não sabe o que vai acontecer na plenária e como vai ser encaminhada a questão com o governo”, diz ele.

A direção da FASUBRA vai realizar reunião essa semana para situar o andamento do processo de negociação e também avaliar a produção dos grupos. Mas também o quanto a decisão do STF (que no dia 6 validou a emenda que flexibilizou regime de contratação dos novos servidores públicos), porque isso pode trazer prejuízo para o acordo de greve. Então, preventivamente estamos nos reunindo e nos preparando.

GT no Consuni – O grupo também tirou uma comissão de representantes para, junto com a direção da entidade, fazer pressão sobre a Reitoria, na próxima quinta-feira, para realização da eleição da Comissão Interna de Supervisão de Carreira (CIS UFRJ).

Integrantes avaliam

“Finalizamos hoje o trabalho. Inclusive a parte de cargos (Racionalização), de RSC, está tudo pronto pra gente participar da plenária da Fasubra, no início de dezembro”, explicou Marisa Araújo, integrante da subcomissão do RSC. Segundo ela, nesta reunião, o grupo fechou detalhes sobre o incentivo e sobre cargos e especialidades da Racionalização.

A Fasubra reivindica a criação do cargo amplo de Auxiliar Educacional (para os atuais ocupantes dos níveis A, B e C, na medida em que a maioria dos cargos destes níveis estão na situação de extintos, vagos ou suspensos), além dos dois que o governo já propõe: Técnico (nível médio) e Analista Educacional (superior). O grupo propõe ainda que as vagas dos ativos em cargos hoje extintos, sejam reaproveitadas (contabilizadas entre os cargos atuais), para que não fiquem no limbo (sejam perdidas). E a gente continua reivindicando RSC para todos, ativos e aposentados.

“Eu aprendi muito durante essas (nem me lembro mais quantas) reuniões desde julho. Foi superprodutivo”, disse Lenilva da Cruz, destacando o importante trabalho do coordenador de comunicação da Fasubra, Francisco de Assis, na condução dos trabalhos, cujos frutos estão sendo elogiados. “Até em Brasília. A equipe que faz parte da CNSC pegou contribuições que tínhamos enviado para o trabalho final deles. E agora vamos enviar mais contribuições”, orgulha-se.

O grupo se dedicou e se especializou no tema, potencializando o GT. E agora? “ Tudo indica que o Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC) não será implantado agora. Para 2025 vamos ter que voltar a nos debruçar sobre isso. Mas formamos um grupo muito bom, sempre com boa participação nas reuniões presenciais e hibridas”, avaliou Lenilva.

Fávia Vieira, de Macaé, que se integrou mais recentemente ao grupo (que desde a assinatura do acordo vem desenvolvendo esse trabalho), concorda. “Eu comecei a participar do GT Carrera só em setembro.  Para a gente que trabalha em Macaé e algumas informações acabam demorando chegar. Para mim foi muito importante participar porque eu sou nova na carreira, então tudo foi um aprendizado e espero continuar aprendendo, conhecendo sobre a carreira, sobre as mudanças que vão ocorrer no pós-greve”, disse ela.

Todos à assembleia dia 27

O coordenador de Comunicação do Sintufrj Nivaldo Holmes explica que, entre os próximos passos, está levar a proposta para a assembleia da categoria, quarta-feira, dia 27 e definir os delegados à plenária da Fasubra (entre os dias 5 e 7 , também um fechamento do trabalho a nível nacional). A negociação também está preocupada porque está chegando próximo do final do ano e até agora o PL (com as mudanças originadas do acordo) está com uma certa dificuldade de ser apresentado. Essa plenária também vai definir o que faremos até o fechamento do acordo. Por isso é importante todo mundo participar da assembleia quarta-feira e da plenária do final de ano”, disse Nivaldo.

NESTA QUARTA-FEIRA, 27 DE NOVEMBRO, ÀS 14H, NO ESPAÇO CULTURAL

Fotos e vídeo: Renan Silva

No Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, 25 de novembro, o Movimento de Mulheres Olga Benário e o Grupo de Trabalho de Mulheres do Sintufrj estiveram esta manhã no Largo da Carioca, conversando com a população e panfletando num ato de denúncia contra todo tipo de violência contra a mulher e em defesa da vida das mulheres. “Seguiremos firmes na luta até que todas sejam livres”, anunciam as organizações.

Cartazes dispostos ao lado de flores, com nomes de vítimas de feminicídio chamavam atenção para o ato de denúncia sobre a violência e a insuficiência de polícias públicas para enfrentá-la.

“Não se calem, denunciem”

“Chega de ficarmos calados, vendo na TV mulheres sendo mortas todos os dias de maneira trágica, cruel. Nos temos o direito de andar nas ruas, de ser livres e hoje esta vendo vidas ceifadas. Cada mulher que é morta, morremos todas nos. Estamos na luta para denunciar o que está acontecendo neste país. E dizer que não vamos nos calar, deixar que as mulheres continuem sendo mortas ou violentadas. Nosso corpo não é propriedade de nenhum homem. É nosso e tem que ser respeitado. Nós mulheres temos que estar unidas contra este índice de violência que a gente vê todo dia na TV e que pode chegar a qualquer uma de nós”, disse disse a coordenadora do Sintufrj Marly Rodrigues

A coordenadora prosseguiu: “As mulheres estão sendo mortas principalmente por ex-companheiros. Pelo direito de caminhar pelas ruas e de andar como queremos. No Dia Internacional da não Violência Contra a Mulher, estamos na praça, com nossas companheiras para dizer que não se calem, que denunciem!”.

Problema generalizado

Segundo a ONU Mulher Brasil, o relatórioEstimativas Globais de Feminicídios por Parceiro Íntimo ou Membro da Família” revela que 60% de todos os homicídios de mulheres são cometidos por parceiro íntimo ou outro membro da família. E que o feminicídio—forma mais extrema de violência contra mulheres e meninas—continua sendo um problema generalizado em todo o mundo.

“Globalmente, 85.000 mulheres e meninas foram mortas intencionalmente em 2023. Desses homicídios, 60% — 51.000 — foram cometidos por um parceiro íntimo ou outro membro da família. Isso equivale a 140 mulheres e meninas mortas todos os dias por seus parceiros ou parentes próximos, ou seja, uma mulher ou menina assassinada a cada 10 minutos. Em 2023, a África registrou as maiores taxas de feminicídios relacionados a parceiros íntimos e familiares, seguida pelas Américas e pela Oceania. Na Europa e nas Américas, a maioria das mulheres assassinadas no ambiente doméstico (64% e 58%, respectivamente) foram vítimas de parceiros íntimos”, diz o texto.

“21 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher”

Mundialmente, os dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher são 16 e começam em 25 de novembro, Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher.  E seguem até 10 de dezembro. A campanha, liderada pela ONU, tem como objetivo conscientizar a sociedade sobre as formas de violência contra as mulheres e promover ações para combatê-la.

No Brasil, são 21 dias de ativismo. Começa em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, e segue até a 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos (data em que foi proclamada a Declaração Universal dos Direitos Humanos). A data do início leva em conta o fato de que as mulheres negras são maioria entre as vítimas de feminicídio e de outros tipos de crimes motivados tanto pelo machismo quanto pelo racismo.

A data marca o assassinato brutal das irmãs Mirabal (Minerva, Patrícia e Maria Tereza), torturadas e mortas em 1960 por lutarem contra a ditadura fascista do general Rafael Trujillo, na República Dominicana.

O assassinato transformou as irmãs Mirabal em “símbolos da resistência popular e do feminismo”. Em 1999, em honra a elas, a Assembleia Geral das Nações Unidas designou a data 25 de novembro como “Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher”.

#NãoTemDesculpa

O tema da campanha de 2024 é “A cada 10 minutos, uma mulher é assassinada. #NãoTemDesculpa. Una-se para Acabar com a Violência contra as Mulheres”. A ONU Mulheres destaca que a violência contra as mulheres é alarmante, com quase uma em cada três mulheres sofrendo violência ao longo da vida.

Ex-presidente foi citado em relatório final sobre tentativa de golpe de Estado, que culminou com o 8 de janeiro

Thalita Pires
Brasil de Fato |

A Polícia Federal (PF) divulgou nesta quinta-feira (21) o relatório final da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado que culminou com os atos antidemocráticos de 8 de janeiro. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados do primeiro escalão de seu governo foram indiciados por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

De acordo com o documento, a tentativa de golpe teria sido tramada em 2022, para evitar a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente da República após sua vitória contra Bolsonaro nas urnas em novembro daquele ano.

Um indiciamento significa, na prática, que o delegado responsável pelo inquérito concluiu, em seu relatório final, pela culpa de alguém por haver elementos de autoria e de materialidade. É um juízo de culpa de caráter preliminar e pode ser feito tanto pela polícia quanto por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), mas não condena diretamente o acusado, porque depende de uma denúncia formal por parte do Ministério Público (MP) para que o suspeito seja convertido em réu e julgado pelo Poder Judiciário. Cabe ao MP denunciar ou arquivar um caso após investigação.

No caso do indiciamento desta quinta-feira, a denúncia deve ser analisada pela Procuradoria Geral da República, parte do Ministério Público Federal (MPF).

Para a advogada Tânia Maria Saraiva de Oliveira, da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), “é de uma gravidade aterradora que um ex-presidente da República esteja envolvido nisso”.

A despeito da gravidade dos fatos apurados pela PF, no entanto, a jurista explica que Bolsonaro não deve ser preso agora. “É sempre uma decisão do Judiciário, mas não acredito haver razão para isso”, analisa.

Oliveira explica que existe a possibilidade de prisão preventiva, que tem como objetivo impedir a interferência do réu no julgamento. Para que isso aconteça, no entanto, é preciso que haja uma razão objetiva, como tentativa de fuga, por exemplo.

Uma eventual prisão definitiva só acontece após a conclusão do julgamento, caso Bolsonaro seja considerado culpado. Somados, os crimes de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e organização criminosa podem somar até 30 anos de reclusão.

Bolsonaro também já foi indiciado em outros dois processos. O primeiro é o de inclusão de informações falsas em sistemas oficiais, relacionado ao esquema de inserção de informações falsas em carteiras de vacinação contra a covid-19. O crime pode render de 3 a 15 anos de prisão.

O segundo é o caso de apropriação e venda, nos Estados Unidos, de joias milionárias presenteadas pela Arábia Saudita, pelo qual foi acusado de associação criminosa, lavagem de dinheiro e peculato. Se condenado, pode pegar até 17 anos de prisão.

Mesmo que seja considerado culpado nos três casos em que foi indiciado até agora – que podem somar até 62 anos de privação de liberdade –, o ex-presidente não poderá passar mais do que 40 anos preso, tempo de reclusão máximo permitido no país.

Problemas de infraestrutura no prédio história do Largo de São Francisco levaram levam a suspensão de aulas e às direções do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais e de História a apresentaram manifesto para alertar a necessidade de obras emergenciais em prédio histórico e mais antigo da universidade: ”IFCS e o IH não podem ficar à mercê de sinistros que já não podem mais ser chamados de imprevistos, dadas suas ocorrências e recorrências”.

Além de toda crise com o corte de energia pela Light e de água pelas Águas do Rio na semana passada (depois de intenso protesto da comunidade e por força de uma liminar, o abastecimento hoje está normal), por falta de suplementação orçamentária pelo governo para pagamento da dívida que chega a R$45 milhões, esta semana estourou um novo problema: as direções do IFCS e do Instituo de História suspenderam as aulas nesta quinta-feira (21) e sexta-feira (22) por problemas de infraestrutura do prédio.

Segundo a direção, nestes dois dias estão paralisadas aulas do IFCS e IH e o bandejão do Centro, para reparos no barrilete (sistema hidráulico do edifício). No dia 22, o bandejão voltou a funcionar mas as aulas retornam somente segunda-feira, 25. “As atividades administrativas e os eventos inadiáveis estão funcionando”, informou o direto do IFCS Fernando Santoro.

No manifesto do IFCS e do IH sobre as necessidades de infraestrutura no prédio, as direções alertam que a comunidade acadêmica vive na incerteza de seu calendário acadêmico, “alterados por desabastecimentos de água ou por sinistros vários que envolvem infiltrações, inundações, interrupções elétricas e dos elevadores, calor intenso”.  E reivindicam recursos pessoais, técnicos e financeiros “para as ações que demandam intervenção urgente e cuja falta obriga a suspensão das atividades acadêmicas”.

Estudantes foram avisados na quartra,19

Malu Selonk, do DCE Mário Prata, explica: “A gente está há bastante tempo com um problema na água e de vazão para abastecimento do prédio. No período passado, a prefeitura colocou um tipo de caixa d’água no térreo, porque a do alto não estava dando vazão. Novamente (agora), o problema está relacionado com abastecimento de água. Paralisado para manutenção do sistema de fornecimento de água. Acho que em decorrência da própria estrutura, que é muito antiga”, explicou, informando que além das aulas, estavam paralisadas algumas atividades e o bandejão.

Pelo que se sabe, por enquanto, apenas por dois dias. “Mas não é a primeira vez que isso acontece. No período passado a gente teve duas semanas com o prédio fechado e perdeu aulas por causa da questão da água. (Recentemente), estivemos, na terça, quarta, quinta e sexta-feira da semana anterior, sem aula; daí teve uma semana com alguns dias de aula e agora, feriada. Então a gente está sem aula há vários dias, A gente foi informado ontem à tarde de que não teria aula novamente nesses dois dias pra uma manutenção no prédio. Eu ainda não tenho informação de quando vai retornar, eu imagino que segunda abra, mas é sempre uma surpresa”.

Situação vem do ano passado

Há pouco mais de um ano, no dia 18 de outubro de 2023, a imprensa noticiava “IFCS caindo aos pedaços: em prédio da UFRJ, teto, forro, marquise e ventilador despencam, e alunos relatam princípios de incêndio”, disse matéria que informava ainda a ocorrência de dois princípios de incêndios com curto-circuito.

Fotos: Renan Silva

Leia a íntegra do manifesto

Desde o ano de 2022, as Direções do IFCS e IH abriram processos para reparos emergenciais no prédio que os abriga. Esses reparos incluem telhados, instalações elétricas, instalações hidráulicas, acessibilidade, prevenção a incêndios etc. Pequenos reparos de telhas, pisos, quadros brancos e pinturas puderam ser e foram realizados pela reduzida equipe da administração predial.

A manutenção hidráulica e elétrica está a cargo de empresas terceirizadas contratadas pelas decanias do CFCH e CCJE.

Reparos maiores requisitam a ação do Escritório Técnico da Universidade e empenho de fundos que ultrapassam os orçamentos participativos do IFCS e IH. IFCS e IH orientaram partes consideráveis de seus orçamentos participativos para a sinalização contra incêndios e para reparos emergências da cisterna, e os aguardam.

A prefeitura do Município do Rio de Janeiro ofereceu a restauração do recinto do prédio, ora em curso, e também a reforma elétrica emergencial, cujo projeto executivo está sob análise do IPHAN e do INEPAC.

Todos estes esforços ainda não são suficientes para manter o funcionamento acadêmico de um prédio histórico que requisita reparos emergenciais e reformas estruturais, e cuja responsabilidade de funcionamento cabe a unidades administrativas sem autonomia financeira.

A equipe de manutenção predial não é renovada desde o século passado. As empresas terceirizadas de manutenção elétrica e hidráulica que foram contratadas pelas decanias para atender a todas as unidades do CFCH e CCJE não dão conta nem da manutenção nem dos reparos urgentes necessários ao prédio do IFCS/IH.

As reformas estruturais caminham a passos lentos por conta das características históricas que requerem atenção dos órgãos de preservação do patrimônio, pela escassez de verbas próprias que obrigam a administração a buscar recursos externos, e pela burocracia das licitações públicas.

As comunidades do IFCS e IH vivem na incerteza de seus calendários acadêmicos alterados por desabastecimentos de água ou por sinistros vários que envolvem infiltrações, inundações, interrupções elétricas e dos elevadores, calor intenso.

Agrava este quadro o fato de ter sido instalado no prédio um restaurante universitário para atender a todas as unidades do Centro da cidade. O restaurante serve 800 refeições no almoço e 400 no jantar e aumenta o fluxo de pessoas no prédio.

Não houve nenhuma adequação das instalações do prédio para o aumento do consumo de água, para o aumento da frequentação dos banheiros, para o devido acesso de contêineres de alimentos e para o escoamento do lixo produzido.

O IFCS e o IH ocupam o prédio mais antigo da UFRJ e aquele que oferece no Centro da Cidade os maiores serviços para uma efetiva inclusão universitária entre as unidades da UFRJ no Centro, com sua biblioteca, seu restaurante universitário, suas ações de extensão, seus eventos acadêmicos nacionais e internacionais, seus 8 cursos de graduação, seus 6 programas de pós-graduação.

O IFCS e o IH querem continuar sendo a referência universitária de excelência e de inclusão e não podem ficar à mercê de sinistros que já não podem mais ser chamados de imprevistos, dadas suas ocorrências e recorrências.

As Direções do IFCS e IH, tolhidas em sua autonomia financeira e administrativa reivindicam que haja um mínimo de atenção das instâncias responsáveis superiores para não apenas encaminhar as soluções a médio e longo prazo, mas que disponibilizem às administrações das unidades os recursos pessoais, técnicos e financeiros para as ações que demandam intervenção urgente e cuja falta obriga a suspensão das atividades acadêmicas.

Não podemos deixar o prédio que abriga a história do ensino superior no Brasil desde o início ficar à mercê de seus sinistros já ocorridos ou sob risco de ocorrer.

A lição do Museu Nacional precisa ser aprendida: não adianta obter grandes recursos depois da destruição. Queremos pequenos, mas efetivos, recursos para os reparos e a prevenção.

Neste sentido, solicitamos com urgência urgentíssima:

1) O reparo do encanamento central (barbará), para o retorno imediato das aulas;

2) O reparo da cisterna, para mitigar os constantes desabastecimentos e novas suspensões de aula;

3) A duplicação da frequência de recolhimento do lixo, para evitar a proliferação de pragas;

4) O reparo dos danos causados pelo caminhão da empresa que gere o restaurante universitário

 

Neste sentido, solicitamos com urgência:

1) A consideração da especificidade de manutenção dos prédios históricos, que não podem ser tratados como as demais instalações universitárias, subordinados a orçamentos participativos diminutos e à gestão dependente das respectivas decanias.

2) A permanência da COPRIT com um escritório no Centro para gestão permanente da conservação dos prédios históricos.

3) Uma fração do orçamento universitário dedicada aos reparos emergenciais dos prédios históricos.

4) A adequação das instalações e serviços do restaurante universitário do Centro da cidade de modo a não causar mais danos ao prédio e a reparar os já causados nas instalações hidráulicas, nas rampas de acesso e no controle de pragas.

 

A excelência da pesquisa, do ensino e da ação social extensionista do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais e do Instituto de História saberão agradecer com seu efetivo funcionamento a recuperação das condições mínimas de trabalho e estudo.

Saudações Universitárias,

Fernando Santoro e Daniela Mussi

Direção do IFCS

Marta Mega e Lise Sedrez

Direção do IH

O III Congresso Mundial de trabalhadores do ensino contra o Neoliberalismo na Educação, realizado entre os dias 11 e 17 de novembro, na UERJ, teve a programação de seu segundo dia, 12, aberta com o debate sobre questões raciais, de gênero e de classe na Capela Ecumênica da UERJ. Estavam presentes coordenadores e militantes do Sintufrj, como Esteban Crescente (Geral) e Marly Rodrigues (Políticas Sociais).

A coordenadora de Educação da Fasubra Helena Nara destacou que a educação superior tem sido alvo da tentativa de privatização e interesses do mercado na produção acadêmica. Para ela, o que o neoliberalismo faz é retirar direitos, principalmente de populações mais vulneráveis: “Esse sujeito abstrato que é mulher, que é negro, que é indígena, que é latino-americano, que é operário, ele se concretiza em pessoas diversas, pessoas de diversidade sexual, diversidade racial, diversidade étnica, mas ele é o centro, é o que a gente precisa entender como a identidade da classe, é o que nos une, a identidade da classe trabalhadora”.

Segundo Giovanna Almeida, do DCE Mario Prata da UFRJ, pesquisas que mostram que, dos estudantes de escolas e universidades sem estrutura mínima, 86% são negros; 96% dos docentes negros já viveu situação de racismo em seu ambiente de trabalho. De quatro em cada dez crianças sofreram racismo no ambiente escolar.  “Se a gente não consegue, dentro desses ambientes, mudar essa estrutura, fica mais difícil a gente conseguir mudar também, estruturalmente, fora… A gente precisa construir uma nova campanha de combate a opressões dentro das nossas escolas e universidades”.

Participaram ainda Sebastián Vargas (Universidad de Chile) Andrea Sandino (Secretaria de Assistência a Educação, Colombia), María del Mar Rosa Rodríguez (Asociación Puertorriqueña de Profesores Universitarios).

Coordenadores, militantes e estudantes da UFRJ

 

Giovanna e Helena

 

Esteban e Marly

O público que acompanhou o debate sobre Gênero, Raça e Classe no debate da manhã do dia 12, na Capela Ecumênica da UERJ.

FOTOS: RENAN SILVA

“Todos os sonhos são possíveis de serem alcançados. Tudo o que você tem a fazer é continuar se movendo na direção deles.” Com esta frase da atriz e produtora negra norte-americana mais premiada do cinema e do teatro, Viola Davis, a integrante do GT Antirracismo do Sintufrj, Norma Santiago, abriu a reunião especial do grupo de trabalho que celebrou o Dia Nacional da Consciência Negra, no Espaço Cultural do sindicato. A data é comemorado em 20 de novembro, aniversário da morte de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.
O tema da atividade “Trajetória de sucesso: os desafios profissionais em uma sociedade racista” reuniu três palestrantes, cujas histórias de vida e o enfrentamento das dificuldades como pessoas negras para alcançar seus objetivos, com dignidade e mantendo a essência de suas origens, emocionaram os participantes do evento. São eles: Vantuil Pereira, decano do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) e ex-candidato a reitor da UFRJ; Verônica Caé, professora adjunta da Escola de Enfermagem Ann Nery, e a advogada trabalhista Mônica Santos, da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB-RJ. O debate foi mediado por Hilem Moises, técnico-administrativo atuante no GT.
Música, arte e dança
A parte cultural teve a apresentação do Projeto Capo UFRJ, que faz parte do Departamento de Capoeira da Escola de Educação Física, Desportos e Dança (EEFDD), coordenado pela professora Livia Pasqua – primeira mulher a assumir o cargo na unidade. “Que navio é esse que chegou agora? É navio negreiro com escravos de Angola” era o refrão da canção que embalou os capoeiristas. Várias companheiras se animaram e entraram na roda mostrando sua ginga.
“Esse é um espaço de muita troca, quando mostramos nosso trabalho e um pouco da nossa cultura. A nossa escola está sem prédio e no momento estamos usando hall do Centro de Tecnologia, às segundas e quartas-feiras, das 17h às 18h20, para aas aulas de capoeira”, disse a professora Livia.
A apresentação da Banda Afro-Reggae Orunmilá, do Catumbi, composta por oito músicos, uma bailarina e duas cantoras, apresentando composições próprias e de outros autores, empolgou e finalizou com muita alegria a homenagem a Zumbi dos Palmares. Valeu, Zumbi!
O colorido da festa ficou por conta dos panos de matizes étnicos transformados em arte nas cabeças das mulheres pela turbantista Rosângela Ronegraça, que faz parte do elenco da Orunmilá.
. Matéria completa na edição do Jornal do Sintufrj 1444.

 

 

#NãoApagueAUFRJ #RecomposiçãoOrçamentária #DefendaAUFRJ

Fotos: Renan Silva

Vídeos: Daniel Outlander e Regina Rocha

A fachada do prédio Inova UFRJ, onde, no auditório acabara de acontecer mais uma sessão do Conselho Universitário (Consuni), nesta quinta-feira,  dia 14/11, foi palco de mais um ato  em defesa da urgente recomposição orçamentária da UFRJ.

Por causa da insuficiência crônica e cada vez mais acentuada de recursos para o funcionamento e uma dívida de mais de R$ 50 milhões,  a universidade viu-se sob o constrangimento de ter luz e água cortadas quase ao mesmo tempo (entre os dias 12 e 13) em várias unidades acadêmicas e de assistência estudantil, prejudicando centenas de alunos e trabalhadores, principalmente aqueles em maior estado de vulnerabilidade.

O  ato “Não Apague a UFRJ”, convocado pelo Sintufrj, Fasubra, DCE, APG e Adufrj, o ato reuniu, além das lideranças e militância dos segmentos de  técnicos administrativos,  estudantes, professores contou com membros do Consuni, com o reitor Roberto Medronho, a vice-reitora Cássia Turci e pró-reitores.

Portando a enorme faixa ( com os dizeres “Não Apague a UFRJ. Pela recuperação do orçamento”), todos saíram juntos do salão onde se encerrava a sessão do colegiado. Foi suspenso antecipadamente por proposta das bancadas TAE e estudantil, aprovada pelo colegiado, para que os conselheiros pudessem integrar outro ato que se realizaria à tarde, no Ministério da Fazenda, também por verbas para a UFRJ.

                    ][

No Consuni, reconhecimento

O expediente da sessão foi tomado quase inteiramente por manifestações sobre a crise. Assim como no final da sessão. Em várias falas, em particular de estudantes e técnicos administrativos, foi reiterado o pedido feito frequentemente em sessões anteriores de que a Reitoria convocasse assembleias comunitárias ou conselhos especiais para demarcar a gravidade da crise e alertar a comunidade. Assim como alguns conselheiros, o reitor destacou a atuação prefeito e de sua equipe durante a crise e também o papel fundamental dos técnicos administrativos, estudantes e das entidades representativas dos segmentos, como o Sintufrj, na mobilização em defesa da UFRJ.

Veja o depoimento das lideranças do movimento

Na sequência, Francisco de Assis (Fasubra), Marly Rodrigues e Esteban Crescente (Sintufrj) e os estudantes integrantes do Consuni Isadora (DCE), Sofia (CABio) e Henderson (DCE e CAEBA).

 

 

 

 

 

Reitor e vice-reitora avaliam situação

Durante o ato, o reitor Roberto Medronho e a vice-reitora Cássia Turci pedem atenção da sociedade para importância da suplementação e destacam a importância da mobilização dos movimentos.

 

 

 


Equipe da Light no JMM e da Águas do Rio na Prefeitura

 

Fotos e vídeos: Renan Silva

 

O abastecimento da energia elétrica do Edifício JMM (antiga Reitoria) foi religado pela Light no início da tarde desta quinta-feira, dia 14, após uma mobilização intensa da comunidade universitária e uma medida judicial adotada pela UFRJ.

O fornecimento do prédio havia sido cortado no início da noite do dia 12, em ação arbitrária da Light que começou à tarde, com cortes no Museu Nacional, Editora da UFRJ, na Praia Vermelha, seguido do estacionamento da Coppead e da sede da Associação de Moradores da Vila Residencial. Por uma ação contundente da Prefeitura (que resistiu aos cortes que levariam a insegurança no campus, como nas vias, e atingiriam estudantes mais carentes, como no Alojamento e no Restaurante Universitário), da Procuradoria (que conseguiu uma liminar) e da comunidade e das suas entidades representativas que atenderam à convocação da Reitoria e se manifestou em conjunto na aula pública sobre orçamento no dia 13, os cortes foram suspensos.

No dia seguinte, 13, a UFRJ foi surpreendida pelo corte no fornecimento de água no prédio da Reitoria, nas instalações da Prefeitura Universitária, no Restaurante Universitário (RU) e na residência estudantil. Mas a UFRJ, em negociações com a concessionária, buscou meios para restabelecer o fornecimento e informou, no Consuni, que no dia 14 seria retomado.

Em sessão do Conselho Universitário nesta quinta-feira, 14, o reitor destacou a atuação prefeito e de sua equipe durante a crise e reconheceu o papel fundamental dos técnicos administrativos e do corpo discente na mobilização em defesa da UFRJ.

De fato à tarde, equipe da Light foi acompanhada pelo prefeito da UFRJ, Marcos Maldonado, que se emocionou ao ver o reacender das luzes novamente.

 

Religamento da água à noite

Por volta das 20h, a equipe da Águas do Rio restabeleceu o abastecimento. O prefeito comemorou: “Já temos água na Prefeitura Universitária. IESC, DISEG e todo complexo que se abastece pela Prefeitura”. Veja a seguir: