“A oferta do Brasil como sede ocorre no pior momento de popularidade do presidente”, diz órgão da imprensa local

A Conmebol anunciou, nesta segunda-feira (31), que a Copa América vai ser realizada no Brasil. Ao fazer o anúncio, a entidade agradeceu ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Com o país vivendo o colapso de seu sistema de saúde por conta da pandemia de coronavírus e com mais de 462 mil mortos pela doença, houve um choque em relação ao anúncio.

Antes, o torneio seria realizado na Colômbia e na Argentina. Porém, em 20 de maio, a Colômbia pediu para que a competição fosse adiada por conta da instabilidade no local, que passa por protestos. Mesmo com o pedido, a Conmebol decidiu excluir o país, e o campeonato continuaria a acontecer somente na Argentina.

No entanto, o governo argentino disse, no último domingo (30), que o evento estaria prejudicado na região, por conta do agravamento da pandemia. Sendo assim, até a manhã desta segunda, não existia uma nova sede. Porém, a Conmebol pediu que o campeonato fosse realizado no Brasil à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que conseguiu a autorização do governo Bolsonaro.

Na Argentina, a imprensa local comentou o ocorrido. O jornal Olé, por exemplo, questionou se Manaus iria sediar a Copa América mesmo com a variante da região, que preocupa as autoridades científicas por todo o mundo.

Já o Télam afirmou que a realização da competição no Brasil traz um alerta para uma terceira onda ainda mais letal. Sobre o presidente, o jornal diz: “A oferta do Brasil como sede alternativa ocorre no pior momento de popularidade do presidente Jair Bolsonaro, que no sábado recebeu as mais importantes manifestações contra ele desde o início da pandemia, exigindo sua renúncia ou impeachment”.


Agência de notícias argentina repercute a decisão de se realizar a Copa América 2021 no Brasil / Reprodução

O Página 12 disse que existem motivos para a decisão rápida pelo Brasil como sede: “Por um lado, a necessidade de não perder o faturamento dos direitos televisivos do concurso, que já haviam sido vendidos em 2020, sem a chance de oferecer nada em troca. De outro, o fato de ter todas as estrelas que brilham na Europa no continente, sem competições com suas equipes”.

Edição: Vinícius Segalla

 

Reprodução de tela do jornal Página 12, com reportagem sobre a realização da Copa América no Brasil – Reprodução

 

 

29M pela vida e contra Bolsonaro!

Pela vida, por vacina, por auxílio digno para quem tem fome e contra os cortes na educação! Atos em mais de 200 cidades pelo país. Confira fotos do Rio. Sintufrj presente!

#29demaionasruas

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Repercutiu positivamente na sessão do Conselho Universitário (Consuni) desta quinta-feira, 27, a assembleia-ato comunitária on line realizada no dia anterior em defesa da UFRJ. A iniciativa foi do Fórum de Mobilização e Ação Solidária (Formas), que reúne as entidades representativas dos segmentos que compõem a comunidade universitária: Sintufrj, Adufrj, DCE Mário Prata, APG e Attufrj – em defesa da UFRJ. 

“Em meio a ataques do governo Bolsonaro e de perdas de amigos e familiares para a covid, compartilhar hoje, neste espaço, um momento de alegria como foi o da assembleia-ato comunitária de ontem é importante. Estavam presentes todos os segmentos e a reitoria, e nos sentimos revigorados para continuar com a resistência e a luta não só pela UFRJ, mas por todas as universidades e pela educação pública”, disse a representante técnico-administrativa e coordenadora do Sintufrj, Joana de Angelis.  

A dirigente sindical Joana também convidou a todos para o ato nacional do dia 29 de maio, em defesa das universidadres públicas,  educação pública, do auxílio emergencial e de vacina para todos, presencialmente na Praça Zumbi dos Palmares, na Avenida Presidente Vargas, ou pelas redes sociais.

Para o professor Samuel Araújo o ato político comunitário foi uma “demonstração vigorosa em defesa da UFRJ e da universidade pública”, e parabenizou o Formas e as entidades sindicais pelo “magnífico evento”. 

A reitoria Denise Pires de Carvalho também saudou a realização da assembleia comunitária e parabenizou o Formas pela organização do evento político em defesa da UFRJ. “Não podemos ficar inertes aos ataques às instituições de Estado”, afirmou.

Solidariedade à UERJ

O envio à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) de projeto de lei de extinção da UERJ – pelo deputado Anderson Moraes (PSL) — também foi assunto do Consuni. O decano do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE), Flávio Martins, propôs uma manifestação pública da UFRJ em apoio à Universidade Estadual do Rio de Janeiro.

Denise Pires de Carvalho considerou como  “inadmissível o ataque à UERJ” e acrescentou ter a certeza de que o Conselho Universitário “era unânime no apoio e na defesa daquela importante instituição pública do Estado do Rio de Janeiro e uma das mais importantes do país, pioneira na implantação das cotas raciais”. Ela informou que a Reitoria divulgaria uma nota de solidariedade à UERJ em nome de toda a comunidade da UFRJ.

 

 

Não foi somente a UFRJ que teve seu orçamento cortado pelo governo de Jair Bolsonaro, mas, sim, todas as universidades federais do país. Em consequência desse ato insano, essas instituições de ensino, pesquisa e extensão estão com o seu funcionamento comprometido. Na Universidade Federal Fluminense (UFF), por exemplo, o corte chegou a cerca de 19%. 

De acordo com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), o orçamento destinado às 69 universidades federais é 18,16% menor do que o destinado no ano passado. Com isso, todas as instituições foram afetadas pelo corte. Isso vem acontecendo ano ao ano. Se comparado ao orçamento de 2010 para as despesas discricionárias houve uma redução de 37%.

Triste realidade 

O atual orçamento da UFF só permite manter as despesas da universidade até o meio desse ano. O corte foi de aproximadamente 19% na Lei Orçamentária Anual aprovada pelo Congresso Nacional. Os recursos discricionários utilizados para gastos de custeio e de capital caíram de R$ 175,7 milhões de reais para R$ 142,9 milhões de reais. Ou seja, uma redução de cerca de 32,9 milhões. O bloqueio do MEC é de R$ 23 milhões.

“Esta é uma redução muito grave que ameaça a interrupção de boa parte dos serviços prestados pela UFF, bem como o pagamento de contratos essenciais, energia, água, limpeza, manutenções básicas etc. Mesmo com a aprovação de orçamento suplementar pelo Congresso conforme prevê a Lei Orçamentária Anual (LOA), ainda assim os recursos serão insuficientes para chegar até o final do ano. O atual orçamento só permite manter as despesas da Universidade até o meio do ano”, disse o reitor  Antônio Cláudio Nóbrega.

Despesas

A UFF tem um custo mensal discricionário de R$ 11,7 milhões de reais, que inclui os contratos de prestação de serviços, mensalidades das concessionárias e parte das bolsas estudantis e que não inclui as despesas com obras de manutenção e conservação predial e de equipamentos. Os recursos cortados correspondem aos gastos da UFF no período de mais de três meses e os bloqueados, caso não sejam liberados, correspondem aos gastos para o funcionamento de outros dois meses.

 “Não podemos aceitar passivamente a diminuição de nenhum serviço público. Em tempos de crise, valorizar a pesquisa, a ciência e a inovação são essenciais. As universidades federais possuem um papel fundamental para a garantia do desenvolvimento nacional, na formação de capital humano e profissional, redução das desigualdades e para o desenvolvimento social, econômico e tecnológico do país”, sustenta o reitor.

Obrigação do governo

Em nota, a UFF defende que o governo federal tem obrigação constitucional com o orçamento das universidades e que participa do movimento coletivo de defesa e valorização da universidade pública.

“É papel constitucional do governo federal prover o orçamento das universidades federais brasileiras. A UFF ressalta que, mesmo em cenário adverso de grave restrição orçamentária no cenário federal, tem trabalhado em diversas frentes para aumentar a eficiência e ampliar a captação de recursos extras para manter a instituição de portas abertas e estimular a comunidade interna a ampliar a execução de projetos e ações de ensino, pesquisa e extensão de alta qualidade.

A gestão da UFF mantém canais permanentes de interlocução em âmbito legislativo, liberando emendas parlamentares para despesas de capital e de custeio, bem como articulando soluções inovadoras com parceiros públicos municipais, sobretudo, até agora, em Niterói e Macaé, Campos e Rio das Ostras para a manutenção e construção de prédios e investimento em pesquisa e extensão.

É importante que nossa comunidade interna se mantenha atenta e informada sobre as movimentações e negociações que se desdobrarão na esfera federal. A Reitoria da UFF continuará exercendo uma atitude de responsabilidade e transparência, divulgando todas as informações referentes ao orçamento para 2021 no site e nos órgãos consultivos internos, construindo, assim, um movimento coletivo de defesa e valorização da universidade pública em nosso país.”

Com Assessoria de Imprensa da UFF

 

 

Pela primeira vez na história de lutas da comunidade universitária da UFRJ, servidores técnico-administrativos e docentes, trabalhadores terceirizados, estudantes da graduação e da pós-graduação e a Reitoria realizaram uma assembleia-ato comunitária online para defender a UFRJ.

O evento político nesta quarta-feira, 26, transmitido pelas redes sociais das entidades, também serviu para reforçar a convocação para a mobilização nacional do dia 29 de maio em defesa da educação pública e pelo Fora Bolsonaro. 

A iniciativa foi do Fórum de Mobilização e Ação Solidária (Formas), que reúne o Sintufrj, Adufrj, DCE Mário Prata, APG e Attufrj.  Mais de 100 pessoas, entre servidores e estudantes se inscreveram para falar na assembleia-ato, e outras entidades, como o Andes-Sindical, e organizações políticas participaram por meio de vídeos gravados. 

“Hoje são mais de 400 mil famílias enlutadas  por conta de uma desastre governamental. Nem 10% da população foi ainda vacinada contra a covid, um crime contra a humanidade deste governo genocida, que dirige o país por instrução normativa de forma truculenta e autoritária, e que destrói a soberania nacional ao atacar as universidades, onde se produz conhecimento”, afirmou a coordenadora-geral do Sintufrj, Gerly Micelli. “A gente vai lutar e a UFRJ não vai fechar. E a campanha do Sintufrj vacina no braço, comida no prato e Fora Bolsonaro está a cada dia mais viva”, destacou a dirigente.   

“Este é o primeiro passo desta caminhada unida para que a UFRJ possa cumprir o seu papel de vanguarda. A luta é nacional em defesa das nossas universidades públicas e pelo direito de existir num Estado democrático de direito”, disse a presidenta da Adufrj, professora Leonora Ziller. 

“A UFRJ parou o Rio de Janeiro para mostrar à sociedade brasileira que a universidade não vai fechar”, pontuou a dirigente do DCE Mário Prata, Antônia Velloso, referindo-se à manifestação do dia 14 de maio, “com muito álcool em gel e máscaras doados”–, a primeira mobilização de rua realizada pela comunidade universitária, sob a liderança da entidade estudantil, durante a pandemia do novo coronavírus.  

“Somos uma categoria precarizada, embora responsável pela pesquisa no nosso país. Mas esse governo é muito menor que a nossa universidade centenária”, lembrou o representante da Associação dos Pós-Graduandos (APG), Jorge Marçal.  

A reitoria Denise Pires de Carvalho confirmou que a UFRJ não tem orçamento para chegar até o fim do ano e agradeceu às entidades pela organização da mobilização na defesa da instituição e da educação pública. “Eles não vão tirar nosso oxigênio”, garantiu, e ao invés de citar os problemas que enfrenta por falta de recursos, ela listou o que a universidade produz e faz, cotidianamente, para atender as necessidades da sociedade, entre os quais, a produção de álcool 70 de qualidade; os mais se 140 projetos de pesquisa em curso; testes moleculares de padrão platino; oferta de leitos hospitalares para pacientes de covid.

“O orçamento atual da UFRJ corrigido pela inflação equivale ao de 2008, quando tínhamos a metade dos estudantes de hoje, quando não tínhamos a política de assistência estudantil que temos agora, quando não havia as várias inovações e descobertas científicas”, informou o pró-reitor de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças da UFRJ.

CONFIRA A ATIVIDADE NA ÍNTEGRA:

 

 

 

Respeitando protocolos de segurança e sem aglomerações, centrais sindicais e movimentos sociais se mobilizaram pelo auxílio emergencial de R$ 600, contra a fome, carestia e pela vacinação imediata da população

Publicado: 26 Maio, 2021 – Escrito por: Andre Accarini

Expostas no gramado em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, 600 cestas com alimentos cultivados e colhidos pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), formaram o cenário de denúncia sobre a trágica situação pela qual passa o país, de milhões de brasileiros passando fome, de desemprego e de miséria. Tudo isso em consequências da política genocida do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL), cujo negacionismo no enfrentamento à pandemia resultou na morte mais de 450 mil brasileiros por Covid-19, além da falta de políticas efetivas de geração de emprego, renda e distribuição da riqueza.

Estes foram os motivos principais do ato unificado da  CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central, CSB, Intersindical, Pública, CSP-Conlutas, CGTB, CONTAG, MST e das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, realizado em Brasília na manhã desta quarta-feira (26). O ato antecedeu a entrega da Agenda Legislativa das Centrais Sindicais para a Classe Trabalhadora à presidência da Câmara dos Deputados e do Senado.

O presidente da CUT, Sérgio Nobre, reforçou que o ato – que foi simbólico, sem provocar qualquer espécie de aglomeração e seguiu todos os protocolos de distanciamento social e uso de equipamentos de segurança – teve o objetivo de chamar a atenção do povo brasileiro para a realidade do país.

“Queremos chamar a atenção para a questão da fome, da carestia. Famílias inteiras estão dormindo nas calçadas. Isso tinha acabado e não esperávamos que essa situação voltasse – pessoas, crianças, pedindo auxilio nos faróis e supermercados”, disse o dirigente.

A crítica situação econômica da maioria dos brasileiros muito se deve à redução do auxílio emergencial, que neste ano chega a apenas cerca de metade daqueles que receberam no ano passado, e com valores ínfimos de R$ 150 a R$ 375, contra os R$ 600 determinados pelo Congresso no ano passado, após pressão da CUT e demais centrais sindicais.

A maioria dos trabalhadores que ainda tem emprego, ganha até dois salários mínimos, ressaltou o presidente da CUT. A carestia – encarecimento de custo de vida – que tem como causa o aumento excessivo nos preços dos alimentos, do gás de cozinha, e de produtos essenciais para a sobrevivência penaliza milhões de brasileiros, acrescentou o presidente da CUT.

A redução do auxílio emergencial é um crime porque o Brasil, oitava economia do planeta tem dinheiro, sim, para socorrer o povo brasileiro- Sérgio Nobre

SÉRGIO NOBRE / FOTO: VALCI ARAÚJO

Ato solidário

O presidente da CUT ainda destacou que o objetivo da manifestação não foi provocar aglomerações. “Sabemos a realidade da pandemia. O número de mortos, mais de 450 mil, é uma tragédia e o responsável é Bolsonaro”, afirmou o dirigente no caminhão de som, estacionado na Esplanada dos Ministérios.

E esse foi o espírito do ato, que teve, no gramado, representantes de entidades dos movimentos sociais, de sindicatos e de centrais – todos distantes uns dos os outros e, em meio a eles, faixas, bandeiras e cartazes com as pautas “fora, Bolsonaro”, “vacina no braço, comida no prato”, “em defesa do SUS” “auxílioemergencial de R$ 600”. 

 

KLEBER FREIRE
JEAN MACIEL/ BSB

Doação de cestas de alimentos

As cestas com alimentos para doação aos mais vulneráveis foram colocadas formando o número “600”, para simbolizar a luta pelo auxílio com valor mais digno.

Carrinhos de supermercado com o (muito) pouco que dá pra comprar com o valor do atual auxílio (a maioria recebe parcelas de R$ 150) também fizeram parte da cena como forma de sensibilizar os parlamentares para que votem uma Medida Provisória que estabeleça, no mínimo, R$ 600 como auxílio emergencial até o fim da pandemia do novo coronavírus.

Ao todo, mais de três toneladas de alimentos, oriundos de assentamentos e da agricultura familiar foam doados à Cooperativa de Catadores de Reciclados do Distrito Federal (Centcoop).

KLEBER FREIRE

Movimentos e centrais

O presidente da Contag, Aristides Veras dos Santos, após reforçar que é preciso a vacinação avançar no Brasil e a necessidade de que parlamentares aprovem projetos voltados à agricultura Familiar e à reforma agrária, disse que o ato tem o objetivo da aprovação do auxílio emergencial de R$ 600.

“Esse é ato é por R$ 600, contra a fome, contra a miséria, contra a pobreza e para que o Congresso Nacional encaminhe pautas que interessam ao povo”, disse o presidente da Contag.

MATHEUS ALVES/MST

Além do MST e da Contag, participaram do ato também representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE), União Nacional dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e entidades representativas de trabalhadores do setor público e privado, como a Confederação Nacional dos Eletricitários (CNE), Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos (Fentect-CUT) e Confederação Nacional dos Trabalhadores em Comércio e Serviços (Contracs-CUT).

Parlamentares também participaram. A presidente do PT, deputada Federal Gleisi Hoffmann, considerou fundamental a luta das centrais e movimentos sociais para que o povo brasileiro ‘saia da miséria’.

“Vamos mostrar que não concordamos com a destruição do Brasil e com a crise que o povo brasileiro passa. É fundamental lutarmos para que o povo saia da miséria, a fome não cresça e para defendermos a vida com a vacina”, disse Gleisi.

Assim como Sérgio Nobre, presidente da CUT, presidentes das centrais sindicais também defenderam a importância de denunciar à sociedade e mostrar ao parlamento o projeto de destruição do Brasil, capitaneado por Bolsonaro e que tem relegado o povo brasileiro à própria sorte.

 Edição: Marize Muniz

 

 

Com o envio da proposta de reforma administrativa, a PEC 32/2020, para análise na comissão especial, a pressão sobre cada parlamentar da Câmara dos Deputados tem de crescer.

A Contatos Assessoria Política, consultoria política, em parceira com o Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), divulgou nesta semana, a tendência de votação na Câmara dos Deputados e a perspectiva de aprovação da PEC 32.

É um levantamento preliminar que busca antecipar a tendência de voto na proposta, feito de acordo com pesquisas e posicionamentos públicos dos 513 deputados.

Com esses dados, a assessoria mapeou um breve placar de votação. 

Foram contabilizados 195 votos favoráveis à PEC, 128 contrários e sete que não se posicionaram. Por outro lado, há 184 deputados que podem ser favoráveis ou contrários de acordo com os debates e modificações ao texto e a força da pressão dos servidores.

Com o levantamento, é possível afirmar que, mesmo se aprovada pelos deputados, a proposta sofrerá alterações na Casa antes de seguir para o Senado Federal.

Mudanças à vista

“Todavia, essas alterações não deverão mudar radicalmente ou estruturalmente o texto do governo. Serão modificações que podem amenizar o desmantelo proposto pelo governo, porque, ao fim e ao cabo, a proposta, como um todo, não atende às demandas dos servidores e, em última instância, da população brasileira”, avalia a Contatos em seu texto de apresentação do levantamento.

Ainda de acordo com a pesquisa, é possível projetar o andamento da matéria em cada fase do debate e tramitação da proposta, que partiu da etapa de admissibilidade na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), passa agora pela comissão especial, onde será examinado o mérito da proposta. 

Depois irá para o plenário da Casa, onde para ser aprovada precisa de pelos menos 308 votos favoráveis, em dois turnos de votações, por ser lei que irá alterar a Constituição. Primeiro será colocado em votação o texto-base e, em seguida, das propostas de alterações (emendas).

Tendência de voto dos parlamentares do Rio (aferido antes da votação na CCJ)

Contrário

    1. Alessandro Molon – PSB
    2. Benedita da Silva – PT 
    3. Chico D Ângelo – PT
    4. David Miranda – PSOL
    5. Glauber Braga – PSOL
    6. Jandira Feghali – PCdoB
    7. Marcelo Freixo – PSOL
    8. Paulo Ramos – PDT
  • Talíria Petrone – PSOL

 

Com Ressalvas

  1. Aureo Ribeiro – Solidariedade
  2. Clarissa Garotinho – PROS
  3. Daniela do Waguinho – MDB
  4. Luiz Antonio Teixeira – PP
  5. Gelson Azevedo – PL
  6. Hugo Leal – PSD
  7. Major Fabiana – PSL
  8. Marcos Soares – DEM
  9. Otávio Leite – PSDB

10-Pedro Augusto Palareti – PSD

     11-Ricardo da Karol – PSC

     12-Soraya Santos – PL

 

Favorável 

  1. Alexandre Serfiotis – PSD
  2. Altineu Côrtes – PL
  3. Carlos Jordy – PSL
  4. Chiquinho Brazão – Avante
  5. Chris Tonietto – PSL
  6. Christino Aureo – PP
  7. Daniel Silveira – PSL
  8. Delegado Antônio Furtado – PSL
  9. Felício Laterça – PSL

10-Gurgel – PSL

     11-Gutemberg Reis – MDB

     12 -Helio Lopes – PSL

     13-Jorge Braz – Republicanos

     14- Juninho do Pneu – DEM

     15-Lourival Gomes – PSL

     16-Luiz Antonio Corrêa – PL

     17-Luiz Lima – PSL

    18-Márcio Labre – PSL

    19-Otoni de Paula – PSC

    20-Paulo Ganime – Novo

    21-Professor Joziel – PSL

    22-Rodrigo Maia – DEM

    23-Rosangela Gomes – Republicanos

    24-Sóstenes Cavalcante – DEM

    25-Vinicius Farah – MDB

Sem posicionamento

  1. Flordelis (PSD)

 

 

. Leia toda a matéria para saber os caminhos da luta a partir de agora para evitar o extermínio dos serviços públicos e dos servidores públicos 

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou o relatório da admissibilidade da reforma administrativa do governo Bolsonaro, isto é, a considerou constitucional, em sessão nesta terça-feira, 25. Foram 39 votos a favor e 26 contra. Dois deputados do Rio de Janeiro, Carlos Jordy (PSL) e Christino Aureo (PP) votaram a favor.

As ressalvas feitas pelo relator deputado Darci de Matos (PSD-SC) foram técnicas. O fundamental está preservado, isto é, o fim do Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos, o fim da estabilidade, a criação de cinco novos modelos de contrato trazendo a precarização do trabalho no serviço público, alterações no concurso público, nas férias, entre outras covardias para a grande massa do funcionalismo.

Logo após a aprovação da admissibilidade da proposta, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defensor ferrenho da reforma administrativa bolsonarista, comemorou no Twitter, assim como o ministro da Economia, Paulo Guedes em declaração à imprensa. 

Agora, o texto da proposta de emenda à Constituição (PEC) que altera as regras para os servidores públicos municipais, estaduais e federais segue para a comissão especial, que ainda será instalada pelo presidente da Casa, Arthur Lira. Este já definiu que o colegiado será presidido por Fernando Monteiro (PP-PE) e a relatoria ficará com o deputado Arthur Maia (DEM-BA).

Aprovação na CCJ indica que governo terá dificuldades no Plenário, avalia Maria do Rosário

A deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), que é coordenadora da bancada do PT na Comissão de Constituição e Justiça na Câmara dos Deputados, declarou que a oposição conseguiu revelar a inconstitucionalidade da PEC 32, suas injustiças e com isso conseguiu reverter votos. Ela sustenta que se mantida a pressão, a reforma administrativa de Bolsonaro não terá votos suficientes no Plenário. Confira sua análise:

“1 – O Debate da PEC 32 (Reforma Administrativa) na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, cujo relatório foi aprovado denotou a inconsistência da proposta. A oposição foi brava na resistência, denunciando seu conteúdo;

2 – Revelamos a inconstitucionalidade inconteste da PEC e, sobretudo, as injustiças dessa reforma;

3 – Nesses mais de três meses de tramitação da PEC 32 na CCJ conseguimos tempo para expor suas mazelas através do exercício democrático de obstrução. O fato surtiu efeito e votos foram revertidos;

4 – Com esse desempenho, a Reforma não passará em Plenário, já que, por se tratar de Projeto de Emenda Constitucional, precisa de 2/3 do total de Parlamentares da Câmara. Na CCJ foram apenas 59% favoráveis, proporção insuficiente;

5 – Antes de ir a Plenário, a Reforma Administrativa passará por análise de Comissão Especial. No entanto, não podemos nos enganar, o governo e seus apoiadores tentarão acelerar a votação;

6 – É fundamental manter a pressão social sobre o Parlamento e seus membros. Os argumentos políticos e as premissas econômicas apresentadas pelo governo são nitidamente falsas! Se essa reforma passar, criará condições para perseguições mil dos governos de plantão e irá tirar qualidade dos serviços públicos, especialmente nas áreas de saúde, educação e segurança que concentram 80% do funcionalismo;

7- É criminoso fazer tal debate quando o que o Brasil precisa é vacinar sua população, alcançar assistência social a quem precisa e derrotar o vírus e a crise. Quem assistiu as sessões percebeu a operação para a intimidação do trabalho da oposição por parte da presidência bolsonarista da CCJ, o que não conseguiram;

8 – O resultado de hoje nos dá esperança: se mantida a pressão, essa reforma não terá votos suficientes em plenário.”

Batalha passa a ser na Comissão Especial

O ex-diretor do Dieese e Diap, hoje assessor da Frente Parlamentar Mista do Serviço Público, Vladimir Nepomuceno, explicou que a aprovação na CCJ atendeu aos interesses do mercado financeiro e adiantou que a oposição trabalhará para protelar a tramitação no Congresso, e na Comissão Especial tentará a rejeição da PEC ou desfigurá-la mais. Mas alertou que é fundamental mobilização social e apoio das entidades sindicais e de setores da sociedade para pressionar os parlamentares.

“Na verdade, o embate na Comissão Especial é o seguimento do debate em curso desde o início da tramitação da PEC 32. Como em comissões a aprovação é por maioria simples, dificilmente não seria aprovada uma proposta do governo com a profundidade dessa PEC, que atende aos interesses do mercado financeiro, responsável pela eleição e manutenção do atual governo e da maioria do Congresso (ambos foram eleitos para fazerem as reformas em curso).

O que a oposição segue buscando é, inicialmente tentar atrasar o máximo possível a tramitação, a fim de aproximar do período pré-eleitoral, o que pode fazer com que muitos parlamentares prefiram não votar a PEC, com o receio de que isso lhes tire votos em 2022. Além disso, a oposição também busca impedir que o governo tenha os 308 votos (3/5 do total de deputados) necessários para a aprovação da PEC em plenário.

Durante a tramitação na Comissão Especial, a oposição trabalhará para a rejeição da PEC 32 e, na impossibilidade disso, trabalhar para desfigurá-la ainda na Comissão Especial, o que levaria, ou à retirada do texto, ou a um relatório possível de não aprovação em plenário.

É uma luta árdua, mas possível. Agora, sem a mobilização social, sem o apoio das entidades sindicais e de setores da sociedade pressionando todos os deputados, apenas os parlamentares da oposição terão muita dificuldade. Não podemos esquecer que parlamentar tem medo das urnas, principalmente os que não têm compromisso com o povo.”

O que foi modificado

A reforma administrativa acaba com a estabilidade no serviço público e cria cinco tipos de vínculos com o Estado. O texto estabelece que leis complementares tratarão de temas como política de remuneração, ocupação de cargos de liderança e assessoramento, progressão e promoção funcionais e definição dos cargos típicos de Estado. 

O relator da proposta, deputado Darci de Matos (PSD-SC), apresentou parecer com três supressões ao texto para tornar sua aprovação mais palatável na CCJ. 

Um dos itens retirados é o que previa os novos princípios da administração pública: imparcialidade, transparência, inovação, responsabilidade, unidade, coordenação, boa governança pública e subsidiariedade. Para o relator, a inclusão dos novos princípios geraria insegurança jurídica.

Outro item retirado proibia que servidores ocupantes de cargos típicos de Estado pudessem exercer qualquer outra atividade remunerada. Darci de Matos considerou esse trecho inconstitucional porque impedia o exercício de outra atividade mesmo que houvesse compatibilidade de horários.

Também foi retirado trecho que permitia ao presidente da República extinguir entidades da administração pública autárquica e fundacional. Segundo Matos, essas entidades são vinculadas e não subordinadas aos ministérios, e a possibilidade de extinção por decreto do chefe do Poder Executivo prejudicaria o modelo de separação de poderes.

Matos considerou, em seu parecer, que a proposta apresenta pontos polêmicos que terão de ser discutidos na comissão especial. Além disso, deputados articulam incluir membros de poder – como juízes e desembargadores – na proposta. 

O governo decidiu não incluir integrantes do Judiciário e do Legislativo sob o argumento de que isso caracterizaria uma interferência do Executivo sobre as regras de outros Poderes. Mas, na ocasião, técnicos da equipe econômica afirmaram que o Congresso poderia fazer a mudança. Entidades que representam categorias do judiciário contestam, mas não há consenso sobre a alteração.

Principais mudanças previstas na PEC 32

A reforma administrativa acaba com a estabilidade no serviço público e cria cinco tipos de vínculos com o Estado. O texto estabelece que leis complementares tratarão de temas como política de remuneração, ocupação de cargos de liderança e assessoramento, progressão e promoção funcionais e definição dos cargos típicos de Estado. 

Fim do regime jurídico único

A proposta extingue o Regime Jurídico Único dos servidores públicos e cria cinco modelos de contrato:

1) Cargos típicos de Estado
São funções que não existem no setor privado, com estabilidade similar aos moldes atuais após três anos. Uma lei complementar deve esclarecer as carreiras que integram esse grupo. Hoje, inclui diplomatas e auditores fiscais, por exemplo. O ingresso será via concurso público.

2) Cargos com vínculo por prazo indeterminado
O ingresso nesse cargo ocorrerá por meio de concurso público. No entanto, os postos com prazo indeterminado não terão estabilidade assegurada, como ocorre nos cargos típicos de Estado. Ou seja, funcionários contratados por meio desse modelo poderiam ser demitidos.

3) Vínculo de experiência
Após a aprovação em concursos públicos, os candidatos às vagas de cargos típicos de Estado ou de prazo indeterminado precisam passar por período de experiência. O prazo mínimo é de dois anos para vínculos típicos e de um para prazo indeterminado.

4) Vínculos por prazo determinado
Expande a possibilidade de contratação de servidores por período definido, sem estabilidade. O ingresso não seria por meio de concurso público, mas por seleção simplificada. Atualmente, esse modelo de seleção é permitido apenas para casos específicos, como desastres naturais.

5) Cargos de liderança e assessoramento
Esse vínculo ocuparia o espaço de cargos comissionados e funções gratificadas. Também valeria para postos específicos com atribuições estratégicas, gerenciais ou técnicas. Não teria direito a estabilidade. Na realidade uma licença para o nepotismo e para contratações políticas. 

Estabilidade

O texto prevê o fim da estabilidade para os servidores. Essa prerrogativa valerá apenas para cargos típicos de Estado, segundo a proposta. Cargos típicos de Estado são aqueles que só existem na administração pública e não encontram paralelo na iniciativa privada. De acordo com o projeto, uma lei complementar vai definir quais serão essas carreiras e seus critérios.

Concursos

A proposta mantém a previsão de realizar concurso para cargos permanentes fora das carreiras típicas de Estado, mas destaca que haverá uma segunda etapa de “vínculo de experiência” de, no mínimo, dois anos.

Férias

A PEC prevê que servidores públicos não poderão ter mais de 30 dias de férias por ano. Segundo o governo, esse é um dos pontos que corrigem “distorções históricas” e “contribuem para melhorar a imagem do setor público”. O relator destacou que eventuais mudanças em relação a algumas categorias devem ser alvo de análise na Comissão especial.

Aposentadoria compulsória

A proposta veda a aposentadoria compulsória como modalidade de punição. Em seu parecer, o relator afirma que a maioria dos servidores públicos atualmente não tem essa prerrogativa e que aqueles que possuem, como magistrados e membros do Ministério Público, não sofrem os impactos da reforma proposta pelo governo federal.

Promoção por tempo de serviço

O texto elimina a possibilidade de promoções ou progressões exclusivamente por tempo de serviço. O texto do governo estipula que isso vale para qualquer servidor ou empregado da administração pública direta ou de autarquia, fundação, empresa pública ou sociedade de economia mista.

Atuação do Estado na atividade econômica

O texto também restringe a participação do Estado na atividade econômica. A proposta destaca que é vedado ao Estado instituir medidas que gerem reservas de mercado que beneficiem agentes econômicos privados, empresas públicas ou sociedades de economia mista, exceto em casos “expressamente previstos nesta Constituição”.

No caso do Legislativo, o texto da reforma retira sua competência para dispor sobre a criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública. Ele permite ao Legislativo editar normas gerais para delegar a particulares atividades exercidas pelo poder público. O dispositivo autoriza a contratação de empresas privadas, ONGs (organização não governamental), entre outros, para realizarem o trabalho que hoje é desempenhado somente por servidores públicos.

 

 

Acredito que não faria sentido fazer ciência sem a compreensão de alguns problemas da sociedade em que estamos inseridos.

Kabengele Munanga

Nesta terça-feira, 25 de maio, Dia Internacional da África, a UFRJ fez história ao conceder o título de Doutor Honoris Causa ao cangolês-brasileiro, Kabengele Munanga, pela sua luta contra o racismo e as desigualdades sociais no país. Cerca de duas mil pessoas assistiram a cerimônia remota, que encontra-se disponível no canal WebTVda UFRJ, no Youtube.  

Aos 80 anos de idade, o homenageado, professor titular aposentado da USP e autor de diversas obras, continua realizando pesquisas e atuando junto aos movimentos antirracistas e na defesa das ações afirmativas nas instituições públicas de ensino e das populações pobres e oprimidas, em consequência do descaso do Estado brasileiro para esta realidade cada vez mais cruel. 

“Recebi a notícia da homenagem com muita surpresa, porque nunca sonhei com ela, e com alegria, porque aquilo que defendo foi reconhecido por outras pessoas”, disse Kabengele Munanga. 

“Não sou o primeiro nessa luta, pois há muitos nomes e grandes intelectuais, brancos e negros, homens e mulheres e grandes militantes negros e negras que me antecederam e com quem muito aprendi”. 

“Mas o que eu teria dito de especial para merecer esse título? É uma pergunta que algumas pessoas com toda a razão podem fazer. Mas creio que não teria sentido eu contar o que fiz. Mas ele contou – Munanga referiu-se ao professor Jadir Brito, do Núcleo de Direitos Humanos do Centro de Filosofia e Ciências Humanas que apresentou a trajetória do homenageado na sessão solene do Conselho Universitário –, pois as pessoas que decidiram me conferir esse título sabem melhor do que eu porque tomaram essa sábia decisão”.

“No entanto”, continuou o homenageado, “algumas palavras da minha parte são necessária em respeito a algumas pessoas que nos acompanharam nesta cerimônia. Acredito que não faria sentido fazer ciência sem a compreensão de alguns problemas da sociedade em que estamos inseridos. E a verdadeira consciência não aceita o silêncio e a indiferença diante de qualquer forma de injustiça que anulam os direitos humanos fundamentais de um cidadão ou de uma cidadã e pouco importa a cor de sua pele, seu sexo, classe social e religião, entre outras diferenças”. 

 

 

Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares elaborou guia de segurança sanitária para manifestantes em tempos de covid

Centrais sindicais e movimentos populares convocaram protestos de rua contra Jair Bolsonaro (sem partido) esta semana. O primeiro ocorre em Brasília (DF), nesta quarta-feira (26), às 10h30, por “vacina no braço e comida no prato.” Também estão previstas manifestações em centenas de cidades no sábado (29), pelo impeachment do presidente, com horários e locais a confirmar.

Na convocatória, os organizadores fizeram questão de lembrar as recomendações sanitárias para evitar o contágio pelo novo coronavírus.

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A regra número 1 é só comparecer a manifestações em locais abertos e bem ventilados, sem aglomeração. 

Mesmo nesses casos, o distanciamento de dois metros entre os manifestantes deve ser mantido.

Opções de máscara

A RNMMP recomenda o uso de máscara PFF2/N95, bem ajustada no rosto, cobrindo nariz e boca, sem vazamentos. 

Uma alternativa, para quem não tem máscara desse modelo, é usar uma máscara cirúrgica simples, coberta por uma máscara de pano.

Nesse sentido, a Rede sugere que os próprios organizadores disponibilizem máscaras adequadas para manifestantes que não as possuem.

Por fim, o guia de segurança sanitária chama atenção para o deslocamento até o local do ato. A preferência é por transportes bem ventilados e o uso da máscara é indispensável no trajeto.

Como em qualquer ocasião durante a pandemia, não deve haver beijos e abraços. Objetos pessoais, alimentos e bebidas não devem ser compartilhados.

O Brasil já registrou mais de 450 mil mortes por coronavírus e enfrenta uma nova curva ascendente de contágios

Edição: Vivian Virissimo

 

Protesto de enfermeiros na porta do Planalto reuniu cerca de 60 profissionais da categoria – Scarlett Rocha/Esquerda Online