O Sintufrj, em solidariedade aos atingidos pelas enchentes no Rio Grande do Sul, está recebendo doações de alimentos não perecíveis, material de higiene e limpeza e água.

Locais de recebimento: sede e subsedes do sindicato (Fundão, HUCFF e Praia Vermelha)

A semana começou quente na UFRJ. Com palavras de ordem, cartazes, faixas e muitos panfletos para o comunidade acadêmica, durante uma animada caminhada pelos corredores do Centro de Ciências da Saúde (CCS), nesta segunda-feira, dia 6, técnicos-administrativos do Comando Local de Greve convocavam: “Não deixe a UFRJ cair em cima de estudantes e trabalhadores”.

O agito nos corredores do CCS garantiu a atenção de estudantes e servidores das unidades nos diversos blocos do Centro, para as falas dos manifestantes e para as palavras de ordem, convocando estudantes e trabalhadores à luta em defesa da UFRJ:

“Não é mole não. Tem dinheiro pra banqueiro mas não tem para a educação!”, entoava o pessoal nos megafones ao som de um barulhento repique. Bradavam ainda: “A nossa luta unificou. É estudante junto com trabalhador”, ou “A nossa luta é todo dia. Educação não é mercadoria!” e ainda “Para parar a privatização: greve geral, greve geral na Educação!”

Veja o vídeo ao final da matéria.

Dialogo com a comunidade acadêmica

Se revezando ao microfone, militantes explicavam que o que está parando a universidade não é a greve, mas a falta de recursos. “Por isso estamos aqui brigando por reajuste salarial e por recomposição orçamentária para a universidade que hoje tem a metade do orçamento de 2012”, explicou o coordenador geral do Sintufrj Esteban Crescente. Ele lembrou da recente queda de parte da marquise da Escola de Educação Física (dia 1º de maio) e outros problemas que atingem a infraestrutura e a assistência estudantil, por falta de investimento. E cobrou a recomposição orçamentária de acordo com as necessidades da UFRJ. “Por isso estamos na luta para a Universidade continuar existindo”, disse.

“Nos vamos continuar na luta. Hoje, a maior das universidades técnicos-administrativos e professores estão parados. Tem que parar se não a UFRJ não vai continuar. Não somo inimigos de estudantes ou professores. A Universidade tem que continuar, mas sem que o teto caia na Cabeça das pessoas. Temos que parar esta Universidade!”, disse a coordenadora Marly Rodrigues.

Alzira Trindade chamou atenção para a greve dos trabalhadores da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (deflagrada dia 2), apontando que os hospitais que aderiram tinham a pretensão de resolver os problemas, “mas na realidade é que a Ebserh não dá conta e os maiores prejudicados são os trabalhadores”, disse ela.

O protesto continua

No final do ato, no bloco N, o grupo se organizou para participar das próximas atividades. Primeiro, a ida à Câmara Municipal, nesta segunda-feira, às 14h, para audiência pública organizada pelo mandado de Luciana Boiteaux (Psol) sobre Carreira TAE; na terça-feira, 7, ato unificado da Educação e da Saúde federal em greve.

Na próxima quinta-feira, dia 9, dia de protesto na Reitorias em todo país. Aqui na UFRJ, o ato será às 9h30, no Consuni .E à tarde, no Largo do Machado, ato do Fórum de Educação e dos Comandos de Greve. (Veja o calendário ao fim do texto).

Mobilização em frente ao bloco A do CCS: “A nossa luta é todo dia. Educação não é mercadoria!” 

 

Integrantes do CLG distribuem panfletos e jornais para estudantes e trabalhadores.

 

Nos corredores e na Praça de Alimentação do CCS: militantes do Comando Local de Greve da UFRJ alertaram para o sucateamento da universidade. Recomposição salarial e do orçamento para a universidade são pautas centrais da greve.

    

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Confira o calendário completo da semana

SEG 06/05

  • 9h30: Concentração na entrada do Bloco A do CCS, seguida de caminhada dentro do prédio.
  • 14h: Audiência Pública sobre Carreira TAE na Câmara Municipal Rio

TER 07/05

  • 10h : Reunião na Odontologia, Sala de Graduação 1
  • 10h: Ato Unificado da Educação e da Saúde federal em greve no Instituto Nacional de Traumatortopedia
  • 13h: CLG específico para finanças no Espaço Cultural Sintufrj

QUA 08/05

  • 10h: Assembleia com pauta de prestação de contas, avaliação de greve e Fundo de Greve. Eleição delegados para o CNG/UFRJ.

QUI 09/05

  • 9h30: Consuni / Indicação de Dia Nacional de lutas nas Reitorias
  • 16h: Ato unificado do Fórum de Educação e Comandos de Greve no Largo do Machado

SEX 10/05

  • 9h30: CLG no Espaço Marlene Ortiz ao lado do Espaço Saúde Sintufrj
  • 14: Festa do mês do Trabalhador no Espaço Cultural

E

Em assembleia, aprovam atos e mobilizações urgentes por recursos para a UFRJ

Exigindo recomposição orçamentária e denunciando o sucateamento da UFRJ e a falta de segurança para estudantes e trabalhadores, estudantes convocados pelo DCE e pela Atlética da Escola de Educação Física e Desportos (EEFD) realizaram ato no campus do Fundão, nesta sexta, 3, percorrendo corredores, denunciando a situação de sucateamento e convocando a comunidade para a próxima quinta, dia 9, ato no Consuni, seguido do ato unificado da Educação Pública no estado.

Eles foram até a Reitoria, no Parque Tecnológico, percorrendo corredores dos centros, como o CT  e o CCMN, e seguiram até o Bandejão Central denunciando a gravidade da situação, à exemplo do que ocorreu com o prédio da Escola de Educação Física, novamente com aulas suspensas por causa do desabamento de pedaços de uma marquise externa no bloco A, que projetou destroços para dentro do corredor.

“A UFRJ não pode desabar sobre nós”

Os  estudantes haviam convocado assembleia emergencial na tarde de quinta-feira, dia 2, no Centro de Ciências da Saúde, após o desabamento, ocorrido um dia antes à noite.

Em setembro do ano passado havia acontecido o mesmo, no bloco B, em salas de aula do curso de Dança. Da mesma forma, destroços e janelas foram empurrados parede adentro. Em ambos os casos, sem feridos.

A assembleia conjunta com os estudantes do prédio debateu a realização de mobilizações urgentes.  Deliberou pela realização de dois atos públicos. Um nesta sexta-feira, dia 4, às 13 na escadaria do CCS e outro no próximo Consuni, dia 9, seguido de ato nacional. “Queremos dignidade para estudar! Queremos um prédio que não caia na nossa cabeça! Por recomposição orçamentária já”, anunciaram.

Crise sem precedentes

Em informe no site da UFRJ sobre o desabamento, o reitor Roberto Medronho comentou que a solução para os problemas de infraestrutura dos prédios da Universidade só virá quando o governo federal realizar a recomposição orçamentária.

Apontando uma crise orçamentária sem precedentes, a instituição começou o ano com um déficit de R$ 152 milhões, essenciais para honrar os contratos que garantem o funcionamento adequado de todas as atividades. E que, em 12 anos, o orçamento foi reduzido pela metade, mas o número de alunos cresceu 50%.

Em torno de R$ 567 milhões são necessários para as edificações com graves problemas. Verbas urgentes são necessárias para recuperar várias edificações da UFRJ que segundo levantamento do ETU, até o momento, são cerca de 52% delas. “O custo para a recuperação estimado em 2023 era de R$ 796 milhões.  Não podemos esperar mais!”, disse o reitor.

Em nota, a Reitoria informou que foi definida uma empresa para manutenção corretiva para execução imediata do escoramento e apontada ao MEC a necessidade de recursos orçamentários para a execução do serviço e verbas suplementares para manutenção, evitando futuros acidentes.

Situação financeira se agrava

Segundo a Pró-Reitoria de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças (PR-3), em informe sobre a situação orçamentária em 3 maio, a estimativa de despesas previstas para 2024 caiu ligeiramente de pouco mais de R$ 524 milhões para 521 milhões, das quais já foram pagas R$ 104 milhões.

Falta pagar R$ 417, 5 milhões e,  do orçamento da UFRJ (R$ 283,4 milhões) restam apenas R$ 179 milhões.

“Se for mantido o atual ritmo das despesas, concluiremos maio com apenas R$ 16,7 milhões disponíveis em nosso orçamento e, a partir de junho, não teremos como atender a nossas obrigações que atualmente estão estimadas em R$ 39, 9 milhões”, diz o informe.

O texto destaca que, apesar disso, a Universidade não irá parar em junho, porque “deixaremos de atender a demandas via critérios a serem acordados com a Reitoria”.

Além do déficit elevado, de 2023 para 2024, foi repassada, segundo a PR-3, elevadíssima demanda por serviços que não foram realizados, mas cuja execução não se pode mais adiar.  E considerando déficits anteriores, o déficit no final do ano está estimado em R$ 377, 6 milhões.

 

Fotos: DCE Mário Prata

Concentração nas escadarias do CCS na tarde desta sexta-feira, dia 3

 

Já são 46 instituições federais com adesão de docentes ao movimento, segundo informa o Andes-Sindicato Nacional. Assembleias já aprovaram novas paralisações para os próximos dias

A greve dos professores das universidades e institutos federais, deflagrada no dia 15 de abril, segundo levantamento feito até 3 de maio, já tem a adesão de 46 instituições e outras já têm deflagrações aprovadas em assembleias, previstas para ocorrer nos próximos dias. O levantamento foi feito pelo Andes, sindicato nacional da categoria.

Na pauta nacional unificada, os docentes pedem reajuste de 22,71%, em três parcelas de 7,06%, a serem pagas em 2024, 2025 e 2026, recomposição do orçamento das universidades e defesa da educação pública e de qualidade. O sindicato nacional da categoria, o Andes, reivindica também recomposição do orçamento e dos colégios e das escolas de aplicação na mesa específica com o MEC.

A categoria, em conjunto com técnico-administrativos que deflagraram greve desde o dia 11 de março e profissionais da rede federal de educação básica, profissional e tecnológica, em greve desde 3 abril, tem intensificado a participação da mobilização unificada dos trabalhadores em educação.

Os professores vêm cumprindo intensa agenda de atividades. No Distrito Federal, no dia 30 de abril, o dia começou com recepção a parlamentares e autoridades governamentais no Aeroporto de Brasília, nas primeiras horas da manhã, para cobrar que pressionem o governo a receber representantes das entidades da Educação Federal.

O presidente do ANDES-SN, sindicato nacional da categoria, Gustavo Seferian, durante o ato no aeroporto de Brasília, ressaltou a importância da luta empreendida por docentes e técnicos administrativos em defesa da educação pública.

“Essa é a luta dos trabalhadores e trabalhadoras da Educação para construir um outro futuro para o Brasil, em que todo servidor seja respeitado e que a educação pública seja valorizada, em que possamos ter soberania, desenvolvimento científico, tecnológico, construção de uma educação crítica, longe de toda a forma de opressão, exploração, destruição da humanidade e da natureza. É para isso que estamos aqui em luta, para pressionar o governo federal para, enfim, nos trazer uma resposta efetiva à campanha salarial de 2024 e a necessidade de investimentos públicos nos nossos aparelhos de educação”, explicou Seferian.

Do aeroporto os professores seguiram para a Esplanada dos Ministérios para uma vigília em frente ao Ministério da Gestão e da Inovação dos Serviços Públicos (MGI), juntando-se aos representantes dos comandos de greve do Sinasefe e da Fasubra em ato unificado para cobrar nova rodada de negociação, além de avanços concretos nas pautas de reivindicações.

Entre as universidades com greve de professores estão a UnB, UFF, Unirio, Universidade Federal do Ceará, Universidade Federal do Pará, Universidade Federal do Maranhão, Universidade Federal da Bahia, Universidade Federal de Juiz de Fora, UFMG, Universidade Federal de São Paulo, Universidade Federal de Pelotas, Universidade Federal do Paraná, entre outras (Veja quadro).

No Rio

Os professores da UFRJ e da Rural do Rio não aderiram ao movimento paredista e encontram-se em “estado de greve”. Mas a adesão ao movimento cresce. Os professores da UFF aprovaram greve a partir de 29 de abril. E os professores da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) decidiram aderir à greve por tempo indeterminado a partir do dia 2 de maio.

Greve no Pedro II completa um mês

A greve no Colégio Pedro II, instituição que faz parte da Rede Federal de Educação Básica, Profissional e Tecnológica, completou um mês em 3 de maio. É o terceiro mais antigo colégio em atividade no país e contou ao longo de sua história com professores renomados na História do Brasil como Euclides da Cunha e aluno notórios como Manuel Bandeira.

Os professores e técnico-administrativos de suas unidades decidiram em assembleia realizada dia 20 de março aderir ao movimento nacional de greve marcado para 3 de abril pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe).

Os servidores da base do Sinasefe foram a segunda categoria da educação a aderir ao movimento paredista iniciado pelos técnico-administrativos em educação das universidades no dia 11 de março. A principal reivindicação desses trabalhadores da educação é reestruturação de carreira, reajuste salarial e recomposição orçamentária das instituições.

 

 

Professores em greve (Andes)

1-Universidade Federal do Rio Grande (FURG)

2-Universidade da Integração Internacional da Lusofonia AfroBrasileira (UNILAB)

3-Universidade Federal do Ceará (UFC)

4-Universidade Federal do Cariri (UFCA)

5-Universidade de Brasília (UnB)

6-Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

7-Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)

8-Universidade Federal de Pelotas (UFPel)

9-Universidade Federal de Viçosa (UFV)

10-Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)

11-Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

12-Universidade Federal do Pará (UFPA)

13-Universidade Federal do Paraná (UFPR)

14-Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB)

15-Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa)

16-Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)

17-Universidade Federal de Rondônia (UNIR)

18-Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

19-Universidade Federal de Roraima (UFRR)

20-Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ)

21-Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

22-Universidade Federal de Catalão (UFCAT)

23-Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB)

24-Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

25-Universidade Federal de Tocantins (UFT)

26-Univerisidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

27-Universidade Federal Fluminense (UFF)

28-Universidade Federal de Alagoas (UFAL)

29-Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (UFAPE)

30-Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)

31-Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)

32-Universidade Federal da Bahia (UFBA)

33-Universidade Federal do ABC (UFABC)

34-Instituto Federal do Sul de Minas Gerais Campus Pouso Alegre, Campus Poços de Caldas e Campus Passos

35-Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS)

36-Instituto Federal do Piauí (IFPI)

37-Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste-MG (IF Sudeste-MG) Campus Juiz de Fora, Campus Santos Dumont e Campus Muriaé

38-Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia SulRiograndense (IFSul) Campus Visconde da Graça

39-Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)

40-Universidade Federal de Campina Grande – Campus Cajazeiras (UFCG-Cajazeiras)

41-Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)

42-Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS)

43-Universidade Federal do Acre (UFAC)

44-Universidade Federal de Lavras (UFLA)

45-Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet-RJ)

46-Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio)

 

Adere em 5 de maio

Universidade Federal do Sergipe (UFS)

Adere em 6 de maio

Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR)

Universidade Federal de Goiás (UFG)

 

 

 

 

 

 

ANDES-SN mobiliza professores na luta por carreira e reajuste salarial

A FASUBRA Sindical e Comando Nacional de Greve prestam sua solidariedade às vítimas afetadas pela tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul.

Seguem informações oficiais do Governo do Estado com as formas possíveis de prestar suporte:

A Defesa Civil Estadual e as forças de segurança estão totalmente mobilizadas nos resgates de pessoas que ainda estejam em situação de risco. Por isso, ainda não estão sendo realizadas campanhas para encaminhamento de doações aos atingidos, tendo em vista que os estoques de alimentos, água e outros itens atendem às demandas dos municípios.

Neste momento, existe a necessidade de alguns itens específicos, como colchões, roupa de cama e banho (higienizados) e cobertores (higienizados).

Esses materiais já podem ser entregues no Centro Logístico da Defesa Civil Estadual, que funciona na Avenida Joaquim Porto Villanova, 101, bairro Jardim Carvalho, em Porto Alegre, e que atende no telefone (51) 3210 4255. Também é possível buscar informações sobre doações nos municípios.

Na avaliação da assembleia da categoria, é hora de fortalecer a mobilização para potencializar a pressão do movimento 

 

A greve dos técnicos-administrativos em educação na UFRJ continua e com uma agenda de atividades robusta que já está sendo posta em prática, mas que cresce a partir de segunda-feira, 6.

Fortalecer a distribuição de tarefas e ampliar a participação nas ações de mobilização foram as principais deliberações da assembleia realizada nesta quinta-feira, 2, simultaneamente nos três maiores campi da universidade: Fundão, Praia Vermelha e Macaé.

O segundo desabamento de uma parte do telhado do prédio da Escola de Educação Física e Desportos, na noite de 1º de maio, reforçou a necessidade de estudantes e professores engrossarem o movimento liderado pelos técnicos-administrativos iniciado em 11 de março.

Na maioria das falas de avaliação da greve foi repetida inúmeras vezes que “a nossa luta é em defesa das universidades, da educação pública de qualidade”.

Defesa da luta

A participação do Comando Local de Greve (CLG) e do Sintufrj na manifestação unificada no Dia do Trabalhador, no Parque Madureira, que contou com a presença expressiva de estudantes foi destacada. “O povo que nos ouviu no ato e na caminhada do viaduto Negrão de Lima até o shopping sentiu confiança ao saber que tem pessoas lutando nesse país”, disse o coordenador-geral do sindicato Esteban Crescente.

Na avaliação do dirigente, a greve está dando resultado. “Tínhamos dois bilhões e já estamos com três bilhões. Ainda não é o suficiente para a reestruturação da nossa carreira e o reajuste salarial que reivindicamos, pois as nossas perdas são enormes e nossa luta é pelos ativos e aposentados”, afirmou Esteban.

“Nossa greve é um raio de sol em meio a tempestade; talvez tenhamos que ser mais criativos nas redes sociais, passar nas salas de aulas, reforçar as ações da agenda de luta, intensificar a greve”, propôs Igor, do campus Praia Vermelha.

“Estamos sem pernas para cumprir a agenda de lutas, e necessário que a categoria amplie sua participação na greve. Quem sofre assédio moral de docentes e da chefia é porque está furando o movimento”, desabafou a coordenadora sindical Marli Rodrigues.

“Vamos chegar a dois meses de greve, portanto, estamos num  momento delicado e decisivo do nosso movimento. Não é hora de se vitimar, mas de convocar todo mundo para participar das ações da agenda de greve”, defendeu Agnaldo Fernandes. Ele propôs que o CLG organize debate sobre piso constitucional da educação e da saúde.

“Temos que ir às unidades e nas pró-reitorias convencer os companheiros que a nossa greve é legítima. Nem os grandes pensadores falam dos técnicos-administrativos; somente nós mesmos sabemos da nossa importância para as instituições de ensino”, lembrou Fernando Pimentel.

“Quem ama a UFRJ está em greve. É inadmissível continuar dando aulas nas condições em que se encontra a universidade”, pontuou Marisa Araujo.

“Nossa luta é também pela dignidade dos servidores e inclui mais orçamento para as instituições. Uma luta que exige muito a presença de todos”, afirmou Alzira Trindade. “Nossa capacidade de mobilização pode levar ao sucesso do movimento”, considerou Roberto Gambine, do Instituto de Doenças do Tórax (IDT).

Ele propôs que fosse feito um panfleto específico sobre a prestação de serviços dos técnicos-administrativos nas unidades de saúde da UFRJ (hospitais e institutos).

“É responsabilidade nossa intensificar nossas ações de greve”, admitiu Gilvan. Segundo Boaventura Souza Pinto, “o papel de cada um da categoria é divulgar porque estamos em luta e destacar que reivindicamos mais verbas para as universidades”. Para José Carlos (PR-6), o trabalho das comissões do CLG é que mobiliza. Na avaliação dele, “toda a comunidade universitária deve fazer greve, porque a universidade está caindo na cabeça de todos”.

Macaé agradeceu o apoio das companheiras e companheiros do Rio de Janeiro, que se deslocaram até o município para fortalecer o ato na praça Veríssimo de Melo, que constou de panfletagem e diálogo com a população sobre os motivos da greve, distribuição de livros e apresentação de um projeto sobre realidade virtual.

DCE presente

Geovane, representante do DCE Mário Prata e dos estudantes no Conselho Universitário se manifestou na assembleia para reafirmar o apoio da entidade estudantil à greve dos técnicos-administrativos: “Estamos lado a lado nessa mobilização que também é pela recomposição orçamentária, mais servidores e mais auxílio para os estudantes”. E também informar que “estão cobrando medidas acadêmicas da Administração Central para dar conta da demanda relacionada ao auxílio de acesso e de permanência dos alunos carentes. “Queremos que vocês pensem com a gente como assegurar o direito à universidade das pessoas das comunidades, cuja maioria é negra”, reivindicou a dirigente.

Informes  

A assembleia foi aberta com integrantes das comissões de trabalho do CLG informando sobre os encaminhamentos das últimas reuniões. A Comissão de Ética finalmente concluiu o texto do e-mail que enviará à Reitoria explicando as razões da greve e atualizando a listagem dos serviços essenciais, que incluirá desta vez a Divisão de Segurança.

Evitar pressões e constrangimentos nos locais de trabalho por chefes e docentes é o objetivo da comissão, cujo texto com as informações deverá ser enviado pela Reitoria aos responsáveis pelos setores de trabalho das unidades. Os servidores recém-ingressos na UFRJ são os que mais temem a adesão à greve, por temerem retaliação.

Outro ponto importante exposto na assembleia pela Comissão de Ética foi relacionado a avaliação socioeconômica dos estudantes, que tem a ver com o cumprimento dos editais deste ano das bolsas de auxílio. Inicialmente essa tarefa desempenhada pelos técnicos-administrativos não era considerada essencial, mas o tema será rediscutido, após uma reunião com a Pró-Reitoria de Políticas Estudantis.

 

 

 

 

 

 

 

Profissionais consideram proposta de reajuste de 2% como “assédio econômico”

A maioria das assembleias gerais dos trabalhadores da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) deliberou pela deflagração de greve, por tempo indeterminado, diante da proposta de reajuste de 2% apresentado pela empresa. A categoria está classificando o percentual como “assédio econômico”. Nas redes sociais a #AssédioEconômicoNão tem sido usada.

O movimento envolve trabalhadores de 17 estados e o Distrito Federal. Em Santa Catarina a greve foi iniciada dia 2 de maio.  Nos estados do Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Carlos-SP, Sergipe e Tocantins a paralisação será iniciada a partir da segunda-feira, dia 6 de maio.

Na última reunião de negociação, realizada dia 30 de abril, a direção da Ebserh apresentou um novo índice de 2,50% como alternativa à proposta inicial de 2,15%, rejeitada por maioria absoluta da categoria. Nesta mesa, a empresa ainda apresentou proposta de um acordo de ACT bienal, ou seja, que seria válido por dois anos. Sendo que no período de 01/03/2025 a 28/02/2026 ofereceria 80% do INPC do período. A proposta não foi suficiente para que as entidades nacionais representativas dos trabalhadores -Condsef/Fenadsef – apresentassem um novo posicionamento dos trabalhadores.

Até o dia 6 de maio a Ebserh se comprometeu a tentar um novo diálogo com a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest) com o objetivo de buscar melhora no percentual apresentado. A Condsef/Fenadsef reforçou que no próprio dia 6 a categoria pode fazer uma avaliação nova, caso a empresa tenha algo a apresentar de diferente e que possa dissolver o impasse instalado no processo de negociações do ACT 2024/2025.

Em comunicado, a Ebserh disse que vai ingressar com pedido de mediação no Tribunal Superior do Trabalho (TST). O indicativo de greve segue mantido.

No Antônio Pedro, representante da Ebserh falta a reunião

Uma audiência entre o Comando Local de Greve (CLG) do Sintuff, Reitoria e Ebserh, marcada para este 2 de maio, teve de ser cancelada devido a ausência da superintendente do Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap), Verônica Miranda. O Huap passou para a gestão da Ebserh há alguns anos.

A reunião trataria de diversos temas relacionados à greve e também à pauta de reivindicações local dos trabalhadores estatutários do hospital. A representação do Comando de Greve do Sintuff interrompeu qualquer diálogo com a administração sobre outros temas relativos à greve enquanto a categoria não for recebida conjuntamente pelas gestões da UFF e do Huap. O CLG denunciou que este foi o terceiro cancelamento de audiência.

SUPERINTENDENTE DO HOSPITAL ANTONIO PEDRO, DA UFF, não apareceu e reudnião com o Comando Local de Greve e Reitoria teve que ser cancelada

 

“Quantos desabamentos serão necessários?”, questionam estudantes da Escola da Educação Física e Desportos (EEFD) em vídeo divulgado na manhã desta quinta-feira, dia 2, no Instagram pela Atlética Acadêmica da escola e pelo DCE Mário Prata.

   

Fotos: Elisângela Leite

A comunidade da EEFD foi surpreendida esta manhã, dia 2, com a notícia do desabamento de mais um trecho da marquise (de cerca de dez metros) do prédio no bloco A, no corredor da Direção. O acidente foi às 22h15 de ontem, 1º de maio. Não houve feridos.  Oito meses depois da queda de um outro trecho marquise, em 6 de setembro de 2023, desta vez no bloco B, ainda em obras.

Quatro engenheiros do Escritório Técnico Universitário estiveram lá. O reitor Roberto Medronho também visitou o local.

“Como não se indignar diante do resultado tão evidente do sucateamento da universidade. Como ficar de braços cruzados?”, questionam docentes e técnicos administrativos, estes últimos em greve que tem como uma das pautas centrais a recomposição orçamentária das universidades.

   

Os destroços também se projetaram para dentro do prédio, no corredor onde ficam salas da direção. Não atingiu ninguém. A área até então era considerada segura, segundo os funcionários haviam sido informados. Não houve apenas o isolamento do corredor atingido. Toda escola está fechada. Em nota ao corpo social essa manhã, a direção informou o cancelamento das aulas no prédio. Sem previsão de reabertura.

O vice-diretor Alexandre Palma explicou que o acesso ao prédio – de servidores ou estudantes – foi fechado. “É um risco. Assim como foi ali, pode ser qualquer outra parte”, diz ele sobre o prédio, cercado pelos beirais. Segundo ele, pelo que consta, fruto de problemas numa obra realizada há 12 anos.

Ele conta que cinco profissionais (engenheiros e arquitetos) do Escritório Técnico Universitário (ETU), já estiveram no local com o reitor Ricardo Medronho, já tentando iniciar providências. “A gente entende que a UFRJ está sem dinheiro. Mas precisamos resolver essa questão”, diz ele.

Pelo que foi informado, deve começar na próxima à segunda a obra de escoramento do bloco B. Mas ainda não havia há previsão quanto aos demais trechos, nem como será com feito com as aulas que necessitam do espaço.

   

Já não é o primeiro

“Lamentável a situação da nossa UFRJ. É triste ver estas cenas ”. “O que deveria ser considerado inconcebível, está se tornando normal e “A universidade caindo aos pedaços e só os técnicos-administrativos em greve. Pior é quem não discute”. Estes foram alguns dos comentários após o ocorrido que repercutiu também e nas redes.

Luís Felipe Cavalcanti, assistente em administração da Direção da EEFD e representante técnico-administrativo no Conselho de Ensino de Graduação explicou que a estrutura colapsou. “Por sorte, não tivemos vítimas, não havia ninguém por ser feriado, mas denota um problema estrutural na UFRJ. Estamos em campanha salarial, por melhores condições de trabalho e é fundamental que a comunidade acadêmica se reúna, debata e encare a situação de precarização, de desmonte do serviço público, da educação pública, para que a gente possa, unido, fazer o enfrentamento necessário ao governo, ao Lira e a todo o mecanismo de desmonte da educação pública”, diz ele, convocando a comunidade a mobilizar suas categorias, “para que a gente possa defender a universidade de maneira altiva e digna”.

 

No Instagram, vídeo

No desabamento do outro trecho, que aconteceu durante as aulas, atingindo quatro salas, destroços e janelas também foram projetados para dentro. Mas sem feridos. Segundo funcionários, numa sala que estava ocupada, o professor escutou o estalo da estrutura e retirou a turma. A ala foi interditada.

O vídeo postado esta manhã pela Atlética e do DCE, estudantes mostram imagens de ambos os desabamentos e informam que o escoramento foi iniciado, mas não foi concluído e as obras também atrasaram.

Veja o vídeo em https://www.instagram.com/atletica_eefd_ufrj/

Trecho do vídeo que mostra o desabamento em 2023.

 

O mandato Luciana Boiteux (PSOL) em diálogo com a categoria e ciente da nossa luta está organizando uma audiência pública em apoio a greve! O lançamento da frente parlamentar em defesa das universidades, IFs, Pedro II e outras instituições representará mais visibilidade para nossas pautas e maior facilidade na articulação parlamentar.

As 14h na Câmara Municipal do Rio de Janeiro nesta segunda-feira, 6 de maio

SEG 06/05

  • 9h30: Concentração na entrada do Bloco A do CCS, seguida de caminhada dentro do prédio.
  • 14h: Audiência Pública sobre Carreira TAE na Câmara Municipal Rio

TER 07/05

  • 10h : Reunião na Odontologia, Sala de Graduação 1
  • 10h: Ato Unificado da Educação e da Saúde federal em greve no Instituto Nacional de Traumatortopedia
  • 13h: CLG específico para finanças no Espaço Cultural Sintufrj

QUA 08/05

  • 10h: Assembleia com pauta de prestação de contas, avaliação de greve e Fundo de Greve. Eleição delegados para o CNG/UFRJ.

QUI 09/05

  • 9h30: Consuni / Indicação de Dia Nacional de lutas nas Reitorias
  • 16h: Ato unificado do Fórum de Educação e Comandos de Greve no Largo do Machado

SEX 10/05

  • 9h30: CLG no Espaço Marlene Ortiz ao lado do Espaço Saúde Sintufrj
  • 14: Festa do mês do Trabalhador no Espaço Cultural

 

ASSEMBLEIA DESTA QUINTA-FEIRA, DIA 2. Calendário aprovado