O Fórum dos trabalhadores técnico-administrativos em Educação das Instituições Públicas do Rio, criado em 7 de fevereiro, se amplia e se fortalece com vistas à construção da greve do setor. Em segunda reunião, realizada nesta segunda-feira, 26 de fevereiro, o Sintuperj (Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas Estaduais do Rio de Janeiro) e o Sintifrj (Sindicato dos Trabalhadores do Instituto Federal do Rio de Janeiro) se integraram ao fórum, participando da discussão das estratégias para mobilizar a base.

A grande tarefa desta semana é a participação no protesto unificado dos servidores públicos dia 28, quarta-feira, às 16h, no Buraco do Lume, centro do Rio. A data faz parte do Dia Nacional de Luta e Pressão, Mobilização, Atos e Paralisações. Nesse mesmo dia ocorrera às 14h30 a reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) tendo como pauta a contraproposta unificada dos servidores (reposição das perdas salarias já para 2024), defendida pela bancada sindical integrada pelo Fonasefe, Fonacate e Centrais Sindicais.

Além do dia 28, nova agenda de lutas foi definida. Live simultânea nas redes sociais, dia 6 de março, às 10h, com representantes do Fórum. O objetivo é alertar para a importância de mobilizar para a construção da greve dos trabalhadores em educação no Rio por recomposição salarial e valorização da carreira. No dia 9 de março acontecerá plenária nacional da Fasubra para avaliação da mobilização e o indicativo da deflagração da greve dia 11 de março. A próxima reunião do Fórum será no dia 18 de março, às 14h, no Sintufrj.

Após a reunião do Fórum dos Trabalhadores Técnico-administrativos em Educação das Instituições Públicas do Rio, os coordenadores da Fasubra, Francisco de Assis, André Nascimento e Ivanilda Reis, fizeram um chamado a categoria para participar da agenda de lutas pela reposição salarial e valorização da carreira, com ato no centro do Rio nesta quarta-feira, 28, negociações com o governo e assembleias de indicativo de greve. O fórum reúne gora Sintufrj, Sintuff, Sintur, Asunirio, Sintuperj e Sintifrj. (Veja gravação).

A pauta em comum do Fórum é a defesa da democracia interna nas instituições de ensino públicas, recomposição das perdas salariais, valorização da carreira, fortalecimento da identidade de trabalhadores em educação, defesa das aposentadas e aposentados e recomposição dos orçamentos. Além disso, o combate à exploração capitalista e todas as opressões transversais como machismo, racismo, LGBTQIAP+, etarismo, capacitismo e intolerância religiosa.

O reitor Roberto Medronho convidou os parlamentares federais da bancada do Rio de Janeiro – deputados e senadores – para um café da manhã nesta segunda-feira, 26, no Salão Nobre da decania do Centro de Tecnologia com o propósito de expor em detalhes a grave crise financeira que a universidade está enfrentando e, pior, como isso se reflete no seu dia a dia, afetando inclusive a segurança de estudantes e trabalhadores.

Dos 50 parlamentares convidados estavam lá apenas Jandira Feghali (PcdoB), Tarcísio Motta (Psol), Gutemberg Reis e Otoni de Paula (MDB). Os deputados Reimont (PT) e Hugo Leal (PSD) mandaram assessores.

Medronho explicou que já há várias gestões vem se realizando cortes no orçamento em contraste com a grande produção em ensino, pesquisa e extensão da maior federal do país, entre as melhores em rankings nacionais e internacionais.

Depois de um vídeo institucional, o Reitor mostrou números: um gráfico com valores em queda livre desde 2011 (com alguma recuperação em 2024, mas ainda insuficiente), o déficit de despesas anteriores (em 2023 ficaram em R$ 66.510.432,76) e a insuficiência de recursos para o custeio (R$176.556.180,08 em dezembro de 2023).

Medronho apresentou imagens das precariedades que os prédios da instituição enfrentam (como os da Educação Física, Eba, Ifcs, Letras). Em seguida falou da enorme dificuldade no cuidado com os prédios tombados.

Casos graves

Um dos quadros apresentados por Medronho mostra o tamanho do problema. “De acordo com a metodologia utilizada foi estimado a necessidade de um investimento no valor de R$795.781.041,00 para realizar a reabilitação predial dos 514.816 m² que foram avaliados em 2023. Dessa estimativa R$567.354.439,00 (71%) são necessários para reabilitar as anomalias do tipo grave que representam situações de risco imediato para os usuários dos imóveis”, expôs o Reitor.

Resultados

“Isso é dramático. Essa universidade já viveu momentos anteriores em que queriam apagar a universidade. E nós acompanhamos todos esses processos”, disse Jandira Feghali, comentando que se deve buscar, de fato, crédito suplementar para a instituição possa se manter.  Ela relacionou uma série de iniciativas que precisam ser tomadas, como ações junto ao Ministério da Educação e defender um orçamento, para o ano que vem, para que a universidade não esteja submetida a situação que está hoje.

Diante da gravidade da situação, os parlamentares se comprometeram com algumas iniciativas como uma tentativa de uma audiência direta com o ministro da Educação e com o presidente Lula.

“Eu, na Comissão de Educação, devo apresentar o requerimento logo assim que a Comissão se instalar para aprovar essa audiência pública (para discutir a situação da UFRJ)”, afirmou Tarcísio Motta. O reitor ficou de articular uma carta com os diretores e toda comunidade acadêmica da UFRJ, um documento que sirva para unificar a bancada e pressionar o governo a receber representantes da universidade. “O que não dá é para aceitar essa situação. Nós precisamos conquistar mais recursos”, comentou Tarcísio Motta.

O reitor comemorou que o Sintufrj, o DCE Mário Prata, professores, técnicos, alunos, diretores e decanos estivessem presentes na atividade convocada pela reitoria com a reivindicação de que haja a recomposição do orçamento. Ele avaliou também como muito importante propostas como a reunião com uma comissão de deputados que podem ajudar num encontro com o presidente Lula para levar a situação da UFRJ.

BANCADA DE PARLAMENTARES no Salão Nobre da Decania do CT: UFRJ no centro das preocupações

 

 

Deputados da bancada federal do Rio na Câmara receberam documento de dirigentes acerca das negociações com o governo

Coordenadores do Sintufrj e da Fasubra, lideranças de outros sindicatos de universidades e institutos federais e militantes da base da categoria entregaram a parlamentares federais da bancada do Rio de Janeiro presentes em evento convocado pela Reitoria para debater a crise orçamentária da UFRJ (veja matéria neste site), na manhã desta segunda-feira, 26, documento subscrito em que pedem apoio para sua luta pelo aprimoramento da Carreira e por recomposição salarial.

Estavam lá Jandira Feghali (PcdoB), Tarcísio Motta (Psol), Gutemberg Reis e Otoni de Paula (MDB), e assessores dos deputados Reimont (PT) e Hugo Leal (PSD).

No documento, dirigentes informam que a Mesa Específica e Temporária de Negociação para a Reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE) foi instalada em setembro; Fasubra Sindical e o Sinasefe apresentaram sua proposta de aprimoramento do PCCTAE e, desde então, aguardam a contraproposta do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).

“O aprimoramento do PCCTAE impactará positivamente no funcionamento das Instituições Federais de Ensino que hoje sofrem com os resultados da precarização da carreira que resulta em evasão de servidores, em especial de novos concursados, sobrecarga de trabalho e adoecimento dos servidores e servidoras técnico-administrativos em Educação. A tudo isso soma-se o processo de terceirização dos fazeres e atividades dessa categoria, prejudicando os processos de ensino, pesquisa, extensão, assistência e gestão”, diz o texto.

Outras carreiras já firmaram acordo em suas mesas de negociação e algumas já receberam propostas do Governo Federal, informa o texto em que as entidades – Fasubra, Sintufrj, Sintur, AssuniRio e Sintufff assinam o texto – solicitam apoio à reivindicação de que o governo apresente a contraproposta.

Parlamentares se posicionam em apoio à reestruturação da Carreira

Os coordenadores do Sintufrj, da Fasubra, das demais entidades e militantes da base se revezaram na entrega do documento aos parlamentares e assessores. Os deputados destacaram a importância da valorização da Carreira dos técnicos-administrativos para as instituições federais de ensino e comprometeram-se a apoiar a causa.

Veja o que disseram algumas das lideranças

“Seguindo orientação da Fasubra, estamos vindo junto a parlamentares pedindo apoio para reestruturação da nossa Carreira.  Essa atividade é muito importante porque estão aqui representantes de sindicatos de todo Rio de Janeiro, numa atividade chamada pela Reitoria (da UFRJ) para discutir orçamento com a presença dos parlamentares. Vamos falar com parlamentares, entregar nosso documento e fazer pressão para garantir a reestruturação de nossa carreira. É muito importante que todas as entidades façam estas atividades em seus estados, que procurem parlamentares e peçam apoio.”, disse Ivanilda Reis, coordenadora-geral da Fasubra.

Regina Souza, coordenadora-geral do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas do Estado do Rio de Janeiro, a UERJ e a UENF (Sintuperj), avaliou: “Essa reunião é de máxima importância porque nossa Carreira parou. O serviço é feito pelas mãos do servidor, essencial para a população, assim como o princípio essencial da saúde e da educação. Nossas universidades têm hospitais universitários. Então trabalhamos na formação, mas também no atendimento à saúde da população. Nós merecemos reconhecimento. Nós, da UERJ, embora tenhamos nossa carreira, estamos tentando uma reformulação de nosso plano e estamos sempre pedindo a ajuda dos parlamentares federais para que possamos também ser vistos”, comentou.

Roberta Cacciano, coordenadora-geral do Sindicato dos trabalhadores e trabalhadoras dos Institutos Federais do Rio de Janeiro, explicou “O sindicato dos trabalhadores do Instituto Federal, tem se feito presente nessa luta também, em conjunto com os companheiros e companheiras das universidades. Apesar de nós termos aí nossa carreira específica para o caso de docente, que é a carreira EBTT, temos também servidores e servidoras da carreira do magistério superior, mas o grosso do nosso corpo docente entra no Serviço Público Federal através da carreira EBTT e com muita força temos nos organizado aqui junto a nossa base para ampliar, amplificar essa luta pelos direitos, pela reestruturação da carreira dos nossos técnicos-administrativos. “É imprescindível nesse momento que nós, trabalhadores e trabalhadoras dos institutos federais, possamos atuar e lutar de maneira conjunta, em unidade, com os representantes e os companheiros das universidades. A nossa luta pela educação é uma só, em defesa do povo brasileiro. Nós dos sindicatos estamos numa comunicação constante, ocupando as ruas, as redes, fazendo pressão aí nos parlamentares, uma frente importante da nossa luta, que hoje teve um episódio marcante na UFRJ, para garantir esses direitos”.

Maurício Marins, na Coordenação Geral do Sintur, sindicato da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, conta: “Estamos aqui nesse momento tão importante, nesse evento aqui na Universidade Federal do Rio de Janeiro, aqui no Fundão, onde participamos de um ato muito importante, com parlamentares da bancada federal do Rio de Janeiro e alguns assessores. A gente entregou as nossas demandas, as nossas reivindicações que apresentamos para o governo. Eles se inclinaram às nossas demandas e é justamente isso que a gente precisa, de apoio junto ao Congresso, para que possamos ser atendidos com a reestruturação da carreira e com a recomposição salarial que a gente já não tem há bastante tempo”.

CAFÉ DA MANHÃ NA UFRJ reuniu dirigentes sindicais, parlamentares e o reitor Roberto Medronho

 

 

 

 

 

 

 

 

A indignação tomou conta do ato unificado dos servidores públicos federais no Buraco do Lume na tarde desta quinta-feira (22) quando o coordenador-geral do Sintufrj, Esteban Crescente, anunciou que na 3ª reunião da Mesa Específica para discutir o PCCTAE em Brasília o governo não apresentou nenhuma proposta.

Em ato contínuo, trabalhadoras e trabalhadores iniciaram uma marcha até a Cinelândia. “Vamos pegar nossas faixas e ocupar a rua para mostrar nossa insatisfação”, convocou Esteban, dando o tom da manifestação a partir daquele momento.

“Não podemos assistir calados ao fim do serviço público, ao sucateamento das universidades e a desvalorização dos trabalhadores em educação. Estamos aqui unidos para garantir nossos direitos. Nenhum direito a menos”, anunciou o coordenador de Comunicação do Sintufrj, Cícero Rabelo.

A reestruturação da Carreira, tema dessa mesa que o governo frustrou, é fundamental para o futuro dos técnicos-administrativos em educação.

A reunião desse dia 22 no Ministério da Gestão e Inovação (MGI) foi referência para as entidades de servidores convocarem para esta quinta-feira o Dia Nacional de Luta pela Educação. Na UFRJ, a movimentação envolveu panfletagens em unidades hospitalares e manifestação no Consuni (confira na matéria no site).

Na concentração do ato no Buraco do Lume, Esteban Crescente buscou diálogo com a população, explicando os motivos da campanha salarial.

“Alô trabalhadora e trabalhador pegue um panfleto para entender nossas reivindicações. Durante sete anos tivemos perdas de direitos. E nossa campanha é para recuperar direitos. Direitos dos servidores e direitos para a população. É um protesto unificado nacional que busca a valorização dos servidores. Estamos aqui para falar para a população a importância dos serviços público. Sem eles a população, principalmente a mais empobrecida, fica mais prejudicada. Estamos lutando também pela recomposição do orçamento das universidades públicas e por mais investimentos sociais. Precisamos de mais empregos e salários dignos”, anunciou o dirigente do Sintufrj. (FOTOS ELISÂNGELA LEITE)

Outra negociação
Na próxima quarta-feira (28), o Fórum das Entidades Nacionais de Servidores Federais (Fonasefe), do qual a Fasubra faz parte, o Fórum Nacional de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate) e centrais sindicais se reúnem novamente com o MGI para discutir o reajuste salarial do funcionalismo federal e demais pontos da pauta unificada.

Os reitores e reitoras das universidades federais brasileiras manifestam apoio à proposta de reestruturação da Carreira do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE) apresentada pela Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil – Fasubra na reunião do Conselho Pleno da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior, realizada na manhã dessa quinta-feira (22).

Em 2005, o estabelecimento desse plano reconheceu a importância dos servidores técnico-administrativos em educação das universidades e dos institutos federais. Contudo, compreende-se que a evolução do ambiente educacional demanda a reestruturação da carreira para atender às crescentes demandas da comunidade acadêmica.

A Andifes tem convicção de que a reestruturação do PCCTAE transcende as fronteiras internas das universidades, ecoando por todo o cenário educacional brasileiro. Uma carreira robusta e equitativa para os servidores técnico-administrativos não só impulsiona o crescimento pessoal e profissional desses colaboradores, mas repercute de forma positiva na excelência do ensino, da pesquisa e da extensão, na igualdade salarial e na atratividade do serviço público em sua totalidade.

Expressamos, portanto, total apoio à reestruturação do PCCTAE e incentivamos a colaboração construtiva de todas as partes envolvidas. É por meio desse esforço conjunto que fortaleceremos a educação pública e reconheceremos o papel vital dos servidores técnico-administrativos na construção de um Brasil melhor e mais justo.

 

 

 

Colegiado aprova por unanimidade moção proposta pela reitoria em apoio à luta

Nesta quinta-feira, 22 de fevereiro, Dia Nacional de Paralisação dos técnicos-administrativos em educação, 22 de fevereiro, com a organização de atos em Brasília e nos estados e, seguindo a orientação da Fasubra, priorizando as reitorias e redes sociais, servidores da UFRJ, coordenadores do Sintufrj e da Fasubra foram ao Conselho Universitário num ato em defesa da pauta da categoria.

A coordenação do Sintufrj realizou uma série de reuniões nas unidades nos últimos dias e, deste o início desta manhã, o grupo percorreu diversos setores dos hospitais universitários disseminando a importância da mobilização para conquista das reivindicações: a recomposição salarial e a necessária reestruturação do PCCTAE, a nossa Carreira, hoje em pauta na 3ª Mesa Específica e Temporária com o Ministério de Gestão e Inovação.

A Fasubra aponta que este dia é uma data central para radicalizar e intensificar as ações e a pressão para que o governo responda as demandas da categoria.

No Consuni

Distribuindo o boletim com informações sobre as mesas de negociação, as entidades solicitaram fala no colegiado. Mas, exaurido o tempo do Expediente (parte da sessão em que se trata de temas gerais antes da ordem do dia), o reitor Roberto Medronho informou que, regimentalmente, não seria possível. Mas o Sintufrj insistiu e a Reitoria, afirmando compreender a importância do momento, levou o pedido à voto no Consuni, aprovado sem abstenções ou votos contrários.

O coordenador-geral Esteban Crescente saudou os técnicos-administrativos que responderam à convocação do Sintufrj para as atividades de mobilização que começaram logo no início da manhã nos hospitais, grande parte, caravaneiros (“trabalhadores e trabalhadoras que lutaram durante essas últimas décadas em Brasília, pressionando o governo de diferentes por conquistas, tanto do ponto de vista da carreira quanto do orçamento dessa universidade”). Segundo ele, sem mobilização, sem a luta organizada, coletiva não se altera a realidade.

“E esses companheiros e companheiras que estão aqui, em grande parte, têm uma herança de um reitor que estimulou muito isso, Horácio Macedo. Então, eu queria pedir uma salva de palmas para o reitor, ao ver que os trabalhadores que aqui faziam a universidade existir deveriam permanecer como estatutários, dentro do regime jurídico único. E ele foi às ruas com esses trabalhadores e trabalhadoras”, disse, explicando que, no dia de paralisação, a categoria está em ação, dialogando, panfletando.

O coordenador da Fasubra Francisco de Assis informou que a categoria está em dois processos de negociação com o governo: a pauta geral e a específica. Mas também em defesa da universidade pública, e que a Federação também tem buscado articulação com parlamentares pela questão do Orçamento e por apoio para a Carreira que, na base da pirâmide salarial do Executivo, sofre a perda de quadros, embora seja segmento tão importante para a instituição. Segundo ele, naquele momento, em outras universidades acontecia o mesmo movimento de buscar das Reitoria apoio para a valorização da Carreira e da categoria.

Consuni aprova moção

O reitor Roberto Medronho leu nota (distribuído pela Reitoria ao Consuni) de apoio aos servidores que propôs transformar-se em moção do colegiado divulgando a questão para a sociedade, aprovada por unanimidade seguida de uma salva de palmas, o texto será publicado ainda hoje no site da instituição.

No texto, construindo com apoio da Pró-Reitoria de Pessoal, a Reitoria destaca as reduções sucessivas de recursos, principalmente depois de 2016, não apenas no orçamento de custeio e capital porque a situação dos ocupantes do PCCTAE também está afetando o funcionamento da UFRJ porque baixos salários e falta de perspectivas de crescimento na carreira gera desmotivação e evasão.

“As universidades precisam de técnicos-administrativos em Educação cada vez mais preparados… para garantia de sua função social … A realidade que vivemos na universidade nos impõe, além de apoiar a mobilização do movimento dos TAE para o aprimoramento e reestruturação de sua carreira, uma necessária militância em favor de medidas emergenciais de valorização salarial de um debate ativo sobre mudanças que adequem o PCCTAE ao mundo do trabalho nas universidades federais”, conclui o texto.

Sintufrj na reunião com parlamentares

Esteban informou que houve compromisso do reitor de que o Sintufrj, na reunião convocada com a reitoria com parlamentares (deputados e senadores) da bancada do Rio – na segunda-feira, dia 26 – da participação da entidade para divulgar a necessidade de aprimoramento da Carreira. O coordenador destacou que por 70 mil votos, a reestruturação da Carreira foi eleita a terceira mais votado, entre 9 mil propostas apresentadas pela sociedade do Plano Plurianual participativo.

 

Ato na sessão do Conselho Universitário de hoje reuniu servidores organizados pelo Sintufrj para propagar a pauta da campanha de Recomposição Salarial e aperfeiçoamento da Carreira. As ações no Consuni foram precedidas de panfletagem nas unidades hospitalares e, na sequência deste dia de paralisação, os trabalhadoras e trabalhadores da UFRJ vão participar do protesto unificado dos servidores federais no Buraco do Lume, agora à tarde, no Centro do Rio. Fotos: Elisângela Leite

Consuni na Escola de Química.
Rio, 22/02/24
Fotos de Elisângela Leite

Mobilização nas Unidades Hospitalares da UFRJ.

Mobilização nas Unidades Hospitalares da UFRJ.
Rio, 22/02/24

Corte britânica julga se jornalista será extraditado para os EUA

Com informações da Agência Brasil

Na terça-feira (20) e nesta quarta-feira (21), manifestantes se reuniram no Rio de Janeiro e em algumas capitais brasileiras para pedir pela sua liberdade para exigir a liberdade do jornalista Juian Assange cujo destino está sendo decidido por uma corte judicial no Reino Unido. Aqui no Rio o grupo se concentrou a partir de 17h na terça em frente ao Consulado Geral Britânico, na Praia do Flamengo, na zona sul da capital fluminense. Outros atos também foram convocados em São Paulo, Porto Alegre e Curitiba.

Julian Assange é fundador da plataforma WikiLeaks, que se tornou conhecida mundialmente em 2010 quando publicou diversos documentos sigilosos do governo dos Estado Unidos. Entre eles estavam registros secretos do exército do país, inclusive sobre violações de direitos humanos nas guerras do Afeganistão, iniciada em 2001, e do Iraque, em 2003. O conteúdo atraiu o interesse de veículos da mídia tradicional de diversas nações e gerou grande repercussão mundial. Desde então, Assange se tornou alvo de investigações criminais nos Estados Unidos.

Nos anos seguintes, a divulgação de outros documentos manteve o WikiLeaks em evidência. Em 2015, por exemplo, novas publicações revelaram que a então presidenta brasileira Dilma Rousseff e outros componentes de seu governo foram alvos de espionagem pelos Estados Unidos.

Assange passou um período na Suécia, onde chegou a ser alvo de uma acusação por estupro, posteriormente arquivada. Mas em decorrência desse processo, ele foi preso em Londres. No entanto, conseguiu obter liberdade condicional e buscou abrigo na embaixada do Equador, situada na capital inglesa. Lá ficou por quase sete anos. Ele recebeu asilo diplomático do governo equatoriano, mas a condição foi revogada após mudanças no comando do país latino-americano. O então presidente Lenin Moreno chegou a classifica-lo como “terrorista cibernético”. Sua decisão, tomada em 2018, abriu a brecha para sua prisão pela polícia inglesa em 2019. Desde então, ele encontra-se sob custódia em uma unidade de segurança máxima.

Em 2022, o Reino Unido aprovou a extradição de Assange para os Estados Unidos, onde ele foi acusado com base na Lei de Espionagem, que foi promulgada há mais de cem anos para condenar espiões e traidores da pátria durante a Primeira Guerra Mundial. A pena pode chegar a 175 anos de prisão. Organizações internacionais de direitos humanos, críticas do processo, alegam que seria o primeiro caso de um jornalista denunciado com base nesse dispositivo.

Desde que foi aprovada a extradição, Assange vem recorrendo. Nesta terça-feira (20), a Suprema Corte do Reino Unido analisa novo pedido da defesa. O julgamento se estende até esta quarta-feira (21). Uma decisão desfavorável pode esgotar no país as suas chances para impedir a extradição. Ele ainda pode obter sucesso no Tribunal Europeu de Direitos Humanos.

Atos em apoio ao jornalista foram marcados em diversos países. No Brasil, as manifestações foram convocadas por diferentes entidades e movimentos sociais, através de suas redes sociais e de seus sites. A Associação Brasileira de Imprensa (ABI), que integra a mobilização, considera que a prisão do jornalista configura um ataque à liberdade de imprensa.

“Se Assange for extraditado, se abrirá perigoso precedente legal. Qualquer pessoa poderá ser extraditada: jornalista, editor, denunciante, qualquer um, pois, nem mesmo a defesa do interesse público estará assegurada em um julgamento de espionagem. Na prática, o que está em julgamento é o direito de imprensa, de informação e de dissenso em nível internacional”, registra nota divulgada no site da entidade.

Manifestantes pedem a liberdade de Julian Assange, fundador do Wikileaks – Fernando Frazão/Agência Brasil

Manifesto fala em defender presidente contra ‘vozes mais reacionárias do planeta e de nosso país, cúmplices do genocídio comandado pelo governo Netanyahu’

REDAÇÃO OPERA MUNDI

O Comitê Popular do Centro de São Paulo lançou nesta segunda-feira (19/02) o abaixo-assinado “Lula tem razão”, que tem como objetivo apoiar a declaração feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia anterior.

A iniciativa se refere às palavras do presidente qualificando a ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza como um “genocídio” e comparando a situação dos palestinos residentes no território com a dos judeus que enfrentaram a política de extermínio nazista na Alemanha dos Anos 30 e 40.

A campanha criou o seu próprio site (www.lulatemrazão.com) para reunir as assinaturas a favor do que descreve como “histórica declaração do presidente Lula em Adis Abeba, na Etiópia, deixou ainda mais claro e evidente o genocídio praticado pelo governo Netanyahu contra o povo palestino”.

A declaração mencionada foi realizada neste domingo (18/02), durante coletiva de imprensa após a participação do presidente na 37ª Cúpula da União Africana. Lula afirmou que “o que está acontecendo hoje com o povo palestino não tem precedentes na história do mundo. Na verdade, houve um momento em que Hitler decidiu matar os judeus”.

A declaração mencionada foi realizada neste domingo (18/02), durante coletiva de imprensa após a participação do presidente na 37ª Cúpula da União Africana. Lula afirmou que “o que está acontecendo hoje com o povo palestino não tem precedentes na história do mundo. Na verdade, houve um momento em que Hitler decidiu matar os judeus”.

“Ao comparar as práticas criminosas do regime sionista com os métodos nazistas do Holocausto, apontou para o mundo, de forma muito clara, a dimensão da tragédia humanitária em curso”, afirma o texto do abaixo-assinado a favor do presidente.

A ofensiva militar israelense à Faixa de Gaza, iniciada em 7 de outubro de 2023, já produziu mais de 29 mil mortes civis, entre as quais se incluem 13 mil crianças, segundo estatísticas oficiais de entidades de apoio aos refugiados palestinos. Estima-se também que há cerca de 8 mil corpos desaparecidos sob escombros, o que elevaria o total de vítimas a mais de 37 mil. Esse número representa cerca de 1,68% da população do território palestino, que é de aproximadamente 2,3 milhões de pessoas.

Em outro trecho, o manifesto alega que “o Estado de Israel não pode usurpar e desrespeitar a memória judaica do sofrimento nos campos de extermínio para agredir, de forma semelhante, a um outro povo”.

Ao concluir, o texto ressalta que “contra as palavras do presidente Lula, erguem-se as vozes mais reacionárias do planeta e de nosso país, cúmplices do genocídio comandado pelo governo Netanyahu”.

“Em solidariedade ao líder do povo brasileiro, subscrevemos esse manifesto. Presidente Lula, ao seu lado estão os povos do mundo, as forças democráticas e o que a humanidade tem de melhor”, diz o abaixo assinado, em seu parágrafo final.

 

Reunião desta sexta-feira 16 no Rio de Janeiro mostrou força e representatividade para as ações da próxima semana. Objetivo: pressão no governo dentro da campanha salarial

Esta sexta feira diversos sindicatos de categorias de servidores públicos federais se reuniram para tratar as orientações do Fonasefe (o Fórum nacional de servidores federais) para a organização dos atos unificados na quinta-feira (22) e na quarta-feira (28) quando vão se desenrolar em Brasília negociações com o governo.

A reunião de agora há pouco ganhou fôlego pela representatividade.  Veja algumas das entidades presentes: Sintufrj, Sindisep-RJ, Andes-RJ, Sintifrj, Sintur-RJ, Sintuff-Rj, Aduff-RJ, Assibge-SN, Sepe-RJ, Sinasefe Iff, Sindscope, Assines Ssind, Sindiserf, Asfoc-SN e outros.

O Sintufrj teve papel protagonista na convocação da reunião, a partir da compreensão da necessidade de unidade na luta para conquistar ganhos salariais. Esteban Crescente e Nivaldo Holmes, coordenadores do sindicato, estavam presentes.

Protestos unificados vão acontecer nos dias 22 e 28 às 16h no Buraco do Lume, Centro do Rio, ao lado do novo prédio da Alerj.

O dia 22 é dia de mesa nacional de negociação da Carreira dos Trabalhadores Técnicos Administrativos em Educação em Brasília. Neste dia, as entidades sindicais da educação federal convocaram um Dia Nacional de Lutas. Também neste dia haverá paralisação da categoria na UFRJ, como decidiu assembleia da categoria.

 

 

Coordenadora-geral do Sintufrj e representante técnico-administrativa no colegiado, Marta Batista alerta observou: para construir uma gestão participativa, horizontalizada, democrática, é preciso ter dados de maneira mais clara”, alertou ao colegiado.

O Conselho Universitário, reunido nesta quinta-feira, 8, escutou a explanação do professor João Carlos Ferraz, integrante do Grupo de Trabalho para acompanhar o Projeto para Utilização e Valorização dos Ativos Imobiliários da UFRJ (autodenominado) sobre o andamento e metodologia para a negociação do edifício Ventura Corporate Towers, imóvel enormemente valorizado na Avenida Chile, Centro.

A exposição  não acarretaria, segundo a Reitoria, naquele momento, nenhuma deliberação. Mas é a largada desta etapa do projeto no Consuni e deve retornas nas próximas sessões.

Críticas

“Não pode ser a solução da universidade alienar patrimônio. Quais tem sido as movimentações da Reitoria (para lutar por recursos)?”, questionou a estudante Camile Paiva, criticando a lógica imposta ao serviço público de sempre viver no gargalo. E lembrando que no IFCS e em outros lugares, no verão os estudantes  estão dentro de “saunas de aula”. A ampliação do debate, segundo ela, vai além das reuniões nas decanias, fundamentais mais insuficientes para que de fato se ouça a comunidade acadêmica.

A estudante Isadora Camargo completou lembrando a importância da UFRJ como ponta de lança na luta pela recomposição orçamentária. Momento antes, ela havia citado como exemplo, a conquista pelo DCE Mário Prata – com mobilização, denúncia e até ocupação da unidade pelos estudantes – da emenda parlamentar do deputado Glauber Braga de R$1,5  milhão para recuperação do prédio do IFCS-IH, no Largo de São Francisco, apesar de alertar que o valor é inferior às necessidades de recuperação urgente.

Ponta de lança

A representantes dos técnicos-administrativos foi taxativa Marta Batista, coordenadora-geral do Sintufrj: “A Educação precisa ser de fato um projeto de Estado, o que nunca aconteceu. Sempre estivermos imersos num Estado colonizado, depois, um Estado capitalista e é até hoje um Estado com políticas profundamente neoliberais, inclusive na educação. E se é verdade que a gente lutou muito, inclusive para tirar o governo fascista, que odiava a ciência da institucionalidade, é verdade também que a gente tem uma grande luta ainda contra o centrão e a extrema-direita. Por isso a gente nunca tem prioridade no orçamento, que tudo é com muita luta, e é por isso que a gente, enquanto o movimento cobra, e vai continuar cobrando, que a Reitoria tenha uma postura de ponta de lança na luta e na cobrança pública, por mais orçamento público para as nossas universidades e para as nossas instituições”, disse, colocando que a categoria espera o aprofundamento do debate e que não seja como no caso do Equipamento Cultural de Multiuso e o da Ebserh.

“A gente não pode esquecer como foi a aprovação do Equipamento Cultural de Multiuso, que nem sequer os contrários puderam se manifestar, foi em meio ao protesto no Consuni, foi em meio a um debate completamente atropelado.  E a Ebserh também, no voto secreto, atropelando. O processo de diálogo fica facilitado quando a gente não está adiante de um trator passando o tempo inteiro por cima da gente e impondo prazos e fazendo manobras, não fazendo debate de maneira pública. Então, acho que essa metodologia de conduzir as coisas, a falta de transparência, a falta de democracia, ela também determina bastante das relações e de como que se dão os debates” criticou explicando que a categoria vai aprofundar o debate nos seus fóruns (o sindicato vai promover os debates) e que é preciso esclarecer aspectos como , a ordem dos valores envolvidos e o montante do investimento.

Por dados claros

“A gente precisa entender qual que é o plano de investimento da reitoria para não ficar trabalhando com expectativas. Todo mundo fica atraído por essa expectativa de um dinheiro, mas que, na verdade, a gente acaba sempre nessa lógica de um cheque branco e a gente, para construir uma gestão participativa, horizontalizada, democrática, precisa ter os dados de maneira mais clara”, ponderou a conselheira.

Debate

“Todas as outras contrapartidas, elas serão também discutidas entre nós. Nós vamos definir quais os lugares que temos para investir caso a alienação seja exitosa. Agora, para finalizar, realmente espero que os movimentos oposicionistas, naturais e democráticos, se manifestem, venham ao Consuni, batam bumbo, mas eu não posso aceitar, em nome da institucionalidade, em nome da democracia, que os conselheiros sejam impedidos de falar. Quando se impede que o outro fale, há, sim, a violência verbal. O debate vai se ampliar cada vez mais agora. Precisamos tomar esta decisão. Mas, no momento da decisão, este reitor assegurará a fala de todos os conselheiros. E, no limite, convocarei uma sessão remota”, anunciou.

 Pedido emergencial a Lula

O decano do CCS Luiz Eurico, apresentou proposta de moção (já aprovada no Conselho do CCS) que aponta graves problemas estruturais no centro e em toda universidade. Agravados pelas últimas chuvas.

Na moção, aprovada pelo colegiado, reivindicam que o reitor, junto com os demais dirigentes da Ifes, se reúna com o presidente Lula para levar os graves problemas vividos pelas Instituições Federais de Ensino, solicitando recursos emergenciais

UFRJ recorre a parlamentares

O reitor Roberto Medronho reforçou o convite para a reunião com os parlamentares no dia 26 de fevereiro (sexta-feira) às 9h (o local ainda será anunciado). Segundo ele, já confirmaram a presença dois dos três senadores, e 25 dos 49 deputados federais da bancada do Rio, de todo espectro político e que a ideia é apresentar a dimensão da UFRJ e sua produção: “Vai ser um momento importante porque a bancada,  pode nos ajudar muito na luta em defesa de um orçamento mais adequado para a universidade”.

MARTA BATISTA. Defesa da integridade do patrimônio da UFRJ

Gil doutor da UFRJ

O Conselho Universitário aprovou, também na sessão do dia 8 de fevereiro,  a concessão, por aclamação, do título de Doutor Honoris Causa ao compositor, cantor e poeta e ex-ministro da Cultura Gilberto Gil.

A proposta foi apresentada pela Escola de Música e aprovada por unanimidade no Conselho de Coordenação do Centro de Letras e Artes em outubro.

O parecer indicando a aprovação relaciona diversos momentos importantes da trajetória de Gil para confirmar a notoriedade “artística multifacetada nos cenários nacional e internacional” e sua grande influência na música popular brasileira.

O texto lembra que “Gilberto Gil é conhecido não apenas pelo seu talento musical, mas também por seu ativismo político e engajamento em questões sociais” e que a sua discografia é “uma crônica musical da sociedade, fornecendo uma análise crítica dos problemas e desafios enfrentados pelo Brasil e pelo mundo”.

Gil nasceu em 26 de junho de 1942 em Salvador. Foi ministro da Cultura entre 2003 e 2008 e foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 2021. Foi um dos ícones da Tropicália, movimento artístico surgido na década de 1960.

A UERJ também aprovou a concessão do mesmo título a Gil no dia 2 de fevereiro. O título da UFRJ deve ser entregue em abril.

Trajetória

Alguns dos momentos destacados o parecer apresentado por Clynton Lourenço Correa:

– No início dos anos 1960 mudou-se para São Paulo e vivenciou o movimento de bossa nova e participou ativamente do núcleo fundante da Tropicália (movimento brasileiro de ruptura cultural que, na música, tem como marco o lançamento do disco Tropicália ou Panis et Circensis).

– A participação de Gilberto Gil no festival de música promovido pela Rede Record, em 1967, foi fundamental para a consolidação do Tropicalismo. Com Os Mutantes cantou “Domingo no parque”, de sua autoria, que obteve o 2º lugar.

– Ao longo de mais de cinco décadas de carreira, mostrou-se um músico versátil, sempre experimentando e se reinventando.

– Através de sua música, transmite mensagens sociais e políticas relevantes, tornando-o um verdadeiro ícone da música brasileira e um artista atemporal.

– Com mais de 50 álbuns lançados, sua obra abrange uma vasta gama de estilos, desde a bossa nova até o reggae, passando pelo samba, o rock e a música nordestina.

– Suas letras poéticas e engajadas dialogam com questões sociais, políticas e culturais, tornando sua discografia não apenas musicalmente rica, mas também reflexiva e relevante para seu tempo;

– Ao longo de sua carreira, Gilberto Gil abordou temas como desigualdade social, racismo, questões ambientais, política e identidade cultural.

– Durante a ditadura, foi um defensor dos direitos humanos e da liberdade de expressão, enfrentando censura e perseguição.

– Foi responsável pela implementação do Plano Nacional de Cultura, que estabeleceu diretrizes para o desenvolvimento cultural do país.

Prêmios nacionais e internacionais

– Título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Nova de Lisboa e Instituto Federal da Bahia (2023) e pela Universidade de Aveiro (2006);

– Membro da Academia Brasileira de Letras (2022);

– Dois prêmios no Grammy Latino por ‘Melhor Álbum de Música Popular Brasile0ira’ com ‘BandaDois’ e ‘Melhor Álbum de Músicas de Raízes Brasileiras’, por ‘Fé na festa’ (2010);

Livros

“O poético e o político. E outros escritos” (1988) com Antonio Riserio; “Gilberto Bem perto” (2013) com Regina Zappa; “Cultura pela palavra” (2013) com Juca Ferreira e “Disposições amoráveis” (2016) com Ana de Oliveira.