A rotina de uma nutricionista plantonista do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), da UFRJ, não é moleza. É necessário concentração, criatividade, paciência e muita habilidade para lidar com os estresses diários sem causar danos à saúde mental. A profissional Rosana Paras Sena, 60, há 13 anos adotou um esporte que, além de lhe garantir prepararo físico invejável, auxilia na concentração e na autoconfiança. Ela pratica tênis, três vezes por semana, às 6h da manhã.

“Comecei a jogar tênis porque precisava me exercitar e a única atividade com personal trainer no horário adequado para mim era o tênis. Tomei gosto”, resume a nutricionista. O prazer pelo esporte foi longe com a ajuda dos professores – Pierre, o primeiro, e agora o Paulo. Há quatro anos Rosana participa de campeonatos organizados no condomínio onde mora, em Jacarepagua. No domingo, 14 de julho, ela levou para casa o troféu de primeira colocada de um torneio.

Um show!

“Foram quatro partidas individuais e joguei com tenistas entre 16 e 40 anos, das 12h às 14h”, conta orgulhosa. Aliás, o tênis, segundo Rosana, é uma atividade muito democrática, porque pode ser praticado por pessoas de todas as idades, mas sem lesões físicas. Especialistas recomendam o tênis por várias bons motivos, entre os quais porque ajuda na socialização e na capacidade cardiovascular. Felizmente, o esporte  está se tornando cada vez mais popular no país. Em várias cidades já existem quadras públicas e treinadores pagos pelas prefeituras.

Para garantir bom desempenho nos campeonatos e se prevenir de lesões, o treinamento de Rosana consiste em musculação, corrida e, uma vez por semana, sessão de quiropraxia com fisioterapeuta — “para puxar os músculos e beneficiar a coluna e as articulações”.

A jornada de trabalho de Rosana, casada, três filhos e um neto de dois anos e meio, não se restringe ao Hospital Universitário da UFRJ, onde é servidora desde 1989. Ela atua também na Secretaria Estadual de Saúde do Estado do Rio.

ROSANA entre os coordenadores do Sintufrj Laura Gomes e Carlos Daumas, também profissionais do HUCFF

O MEC pretende estabelecer padrões mínimos para as comissões de heteroidentificação existentes nas universidades, para isso irá reunir as universidades para realizar essa discussão.

Hoje, as universidades têm diferentes modelos para fazer a checagem de cotistas. Dentre os formatos há a forma presencial, a de videochamada e o envio de gravação pelo candidato.

Na UFRJ o critério é presencial. As bancas avaliadoras têm diversidade de gênero e raça sendo compostas de alunos, professores e técnico-administrativos. Estes passam por cursos de formação para se habilitarem para a avaliação dos candidatos.

A Superintendência-Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Acessibilidade da UFRJ (SGAADA), Denise Góes, avalia de forma positiva a iniciativa do MEC.

“Essa iniciativa do MEC está sendo muito bem recebida e era muito esperada. O MEC pelo volume de optantes das políticas públicas de ações afirmativas do Sisu, tem necessidade de uma normativa própria para o procedimento de heteroidentificação”, diz a Superintendente da SGAADA, disse.

Para ela era necessária essa padronização e ao seu ver fortalece as ações das comissões de heteroidentificação.

“Reunir as universidades e produzir mecanismos e critérios só fortalece a ação de cada universidade, que apesar de suas nuances precisa de critérios nacionais que sedimentem a ação das comissões de heteroidentificação, no seu papel de realizar o controle social das políticas públicas de ação afirmativas.”

Segundo Denise, a discussão da padronização parte do método democrático de ouvir as experiências das universidades.

“E isso o MEC está propondo. O que já é extremamente positivo. As questões de localização de moradia, não podem ser argumentos suficientes para apostar em processos virtuais que acabam por abrir possibilidades de fraudes. Vejo a possibilidade aberta da discussão de critérios mínimos como algo muito salutar para a atuação das comissões de heteroidentificação”, finaliza a superintendente.

Entenda

As cotas raciais foram criadas em 2013 e até 2017 não havia forma de controle de quem acessava essa política. Apenas com uma autodeclaração uma pessoa branca poderia ficar com a vaga destinada para uma pessoa parda ou preta.

Ao longo dos anos, coletivos de aluno negros passaram a denunciar centenas de casos de pessoas comprovadamente brancas aprovadas como cotistas. As fraudes vieram a público de forma contundente na sociedade e foi iniciado o debate por maior controle.

A partir de 2018 então, começaram a surgir as comissões de heteroidentificação como reação às fraudes. E cada universidade foi estabelecendo seus critérios. Comum a todas é a análise da aparência do candidato (os aspectos fenotípicos) como critério para aprovação ou não.

IMAGEM DE UMA DAS MESAS DE REABERTURA dos cursos heteroidentificação na UFRJ

Um dos temas tratados na reunião do Grupo de Trabalho (GT) de Saúde do Sintufrj na  sexta-feira (19) estava relacionado à política de movimentação interna de servidores, especialmente da área da saúde nas unidades que estão passando para o comando da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), como explicou a coordenadora-geral do Sintufrj, Laura Gomes.

De acordo com a dirigente, muitos servidores que estão lotados no HUCFF, IPPMG e na Maternidade Escola, unidades que estão sendo entregues à empresa, estão solicitando a transferência de local de trabalho. Como se sabe, o processo de transição da administração atual para a Ebserh tem provocado insegurança entre trabalhadores que procuram alternativas para sua vida profissional.

Laura Gomes informou que a direção do Sintufrj vai procurar a Pró-Reitoria de Pessoal (PR-4) em busca de informações sobre como essas movimentações de servidores podem ser realizadas. Ela disse que a Portaria da UFRJ (nº 700, de 3 de janeiro deste ano) que trata da questão merece uma discursão junto a PR4 e pode estar trazendo dúvidas sobre esses processos de transferência.

LAURA GOMES (blusa verde) na reunião do GT Saúde da última sexta-feira manifestou preocupação com o desejo de movimentação dos servidores da saúde dos hospitais cedidos à Ebserh (foto: Elisângela Leite
Próxima reunião do GT, na segunda-feira, 29, terá como tema, o Reconhecimento de Saberes e Competências

No cenário pós-greve, o desdobramento das negociações com o governo envolve temas como a Racionalização e Aglutinação de Cargos, o Reposicionamento dos Aposentados, de Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC) e Aglutinação de Cargos. Recente assembleia da categoria aprovou o aprofundamento da discussão sobre estes temas.

Para debater as conquistas da greve e seus desdobramentos, o GT Carreira do Sintufrj programou uma série de três debates, desde a semana passada. Começou com uma Live, dia 15, sobre a Racionalização e Aglutinação. A edição desta segunda-feira, dia 22, teve como foco, o reposicionamento dos aposentados.

A reunião foi conduzida pelo coordenador de Comunicação da Fasubra Francisco de Assis que traçou o histórico de lutas da Federação, fez um resgate dos principais momentos destes 113 dias da greve histórica, até a assinatura do acordo, dia 27 de junho e reiterou suas conquistas.

MANIFESTAÇÂO em Brasília com forte participação das caravanas do Sintufrj

Embora importantes, conquistas não se resumem a tabelas

Entre elas, além da recomposição orçamentária das universidades e institutos federais, o crescimento do impacto financeiro do que o governo destinaria ao atendimento da pauta (que saltou de R$1,8 bi em fevereiro para R$ 4,1 bi em junho) – que se refletem em percentuais nas tabelas e incentivos (o reajuste em 2025 e 2026, o aumento no valor do step e da correlação entre os níveis). Lembrou ainda o aumento do auxílio alimentação de R$658 para R$1.000, da assistência pré-escolar (de R$321para R$484 e aumento variável do auxílio saúde suplementar (por faixa de idade e remuneração). Ele fez um resgate da evolução salarial desde a conquista do PCCTAE em março de 2005, até maio de 2023.

Explicou por que, se os reajustes foram 9% em 2025 e 5% em 2026, há colegas mencionando que receberá um percentual muito maior: é que, na nova tabela, somando-se o reajuste de cada ano (que será aplicado no piso do nível E), ao aumento do percentual de correlação dos níveis A a D com o nível E e ainda ao aumento do step, o aumento total pode chegar a 25% e 34 % em alguns níveis, respectivamente em 2025 e 2026. (Francisco orientou a consulta às tabelas publicadas no Jornal do Sintufrj nº 1436, disponível no site da entidade).

Isso tudo potencializado por algumas outras conquistas, como o aumento de percentual para quem tem qualificação com correlação indireta (agora todos são correlação direta, o que pode significar, para quem tem, mais um aumento de até 25%), a redução do intervalo para a progressão por mérito de 18 para 12 meses.

E compromissos, como o prazo de 180 dias (agora, 155 dias) para que a Comissão Nacional, grupos de trabalho e mesas setoriais tratem de demandas como a capacitação, RSC, racionalização, reposicionamento de aposentados, revisão de fazeres e atribuições entre outros.

O que é reposicionamento

No tema em foco da reunião, o reposicionamento dos aposentados, Francisco explicou que acordo de greve assinado em 2012 entre governo e trabalhadores considerou necessário corrigir as distorções do enquadramento de aposentados e pensionistas do PUCRCE no PCCTAE (em 2005) com a proposta de alterar a lei da Carreira para garantir o reposicionamento na tabela, na mesma posição hierárquica ocupada no PUCRCE quando do enquadramento. Mas que o encaminhamento foi interrompido com o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff. E só agora retorna.

A reunião contou com a participação da coordenadora de Aposentados Maria Tereza Tavares Fujii, que explicou a importância da conquista de ganhos na Carreira, mais que com possíveis gratificações.  A recomposição é voltada potencialmente aqueles que se aposentaram no teto mas, no enquadramento ficaram abaixo do padrão 16. Isso para aqueles que tiveram aposentadoria integral.

O coordenador apresentou ainda como proposta de trabalho, o levantamento do número de pessoas nesta situação, a convocação pela coordenação de reunião específica com o grupo para fortalecer a mobilização e que o grupo acompanhe as orientações da CNSC-Fasubra.

Boa participação

O interesse no tema encheu a sala de reuniões da sede do Sintufrj (a lista de inscrições contou com 31 pessoas). E houve expressiva participação on line: a reunião chegou a contar com 40 participantes e mais de 70 comentários.

As reuniões são on line (podem ser acompanhada pela rede) mas não híbrida (a participação com dúvidas e comentários foi apenas pelo chat), por enquanto, porque se tratava de uma explanação com o consequente esclarecimento das questões que surgiram.

Depois, aqueles que desejarem se integrar aos subgrupos sobre cada um destes temas, iniciarão estudos de documentos e discussão de propostas. Fase em que as reuniões poderão ser híbridas.

A transmissão foi salva nas mídias do Sintufrj: o canal no Youtube, Instagram e página do Facebook. Vale a pena conferir para conhecer detalhes sobre os temas.

RSC em pauta dia 29

A próxima reunião, na segunda-feira, dia 29, tratará do Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC). “O saber a gente aprende com os mestres e com os livros. A sabedoria se aprende é com a vida e com os humildes”, disse Francisco, citando os versos de Cora Coralina, para adiantar o conceito que envolve a concessão do RSC.

Fotos: Renan Silva

GT CARREIRA debate Reposicionamento de aposentados

A direção do Sintufrj, atendendo solicitação dos trabalhadores da CPST, enviou ofício solicitando com urgência o agendamento de uma reunião presencial com a direção da Pró-Reitoria de Pessoal (PR-4) da UFRJ, com a participação da Comissão de Crise do órgão.

No início de julho, os servidores da CPST publicaram manifesto onde reclamam da falta de diálogo e de autoritarismo dos responsáveis pela pró-reitoria e os servidores do órgão -responsável pela atenção à saúde do trabalhador na universidade.

Diretores do sindicato e um dos coordenadores da Fasubra participaram da reunião na qual os servidores decidiram pelo lançamento de um manifesto para tornar pública a insatisfação com os fatos recentes que culminaram com a exoneração da coordenadora Rosane Detomazzo.

REUNIÃO QUE DECIDIU pelo lançamento de manifesto dos trabalhadores da CPST com participação de dirigentes sindicais

Grupos de Trabalho do Sintufrj organizam participação na manifestação e potencializam pauta contra violências alimentas por preconceitos

Fotos: Elisângela Leite

Os Grupos de Trabalho Antirracista e de Mulheres do Sintufrj reuniram-se de forma híbrida para organizar as atividades do Julho das Pretas que, em sua 12ª edição, se consolida como uma das maiores agendas políticas feministas da América Latina. O objetivo do Julho das Pretas é fortalecer a inserção política e social das mulheres negras no Brasil.

As atividades do Julho das Pretas que traz mais uma vez o tema “Mulheres Negras em Marcha por Reparação e Bem Viver” já estão ocorrendo em diversas partes do país com mais de 500 atividades envolvendo 250 organizações.

No Rio de Janeiro, a marcha que será realizada no domingo, 28, em Copacabana, é organizada pelo Fórum Estadual das Mulheres Negras. Os Grupos de Trabalho Antirracista e de Mulher do Sintufrj imbuídos dessa luta organizaram uma agenda para mobilizar as mulheres da UFRJ.

Para quinta-feira, 25, foi programada uma roda de conversa em celebração ao Dia da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha com várias abordagens.  No dia 28 as mulheres da categoria participam da 10ª Marcha da Mulheres Negras do Rio de Janeiro em Copacabana. No dia 31 ocorrerá a live sob o tema “Mulheres Negras na Política”. Na marcha o Sintufrj organizará um ponto de encontro e levará faixas e adesivos.

Origem

O Julho da Pretas foi criado inicialmente para demarcar as lutas em torno do 25 de julho – Dia Internacional da Mulher Negra Afro-Latino-Americana e Caribenha e, desde 2015 Dia Nacional de Tereza de Benguela -, e se transformou em um marco da  política feminista negra, que abrange desde a Amazônia até o Sul do Brasil.

O mote “Mulheres Negras em Marcha por Reparação e Bem Viver” do Julho das Pretas mobiliza e provoca mulheres e meninas negras a articularem o projeto de reparação histórica pelos danos causados pelo colonialismo e escravização do povo preto. O tema também aciona o paradigma do Bem Viver – pactuado pelo Movimento de Mulheres Negras na Carta da Marcha Contra o Racismo, a Violência e pelo Bem Viver de 2015 – que rejeita o modelo desenvolvimentista violento do capitalismo e propõe uma outra dinâmica política, através da superação do racismo, do sexismo, da LGBTIQIA+fobia e de todas as formas de discriminação.

GT Anterracista.
Rio, 18/07/24
Foto Elisângela Leite

 

 

  • Reforçar o encaminhamento do Cenário 1 sobre RSC apresentado no Informe de Direção de 2 de julho da Fasubra.
  • Retomar agenda de eleição de delegados de base do Sintufrj.
  • Próxima assembleia dia 20 de agosto, terça feira, às 10h: pautar prestação de contas do Fundo de Greve, a partir do relatório da Comissão de Finanças.
  • Apresentar o Relatório sobre Racionalização do cargo de assistente de aluno, produzido por movimento de base da categoria, ao GT Carreira Sintufrj, para debate e posterior encaminhamento para discussões na Comissão Nacional de Supervisão de Carreira.
  • Fortalecer a agenda do GT Carreira Sintufrj.
  • Resolução em Solidariedade a Greve dos Trabalhadores Previdenciários: A assembleia de técnico-administrativos da UFRJ manifesta seu total apoio à greve dos servidores das agências do INSS que enfrenta o arcabouço fiscal, buscando as reivindicações econômicas da categoria e melhores condições de trabalho para o atendimento à população.
  • Resolução sobre o processo de discussão da alienação do Edifício Ventura pelo Consuni: Encaminhar que nossos conselheiros da Bancada Técnico-Administrativa em Educação procedam a defesa dos princípios historicamente construídos na luta da categoria: defesa de financiamento público das universidades e rejeição a linha de privatização e concessão de patrimônio para solucionar problemas históricos de subfinanciamento. A Assembleia concede desta forma autoridade à bancada para proceder uma análise e decisão sobre o tema, nas próximas sessões.

AGENDA DOS PRÓXIMOS DIAS

19/07 SEXTA FEIRA

14h GT SAÚDE – Híbrido – Sala de reuniões do Sintufrj

22/07 SEGUNDA-FEIRA

9h às 12h – GT Carreira

 28/07 DOMINGO*

10h Marcha das Mulheres Negras Copacabana

 29/07 SEGUNDA FEIRA

9h às 12h – GT Carreira

01/08 QUINTA FEIRA

14h GT Mulher Híbrido. Sala de reunião Sintufrj

12/08 SEGUNDA FEIRA

14h Reunião Comitê de Mobilização Sintufrj 14h às 17h – Híbrida.

20/08 TERÇA FEIRA

10h Assembleia Simultânea Sintufrj

MARTA BATISTA, ESTEBAN CRESCENTE E LAURA GOMES, coordenadores-gerais do Sintufrj, conduzem a assembleia de quarta-feira (17)

Na tarde desta segunda-feira (16), dirigentes do Sintufrj estiveram na Faculdade de Letras esclarecendo dúvidas sobre o resultado das negociações com o governo. Trata-se de uma ação pós-greve, que procura detalhar questões relacionadas à reestruturação da Carreira, o foco principal do movimento paredista que durou mais de três meses. Propostas sobre Racionalização/Aglutinação de Cargos PCCTAE e acerca da regulamentação do Reconhecimento de Sabares e Competências foram explicadas ´por coordenadores do sindicato. (Foto: Elisângela Leite).

VÂNIA GODINNHO (de casaco azul, à esquerda) e ESTEBAN CRESCENTE na reunião de base da Faculdade de Letras

 

Foto: Elisângela Leite

Nessa quarta-feira, 17, reunião para tratar da regularização previdenciária dos companheiros NES e Ex-NES definiu orientações específicas para o preenchimento por cada um desses trabalhadores dos dados necessários para reunir toda a documentação com vistas a regularização. O objetivo é possibilitar que esses trabalhadores possam ter o direito a sua aposentadoria.

As orientações estão sendo organizadas por integrantes da comissão dos NES e pela direção do Sintufrj via Departamento Jurídico. Tais orientações serão encaminhadas na lista de zap do grupo, pelas mídias do Sintufrj e pela Pró-Reitoria de Pessoal (PR-4) que sistematizará tudo. Nova reunião está marcada para 19 de agosto.

Os trabalhadores que esperam há anos uma solução para o reconhecimento de seus direitos tiveram também a oportunidade de dirimir dúvidas e esclarecer situações pessoais (muitos casos têm diferentes contextos e realidades).

“Acompanho o drama dos NES faz bastante tempo e temos expectativa de chegar a um bom termo”, observou a coordenadora de Aposentados e Pensionistas, Ana Célia da Silva que fala com conhecimento de causa, haja vista acumular anos de experiência no Departamento Pessoal do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF). Os NES e Ex-NES são trabalhadores que viveram praticamente uma vida trabalhando nos hospitais da UFRJ.

A reunião, realizada no Auditório Inova, no Parque Tecnológico, contou com os coordenadores do Sintufrj, Esteban Crescente, Ana Célia da Silva, Nivaldo Holmes Filho, a advogada do Sintufrj, Adriana Rosalba, e a Assessora Especial da PR-4, Maria Tereza Ramos.

Ao final do encontro o coordenador-geral do Sintufrj, Esteban Crescente, distribuiu os dois últimos jornais, um sobre os ganhos da greve e o outro sobre as avaliações dos coletivos organizados do movimento dos técnico-administrativos em educação, chamando a atenção de que nos próximos 160 dias haverá reuniões com o governo para tratar dos desdobramentos de outros pontos do acordo de greve, como Racionalização dos Cargos, Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC), 30h, etc. Assim, a participação da categoria nas discussões que envolvem esses temas é fundamental.

“A assembleia decidiu que haverá reuniões do GT Carreira toda segunda-feira, das 9h às 12h, para participação da categoria e consequentemente que os companheiros possam dar sua opinião e fazer proposições acerca dos temas que vamos discutir com o governo nesses 160 dias.  É também on line para facilitar o envolvimento de todos. E temos uma agenda de mobilização para continuarmos a dar sequência aos ganhos de nossa greve”, finalizou Esteban.

Reunião PR-4 com os NES.
Rio, 17/07/24
Foto Elisângela Leite

No cenário pós-greve, o desdobramento das negociações com o governo envolve temas como o Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC) e Aglutinação de Cargos, entre outros 

Fotos: Renan Silva

A assembleia simultânea (Fundão, Praia Vermelha e Macaé) realizada na manhã/tarde desta quarta-feira (17) decidiu referendar proposta da Fasubra acerca do Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC) a ser discutida com o governo. Dois cenários foram apresentados. A Fasubra fechou apoio em relação ao que se convenciou chamar de “cenário 1”.

Outra deliberação foi a de aprofundar o debate sobre Racionalização e Aglutinação dos Cargos PCCTAE tendo como base relatório firmado por representantes da Fasubra e do Sinasefe. O GT-Carreira, para acolher esses debates, passa a se reunir toda segunda-feira.

Ficou decidido ainda a que a próxima assembleia, marcada para 20 de agosto, tenha como uma de suas pautas a prestação de contas do Fundo de Greve a partir do relatório da comissão que ficou com a tarefa de cuidar das finanças do movimento.

O debate sobre a alienação das salas pertencentes à UFRJ no edifício corporativo Ventura ganhou um momento específico na assembleia: nesta quinta-feira iria se votar  na sessão do Conselho Universitário a proposta da Reitoria de negociar com o setor privado a propriedade do imóvel tendo como contrapartida a realização de obras de infraestrutura acadêmica na universidade. A votação acabou não acontecendo por falta de quórum.

Em relação a este assunto, a assembleia decidiu pela autonomia da bancada de técnicos-administrativos no Conselho Universitário para a defesa de soluções que defendam o financiamento público da universidade e protejam o patrimônio da UFRJ.

A íntegra da assembleia está disponível no perfil do Sintufrj no Facebook e no canal do sindicato no Youtube.