Audiência Pública pouco contribuiu para o debate cedendo espaços generosos aos defensores da adesão à empresa

Um mistério ronda o tema Ebserh. Nas recentes reuniões com a comunidade universitária (Conselho de Centro do CCS e Audiência Pública no Quinhentão)  os negociadores da UFRJ com a empresa não apresentaram o teor do contrato que está sendo negociado para que a Ebserh venha assumir os hospitais de ponta da universidade.

O mistério sobre o contrato permanece mesmo quando esses negociadores são cobrados com insistência, inclusive por um ex-reitor, como aconteceu na audiência pública da manhã desta quarta-feira (1º) no Quinhentão.

Carlos Frederico Leão Rocha – que substituiu Denise Pires à frente da UFRJ, foi enfático: “Este é o momento que temos que discutir o contrato. Acho que o contrato tem que ser disponibilizado. É uma questão fundamental”.

A ausência de transparência também alcança um outro documento que desperta a curiosidade da comunidade universitária: o relatório da comissão designada pela própria Reitoria para avaliar a performance da empresa nos hospitais universitários que comanda. São informações vitais para subsidiar o debate sobre a conveniência da Ebserh.

A tal audiência pública em vários aspectos foi uma reedição da sessão no Conselho de Centro do CCS na segunda-feira (30). Foi mais uma peça de propaganda favorável à adesão à Ebserh, tema que em breve deverá ir à apreciação no Conselho Universitário. Ela foi organizada e conduzida pelo diretor do Complexo Hospitalar Leôncio Feitosa.

Na plateia, representantes das entidades que atuam na comunidade universitária. Além do Sintufrj, Andes, Fasubra, DCE Mário Prata. O reitor Roberto Medronho e seu estafe (vice-reitora e alguns pró-reitores) também estavam presentes num ambiente rarefeito de mais pessoas em véspera de feriado.

Roberto Gambine, representante do Sintufrj na comissão que investigou os 10 anos da Ebserh em 41 hospitais, criticou o fato de a comissão não ter sido convidada a participar da audiência para expor o resultado do trabalho.

“É central que todos venhamos a conhecer os termos que se pretende contratar com a Ebserh. Conhecer o contrato é essencial para que a gente possa saber em que condições se pode avançar. Já foi explicitado que apenas três hospitais serão contratados. E os demais? Se é uma solução tão boa e necessária porque não envolve todos os hospitais?”, indagou.

Gambine lembrou a importância do contrato para responder questões como quantos concursos serão oferecidos, qual vai ser o investimento em infraestrutura, qual o prazo, quando a Ebserh vai assumir o custeio.

“Se isso não for colocado estaremos na verdade entregando os hospitais às escuras sem nenhum compromisso claro da empresa”, pontuou.

Drama no HUCFF

Dois coordenadores-gerais do Sintufrj estavam presentes na audiência pública. Laura Gomes conhece bem a realidade do HUCFF. Ela chamou atenção para “o drama dos extraquadros”, mais uma vez destacando “a situação grave daqueles que lutaram lado a lado dos demais trabalhadores durante a pandemia, salvando vidas”.

De acordo com a dirigente, muitos desses servidores são  trabalhadores do hospital há décadas, mas que hoje, se houver a adesão à Ebserh, ou passam no concurso, ou passarão fome. Ela questiona se é justo que sejam jogados na rua.

Também coordenador-geral do Sintufrj, Esteban Crescente disse que, embora não tenha se dado nas melhores condições, é bom que haja debate (acerda da Ebserh).

“Não podemos achar que de forma açodada vamos votar isso no Consuni. Temos que retomar a discussão na universidade, que pode ser a oportunidade de unificarmos e avançarmos na melhora das condições de trabalho no Complexo Hospitalar”, disse.

Ele voltou a reivindicar audiências públicas e debate aprofundado nos conselhos, apontando que é necessário que os colegiados ouçam as argumentações críticas que serão bem fundamentadas no relatório que será apresentado pela comissão designada para avaliar a Ebserh.

GAMBINE. Cobrança do contrato e do relatório da comissão designada para avaliar a empresa

 

 

 

Universidade lança campanha UFRJ Antirracista organizada pela Superintendência de Ações Afirmativas. Dirigente do Sintufrj reconhece avanços na pauta racial, mas observa que passos terão que ser dados nessa caminhada

Pela segunda vez a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, foi ao Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ, mas desta vez para a abrir as atividades do Novembro Negro na UFRJ e prestigiar o lançamento da campanha “UFRJ Antirracista – Nem um passo atrás: a Universidade está mudando”.

O evento foi organizado pela Superintendência-Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Acessibilidade (Sgaada) – que tem à frente Denise Góes – na sexta-feira 27 de outubro, no Salão Pedro Calmon, Praia Vermelha.

A deputada federal Benedita da Silva – que foi convidada por Anielle – entrou de braços dados com a ministra que celebrou o crescimento de mulheres negras em espaços de poder.

A ministra citou como exemplo desse novo quadro a presença de Denise Góes à frente da criação da Sgaada e da maior presença de outras mulheres em cargos de visibilidade.

Ela citou a sua própria experiência. “A Maré produziu vereadora, ministra, deputada, como muitas outras favelas. Mas continuamos sendo tratadas como se não fôssemos merecedoras. Mas a política não vai nos mudar!”, disse.

Anielle saudou o lançamento da campanha da UFRJ antirracista e lembrou que as ações não sejam apenas parte de um discurso, mas se transformem em práticas efetivas.

Emoção no evento

Houve momento de consternação no evento por causa do falecimento da professora da Faculdade de Educação e participante do Coletivo de Docentes Negras e Negros da UFRJ, Marinalva Oliveira, que veio a falecer naquela sexta-feira. Foi lembrada e homenageada.

“Difícil estar aqui, mas também é um momento de honrar a memória da nossa companheira, uma professora negra tão comprometida com a defesa de uma universidade publica gratuita, de qualidade comprometida com a luta das pessoas com deficiência, e com a pauta da educação de um modo geral”, disse emocionada a coordenadora-geral do Sintufrj, Marta Batista, em sua fala no evento.

Em seguida, abordou o avanço da pauta racial na UFRJ já observando que a superintendente da Sgaada, Denise Góes, é uma técnica administrativa, ex-dirigente do Sintufrj e militante.

“Na UFRJ essa superintendência é um passo importante, mas ainda temos muito a caminhar, pois temos na história de nosso país uma democracia recente e uma ausência de democracia racial”, afirmou.

Marta destacou ainda o corte racial dos servidores na UFRJ. “Na nossa universidade temos menos de 13% de docentes autodeclarados negros e cerca de 35% de técnicos. Achamos importante trazer esses dados porque eles expressam que tivemos sim avanços muito importantes, que precisamos continuar lutando em relação a política de cotas, mas que esses avanços precisam caminhar mais”.

Ela finalizou sua fala ratificando a luta geral do movimento.

“Uma universidade antirracista é uma universidade também com recomposição orçamentária, uma universidade com uma efetiva política de permanência dos estudantes, do combate a todo tipo de assédio e violência, uma universidade financiada pelo orçamento público.”

Revolução silenciosa

A superintendente da Sgaada, Denise Góes, militante do movimento negro, identificou conquistas na luta antirracista.

“Após mais de um século de existência, este ano a universidade avançou para a institucionalização de pautas outrora silenciadas e negligenciadas. Ao movimento negro se deve a mudança de perspectivas com as pautas raciais e hoje chegam a espaços como esse”, disse.

Denise enfatizou que a política de cotas na UFRJ permitiu o aumento de 71% do número de estudantes negros promovendo uma “revolução silenciosa” e modificando o perfil étnico-racial.

“Podemos afirmar sem medo de errar que a política de cotas tem promovido uma revolução silenciosa na composição dos espaços de produção de conhecimento. O perfil étnico-racial da maior universidade federal da América Latina mudou, e a existência do Ministério da Igualdade Racial demonstra que a atenção que a agenda do governo federal tem para este tema”, observou.

O reitor da UFRJ, Roberto Medronho, anunciou que a Universidade precisa deixar evidente que não há mais espaço para o racismo. Segundo ele, ações como a criação da Sgaada e a campanha UFRJ Antirracista são passos para garantir espaços mais plurais. “Não haverá democracia neste país enquanto houver racismo”, afirmou.

DENISE GÓES, ANIELLE FRANCO E MARTA BATISTA no evento que lançou a campanha UFRJ Antirracista na Praia Vermelha
NO AUDITÓRIO PEDRO CALMON, NO PALÁCIO UNIVERSITÁRIO , a ministra da Igualdade Racial defende os espaços de poder para mulheres negras em cargos de visibilidade

 

PROPOSTA DE MOÇÃO APROVADA EM ASSEMBLEIA DE 31/OUT/23

A assembleia dos(as) trabalhadores(as) em Educação da UFRJ, com enorme preocupação humanitária, manifesta sua irrestrita solidariedade ao povo palestino que sofre cotidianamente, há décadas, com diversos crimes promovidos pelo Estado de Israel contra os direitos humanos, em especial contra a população que vive em Gaza.

O Sintufrj se soma a todas as organizações de trabalhadores(as) do Brasil com objetivo de ajudar a contrapor as informações tendenciosas divulgadas pela grande mídia, que constrói a falsa narrativa de que o povo palestino é terrorista e esconde as diversas práticas criminosas promovidas por Israel em seu longo apartheid contra os palestinos. A mesma falsa narrativa tenta criminalizar as vozes dissonantes, pregando que apoiar a resistência palestina significa apoiar a estratégia e os métodos do Hamas, o que não é verdade.

O Sintufrj deve somar-se à Fasubra e diversas outras entidades também no pedido para que o Governo Federal condene Israel por todos os crimes cometidos cotidianamente contra a população palestina, colocando-a em campos de concentração a céu aberto, e que se Israel não romper com o apartheid promovido hoje em Gaza, o Brasil rompa relações comerciais e diplomáticas com Israel.

Cidade Universitária, 31 de outubro de 2023.

Reunidos em assembleia geral convocada pelo Sintufrj, trabalhadores da UFRJ aprovaram a adesão à paralisação de 48 horas nos dias 7 (terça-feira) e 8 (quarta) de novembro.

A decisão segue orientação da Fasubra e do Fonasefe (Fórum de Entidades Nacionais dos Servidores Federais). Essa jornada de luta é  nacional e antecede outra rodada de negociação com o governo.

A iniciativa faz parte da mobilização dentro da Campanha Salarial de 2024 que, além de recomposição salarial, envolve o aperfeiçoamento da Carreira e outro conjunto de reivindicações.

Uma programação de atividades foi acertada com início no com uma mesa unificada de debates no IFCS às 10h da manhã da terça-feira (7) e que inclui live sobre a questão palestina, manifestação por verbas para a universidade e ato unificado com os servidores federais na tarde da quarta-feira (8).

Além de aprovar a paralisação, a assembleia também discutiu movimentação com atenção voltada para a nova rodada na Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) na quinta-feira, 16 de novembro.No dia 16 foi marcada nova rodada de negociações com o governo. Como decidiu a assembleia, o Sintufrj abriu inscrições presenciais durante as atividades dos dias 7 e 8 de novembro para os interessados em ir a Brasília pressionar o governo.

 

VEJA A PROGRAMAÇÃO

Terça-feira (7) – 10h – IFCS

  • Mesa unificada debate Orçamento Público para a Educação e para  reajuste dos servidores

Convidados

Frederico Leão Rocha (ex-reitor da UFRJ)

Taís Raquel (dirigente da UNE)

Paulo Lindesay (diretor Assibge-SN)

Evento organizado pela Adufrj, Sintufrj, DCE, APG, Attufrj

19h – pelos canais digitais do Sintufrj

Live: O que está acontecendo na Palestina

Quarta-feira (8) – 10h – Bloco A do CCS (em frente ao HU)

Manifestação por verbas para a UFRJ

16h, no Buraco do Lume: Ato unificado dos servidores federais

 

Motivos para parar em 7 e 8 de novembro

Desde o dia 2 de janeiro deste ano, o Governo Lula recebeu a nossa reivindicação de recomposição salarial, que foi protocolada junto ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).

Em julho, apresentamos oficialmente a lista de medidas dos (des)governos Temer e Bolsonaro que precisam ser revogadas.

No dia 29 de agosto, os trabalhadores da Educação Federal (docentes e técnico-administrativos) apresentaram as propostas para reestruturação das carreiras.

Há vários anos lutamos pela equiparação dos benefícios entre os servidores dos Três Poderes – Legislativo, Judiciário e Executivo.

Somente esse ano já foram realizados três cortes nos recursos da União Federal para a Educação Pública. Denunciamos esses cortes, pois não se constrói uma Educação de Qualidade sem verbas.

E, além de todas essas lutas, ainda continuamos ameaçados pela Reforma Administrativa (PEC 32/2020) apresentada por Paulo Guedes e Jair Bolsonaro. (Texto: Fonasefe)

 

Oriente Médio

A assembleia aprovou Moção de Solidariedade ao povo palestino que vive nos territórios ocupados por Israel.

Auditório do CT, assembleia geral do Sintufrj. Pauta: informes locais e nacionais, campanha salarial e decisão de paralisação.
Auditório do CT, assembleia geral do Sintufrj. Pauta: informes locais e nacionais, campanha salarial e decisão de paralisação.

Assista a assembleia: 

Sintufrj e entidades convocam comunidade universitária para audiência pública sobre a empresa no dia 1º (quarta-feira) às 10h no Quinhentão

A escassez de informações objetivas sobre o processo de negociação entre o grupo designado pela UFRJ e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) interditou um debate mais transparente na reunião extraordinária do Conselho de Coordenação do CCS nesta segunda-feira (30) sobre um dos temas mais polêmicos da agenda da universidade.

De qualquer maneira, a reunião serviu para que os setores da comunidade universitária que se opõem à adesão na base do fato consumado da UFRJ à empresa – que passaria comandar as unidades hospitalares de ponta da universidade – reafirmassem sua posição de exigência de discussão aprofundada para que as decisões sejam tomadas com informações claras.

Havia a expectativa que nesta reunião do CCS fosse apresentado documentos como uma minuta da proposta de contrato que está sendo negociado entre a universidade e a empresa. Um GT da UFRJ foi criado para essa negociação.

Outra expectativa estava relacionada com o relatório elaborado (ou em elaboração) pela comissão criada para investigar a performance da Ebserh à frente dos hospitais que administra.

Nada disso aconteceu.

O que se viu foram preleções de dois dos indicados para negociar com a empresa em nova da |UFRJ – respectivamente Amâncio Paulino e Lígia Bahia que resumiram os entendimentos em curso.

A contestação veio de representantes das entidades presentes (Fasubra, Sintufrj, Centros Acadêmicos e o DCE da UFRJ e da UFF), seguido de comentários dos palestrantes.

Por causa desse cenário, o Sintufrj alerta para a importância de toda comunidade comparecer à audiência pública que será realizada dia 1º de novembro, próxima quarta-feira, no Auditório do Quinhentão, no bloco K do CCS, sobre a Ebserh.

A comunidade questiona as consequências de uma adesão à empresa pública de direito privado que poderá impor seus critérios produtivistas com lógica empresarial nos hospitais universitários – que, por sua natureza, tem compromisso com o ensino, a pesquisa e a extensão.

Críticas ao modelo de gestão

O auditório estava cheio. Além dos conselheiros, dirigentes das unidades de saúde, técnicos-administrativos, e estudantes do CCS, do DCE, e de outras unidades, estavam presentes outros componentes da Comissão formada para avaliar a Ebserh.

De acordo com Nivaldo Holmes, coordenador do Sintufrj e integrante do Conselho de Centro, o modelo de gestão da empresa precariza o trabalho com a contratação em dois regimes.

Ele disse que a Fasubra tem um projeto para os hospitais universitários que já foi apresentada ao Consuni e sugeriu que a comissão que estudou a adesão em dezenas de hospitais faça a avaliação da minuta de contrato e que haja discussão com a comunidade.

“O ideal seria ter esse contrato (que está sendo trabalhado entre Ebserh e UFRJ) para afirmarmos: isso não me serve porque tira autonomia; isso serve porque queremos ter poder de ensino e espaço para todos no hospital. Mas isso não foi falado”, cobrou Francisco de Assis, coordenador da Fasubra.

Armadilha neoliberal

Esteban Crescente, coordenador-geral do Sintufrj, explicou que a categoria tem posição acumulada a respeito desde 2013 em que reafirma, em seus congressos, que é contrária da terceirização da gestão dos hospitais.

O dirigente defende que é importante o debate de princípios e criticou o clima de fato-consumado, de que se tem que aderir à Ebserh porque os hospitais foram estrangulados”.

“É isso que o neoliberalismo faz, ao longo de 40 anos, deteriorou as conquistas sociais, com a saúde e educação e nós chegamos a este ponto”, disparou.

Ele vê com preocupação a informação segundo a qual o contrato tem que ser votado este ano.

“Faltam três meses para o ano acabar. Vão aprovar deste jeito? Vejam quantas dúvidas de estudantes, servidores docentes e técnicos-administrativos que não assimilaram essa discussão. Temos que fazer o debate para tomar a decisão mais consciente. Por isso é importante o relatório e a minuta de contrato e voltarmos à discussão”, disse.

Laura Gomes, coordenadora-geral do Sintufrj, lembrou do pessoal extraquadro mais antigo, alguns com mais de 20 anos no HU, com 70 anos de idade, ponderando se teriam condições de passar num concurso para celetistas. “Vamos colocar estas pessoas que lutaram com a gente na pandemia na rua?”, questionou.

Acesso a relatório

Roberto Gambine, que representa do Sintufrj na comissão formada para avaliar a Ebserh, defendeu que o relatório do grupo deve ter amplio conhecimento em toda universidade: “Essa informação deve chegar ao Conselho Universitário, mas também ao conjunto da comunidade. Todo mundo tem que conhecer esse relatório para a gente construir as possibilidades decisão”, disse, colocando que, da mesma maneira, é importante que todos conheçam o contrato.

NA REUNIÃO DO CONSELHO DE CENTRO DO CCS, a presença de entidades que cobram clareza e aprofundamento no debate sobre a Ebserh. Foto Elisângela Leite

 

 

 

Categoria já tem novos representantes nos conselhos superiores da UFRJ: Consuni, CEG, CEPG e CEU

Em dois dias de votação – 25 e 26 de outubro –, 1.659 técnicos-administrativos em educação escolheram, entre três chapas que disputaram o pleito, os seus representantes para os colegiados superiores da UFRJ. A Chapa 1 foi a mais votada.

A apuração dos votos depositados nas 70 urnas começou às 12h e terminou às 14h45, no Espaço Cultural do Sintufrj, e foi acompanhada pelos integrantes da Comissão Eleitoral,   participantes e apoiadores das três chapas.

OS NÚMEROS

A Chapa 1 — Autonomia, Luta e Diversidade –, obteve 986 votos; a dois — Alternativa de Combate – 168 votos e a três – Ressignificar, 461 votos. Votos em branco: 12; Nulos: 32. Total de votantes: 1.659. Votos válidos: 1.615. 

Percentual por

votos válidos

Chapa 1: 61,0526%; Chapa 2: 10,4025% e Chapa 3: 28,5449%.

Representantes por

chapa nos colegiados

De acordo com o percentual de votos, veja como ficou a representação de cada chapa (efetivos e seus suplentes) nos colegiados:

Conselho Universitário (Consuni): Chapa 1, três representantes com seus respectivos suplentes; Chapa 2, um e mais o suplente; e Chapa 3, um e suplente.

Conselho de Ensino de Graduação (CEG): Chapa 1, dois representantes e suplentes; Chapa 2, nenhum representante; e Chapa 3, um representante e suplente.

Conselho de Ensino para Graduados (CEPG): Chapa 1, um e suplente e as Chapas 2 e 3, nenhum representante.

Conselho de Extensão Universitária (CEU): Chapa 1, um representante e suplente; Chapa 2, nenhum representante; e Chapa 3, um representante e suplente.

Representatividade

“Mesmo numa semana conturbada com ataques de milicias e chegada de ciclone, eventos que impediram muita gente de sair de casa, a votação para os órgãos colegiados foi expressiva”, avaliou o presidente da Comissão Eleitoral Vanieverton Albuquerque. “Isso reforça o caráter democrático e plural da universidade, especialmente no atual momento em que vivemos de ataques à democracia”, acrescentou.

Estavam também presentes na apuração dos votos no Espaço Cultural do Sintufrj os seguintes membros da Comissão Eleitoral: Ruy de Azevedo dos Santos, Ivone Gabriel do Rosário, José Carlos Xavier de Oliveira, Maria Sidonia dos Santos Lira e Fátima Rosane de Oliveira Rocha.

Apuração dos votos da eleição para os colegiados superiores da UFRJ.
Rio, 27/10/23
Chapa 1 ganhou
Apuração dos votos da eleição para os colegiados superiores da UFRJ.
Rio, 27/10/23
Chapa 1 ganhou
Apuração dos votos da eleição para os colegiados superiores da UFRJ.
Rio, 27/10/23
Chapa 1 ganhou

 

Em mais um evento organizado pela Coordenação de Esportes do Sintufrj, um torneio de futebol nos campos da prefeitura universitária marcou a semana\ dos servidores. A atividade  ganhou dimensão política ao incorporar uma das bandeiras caras ao movimento sindical e à comunidade universitária da UFRJ que é a resistência à adesão da universidade à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares: “Chutando a Ebserh pra fora da UFRJ” foi o  nome do torneio que reuniu quatro equipes formada por servidores. Com os jogos encerrados, houve confraternização com entrega de medalhas aos participantes. Um banner em homenagem ao companheiro Gercino que nos deixou recentemente foi confeccionadoi e referenciado por todos.

CELEBRAÇÃO ESPORTIVA. Servidores participam de torno no campo da prefeitura
Futebol dos Servidores.
Rio,26/10/23TIME CAMPEÃO DO TORNEIO "Chutando a Ebserh pra fora da UFRJ"

 

 Todos devem comparecer às reuniões que terão como ponto de pauta a Ebserh: no Conselho de Centro do CCS, dia 30, às 9h30 e, segundo informou o Reitor, no dia 1º, no Quinhentão, em horário a confirmar. Reunião desta segunda será no auditório Hélio Fraga – bloco K do CCS

 

O trabalho da Comissão instituída pela Reitoria para um levantamento do que aconteceu com 41 hospitais universitários nestes 10 anos de adesão à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) – um retrato, como pretendem os integrantes da comissão, com base em indicadores, valores, estatísticas -, está perto de ser concluído. Foi o que informou a conselheira discente Giovanna Almeida na última sessão do Conselho Universitário (Consuni), quinta-feira, 26, ao inquirir o reitor, Roberto medronho sobre o calendário de discussão a respeito.

O representante do Sintufrj na comissão e o conselheiro técnico-administrativo Roberto Gambine conta que, de fato, a comissão instituída pelo reitor para fazer a avaliação da experiência da Ebserh nas outras unidades hospitalares está concluindo o seu trabalho, mas que são muitas, muitas informações. Tanto de caráter quantitativo como qualitativo e que devem ser objeto do conhecimento do Conselho Universitário, mas também de toda a UFRJ.

“São informações que todos devem ter acesso para fazer a sua avaliação e construir o entendimento da universidade sobre a melhor saída para as nossas unidades hospitalares e para a própria UFRJ”, alerta o representante.

Nesta sexta-feira, 27, a Comissão deverá apresentar uma prévia do resultado dos levantamentos feitos ao reitor Roberto Medronho, segundo este informou no Consuni.

Isso acontece na véspera da reunião do Conselho de Coordenação do Centro de Ciências da Saúde, na segunda-feira, dia 30, e de uma audiência pública, anunciada pelo reitor, na quarta-feira, dia 1º que terão a Ebserh em foco.

“Toda comunidade acadêmica deve estar lá, num grande movimento de mobilização e resistência.  queremos o debate”, conclama a coordenação do Sintufrj. A Ebserh é severamente criticada pela comunidade que questiona as consequências de uma adesão a uma empresa que imporá seus critérios mercadológicos e produtivistas, que apontam necessariamente para a lógica empresarial, nos hospitais universitários que têm, por sua própria natureza, compromisso com o ensino, a pesquisa e a extensão.

Consulta pública

“Estamos finalizando o trabalho de comissão de avaliação dos contratos e queremos entender qual a perspectiva de debate no Conselho e solicitar um calendário para que a gente consiga fazer o debate aqui, mas também coletivamente, com o corpo acadêmico”, disse a estudante Giovanna propondo uma consulta pública à comunidade acadêmica e que as pessoas possam ter acesso ao relatório com um debate em bases científicas: “É fundamental que a gente consiga munir a UFRJ para que possamos tomar uma decisão que é muito séria”, destacou.

Relatório deve ser apresentado brevemente

O reitor anunciou que, segundo contato que fez com o médio Leôncio Feitosa, que coordenou o Complexo Hospitalar, na próxima quarta-feira, dia 1º de novembro (às 9h ou 9h30, ele iria se certificar), haverá a primeira audiência pública referente à Ebserh no auditório do Quinhentão, aberta a todo corpo social (será transmitida também pelo Youtube).

Medronho elogiou o trabalho da comissão que, lembrou, incluiu representantes técnicos-administrativos, docentes e estudantes. “As informações que tenho e que está sendo um trabalho extremamente profícuo de levantamento de dados e me parece que amanhã vai ser apresentada para a mim a prévia do relatório. Segundo ele os dados finais ainda serão acertados para que o relatório seja apresentado.

“Foi um compromisso de campanha, (a constituição) de uma comissão paritária para analisar a Ebserh com representantes do DCE, Sintufrj e Adufrj. E o relatório faz uma análise que mostra que a Ebserh tem um momento de problemas e um monte de coisas boas e outras nem boas nem ruins. O espírito do relatório é esse e a comissão tem trabalhado de forma harmoniosos, embora haja divergências”, avaliou o reitor, garantindo que os dados serão apresentados ao Consuni “muito brevemente”.

“É importante que toda a UFRJ saiba”

“Eu considero essa como uma questão que vai muito além dos hospitais, muito além do Centro de Ciências da Saúde e deve ser objeto de discussão de todo a UFRJ, não só pelas suas consequências imediatas como aquelas de médio e longo prazo, na perspectiva da mudança da gestão da universidade que essa iniciativa, a meu ver, propõe e carrega”, alerta Roberto Gambine.

O representa chama atenção para as duas agendas que devem ser objeto da participação de todos, docentes, técnicos administrativos ou estudantes: o Conselho de Centro do CCS, na segunda-feira. dia 30, na parte da manhã (normalmente às 9h30), no bloco K do CCS, e a audiência pública (que ainda espera confirmar com a Reitoria), prevista para quarta-feira, dia 1º, no CCS também.

“É importante que a categoria e toda UFRJ saiba desses dois espaços onde, supostamente, o contrato que está sendo negociado poderá ser apresentado. Isso é uma questão importantíssima, porque, se por um lado a comissão que fez o balanço tem todo interesse que o trabalho chegue ao conjunto da universidade, o do contrato ainda é desconhecido por quase toda a universidade. Então conhecer o contrato é essencial para a clareza do debate, para o espaço democrático de reflexão e fundamentalmente para a melhor decisão institucional da UFRJ”, alerta Gambine.

“Temos que lançar luz sobre essas informações. Não podem ficar restritas a um núcleo duro de poder, e deve chegar ao conjunto da universidade”, insiste, reiterando a importância das reuniões da semana para que as informações levantadas, “tanto as da comissão, quanto as que está tratando do contrato, sejam de conhecimento público e jogadas à luz para que todas as pessoas possam conhecer, opinar e refletir e lembrar”.

 

ROBERTO GAMBINE NO CONSUNI. Ele foi indicado pelo Sintufrj para representar a entidade na comissão que investiga a performance da entidade no comnando de hospitais

A universidade e sua função social foi o tema da palestra dada pelo professor Antônio José Barbosa de Oliveira, diretor da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis (FACC/UFRJ), no dia 25 de outubro, no Salão Nobre do Centro de Tecnologia. O evento foi promovido pela Comissão de Eventos da Decania do CT para celebrar o Dia do Servidor Público

A proposta do encontro foi refletir como a universidade propicia conhecimentos, relações sociais, além de transformar as formas de compreender o mundo e, principalmente, contribuir para o desenvolvimento tecnológico do país e para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

O convidado, Antônio José Barbosa, é um servidor com uma trajetória profissional de sucesso na UFRJ. Ingressou na UFRJ em 1994, como técnico-administrativo e, 15 anos depois, foi aprovado no concurso para docente. Desde então, atua como professor, ocupando diferentes cargos na administração da universidade.

Em sua palestra Antônio apresentou os princípios da função social da universidade, falou dos desafios para que a universidade possa cumprir sua função social, tratando do papel que a universidade tem para a superação da desigualdade social e para o desenvolvimento econômico. Ele frisou que a universidade não pode ficar alheia aos problemas sociais. E refletiu:

“Dentre as diversas funções da universidade, para nós servidores, a função que promove relações sociais saudáveis, fraternas e sinceras são nosso maior patrimônio”.

Antônio é Graduado em História pela UFRJ, Especialista em História do Brasil pela Faculdade de Formação de Professores da UERJ, Mestre em História Comparada pela UFRJ, e Doutor em Memória Social pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Foi superintendente geral de Políticas Estudantis da UFRJ, Vice-decano e Superintendente do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJ/UFRJ). Atualmente é Diretor da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis (FACC/UFRJ).

A universidade e sua Função Social com o prof Antônio Barbosa de Oliveira