UFRJ faz sua adesão ao movimento nesta quinta-feira, 7, nas assembleias simultâneas

A Fasubra e seus sindicatos estão em um esforço concentrado para a construção de uma forte greve dos técnico-administrativos em educação a partir de 11 de março. Até a manhã desta quarta-feira, 6, mais da metade da base da federação já havia aprovado o indicativo. No Rio, UFF, Rural e Unirio já aprovaram a deflagração da greve, faltando a UFRJ.

O Sintufrj vem concentrando todas as forças na deflagração desse movimento paredista e um dia antes de sua assembleia de deflagração de greve marcada para essa quinta-feira, 7, realizou transmissão simultânea, com os sindicatos cariocas, da live do Fórum dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Públicas do Rio sobre a campanha salarial.

A live foi comandada pelos coordenadores da Fasubra, Francisco de Assis e Ivanilda Reis, com participação direta de Brasília do coordenador da Fasubra, André Nascimento, e dirigentes do Sintufrj, Sintur, Sintuff e Asunirio. Os sindicalistas reforçaram também que as medidas para resguardar o direito de greve dos servidores estão sendo tomadas pelas Fasubra e sindicatos, como oficialização do não corte de ponto por parte das Reitorias. E principalmente para aqueles que estejam em estágio probatório, que se filiem as entidades para não sofrerem quaisquer retaliações.

“Teremos de ter muita unidade de ação para esse enfrentamento nessa disputa não apenas com o governo, mas disputar também o Orçamento com o parlamento para repor o orçamento das universidades e arrancar nossa reposição salarial”, afirmou Francisco, que também é técnico-administrativo da UFRJ.

“A mobilização cresce a cada dia. E mesmo com uma realidade difícil para mobilizar, como o PGD e o Ponto Eletrônico, estamos vencendo isso. As pessoas estão dispostas a começar essa greve no dia 11. Estamos acreditando nessa greve e na nossa pressão para garantir a reestruturação de nossa Carreira e a reposição salarial. Não há outra maneira. Tudo o que conquistamos ao longo de nossa história foi através da resistência, de muita luta, e de muitas greves. Agora é o momento de sair do estado de greve com a construção de uma forte greve. A mobilização começa já”, anunciou Ivanilda, também técnica-administrativa da Universidade Rural.

“Estamos num momento crucial da nossa luta. Mais de 50% das universidades já se posicionaram a favor da greve. É um sinal claro que as demandas dos servidores técnico-administrativos em educação não estão tendo atendimento satisfatório”, pontuou André.

Mobilização no Rio

O Sintufrj pretende reunir mil trabalhadores na assembleia de deflagração de greve neste  7 de março. O Sintuff aprovou por unanimidade a greve a partir de 11 de março, assim como a Asuninirio, na terça-feira, 5. O Sintur foi o primeiro a aprovar o indicativo da Fasubra em assembleia dia 27 de fevereiro, já conquistando apoio no Conselho Universitário e do reitor.

“Estamos num momento de grande mobilização nas bases. Essa assembleia do dia 7 é muito importante e todos os companheiros estão rodando as unidades, inclusive nas hospitalares, e panfletando. Sem luta não vamos conseguir arrancar nada do governo que está muito pressionado pela extrema direita e pelo Centrão. Nada para a gente veio do céu. Veio com muita luta, mobilização e greve. Acreditamos que através da unidade arrancaremos melhorias para a nossa carreira e melhorias salariais”, sustentou a coordenadora-geral do Sintufrj, Marta Batista.

“De uns anos para cá só vemos o empobrecimento da categoria. E nós da enfermagem e muitos que entraram agora não alcançamos o piso salarial. Na UFRJ foi pago em forma de bônus. Um valor a mais separadamente do salário base para completar o valor do piso salarial. Isso deveria ser incorporado, mas para isso teríamos que ter a reestruturação da nossa carreira. Então é mais um dos motivos que temos que lutar nessa greve. Temos nos mobilizado nos hospitais. Vejo que as pessoas estão motivadas a comparecer na nossa assembleia e vamos incluir a UFRJ nessa greve que é importante não só para a reposição, mais também para a recomposição do Orçamento. Nossos prédios estão caindo aos pedaços”, completou a coordenadora-geral do Sintufrj, Laura Gomes.

“Estamos com um desafio muito grande nessa greve que já aprovamos para o dia 11, pois precisamos que ela seja muito forte.  Estamos fazendo campanha de conscientização e mobilização nas nossas bases”, Maurício Marins, dirigente do Sintur. “Reforço que aqueles que estão no PGD e no Sistema de Ponto Eletrônico todos são trabalhadores da universidade e devem também estar na greve”, acrescentou Maurício.

“Quem nunca se interessou pela greve está interessado. Conquistamos apoio da Reitoria que já afirmou que não vai cortar o ponto”, garantiu Vitor, dirigente do Sintur.

“Nossa carreira trata da nossa identidade, do nosso papel como atores na promoção da educação pública. É uma valorização. Mas ela tem 20 anos e muita coisa mudou, por isso precisamos reestrutura-la”, pontuou Lúcia Vinhas, dirigente do Sintuff.

“Esse movimento não é só dos técnico-administrativos. É um movimento para a Educação. O Andes sinaliza com a possibilidade de greve para o primeiro semestre desse ano e chamamos o Sinasefe para esse movimento”, observou Layene Almeida, dirigente do Sintuff.

“Aprovamos o indicativo da Fasubra com a decisão de uma greve de ocupação. Temos um calendário definido em que nele há diálogo com estudantes e realização de atos na universidade e na rua. Pela primeira vez haverá participação pessoas que nunca fizeram greve e também obtivemos apoio da Reitoria. A nossa greve nesse momento é sim corporativa, por salários, mais é uma greve principalmente em defesa da universidade pública, laica e referenciada”, destacou Rodrigo Ribeiro, dirigente da Asunirio.

 

 

 

 

 

Dois dirigentes da Fasubra avaliam a mobilização nacional pela greve da educação

Ivanilda Reis, coordenadora-geral:

“A mobilização está sendo boa. A preocupação da Fasubra era sobre se as assembleias fossem esvaziadas. Alguns dirigentes das entidades falaram em possível esvaziamento. Mas, as assembleias estão reunindo um número maior de participantes do que ocorre normalmente. Então, está havendo um retorno muito positivo. Os sindicatos estão aprovando greve ou marcando novas assembleias já para deflagração (da greve) no dia 11.

Até o dia 5 de março, cerca de 40 entidades (veja quadro a seguir) já tinham uma resposta. Em torno de 35 já tinham dito sim para a greve no dia 11. A gente está vendo um quadro bem positivo, uma grande mobilização. Essa semana está sendo de mobilização.

Mas vamos ter um raio-X dos números e da participação das entidades na greve na plenária (virtual) da Fasubra no dia 9 de março. Pelos números está positivo; pouquíssimas assembleias não conseguiram um número maior de participantes do que vinham reunindo em assembleias anteriores. Mas o engajamento ainda está aquém do que precisamos para uma greve forte. Ainda não é uma realidade assembleia bombando.

Entre as bases que ainda não decidiram, somente uma (de Alagoas) votou contra a greve. Outra coisa: muitas assembleias vão ocorrer no dia 11 para organização da greve”.

Francisco de Assis, coordenador de Comunicação da Fasubra:

”Fasubra tem uma avaliação positiva crescente da mobilização diante da posição tirada nas assembleias sobre o indicativo de greve no dia 11, o que fortalece a linha da Federação. E a gente está querendo intensificar a mobilização para que a totalidade (das entidades) chegue nessa data com o indicativo de greve. Porque isso vai fortalecer a representação da categoria na mesa de negociação com o governo. Então, nossa meta é chegar a 100% da base com o indicativo de greve no dia 11. Só o fato de a gente indicar que estará em greve, já fez o ministro (Camilo Santana, da Edducção) se movimentar. Isso mostra que a gente deve fortalecer ainda mais a mobilização”.

Imagine com greve…

Após a reunião da Comissão Nacional de Supervisão da Carreira (CNSC), no dia 29 de fevereiro, convocada de forma extraordinária pelo Ministério da Educação (MEC), o ministro da Educação Camilo Santana recebeu os membros da CNSC para ouvir as reivindicações da categoria e construir “caminhos de diálogo”.

Segundo a Fasubra, o ministro disse que nos próximos 30 dias acontecerão reuniões com as “diversas instâncias do governo, com objetivo de trabalhar pela valorização dos nossos servidores e pela escuta de suas demandas”.

A convocação para as assembleias desta quinta-feira, 7 de março, foi a principal tarefa da direção sindical durante os últimos dias. A Comissão de Mobilização composta por coordenadores do Sintufrj, apoiadores da gestão e militantes de base percorreram unidades dialogando com as trabalhadoras e trabalhadores e distribuindo panfletos explicando as razões pelas quais todos devem abraçar a Campanha Salarial deste ano.

No IPPMG, uma das unidades hospitalares por onde passou a comissão, o coordenador-geral do Sintufrj Esteban Crescente atualizou as trabalhadoras e trabalhadores sobre a luta em curso  pela reestruturação da Carreira e a recomposição do orçamento da universidade, cuja a maioria dos prédios necessita de obras urgentes.

Motivos para a greve não faltam

“O orçamento da instituição é de R$ 370 mil milhões, mas a demanda é de R$ 790 milhões. Isso explica prédios caindo, a redução dos contratos de vigilância, limpeza e das bolsas estudantis sendo reduzidas. A dificuldade de manter o hospital funcionando. O governo está arrecadando mais, porém, temos que brigar para esse dinheiro vir para cá e não ir para o Centrão, para o banqueiro, porque essa turma tem poder de negociação. E o nosso poder é esse, fazer barulho”, disse Esteban.

Sobre as mesas de negociações com o governo, Esteban informou que os ministérios chegaram a um limite. “Em relação à Carreira não temos nenhuma resposta. E temos a Carreira mais defasada do serviço público. A pior remuneração média. Amargamos uma perda de 52% e um congelo de pelo menos sete anos. Essa greve não é um tiro no escuro. O contexto nos favorece. Porque o governo está dizendo que se a economia tiver um resultado bom esse ano, dá para distribuir alguma coisa para os servidores. E o ano já começou bem para as contas públicas. Por isso a gente vai à luta”, acrescentou o coordenador do Sintufrj.

“Só com luta”

“Não podemos ficar sentados em frente ao computador com medo do chefe. Somente se consegue as coisas com luta. Nos 36 anos em que estou na UFRJ, tudo o que nós conquistamos foi com luta, enfrentando o governo. Qualquer governo. Agora, nós precisamos estar juntos. Não podemos ficar sentados esperando o sindicato lutar por nós. O sindicato somos todos nós”, disse a coordenadora de Comunicação do Sintufrj Marly Rodrigues para os servidores na PR-6.

Quórum qualificado

Vânia Guedes, coordenadora de Políticas Sociais na sala da PR-3 informou que outras entidades do Estado do Rio já definiram a deflagração da greve no dia 11 de março, confirmo indicativo da Fasubra. Ela reiterou a importância de obtermos um quórum qualificado nas assembleias desta quinta-feira, 7.

Ela também avaliou o cenário como favorável à deflagração de greve e reforçou, assim como os demais companheiros e companheiras na panfletagem, a importância de fortalecer a luta pela conquista das reivindicações contidas na pauta de reivindicações desta Campanha Salarial.

 

          

           

                             

                   

           

   

A categoria dos técnico-administrativos da UFF aprovou por unanimidade a deflagração de greve por tempo indeterminado a partir do dia 11 de março, seguindo a orientação da Fasubra.

A assembleia geral foi realizada no auditório da Faculdade de Economia. Mais de 150 servidores encheram o auditório e assinaram a lista de presença da assembleia que aprovou a greve.

“Diante da posição do governo de reajuste zero para 2024 e da ausência de propostas para o desenvolvimento e reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação, não restou outra saída que não fosse a construção da greve”, justifica o Sintuff.

 Unirio

Os técnico-administrativos da Unirio também aprovaram a deflagração de greve a partir de 11 de março. A assembleia foi realizada no novo campus da universidade, na Avenida Presidente Vargas.

Na semana passada, trabalhadores da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro já tinham votado pela greve.

TRABALHADORES DA UFF aprovam greve por unanimidade . Foto: Jesiel Araújo AG. UFF

No dia 1º de janeiro, o movimento que implantou o socialismo na ilha caribenha e desafiou o poder dos Estados Unidos completou 65 anos. A comemoração da Revolução cubana vem sendo marcada por reflexões e publicações sobre o que representou esse momento do ponto de vista histórico e político, suas implicações nos dias de hoje e personagens icônicos, como símbolo de luta e resistência.

Uma destas publicações é o livro “O ministro Che Guevara, testemunhos de um colaborador”, de Tirso W. Saenz, cuja segunda edição, pelas Edições Manoel Lisboa, em parceria com a UJR (União da Juventude Rebelião), teve lançamento no Simpro-Rio (Rua Pedro Lessa, 35), no dia 29 de fevereiro, com a presença do autor. Mas após o lançamento de seu livro, Tirso Saenz passou mal e foi internado. Apesar de todos os esforços da equipe médica, não resistiu a um edema pulmonar e faleceu, aos 92 anos de idade.

Tirso foi vice-ministro do Che no Ministério de Indústrias de Cuba nos primeiros anos da revolução. Ao lado do Che, enfrentou enormes desafios para iniciar a construção do socialismo na Ilha. Seu livro, relançado pela UJR e pelas Edições Manoel Lisboa, em 2023, é um relato vivo e entusiasmante dessa experiência.

O livro vai além de registrar como o povo cubano enfrentou desafios políticos, sociais e técnicos. A narrativa sobre a convivência no cotidiano do trabalho do engenheiro químico cubano designado em 1962 vice-ministro com Che, dá pistas da personalidade intensa e humana do grande revolucionário.

Disciplina no trabalho

“Che era o primeiro no trabalho voluntário que acontecia toda semana. O trabalho voluntário era para todos, inclusive para os dirigentes do Ministério, que tinham que trabalhar na indústria têxtil, cortar cana… Che cortava cana como um profissional! Me marcou aquele homem que não usava recursos para nada, que era uma pessoa dedicada 100% à revolução, não só como ministro, mas também como membro da direção política, como membro do Conselho de Ministros, como chefe militar. E, ademais, um pensador e criador, um homem de ideias sobre como desenvolver o socialismo, particularmente em um país subdesenvolvido como Cuba”, conta Tirso em entrevista publicada na edição nº 279 do Jornal A Verdade (de outubro de 2023).

“Che morreu há mais de sessenta anos e segue sendo uma figura de caráter internacional. Eu creio que o mais importante seja a ideia que coloca o ser humano como o elemento central e decisivo em um processo de construção do socialismo. Ou seja, o futuro do socialismo está não só no desenvolvimento da ciência e da tecnologia, mas também no das pessoas. É um processo de formação de um ser humano que não seja egoísta, que tenha uma visão social, que tenha consciência de que é membro de uma sociedade”, avalia o autor. (A íntegra está em https://averdade.org.br/2023/10/tirso-w-saenz-para-o-che-o-ser-humano-e-o-principal-na-construcao-do-socialismo/).

Em despedida, a coordenação nacional da União da Juventude Rebelião UJR), escreveu: “Tirso viveu uma vida plena. Adorava contar para a juventude as histórias que viveu ao lado de Che. Aprendemos muito com ele. Sua partida é muito dolorosa para toda a militância da UJR. Vai deixar um vazio muito grande em cada um de nós, que tivemos o privilégio de conhecê-lo e chamá-lo de companheiro.”

TIRSO SAENZ NA QUINTA-FEIRA, 29, no lançamento do seu livro no Sinpro, ao lado de jovens combatentes.

 

A categoria dos técnico-administrativos da UFRRJ aprovou a deflagração da greve a partir do dia 11 de março, conforme indicativo da Fasubra, em assembleia realizada em 27 de fevereiro. Foi deliberado um calendário de ações e a criação de uma Comissão de Mobilização.

Desde esta segunda-feira (4) a mobilização começou na universidade: houve reunião com o Reitor Roberto Rodrigues, às 15h, na qual o Sintur iniciou questionamentos relacionados à pauta interna da universidade e comunicou a decisão de greve.

Haverá ainda visitas a todos diretores e pró-reitores e reuniões no Consuni e em departamentos, visitas setoriais em todo os setores da UFRRJ, e Roda de Conversa com a Mulheres da Rural nesta quarta (6).

A comissão de mobilização do Sintur realiza também reunião híbrida com a Assessoria Jurídica do sindicato para todos os TAEs no dia 7 e promove reunião com os aposentados e pensionistas, GT Carreira, seção sindical de docentes e DCE (estudantes). Está prevista  ida à Câmara de Vereadores de Seropédica para falar sobre o movimento.

Os demais sindicatos das universidades federais integrantes do Fórum dos Trabalhadores Técnico-Administrativos (Sintuff e Asunirio) também realizam assembleias para avaliação de deflagração da greve nesta terça-feira, 5 de março.

Fasubra: cerca de 30 sindicatos já aprovaram greve

Embora a Fasubra ainda não tenha divulgado a tabulação oficial com o resultado das assembleias pelo país até o dia 1º, a estimativa do coordenador Francisco de Assis era de que cerca de 30 entidades já aprovaram greve em suas assembleias com previsão de novas assembleias para deflagração do movimento. Segundo ele, a federação terá plenária virtual do dia 9, sábado.

O Sinasefe, explicou o coordenador da Fasubra, terá plenárias nos dias 16 e 17 de março para decidir acerca da construção da greve. Mas a base da Fasubra já está avançando na sua organização em defesa de sua pauta específica, cujo eixo central é o aprimoramento da Carreira.

 

 

A reunião (híbrida) mais recente do Grupo de Trabalho Antirracista do Sintufrj definiu a participação da entidade na campanha “21 dias de ativismo contra o racismo”.

Esta campanha prevê atividades dos movimentos negros e apoiadores da causa antirracista em todo país durante o mês de março para debater o tema até o dia 21 de março, data instituída pela ONU como Dia Internacional da Luta em memória das vítimas (69 pessoas assassinadas e 186 feridas) do massacre de Shaperville, na África do Sul, em 1960.

Elas faziam um protesto contra o apartheid, em ato pacífico, com milhares de pessoa. Um grupo de policiais atirou contra a multidão.

A realização de um evento, no dia 20 de março, no Espaço Cultural para o qual serão convidados representantes dos coletivos, núcleos institucionais e centros acadêmicos, com rodas de conversa, palestras e apresentações culturais – está entre as propostas que estão sendo tocadas pelo grupo.

O tema será “A ditadura e o negro: violência no passado e no presente”. A próxima reunião, para avançar na organização, está marcada para o dia 7 de março, às 20h, em ambiente virtual.

Reunião aberta com debate

Antes do ponto da organização do dia evento, o grupo realizou uma atividade formativa: debateu o texto O Carnaval e o “Elogio do Cordão”. Uma análise sobre a festa e sua resolução com o texto de João do Rio, da estudante e militante Julia Vitória Vieira Lucas em parceria com Paulo César Vieira. Julia participou da reunião.

A coordenadora de Políticas Sociais Vania Godinho e o delegado de base da PR-7 e facilitador do GT Antirracista Hilem Moisés de Souza Rodrigues resumiram o encontro.

“Aproveitando o mês de fevereiro, a gente começou falando sobre o Carnaval e usamos o texto da estudante Julia que ajudou na apresentação, debatendo a questão do carnaval e as suas implicações sociais, políticas, estruturais, culturais, e associadas ao trabalhador. Isso por si já gera sempre reflexões para a nossa própria ação”, contou Hilem.

Vania também comentou a organização da participação da entidade na campanha dos 21 dias de ativismo contra o racismo: “A gente propõe uma atividade que vai ser puxada por nós, mas em conjunto com outras entidades antirracistas da universidade”, contou. Entre estas estão, lembra Hilem, a Superintendência de ações afirmativas, a Câmara de Políticas Raciais, coletivos de docentes negros e negras, o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas, DCE e centros acadêmicos. “A gente já começou a preparar um evento, marcado para o dia 20 de março. Hoje decidimos o tema, algumas das participações, eixos de discussão”, disse ele.

Ideias, propostas, sugestões

Propostas como a criação de uma biblioteca virtual sobre o tema na entidade ou a organização pelo Sintufrj de um curso de letramento racial, para compreensão do fenômeno do racismo (esta por exemplo, da estudante de pós-graduação em Artes Visuais da EBA) Aline Santiago; o sonho de que o Sindicato venha a constituir uma escola de Formação Sindical, como mencionou a coordenadora Vania; informações e análise de fatos e políticas, como a violência sofrida por jovens negros nas comunidade do Rio de Janeiro e de outros estados ou a sugestão do tema para o debate no evento do Sintufrj dia 20 (“Ditadura e Racismo: violência no passado e no presente”), proposto pelo estudante do IFCS Matheus Monteiro, com base no livro “Dançando na mira da ditadura”, de Lucas Pedretti; o questionamento feito pela aposentada Yvone Gabriel, aos poucos avanços da legislação que obriga o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana; e ainda depoimentos relevantes, como o da coordenadora de Educação, Cultura e Formação Sindical, a aposentada Helena Alves, que ingressou na UFRJ (na Praia Vermelha) em plena vigência do AI-5 (Ato Institucional nº 5 de 1968) e que contou detalhes da repressão a estudantes e servidores, alguns conhecidos seus que tiveram que se exilar neste que foi um dos períodos mais sombrios da ditadura: estes foram alguns dos temas desta reunião do Grupo de Trabalho Antirracista do Sintufrj.

O GT

Um grupo bem diverso do qual participam, além de coordenadores da entidade, militantes de base, aposentados, estudantes de graduação e de pós-graduação, integrantes de alguns dos coletivos de negras e negros da UFRJ e apoiadores da luta antirracista.

“A gente tenta agregar o máximo de pessoas possível. É um esforço nosso, trazer mais gente da categoria para participar do GT e fazer essa integração com outros segmentos, tanto que foi muito produtiva (esta reunião) na produção de ideias, e temas que não teriam sido trazidos se não tivesse mais gente”, diz ele, convidando a participação de ainda mais pessoas messa luta importante. “É da sociedade, então atinge a categoria também, e a gente precisa, enquanto GT e enquanto Sindicato, estar presente e ativo nessa luta”, aponta o facilitados Hilem.

GT Anterracista.
Rio, 28/02/24

Comando de mobilização tem primeira reunião na manhã desta sexta-feira, 1º de março, presencial e virtual, para organizar a assembleia de deflagração da greve: panfletagem em unidades, uma live unificada dos sindicatos TAE e um arrastão de mobilização no dia 7 estão entre as atividades

As reivindicações dos servidores públicos federais pela  recomposição salarial, depois de tantos anos com o poder aquisitivo em queda, e em especial as reivindicações da nossa categoria dos técnicos-administrativos em educação, pela reestruturação da Carreira estão há alguns meses em discussão nas mesas de negociação com o governo – a nacional permanente, no caso do reajuste geral, e a temporária específica, no caso do nosso PCCTAE – sem avanço.

A neutralização da reforma administrativa que desmonta o serviço público e a recomposição orçamentárias das universidades federais também estão entre os eixos do movimento.

Por isso a categoria, que está em estado de greve, vai decidir em assembleias simultâneas na próxima quinta-feira, dia 7 (no Fundão, na Praia Vermelha e em Macaé, com transmissão on line), às 10h, as condições de deflagração de uma greve dentro da campanha salarial. O indicativo da Fasubra é de greve nacional a partir de 11 de março.

Portanto, se o movimento for vitorioso, todos serão beneficiados. Mas para que isso aconteça, a categoria tem que ter força.

Mobilização

A deflagração de um movimento desta dimensão exige a participação de todos. A assembleia precisa de quórum qualificado. Portanto a participação de cada um de nós é importante.

De olho nisso, a reunião do Comando de Mobilização desta sexta-feira, 1º de março, no Espaço Cultural e em ambiente virtual, contou com participação expressiva de coordenadores e militantes de base, de diversas unidades e campi (como Xerém e PV), tanto presencial quanto virtual e definiu estratégias para incentivar a participação da categoria, como materiais de divulgação (panfletos e cartazes) e um calendário de atividades entre sábado nas unidades entre este sábado (2), e quarta-feira (6), um dia antes da assembleia decisiva (7).

Lista de locais de mobilização

Novas atividades poderão ser acrescentadas

  • Sábado, 2/03

17h, no Hucff, panfletagem

Segunda-feira, 4/03

6h, no  Hucff, panfletagem

10h, no CT, panfletagem

10h, Letras, panfletagem

10h, Odonto, panfletagem

10h SIARQ, panfletagem

12h Setores, panfletagem

  • Terça-feira, 5/03

6h, no Hucff, panfletagem

9h, em Caxias, panfletagem

10h, no CCMN, panfletagem

10h, no CCS, panfletagem

  • Quarta-feira, 6/03

6h Ippmg, panfletagem

8h, na Prefeitura Universitária, panfletagem

10h, no CT, panfletagem

10h: Caminhada com reunião nas pró-reitorias

10h: Live unificada dos sindicatos de dos técnicos-administrativos do Rio de Janeiro

 

  • Quinta-feira, dia 7/03

9h – Arrastões de mobilização nas unidades ao lado dos auditórios (definir no zap de mobilização).

10h:  Assembleia – Fundão, Praia Vermelha e Macaé.

Reunião Híbrida do Comando de Mobilização para orgamizar assembleia de deflagração para Greve.
Reunião Híbrida do Comando de Mobilização para orgamizar assembleia de deflagração para Greve.

Todo dia é dia da mulher, mas em março o mês ganha um tom especial. Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março, o 8M, o GT Mulher trará a memória de muita luta, celebrará conquistas e reafirmará a pauta feminina. O Sintufrj tradicionalmente realiza atividades. O foco é a mulher trabalhadora, suas lutas, suas histórias.

Além da participação no 8M, com a tradicional concentração na Candelária e marcha à Cinelândia, a partir das 17h, o Grupo de Trabalho da Mulher do Sintufrj programou uma série de atividades, as quais serão divulgadas no decorrer do mês.

A própria origem do mês da mulher será descortinada pelo GT que destaca ser Março como o mês da mulher trabalhadora, pois a data no calendário é motivada por um protesto que aconteceu na Rússia, apesar de, no Brasil, muitas pessoas acreditarem que a data está relacionada a um incêndio em uma fábrica de tecidos nos Estados Unidos.

Nas rodas de conversa que serão realizadas, temas serão debatidos, tais como violência contra a mulher, a história do 8M, mulher no trabalho, saúde da mulher, mulher que reproduz a opressão, mulher no movimento sindical, mulher na política, relacionamentos abusivos.

O GT definiu ainda o calendário do ano, com reuniões mensais toda primeira quarta-feira do mês, sempre às 14h, no Espaço Cultural. As reuniões têm data a partir de abril e estão sujeitas a alterações se preciso for. Veja o calendário:

  • Abril – Dia 4
  • Maio – Dia 8
  • Junho – Dia 5
  • Julho – Dia 3
  • Agosto – Dia 7
  • Setembro – Dia 4
  • Outubro – Dia 2
  • Novembro – Dia 6
  • Dezembro – Dia 4

 

Origem na Rússia

O Dia Internacional da Mulher é comemorado em vários países no dia 8 de março por representar a luta das mulheres em busca de maiores direitos. É um momento de reflexão sobre a luta e as conquistas das mulheres, principalmente por igualdade e respeito ao longo da história, e de afirmação, com também reafirmação das pautas feministas, e luta contra o preconceito.

No dia 8 de março de 1917, um grupo de operárias saiu às ruas para protestar contra a fome e contra a Primeira Guerra Mundial. Elas foram fortemente repreendidas e o episódio acabou dando início à Revolução Russa.

Desde então, o movimento internacional socialista adotou a data como o Dia internacional da Mulher e as comemorações passaram a ser realizadas no mesmo dia em vários países.

 

 

 

 

Gt Mulher Sintufrj.
Rio, 29/02/24
Foto de Elisângela Leite

No calor de nova rejeição do governo às reivindicações dos servidores nas negociações da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP), uma manifestação unificada de trabalhadores públicos federais do Executivo realizou nova marcha no fim da tarde desta quarta-feira (28) entre o Buraco do Lume e a Cinelândia.

O mote do protesto foi “Reajuste Zero eu não aceito”. Como se sabe, o governo apresentou proposta que transfere pequenos índices equivalentes a 9% de recomposição salarial para os anos de 2025 e 2026 e nada para o ano em curso.

Na reunião desta quarta, novamente o governo não acenou com alguma perspectiva de reajuste de salários.  Atos e protestos ocorreram nas principais capitais, pois o movimento tem uma contraproposta que quer ver negociada.

No Rio de Janeiro, trabalhadores de universidades e de institutos federais movimentaram o centro da cidade com faixas e palavras de ordem, sendo reforçados com o apoio de colegas aposentados.

Estado de greve

“Hoje, na mesa de negociação, o governo deu sua resposta a nós técnico-administrativos em educação das universidades que estamos em estado de greve. Estamos em todos os atos, como o da semana passada (no mesmo trajeto). E o fato de pouco mais de centenas de pessoas nessa manifestação não representa o tamanho da indignação da categoria “, afirmou o coordenador-geral do Sintufrj, Esteban Crescente, ao final da caminhada na Cinelândia.

COMO NA SEMANA PASSADA, trabalhadores públicos encerraram o ato na Cinelândia Foto: Lili Amaral