O que você, artista independente da UFRJ — técnico-administrativo, docente, estudante ou terceirizado — está esperando para se inscrever e participar do projeto Arte de Ficar em Casa?

Arte de Ficar em Casa é um projeto assinado pelo Sintufrj e Adufrj e apoiado pelo Fórum de Mobilização e Ação Solidária (Formas) – que reúne, além das duas entidades sindicais citadas, a Associação dos Pós-Graduandos (APG), o DCE Mário Prata e a Associação dos Trabalhadores Terceirizados da UFRJ (Attufrj). A estreia do projeto foi em 5 de junho.

Importante: este palco virtual se diferencia das outras lives musicais pelo seu caráter solidário e por privilegiar os talentos que tenham a ver com a comunidade universitária da UFRJ.

O que o projeto oferece
Aos artistas o projeto garante toda estrutura técnica necessária com câmera, equipamento de captação de áudio, tecnologia para sincronização áudio/vídeo, transmissão e link de internet dedicada que permite estabilidade nas transmissões.

A divulgação da live é tarefa do Formas por meio das plataformas digitais das entidades que integram o grupo.

O público faz suas doações durante o programa pelo QR Code. Além disso, Sintufrj e Adufrj garantem cachê básico de R$ 200 para cada artista que se apresenta no palco virtual.

Parcerias
A Adufrj e o Sintufrj viabilizam o projeto buscando parcerias com as empresas fornecedoras de materiais ou que prestam serviços às entidades. O que não impede, naturalmente, que empreendedores ou qualquer pessoa física se torne um parceiro da iniciativa.

Essas doações vão para trabalhadores terceirizados, desempregados, estudantes do Alojamento e da Vila Residencial, em condições de vulnerabilidade. As doações também se destinam a voluntários do Programa de Testagem de Covid-19 do bloco N, do Centro de Ciências da Saúde (CCS).

“Esse projeto faz parte de um ciclo de solidariedade de incentivo a arte e a cultura. Arte de Ficar em Casa nasceu para que os artistas independentes recuperem o palco que perderam com a pandemia viral”, define Noemi Andrade, coordenadora do Sintufrj.

Inscrição
Os interessados em participar do projeto devem se inscrever acessando o seguinte endereço: https://bit.ly/3dlqLc5.

 

Registro da primeira edição do projeto, com Dimas Bispo e Thuby, do Grupo Tá Ligado.

 

 

Mais de duas mil conferências, shows, minicursos, painéis em 628 lives dão a dimensão do fôlego do Festival do Conhecimento da UFRJ encerrado na sexta-feira 24. Foram mais de 1500 atividades gravadas, 30 mil inscritos e uma audiência do país inteiro. Um saldo tão positivo que a equipe que produziu já é procurada por outras universidades em busca de referências.

Em meio à miríade de nomes dos meios acadêmico, científico e cultural, um grupo de técnico-administrativos trabalhou na retaguarda e de maneira remota para garantir o êxito do festival.

Quem conta um pouco desta história é Bárbara Tavela, superintendente de Integração e Articulação da Pró-Reitoria de Extensão (PR-5). “Foi uma grande experiência. Muito rica, porque a gente viu a comunidade se reinventando, aprendendo com este novo normal. Aprendendo a usar as plataformas, a gravar e postar vídeos”, diz ela, que coordenou a organização do evento.

Só da equipe da PR-5, foram mais de 40 técnicos-administrativos envolvidos em três grandes áreas: programação, comunicação e direção técnica. Quatro profissionais da Escola de Comunicação ficaram à frente da direção técnica, e foram imprescindíveis. “Ficaram responsáveis por toda parte de streaming (transmissão on line)”, conta ela.

Técnicos-administrativos atuaram também em um comitê de seleção da programação, em que trabalharam mais de 100 pessoas verificando todas as propostas de atividades gravadas. Segundo Bárbara, muitos coordenadores e diretores de extensão são técnicos-administrativos. Além disso, atuou também um grande time de extensionistas e estudantes curriculares supervisionados por técnicos-administrativos.

Libras
Ela destaca ainda o trabalho das equipes que cuidaram da acessibilidade nas palestras do festival, “um trabalho incrível dos intérpretes de Libras”. Técnicos da Diretoria de Acessibilidade (Dirac, coordenado pela técnica-administrativa Amélia de Almeida), além de estudantes do laboratório de tradução e interpretação Libras, trabalharam nos dez dias de festival.

A operação envolveu trabalhadores de diversas áreas, pelo menos um de cada pró-reitoria, do gabinete da Reitoria, Coordenadoria de Comunicação, Superintendência de Tecnologia e Informação (TIC), Prefeitura Universitária e Fórum de Ciência e Cultura.

Foram três meses de preparação. Bárbara é responsável pelos grandes eventos como o Conhecendo a UFRJ, e, a partir do momento em que se soube que não se poderia realizar por enquanto nenhum evento presencial, a equipe começou a pensar em que formato poderia se realizar algum deles. Até que surgiu a ideia do Festival do Conhecimento, evento de comemoração dos 100 anos da UFRJ. Foram três meses de preparação.

 

 

Segundo o Ministério da Economia, gastos caíram devido à redução de diárias e de passagens e com transporte de empregados públicos

Matéria retirada do site Metrópoles.

Com grande parte trabalhando de casa há pouco mais de quatro meses, por causa da pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, os servidores federais tiveram cortes em gratificações e o governo reduziu drasticamente gastos com diárias, passagens e transporte de empregados públicos.

A medida de prevenção surtiu efeito também nas contas oficiais. Dados do Ministério da Economia indicam que, em três meses, a despesa caiu 75,2% em relação ao mesmo período de 2019. Somente entre março e maio, a economia foi de R$ 199,6 milhões com diárias e passagens.

O valor pode ser ainda maior. Os dados de junho e julho estão sendo contabilizados. Para o governo, a economia pode chegar a R$ 500 milhões somente com a substituição de viagens por videoconferências, por exemplo.

Segundo a pasta, isso se deve às restrições para viagens nacionais e internacionais, além da alocação de cerca de 62% da força de trabalho do Executivo federal em regime de trabalho remoto. A redução de despesa foi observada em viagens internacionais (-86%) e nacionais (-72,9%).

Também houve economia em deslocamentos terrestres. De março a maio de 2019, (ocasião em que a despesa do governo com TáxiGov no Distrito Federal foi de R$ 1,2 milhão), quando comparado ao mesmo período de 2020, (em que a despesa caiu para R$ 478,3 mil), houve redução de 60,9% nos gastos com esse tipo de transporte, o que corresponde a uma economia de R$ 743,5 mil, contrapondo os dois períodos.

Em casa
Os servidores estão afastados das repartições há quase quatro meses. O governo editou a primeira instrução normativa que adequou o funcionamento do serviço público aos efeitos da pandemia em 12 de março.

Segundo a Secretaria de Gestão e Desempenho de Pessoal, em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal, incluindo as instituições da Rede Federal de Ensino, portanto, o número de servidores públicos em trabalho remoto é 356.815, o que representa 62,55% do total da força de trabalho. Até 17 de julho, os casos confirmados de Covid-19 registrados no sistema eram de 1.417.

O trabalho remoto é alvo de desentendimentos entre o governo e a categoria. A Confederação dos Trabalhadores no Serviços Públicos Federal (Condsef) reclama das condições de trabalho e critica a mudança de postura do governo federal em relação ao afastamento das repartições públicas.

“As condições são ruins. As pessoas desenvolvem seu trabalho com suas próprias ferramentas. O governo está mudando a tática porque observou a economia. Hoje, o governo avalia de uma forma diferente, mudou a estratégia e parou a pressão de que os servidores deveriam voltar imediatamente”, pondera o secretário-geral da Condsef, Sérgio Ronaldo.