“A situação da população negra no Brasil” – evento que destacou como a identidade negra é preciosa e deve ser defendida – foi o tema da live promovida pelo Centro de Tecnologia (CT) da UFRJ, na quarta-feira, 18, para celebrar o 20 de Novembro: Dia da Consciência Negra.  

Alunas da Escola de Educação Física e Desportos da UFRJ, Jacki e Gabi  abriram a live coreografando a música “My Powe”, da Beyonce, e o coral do CT cantando “Kizomba” encerrou o evento. A transmissão foi pelo Facebook e o canal da unidade no Youtube, entre às 15 e 17h, e está disponível para qualquer pessoa. 

Participaram do debate a coordenadora do Sintufrj, Noemi Andrade, a cientista política do Núcleo de Políticas Públicas em Direitos Humanos (NEPP-DH) da UFRJ, Fernanda Barros, e a pesquisadora e organizadora do livro Mulheres Negras Brasileiras, Sandra Colemann. Atuou como mediadora a técnica-administrativa e integrante da Câmara de Políticas Raciais e da Comissão de Heteroidentificação da UFRJ, Selma Ribeiro.  

Políticas públicas

Fernanda Barros defendeu a aplicação de políticas públicas para a população negra:

“A gente precisa de medidas antirracistas pontuais, que sejam implementadas de fato pelo Estado brasileiro de forma a subtrair da população negra dados sócio-econômicos que trazem uma série de desigualdades relacionadas ao grupo. Termos uma comemoração de fato sobre a importância cultural e em termos ideológicos da identidade negra. Mas temos a morte da juventude negra que ainda é um quadro bastante desanimador. Medidas públicas precisam ser diferenciadas e colocadas em vigor. Então esse discurso da meritocracia, da democracia racial e que o Brasil não apresenta conflitos de raça é uma grande falácia”. 

Noemi de Andrade destacou a importância de identificar a população de trabalhadores negros na UFRJ e informou sobre a  realização do censo na universidade com este objetivo:

“É importante que a gente traga para esse mês a reflexão sobre essa realidade desigual e o quanto temos que fazer para a implementação de ações afirmativas e de políticas públicas para a  população negra no Brasil. É importante também trazer essa discussão para a UFRJ. Pelo racismo institucional e estrutural até hoje a universidade não consegue ter um dimensionamento da população de trabalhadores negros que possui, entre técnicos e professores. O NEPP-DH fará um censo para saber onde estão os negros na UFRJ; quantos somos e onde estamos localizados. Essas informações são necessárias para sabermos até aonde a gente tem que chegar e qual é o tamanho do espaço ocupado pelos negros na UFRJ, traçar seu perfil étnico”.

Segundo a dirigente, há 30 anos a discussão sobre racismo não ocorre na universidade, mas que a população negra luta no dia a dia para que a UFRJ seja mais transparente nas questões de raça.  Ela afirmou que 20% de reserva de vagas para negros e pardos (conforme determina a lei) ainda é muito pouco. “Em 2022 a política de cotas será revista e nós temos que ter esse balanço para apresentar à sociedade e para termos uma universidade muito mais colorida, com muito mais representatividade do povo negro”, concluiu.

A pesquisadora Sandra Colemann compartilhou sua experiência nos Estados Unidos, onde produziu uma exposição em 2017 na Universidade do Estado de Nova Iorque, instituição na qual também cursou seu mestrado, colocando em evidência o racismo vivido pelas mulheres negras brasileiras. 

“Resolvi fazer a exposição para mostrar que temos mulheres negras acadêmicas no Brasil e revelar casos de racismo de 50 mulheres negras brasileiras. Muitas das narrativas destas mulheres estão no livro “Mulheres Negras Brasileiras – Presença e poder”,  sendo que 13 dessas mulheres são divas e participam ativamente do movimento negro no Rio de Janeiro”.

 

Nesta quinta-feira, 19, o Sintufrj Itinerante estará atendendo as demandas das trabalhadoras e trabalhadores do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), das 10h às 16h.

Faça a sua lista (serviços, esclarecimentos sobre processos, convênios, entre outras demandas) e leve-a até a van do Sintufrj. Profissionais da entidade, entre os quais advogados, e coordenadores sindicais estarão à sua disposição.  

 

O Instituto de Anatomia Patológica da Faculdade de Medicina foi uma das unidades que aderiu ao Programa de Qualificação Institucional (PQI), e os resultados não podiam ser melhores. Mas a continuidade das pesquisas depende de apoio financeiro.

A biomédica Caroline Barros foi uma das aprovadas na seleção para doutorado oferecido pelo programa no final de 2019, porém soube no início deste ano que a UFRJ iria suspender o PQI. Ela disse que a notícia não a surpreendeu, porque já sabia, por colegas, que as bolsas não estavam sendo pagas. 

CAROLINE Batista: pesquisa sobre como ajudar pessoas com glioblastoma

Como representante dos técnicos-administrativos no colegiado do Instituto de Ciências Biomédicas, ela considera que seria justo que os valores do ano anterior fossem repassados para que os programas possam comprar os subsídios que os alunos necessitam para as pesquisas em andamento. 

Salvar vidas 1

A servidora, com 13 anos de casa, desenvolve estudos sobre o glioblastoma, tumor agressivo, raro e esporádico, mas o mais comum entre os cânceres cerebrais, cujo tratamento envolve cirurgia, radioterapia e quimioterapia. 

“Meu projeto é buscar uma maneira de ajudar o quimioterápico a atingir o tumor de glioblastoma. Esses medicamentos têm dificuldade em atingir algumas regiões do tumor, um dos motivos pelos quais são tão agressivos”, explicou Caroline.  

Segundo a pesquisadora, colegas de outros laboratórios têm dado apoio, contudo seu trabalho chegou a num ponto que necessita de materiais muito específicos. “Uma enorme parte do meu projeto não será desenvolvida. Não tenho condições de comprar os reagentes, que são caros. Eu contava com a verba do programa”, lamentou a técnica-administrativa. Para não parar totalmente o projeto, ela decidiu usar os recursos da bolsa de auxílio técnico para adquirir parte dos reagentes. 

Relevância internacional

A bióloga do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, Janine Simas Cardoso Rurr, pesquisa um processo eficaz e barato para uso da radiação solar e de um corante não tóxico (o azul de metileno) para obtenção de água potável. 

De acordo com a pesquisadora, a falta de água potável é um grande obstáculo para a saúde pública em países pobres como o Brasil, onde cerca de 35 milhões de pessoas não têm acesso à água tratada. E a água contaminada é a principal causa de diarreia, que leva à morte diariamente sete crianças, cujas moradias não contam com  saneamento básico. 

JANINE Rurr: na apresentação da sua pesquisa na Jornada da Pós-Graduação

Janine é uma das selecionadas pelo Programa de Qualificação Institucional de Anatomia Patológica da Faculdade de Medicina, que aderiu ao PQI. A tese em andamento no seu doutorado é sobre “O processo de desinfecção solar com fotocatálise pelo azul de metileno”, que já foi apresentada no Seminário de Integração dos Técnicos-Administrativos da UFRJ (Sintae) e concorre ao Prêmio ANA (Agência Nacional de Águas) 2020.  

A desinfecção solar (exposição de água não potável em garrafas PET ao sol por um ou dois dias, dependendo da nebulosidade) tem se mostrado eficiente. Mas pode ser acelerada pelo azul de metileno (AM), que permite o uso do método em áreas menos ensolaradas. A pesquisadora investiga agora a segurança para o consumo, como a toxicidade hepática e renal.

Janine ingressou no doutorado no primeiro semestre de 2019, e contava com a bolsa para realizar suas pesquisas. “Eu nunca precisei desse dinheiro porque já estava adiantada nas minhas experiências, mas agora preciso comprar anticorpos, lâmina, mas pelo que estou vendo não tem como”, lamentou a técnica-administrativa, que ingressou na universidade em 1989.

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Claudia de Alencar Santos Lage, orientadora de Janine, disse que a servidora foi selecionada para o programa pela qualidade do projeto e em posição elevada, em março de 2019, e o laboratório se encontrava equipado com todos os recursos necessários para o trabalho. Mas agora as pesquisas entraram em uma fase que exige reagentes mais dispendiosos, anticorpos e outros marcadores. “O que é preciso é financiamento para compra destes reagentes para a finalização do projeto dela”, disse a professora, acrescentando que a coordenadora do programa também está empenhada na busca de recursos.

A orientadora contou que Janine se inspirou na avó – que usava produtos como azul de metileno e violeta agenciada – para criar o projeto. O sucesso angariado, segundo ela, também tem a ver com o catalisador para acelerar o tempo de exposição ao sol (de 48 horas para seis horas) da água contaminada. Um processo que poderia beneficiar, só no Hemisfério Norte – devido à baixa incidência da luz do sol –, cerca de um bilhão e meio de pessoas atualmente sem acesso fácil à água potável. 

Com este projeto, Janine foi convidada, em 2018, para participar do Fórum Mundial da Água, em Toronto, no Canadá – um evento realizado a cada dois anos. Mas ela não pôde ir, porque, acredita a orientadora, a universidade não tinha recursos. “Temos na UFRJ um grande projeto, e tudo indica que é seguro – ainda é preciso apurar, por exemplo, se as células manifestam algum tipo de alteração potencialmente carcinogênica –, mas agora o avanço do processo requer suporte para uma análise mais refinada”, pontuou Claudia de Alencar.

 

 

Por decisão da Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa, sob a alegação de falta de verbas, desde o dia 9 de março está suspenso o Programa de Qualificação Institucional (PQI), voltado para o desenvolvimento profissional dos técnicos-administrativos em educação e docentes. O ofício é assinado também pelas Pró-Reitorias de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças e de Pessoal.

O PQI foi criado pela Portaria nº 7.555, em 2017, com a concordância das três pró-reitorias, e a proposta era apoiar programas de pós-graduação que admitissem vagas adicionais nos editais de seleção de mestrado ou doutorado para todos os servidores da instituição. 

No primeiro ano, aderiram à proposta 44 programas de diversas áreas, oferecendo até três vagas; no segundo ano, 23, e até maio de 2019, seis. 

Justificativa

No ofício, as três pró-reitorias justificam a decisão afirmando que o atual modelo do PQI compromete e inviabiliza as demais ações destinadas à capacitação dos servidores. “Nesse sentido”, diz o texto, “optamos por suspender o referido programa até que possamos elaborar um edital estabelecendo novos critérios para o incentivo a este tipo de qualificação na UFRJ em conformidade com o orçamento destinado ao ano de 2020, considerando todos os níveis profissionais.”  

Até o momento, as pró-reitorias envolvidas não acenaram com um novo programa, conforme especifica o ofício que suspendeu o PQI. Mas, segundo a Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa, um grupo de trabalho está encarregado de apresentar propostas. 

Direito garantido

 O pró-reitor de Finanças, Eduardo Raupp, alegou que o PQI foi criado sem previsão orçamentária para sustentá-lo e que consumia quase toda a verba destinada à capacitação. Porém, como não havia limites, a adesão continuou para muitos programas. 

“Se [o PQI] continuasse, iria ultrapassar o valor previsto [para a capacitação]. Por isso digo que não foi feita previsão orçamentária. Tanto é que nunca conseguimos pagar integralmente as bolsas prometidas pelo programa. Por isso achamos por bem não continuar contraindo dívidas e reformular o programa”, explicou Raupp.

Nas contas do pró-reitor, o PQI estava consumindo dois terços dos recursos de capacitação, inviabilizando qualquer outro programa na área. “Em 2020”, informou, “a verba para a capacitação ficou em torno de R$ 1,45 milhão, e em 2021 vai baixar para R$ 1,185 milhão.”

Raupp garantiu que quem já está cursando uma pós-graduação não será afetado pela decisão. Segundo o pró-reitor, a bolsa era um estímulo ao programa, mas não era destinada ao servidor, portanto, nada tem a ver com o resultado da seleção. “O servidor não deixa de ser aluno e continua no programa”, frisou.

Dívida impagável

Segundo a pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa, Denise Freire, apesar de interessante, o programa se tornou inviável economicamente e a dívida foi aumentando, tornando-se impagável. “Não se avaliou que todos os anos entravam alunos. Até que tivemos que parar, porque não havia mais recursos. Mas acho que a qualificação profissional dos servidores é fundamental”, reconhece. 

A pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa (PR-2), Professora Denise Freire, fazendo uma apresentação em sessão do Consuni em julho de 2019.

Para enfrentar a falta de dinheiro, uma das propostas da pró-reitora é organizar cursos em parceria com outras universidades ou com unidades da própria UFRJ, em áreas como gestão pública, além de mestrados acadêmicos ou profissionais e cursos lato sensu

Todavia, ela prometeu lançar em breve um novo PQI, que está sendo discutido por um grupo de trabalho formado por representantes das três pró-reitorias envolvidas com o programa extinto. Denise também garantiu que os atuais beneficiários do PQI prosseguirão com seus cursos. 

Novo PQI

 Marília Lopes, superintendente administrativa da Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa, explicou que a ideia discutida no grupo de trabalho é lançar um edital que seja plausível. “Não havia condições de pagar uma bolsa de mestrado e doutorado a todo aluno que entrasse no programa. Gostaríamos de já ter tido colocado em funcionamento um novo edital, mas ficou difícil com a pandemia, porém acredito que no próximo ano isso seja possível”, prevê. 

Segundo Marília, o custo mensal de um aluno de mestrado é de R$ 1.500 e de doutorado, R$ 2.200. O repasse foi feito até o primeiro semestre de 2019, e a partir do segundo semestre não houve mais repasses e não foram aceitas mais adesões ao PQI. “Pagamos o máximo que foi possível. Este ano não há como repassar verba, mas os selecionados para os cursos podem cursar normalmente; o programa só não está recebendo recursos”, explicou.

 

 

Governo quer oferecer R$ 25 bi para 10 milhões de trabalhadores informais que até dezembro receberão o auxílio emergencial. Economista da UFRJ diz que medida como forma de retomar a economia é piada

Matéria retirada do site da CUT. 

O fim do auxílio emergencial de R$ 300,00 marcado para 31 de dezembro deste ano deve deixar 67 milhões de desempregados, informais e microempreendedores individuais (MEIs), sem nenhum socorro do governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL), para enfrentar a crise econômica agravada pela pandemia do novo coronavírus (Covid 19).

Sem política pública voltada ao social e sem saber como colocar de pé o “Renda Cidadã” ou “Renda Brasil” (nem o nome oficial do programa o governo consegue decidir), em substituição ao Bolsa Família, criado pelo ex-presidente Lula, a atual equipe econômica vê como saída oferecer uma linha de crédito de R$ 25 bilhões. A ideia é disponibilizar microcrédito de R$ 1 mil a R$ 5 mil para 10 milhões de informais que puderem pagar. Nada foi oferecido aos 57 milhões de pessoas que também deixarão de receber o auxílio emergencial. Nem um empréstimo.

Em uma situação de crise como a atual, usar o microcrédito como uma política de estímulo econômico soa apenas como argumento de retórica do governo que quer mostrar que não está parando, não fazendo nada, critica o economista, Eduardo Costa Pinto, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Para ele, a oferta de microcrédito soa até como piada num momento de recessão econômica. Embora uma política de crédito acessível seja bem-vinda em qualquer momento, o valor anunciado de R$ 25 bilhões, não fará sequer “cócegas”, na recuperação da economia, já que o auxílio emergencial de R$ 600,00, valor pago até setembro, colocou em circulação R$ 50 bilhões por mês, o que dinamizou o consumo das famílias e impediu que a economia entrasse em colapso.

“O corte do auxílio pela metade já refletiu na queda do consumo, das vendas no varejo, inclusive nos supermercados. Por isso que disponibilizar somente R$ 25 bi terá efeito mínimo na reativação da economia”, analisa o Costa Pinto.

Como vai funcionar a linha de crédito

As formas de pagamento, as garantias, o prazo e quais bancos estarão aptos para disponibilizar o microcrédito para os informais, ainda estão sendo discutido entre os ministros da Cidadania Onyx  Lorenzoni , da Economia, o banqueiro Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central (BC), Roberto de Oliveira Campos Neto.

A Caixa Econômica Federal deverá ser um dos bancos que vai oferecer R$ 10 bilhões dos R$ 25 bilhões da linha de crédito, mas o seu presidente Pedro Guimarães, já declarou em entrevista ao “Estadão/ Broadcast que “o valor que a CEF disponibilizará será destinado a quem puder pagar de volta”.  

Como defesa do programa de microcrédito, a equipe econômica alega que este dinheiro ajudaria em parte os 31 milhões de ‘invisíveis’, como o governo chama os trabalhadores e trabalhadoras informais, a legalizarem seus negócios e se tornarem Microempreendedores Individuais (MEIs).

A ideia do governo é que os tomadores dos empréstimos, ao se formalizarem com esse registro, possam contribuir ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS )e, assim, ter acesso a benefícios previdenciários, como auxílio-doença e aposentadoria.

Para Costa Pinto, esta avaliação do governo nada mais é do que precarizar ainda mais as relações de trabalho, aumentando a pejotização, expondo a máxima do capitalismo neoliberal de que todo mundo pode se tornar um empresário e que a culpa do desemprego é do próprio trabalhador.

É como transformar motorista de Uber em empresário. É a lógica do empreendedorismo levada ao extremo, de que o desemprego é culpa do trabalhador. Os informais estão nesta situação por falta de política pública que gere desenvolvimento e empregos

– Eduardo Costa Pinto

“O atual governo quer criar instrumentos de pejotização, como a carteira verde e amarela e tudo que dê algum grau de formalização aos informais, mas retira direitos de quem está dentro da formalidade com as reformas da Previdência e Trabalhista”, completa.

O professor da URFJ reforça que uma política de microcrédito é importante, mas isto não é estimulo à economia num momento de recessão, porque nem mesmo uma grande empresa vai abrir fábricas e contratar quando o nível de utilização de sua capacidade produtiva está baixa. O mesmo acontece com os informais que não devem se arriscar a tomar empréstimos mesmo que sejam de baixo valor.

“Este tipo de política tem efeito a longo prazo e está longe de substituir o auxílio emergencial. Como o governo quer manter o teto de gastos públicos, ele tenta evitar que os índices de desemprego cresçam ainda mais porque as pessoas serão obrigadas a ir em busca de um trabalho, mesmo sabendo que dificilmente irão encontrar”, conclui Eduardo Costa Pinto.