A portaria n° 1030 de dezembro de 2020, editada pelo MEC, é uma afronta à autonomia universitária, à Resolução do Conselho Nacional de Educação (órgão responsável pela política nacional de educação e que aprovou determinação de manutenção do ensino remoto até final de 2021), um atentado contra a saúde pública e deve ser repudiada com veemência não só pela UFRJ, mas por todo o ensino superior brasileiro.

A UFRJ possui um grupo de trabalho multidisciplinar em pleno funcionamento que acaba de alertar sobre o crescimento de casos de contaminação por covid-19 e o risco de colapso da rede hospitalar. No HUCFF, a ocupação de leitos já atingiu a capacidade maxima.

O governo federal, mais uma vez, vira as costas para a ciência e abraça uma agenda de morte, movido por interesses escusos e pela irresponsabilidade.

O Sintufrj ressalta que existem resoluções aprovadas pelo Consuni para normatizar o funcionamento da UFRJ e resguardar a integridade da comunidade acadêmica neste período excepcional, e que a Reitoria já se manifestou em defesa destas resoluções.

É hora de fazer valer as nossas decisões. Em defesa da vida e da autonomia universitária, vamos rechaçar A portaria assassina do governo Bolsonaro!

#RevogaPortariaMECJá

Direção do Sintufrj
Gestão Ressignificar

Em nota publicada nesta terça-feira, dia 1º, o Gabinete Emergencial de Crise da UFRJ – que é presidido pela reitora da universidade – recomenda a intensificação das restrições de circulação nos campi e a manutenção das demais atividades (ensino, pesquisa e extensão) de forma remota.

O endurecimento das medidas de distanciamento social resulta da nova onda de casos de Covid-19. A nota orienta, ainda, os membros da comunidade em atividades presenciais que evitem ao máximo transporte coletivo e realização imediata de testes no caso de algum sintoma de contágio.

As recomendações foram definidas não somente em função da situação epidemiológica no estado, “mas também a partir da análise da capacidade de resposta da instituição, em termos de recursos humanos e materiais”.

A falta de recursos restringe, por exemplo, a distribuição de equipamentos de proteção individual (os EPIs) e de álcool 70% às unidades assistenciais do Complexo Hospitalar, ao Restaurante Universitário e aos estudantes residentes no Alojamento Estudantil e na Vila Residencial.

 

 

O Instituto de Psiquiatria (Ipub) da UFRJ, referência para internação em saúde mental no município e no estado do Rio de Janeiro, terá quase a metade de sua capacidade reduzida sem os profissionais que foram contratados emergencialmente para a pandemia.

A direção já foi informada que a partir desta quarta-feira, 2 de dezembro, os 21 técnicos de enfermagem contratados nesta modalidade não estarão mais na unidade. A situação que redunda no fechamento de leitos está atingindo as unidades de saúde da UFRJ como o IPPMG e o HUCFF.

“Ficaríamos reduzidos a quase metade da nossa capacidade que é de 105 leitos no total. Teríamos que operar com até 60 leitos”, declara o diretor clínico, Leonardo Lessa. Ele explica ainda que os profissionais trabalham também em outros setores não específicos para Covid-19.

Leonardo Lessa chama atenção para a característica especial do paciente do no Ipub.
“Trata-se de clientela psiquiátrica, que não atende às exigências de isolamento e etiqueta social tal qual pacientes de outras especialidades. Até o presente momento entre funcionários e pacientes tivemos algo em torno de 80 casos confirmados”, informa Lessa.

O diretor clínico alerta que as emergências psiquiátricas estão a cada dia mais lotadas e no Ipub a redução de pessoal, aliado aos afastamentos, é um problema crônico nesta pandemia.

“O nosso efetivo está e continuará reduzido devido aos servidores em situação de risco, mas a demanda populacional para atendimento em saúde mental cresce a cada dia”, constata.

 

 

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No dia 30 de novembro, o semestre 2020.1 deveria ter iniciado como todos os períodos, caso os docentes e técnico-administrativos tivessem tido o tempo necessário para realizar suas ações pedagógicas e administrativas.

Os representantes da bancada dos técnicos, tanto no CEG quanto no CONSUNI, entenderam a necessidade de rediscutir um novo calendário acadêmico devido à suspensão das aulas desde o início da pandemia em março. No entanto, o momento atípico que vivemos não justifica açodamentos e atropelos.

O trabalho do docente e do técnico pedagógico não pode ser reduzido a meras práticas mecanicistas de preenchimento de tabelas e formulários sem análises e reflexão, em um tempo tão curto; o planejamento acadêmico do estudante torna-se simplesmente inviável se ele inicia as aulas sem saber quais disciplinas terá que cursar!

O Sintufrj reivindicou que a universidade levasse em consideração a opinião dos servidores ligados à administração acadêmica da universidade, tais como coordenações, secretarias acadêmicas e departamentos, que se posicionaram de forma contrária ao calendário que foi proposto pela PR1.

Em reunião no Consuni, o Sintufrj reforçou a necessidade de ampliação do recesso entre os semestres por conta da sobrecarga de tarefas para as secretarias acadêmicas e coordenações durante este período.

Preferindo seguir a lógica comparativa e burocrática do MEC, com seus prazos inaplicáveis, os conselhos aprovaram uma proposta que foge à realidade. O resultado é que vários cursos estão anunciando o adiamento do início do semestre, enquanto algumas disciplinas do semestre passado ainda não conseguiram fechar avaliações e notas.

É fundamental que as aulas possam começar na semana que vem sem prejuízos aos técnicos, estudantes e professores. As Secretarias dos cursos precisam finalizar seus trabalhos e é urgente garantir que os estudantes não tenham diminuição da quantidade de semanas do semestre letivo.

A realidade provou que o calendário apresentado pela PR-1 não tinha como dar certo. É necessário que aconteça uma discussão aprofundada sobre a organização e o calendário dos próximos períodos e que a posição dos TAEs e estudantes seja levada em consideração para que esses problemas não se repitam.

Sintufrj – Gestão Ressignificar