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A eleição da reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho, como representante da América Latina na Rede Talloires, foi precedida por uma agenda internacional de participação em eventos.

A Rede Talloires é um consórcio internacional de universidades socialmente engajadas que reúne mais de 400 reitores e gestores universitários de 79 países.

A reitora credita o convite para integrar a rede a seus posicionamentos em relação a direitos humanos, desigualdade social, igualdade de gênero e ensino inclusivo.

Denise, que disse estar honrada com a indicação, afirma que é preciso avançar contra a desigualdade social e a pobreza na América Latina.

A importância que ela confere ao papel do ensino superior e sua relevância para os países, ponto que tem defendido em suas apresentações internacionais, também contribuiu para o papel de destaque na Rede Talloires, acredita.

Agenda

“No ano passado, fui convidada por entidades do exterior, uma delas do Reino Unido – responsável pelo ranking Times Higher Education (THE) -, como reitora da UFRJ, assim como o reitor da USP, Vahan Agopyan. USP e UFRJ participaram de um seminário no Reino Unido ainda no 1º semestre de 2020, no qual pudemos falar das nossas respectivas instituições”, relatou Denise. 

“Alguns meses depois, fui convidada a fazer parte de um evento na Índia, virtual também, representando a UFRJ, o Global Universities. Fiz parte de uma mesa discutindo com um reitor da Austrália e um outro americano. Nessa mesa com Oceania, América do Norte e América do Sul, refletimos diversas questões relevantes para as universidades” informa. “Talvez a minha participação nestes eventos internacionais tenha esteja na origem do convite que recebi”.

A Rede Talloires é o maior consórcio do mundo voltado especialmente para o envolvimento universitário em questões da sociedade. Entre as centenas de instituições afiliadas à Rede Talloires estão a Universidade Harvard (EUA), Universidade de Buenos Aires (Argentina), Universidade da Cidade do Cabo (África do Sul), Universidade de Valladolid (Espanha) e Universidade de Melbourne (Austrália).

Honra à UFRJ

“Foi uma honra ter sido eleita, uma honra à UFRJ fazer parte deste grupo que pretende discutir e fortalecer a missão social das universidades no mundo todo. É um comitê que discutirá questões muito importantes como a fome, o racismo estrutural e a opressão de gênero”, disse Denise Pires.  “São questões fundamentais para o futuro da humanidade. Pretendo não só representar a Universidade Federal do Rio de Janeiro e o Brasil, mas também a América Latina, onde precisamos avançar muito contra a desigualdade social e a pobreza e ajudar, em termos técnico-científicos, a estudar o que as mudanças climáticas causarão no mundo, no futuro próximo, com relação a doenças emergentes”, sustentou.  

 

 

Centrais vão realizar protesto em frente às revendas Ford, no próximo dia 21. Para sindicalistas, é preciso dar um basta em casos como a saída da montadora, desmonte do BB e milhares de demissões no país

Matéria retirada do site da CUT. 

As Centrais Sindicais CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST e CSB, reunidas virtualmente nesta quarta-feira (13/01) no Fórum das Centrais Sindicais, debateram sobre as dramáticas notícias para os trabalhadores brasileiros neste início de ano: o fechamento da Ford, o fechamento de agências do Banco do Brasil e as milhares de demissões anunciadas nesta segunda-feira (11).

O anúncio extemporâneo do fechamento da Ford, empresa presente no Brasil a mais de século, se soma aos anúncios de fechamento da Mercedes-Benz, da Audi e aos milhares de silenciosos fechamentos de micro, pequenas e médias empresas. Essas empresas receberam ao longo de décadas, e continuam a receber, bilhões de reais em incentivos e benefícios fiscais. A atitude da Ford, sem diálogo e depois de tudo que recebeu e ganhou, demonstra o absoluto desrespeito com o país e desconsideração com o povo brasileiro.

Mais um caso concreto do processo de desindustrialização e de desmonte das políticas de conteúdo nacional que avançam de maneira praticamente irreversível, fragilizando todo o sistema produtivo no comércio, serviços e agricultura e destruindo milhões de empregos diretos e indiretos.

Desta forma o país regride para a condição de mero exportador de produtos primários como minérios e grãos, levando, neste movimento, a grande maioria dos brasileiros a empobrecer ou cair na miséria, enquanto alguns poucos enriquecem. E o governo Bolsonaro avança na implementação dessa política de destruição e aprofundamento da desigualdade social.

Para espanto e desespero do povo, o governo, de forma cínica, não se constrangeu em bradar: “Que vão embora”, ao comentar sobre a saída da Ford do Brasil. Esse foi mais um de seus chocantes absurdos.

Isso não pode continuar! 

De nossa parte, vamos organizar, mobilizar, resistir, enfrentar, propor e dialogar em torno de um projeto nacional de desenvolvimento, da reindustrialização e recuperação da dinâmica virtuosa de crescimento do sistema produtivo, de retomada dos investimentos em infraestrutura econômica e social, em ciência, tecnologia e inovação, de ampliação das políticas sociais, de geração de empregos de qualidade e de crescimento da renda do trabalho.

Vamos fortalecer a nossa unidade de ação e estabelecer uma ampla rede de debates e de negociação com os poderes Executivos, Legislativos e Judiciário, com os empresários e com o movimento sindical internacional.

Iremos promover o debate nas bases sindicais, em eventos regionais e nacionais, organizando nossa resistência e atuação propositiva em cada situação e diante de cada problema, mobilizando e incidindo local e nacionalmente.

Reafirmamos, conforme já explicitado em documento unitário, divulgado no dia 05/01/2021, que, neste momento, deve ser prioridade do governo vacinar todos os brasileiros por meio de um plano nacional de vacinação coordenado pelo SUS, visando proteger à vida de todos e dar capacidade para a retomada segura da atividade produtiva.

De imediato, as Centrais Sindicais deliberam, para enfrentar a decisão de fechamento da Ford no Brasil:

  • Investir na unidade sindical e na construção de iniciativas e ações conjuntas.
  • Ampliar e estabelecer diálogo com os parlamentares (senadores, deputados federais, deputados estaduais e vereadores) para tratar de iniciativas a serem tomadas em relação à Ford e casos semelhantes.
  • Estabelecer diálogo com os Governadores de São Paulo, Bahia e Ceará para a construção de alternativas para o caso Ford.
  • Estabelecer cooperação de atuação com entidades sindicais internacionais para denunciar a decisão da Ford no Brasil.
  • Produzir informações comuns para alimentar a comunicação.
  • Realizar reunião com as 11 Centrais Sindicais, na próxima sexta-feira (15/01), para encaminhar ações unitárias em defesa do emprego, do auxílio emergencial e de vacinas para todos.
  • Realizar no dia 21/01 manifestações nas Concessionárias de revenda Ford.
  • Propor medidas a serem tomadas na esfera Legislativa e Judiciária.

São Paulo, 13 de janeiro de 2021