EXPOSIÇÃO atraiu muita gente à Casa da Moeda. No alto, imagens reproduzem a fauna da antiga Antártica

O Museu Nacional inaugurou na quarta 16 a primeira exposição após o incêndio que destruiu sua estrutura e acervo, no Museu da Casa da Moeda do Brasil. A mostra possui 160 peças do projeto Paleoantar, que coleta e estuda rochas da Antártica e, entre elas, oito itens que foram encontrados nos escombros, além de ossos e réplicas feitas por impressão tridimensional de animais pré-históricos.

Com o nome de “Quando Nem Tudo Era Gelo – Novas Descobertas no Continente Antártico”, a exposição mostra uma Antártica diferente dos dias atuais, quando possuía florestas de cones, fauna, flores e um clima mais ameno. Há réplicas de um mosassauro e de um plesiossauro, além de fósseis de répteis, baleias, lagostas, pinha e samambaias. O fragmento de osso de pterossauro, o achado mais valioso da equipe de pesquisadores do Museu, também está exposto.

Durante o percurso na exposição, é possível ver as ferramentas que os paleontólogos utilizaram durante a expedição, além do quadricíclo que os locomoveu e as barracas que os abrigaram.

A curadoria é de Juliana Sayão, paleontóloga da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), cedida ao Museu Nacional. Ela se emocionou ao discursar sobre os meses de pesquisa e agradeceu aos colegas pelo trabalho em equipe: “Nada disso seria possível sem o empenho de vocês”, disse, se dirigindo aos pesquisadores.

O diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, e o reitor da UFRJ, Roberto Leher, prestigiaram a abertura da exposição.

 SERVIÇO

“Quando Nem Tudo Era Gelo – Novas Descobertas no Continente Antártico” – de terça-feira à sábado, das 10h às 16h, e no domingo, das 10h às 15h, até maio. O Museu da Casa da Moeda fica na Praça da República, nº 26 – Centro, em frente ao Campo de Santana.

BARRACA utilizada na expedição para abrigar pesquisadores – Até 4 visitantes poderiam entrar

 

UMA DAS PEÇAS mais raras da exposição: osso de pterossauro

 

RÉPLICA DO Pterossauro