A pandemia transformou a paisagem do país e, claro, da UFRJ, a maior instituição da rede de federais de ensino superior. Parte da complexa e multifacetada estrutura da universidade está funcionando à distância, “a área administrativa de maneira geral”, explica o vice-reitor Carlos Frederico Leão Rocha.

“Nas atividades de pesquisa, apenas laboratórios que não podem fechar por razões diversas, como biotérios ou que estejam envolvidos na pandemia, estão em atividade”, diz o vice-reitor.

Além dos hospitais (que, por óbvio, são peças-chave na luta contra o vírus), Carlos Frederico informa sobre a existência de algumas iniciativas que estão em curso, como a produção de álcool, que envolve a necessidade de laboratórios em funcionamento. Ele lembra outro exemplo, o laboratório envolvido na produção de ventiladores mecânicos.

“Mas o que podemos fazer a distância, estamos fazendo. O que realmente parou foram as aulas”, diz o vice-reitor. As aulas foram suspensas, por tempo indeterminado, em 23 de março.

Um dos laboratórios envolvidos na pandemia a que o vice-reitor se referiu é o Laboratório de Virologia Molecular (LVM). Unidade de referência do Instituto de Biologia do CCS que realiza testes de alto padrão, o LVM desenvolveu, em conjunto com pesquisadores do Laboratório de Engenharia de Cultivos Celulares da Coppe/UFRJ, um novo teste de detecção do novo coronavírus. Uma campanha arrecada verbas para aumentar a capacidade de realização dos testes.

NA FACULDADE DE FARMÁCIA, laboratório envolvido na produção de alcool em gel

Raio-X

No Centro de Tecnologia (CT), todas as atividades acadêmicas, tais como aulas, cerimônias, formaturas e homenagens, estão suspensas por tempo indeterminado. Os laboratórios têm funcionamento facultativo, alguns em regime de plantão.

Os técnicos-administrativos da decania atendem o público através da abertura de chamados on-line no Sistema de Serviços para garantir a continuidade das atividades administrativas da unidade.

A equipe administrativa e a da manutenção da sede da decania estão se revezando em plantão para dar suporte aos laboratórios que estão atuando no enfrentamento da pandemia, para receber insumos e resolver imprevistos caso surjam.

O CCS segue prioritariamente em regime de trabalho remoto. No CCMN, o Instituto Tércio Pacitti de Aplicações e Pesquisas Computacionais (ex-NCE) também se mantém prioritariamente em regime de trabalho remoto.

Nas bibliotecas, o atendimento presencial foi temporariamente suspenso e a renovação dos livros emprestados pode ser solicitada via e-mail na maioria dos casos. As devoluções deverão ser feitas após o restabelecimento das rotinas acadêmicas e administrativas.

NAS BIBLIOTECAS, o atendimento presencial foi temporariamente suspenso e a renovação dos livros emprestados pode ser solicitada via e-mail na maioria dos casos

Transporte

O funcionamento do transporte sob responsabilidade da Prefeitura Universitária está regular. Novas linhas foram criadas, com autorização dos governos municipais e estadual, para transporte de servidores das unidades de saúde para a Cidade Universitária (Bonsucesso, São Cristóvão, Duque de Caxias, Niterói (Estação Charitas-Fundão), Nova Iguaçu). Mais detalhes em: bit.ly/onibusHU.

Foi organizado um esquema de plantonistas para fazer manutenção e resolver emergências no que toca ao fornecimento de energia.

Segurança

O prefeito da UFRJ, Marcos Maldonado, tem se reunido regularmente com o Comando do 17º Batalhão de Polícia Militar, a coordenação do Rio+Seguro Fundão, o delegado da 37ª Delegacia de Polícia Civil e o Comando da Marinha do Brasil, para discutir medidas de segurança no campus da Cidade Universitária durante o período de pandemia.

“A Prefeitura Universitária compreende o seu papel em garantir a segurança das pessoas que desempenham tão importantes tarefas no atual momento. Desde segunda-feira, dia 13, o policiamento no campus passa por alterações para garantir o aumento da segurança local. Novas medidas serão tomadas ao longo da semana e irão perdurar durante todo o período de pandemia”, informou a assessoria do prefeito.

A CIDADE UNIVERSITÁRIA sem a movimentação dos dias normais

 

Por meio de plataforma digital adquirida pelo Sintufrj, matriculados no Espaço Saúde do Sindicato podem se exercitar em casa durante o período de quarentena imposto pelo coronavírus.

Links dos Aplicativos:

CAMPANHA DE DOAÇÕES – AJUDEM O IPPMG!

Se não puderem doar, por favor, compartilhem a imagem!

#ippmgporvoce #doações #coronavirus #covid #covi̇d19 #saude #saudepublica

 

Se na eleição presidencial as fake news imperaram, agora em tempos de coronavírus acontece uma verdadeira avalanche. Especialmente quando campanha genocida liderada por Bolsonaro quer acabar com o isolamento social.

Por isso, reunimos endereços oficiais e seguros para adquirir informação fidedigna e não disseminar informações falsas. Na dúvida, consulte também sites que desmascaram as fakes. Combater o boato, é fortalecer a ciência e a educação e a saúde públicas.

Fiocruz

https://portal.fiocruz.br/coronavirus

Corona Vírus – SUS

Aplicativo que comunica informações sobre o Covid-19 e ainda realiza uma triagem virtual, indicando se é necessário ou não a ida a hospitais.

IOS: https://apps.apple.com/br/app/coronav%C3%ADrus-sus/id1408008382

Android:https://play.google.com/store/apps/details?id=br.gov.datasus.guardioes

Organização Mundial de Saúde

www.who.int.

https: //protecao.com.br (prevenção no local de trabalho)

Unicef

https: //nacoesunidas.org (para proteção de crianças)

UFRJ

www.coronavirus.ufrj.br

USP

Universidade de São Paulo

UFF

www.uff.br/coronavirus

Andifes

www.andifes.org.br

Compartilha medidas das universidades federais relacionadas ao Covid-19

Secretaria Estadual de Saúde

Coranavírus em Tempo Real

www.saude.ms.gov.br

Secretaria Municipal de Saúde

Como localizar a unidade de saúde mais próxima

www.rio.rj.gov.br\web\sms\onde-ser-atendido

Coloque seu endereço no local indicado, utilize o CEP da sua casa. Caso não more na cidade do Rio de Janeiro, procure uma Unidade Básica de Saúde próximo de sua casa. Em caso de dúvidas ligue apara 136.

 

Checar notícias

Boatos.org

www.boatos.org

Agência Lupa

http://lupa.news

Whatsapp e Organização Mundial de Saúde

whatsapp.com/coronavirus

IMAGEM ICÔNICA da Fundação Oswaldo Cruz, uma das mais importantes instituições de pesquisa do país, com reconhecimento internacional

Desde iniciativas mais complexas, como a criação de ventiladores pulmonares, até a produção de álcool em gel, dezenas de pessoas da comunidade universitária se envolvem na luta contra a Covid-19

Um protótipo de ventilador pulmonar mecânico (equipamento cada vez mais escasso num mundo em pânico) para ser reproduzido em massa, de forma simples, rápida e barata está sendo desenvolvido na UFRJ. Pesquisadores da instituição também perseguem a criação de um novo teste para detectar anticorpos de forma mais simples e a custo menor..

Para enfrentar a escassez de álcool 70, foi criado um grupo para produção desse insumo nos seus próprios laboratórios. Com auxílio de recursos extras captados numa rede de doações que envolve pessoas e empresas, os hospitais da UFRJ já atuam e se preparam para ampliar o atendimento de pacientes diante de uma curva crescente de ocorrências da doença com números que se superam a cada dia.

Esses são exemplos de uma universidade que não para e que procura com investigação científica enfrentar o desafio ameaçador trazido por um vírus sem remédio e sem vacina – que transformou o planeta numa terra em transe.

O fato incontestável é que, superando a falta de investimentos em educação, ciência e tecnologia e na saúde, emerge com vigor o papel das universidades e instituições públicas de pesquisa no enfrentamento ao coronavírus: na balbúrdia dos centros, salas de aula, laboratórios e hospitais se luta cotidianamente na defesa da vida.

Ventiladores pulmonares

Pesquisadores do Programa de Engenharia Biomédica (PEB) da Coppe/UFRJ desenvolvem no Laboratório de Engenharia Pulmonar e Cardiovascular, desenvolvem um protótipo de ventilador pulmonar mecânico para ser reproduzido em massa, de forma simples, rápida e barata está sendo desenvolvido na UFRJ. A escassez do equipamento é uma das maiores preocupações dos médicos e enfermeiros que estão na linha de frente da assistência a infectados mais graves pelo coronavírus.

O grupo da Coppe iniciou campanha para obter financiamento e parcerias com empresas e instituições privadas e públicas para viabilizar a produção com rapidez e em larga escala. A iniciativa agora reúne pesquisadores de cinco programas de pós-graduação da Coppe e de outras unidades e instituições de pesquisa do país. A Petrobrás ajuda no modelo experimental com a participação de engenheiros do seu Centro de Pesquisa no Fundão.

Testar, testar, testar!

Pesquisadores Laboratório de Engenharia de Cultivos Celulares (Lecc), da Coppe/UFRJ, sob coordenação da professora Leda Castilho, e do Laboratório de Virologia Molecular (LVM), do IB/UFRJ, sob coordenação dos professores Amilca Tanuri e Orlando Ferreira, desenvolveram novo teste para detectar anticorpos de forma mais simples, rápida e barata, tecnologia que pode ser facilmente transferida para reprodução em grande escala.

No laboratório, em que chegam amostras colhidas de profissionais de saúde (uma parte deles da própria UFRJ), doentes graves e pacientes mortos com suspeita de Covid-19 em hospitais público do estado, trabalham cerca de quarenta pessoas entre pesquisadores, estudantes e técnico-administrativos. Tanuri explica que a equipe faz entre 250 e 300 análises por dia, mas que a meta é chegar a 600.

Uma campanha está arrecadando verbas para aumentar a capacidade de realização de testes no Laboratório de Virologia, uma iniciativa do oncologista Daniel Tabak e de Tanuri, batizada de “Testar, testar, testar”.

Álcool em gel 70

Para enfrentar a escassez de álcool 70%, um grupo foi criado para gerir a produção desse insumo pela UFRJ. A decana do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN), Cássia Turci, é uma das responsáveis pela iniciativa, que envolve também o Instituto de Química (IQ), a Escola de Química (EQ), a Faculdade de Farmácia (FF), a Coppe e o Complexo Hospitalar.

Os espaços que realizam a produção, um deles na Coppe e um no Polo de Xistoquímica do IQ, têm capacidade de produzir, por dia, 1.600 litros de álcool 70 e de álcool glicerinado, em duas ou três vezes na semana. A Faculdade de Farmácia produzirá 80 litros de álcool em gel 70 e mais 70 de álcool 70 líquido.

Protetores faciais

Fruto de parceria entre a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), o Hospital do Fundão, o Instituto Tércio Pacitti de Aplicações e Pesquisas Computacionais (NCE) e a Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio) estão sendo produzidos, em impressoras 3D, protetores faciais não descartáveis (face shield), com suporte em plástico e visor em acetato, para uso hospitalar. Os protótipos já foram validados e seguem as diretrizes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Hospitais

Foi criado um fundo de apoio aos hospitais que já captou cerca de R$ 700 mil. Mais informações na matéria “Hospital do Fundão recebe ajuda de ex-alunos para atender pacientes do Covid-19”, no site do Sintufrj 

PESQUISADORES do Programa de Engenharia Biomédica (PEB) da Coppe/UFRJ desenvolvem no Laboratório de Engenharia Pulmonar e Cardiovascular, desenvolvem um protótipo de ventilador pulmonar mecânico
PESSOAS para testes no Laboratório de Virologia Molecular (LVM), do Instituto de Biologia da UFRJ

A prioridade é o isolamento social, que se aproxima de um mês desde a decretação da Emergência em Saúde Pública em 16 de março

Niterói, cidade da região metropolitana do Rio de Janeiro, vem colecionando o pioneirismo no país em relação ao combate ao novo coronavírus, controlando a incidência de casos e segurando o número de óbitos. Segundo o boletim epidemiológico divulgado terça-feira, 7 de abril, a cidade tinha 106 casos confirmados, 25 hospitalizados, dois óbitos e 45 curados.

O município foi o primeiro a responder com rapidez à doença aplicando medidas orientadas por especialistas e pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A prioridade é o isolamento social, que completa 24 dias desde a decretação da Emergência em Saúde Pública em 16 de março.

Hoje, dia 8 de abril, a prefeitura da cidade anuncia que distribuirá gratuitamente um milhão de máscaras, seguindo a mais nova orientação geral para que a população as utilize.

Niterói, que tem mais de 500 mil habitantes, segundo dados do IBGE de 2019, o mais elevado índice de desenvolvimento municipal do Rio de Janeiro e o 5º IDH do país, segue em ritmo lento no crescimento dos casos de coronavírus, em comparação com o Brasil de forma geral.

O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT) em transmissão pela rede social, comparou a situação de Rio e Niterói, para ratificar os resultados positivos do controle social e ações no município. O Rio, lembrou o prefeito, registrou o primeiro óbito provocado pela Covid-19 em 22 de março. Neste mesmo dia Niterói também registrava a primeira morte. Já no sábado, 4 de abril (quando o prefeito fez a comparação), enquanto Niterói contava dois mortos, a cidade do Rio já registrava 79 mortos. Na terça-feira, 7 de abril as mortes na capital subiram para 89.

“Em Niterói, estamos falando já há algum tempo, que a epidemia precisa ser enfrenta levando em conta a ciência, as experiências internacionais dos estudos de casos e a opinião de especialistas e profissionais de saúde. É fundamental preservar o isolamento social e seguir as orientações das coordenadorias de saúde. Essas atitudes já salvaram centenas de vidas”, sustenta Rodrigo Neves.

 

Isolamento controla transmissão

Controle de febre em passageira chegando no aeroporto de Hong Kong

Os efeitos do isolamento estão provados pelo planeta. E nos países de maior densidade populacional como na Ásia.  Hong Kong, cidade do Sul da China densamente povoado com 7 milhões de habitantes, por exemplo,  registra 600 casos e quatro mortes. Esse índice sobre o controle da doença na cidade chinesa se deve, segundo especialistas, às normas rígidas de distanciamento social.

O afrouxamento do isolamento, considerado cedo para um vírus que não tem ainda cura, acaba por provocar uma nova onda de contaminações. Cingapura, no Sudeste Asiático, por exemplo, conhecida como exemplo de sucesso no combate ao vírus, depois que teve os casos de contaminação mais que quintuplicado em 20 dias, o governo anunciou que fechará serviços não essenciais, e pediu para a população ficar em casa. E demais países do Sudeste Asiático correm para conter essa nova onda.

Niterói, por enquanto, segue na rigidez do isolamento social. A decretação de Emergência em Saúde Pública foi anunciada em 16 de março e decretado o fechamento de todos os estabelecimentos comerciais no dia 23 de março, pela Prefeitura. Desde então, a maioria da população segue à risca a orientação geral para ficar em casa. Ações sociais, econômicas e de saúde foram tomadas.

Já em abril, no dia 6, foi dado o alerta oficial de que o pico de transmissão e contaminação da doença estaria previsto entre os dias 6 e 20 de abril. Com reforço para que a população permaneça em casa.

No próprio dia 6 foi iniciado o controle dos transportes com bloqueios para entrada de táxis de outros municípios na cidade e na redução da circulação de ônibus intermunicipais. Até o dia 10 de abril, a prefeitura anunciou que iniciará as atividades no Hospital Oceânico, que foi arrendado para funcionar no combate à doença, para atender pacientes graves de Covid-19.

No dia 7 de abril terminou o prazo para inscrição dos microempreendedores individuais que se habilitaram a receber o auxílio de R$ 500, 00, por três meses. A vacinação contra a gripe, indicada para os grupos de risco, interrompida por falta de vacinas, foi retomada no dia 7 também. Até o dia anterior a prefeitura informou que o município havia aplicada cerca de 60 mil doses em idosos e profissionais de saúde.

 

Medidas

No dia 30 de março, a Prefeitura distribuiu kits de limpeza e higiene. O objetivo é que até o dia 10 de abril todas as 80 mil famílias atendidas pelo Programa Médico de Família, sejam atendidas. A ação vai beneficiar 220 mil pessoas.

Dentre as ações foram distribuídas 32 mil cestas básicas aos alunos da rede pública de educação. Foi também providenciado apoio aos trabalhadores informais e pequeno empresário.

Foi arrendado dois hotéis pelo período de 4 meses para acolhimento de servidores, em especial os da saúde, que estão trabalhando nos hospitais, e outro par ampliar o acolhimento dos moradores de rua.

O município prepara também centros de quarentena para infectados em comunidades pobres da cidade, organiza abertura de mais leitos na rede e iniciou no dia 23 de março a sanitização das ruas e do mobiliário urbano.

Uma empresa chinesa foi contratada para o serviço de sanitização, utilizando a mesma tecnologia de seu país, um composto que impede a proliferação do vírus por três meses. A limpeza começou por Icaraí – bairro que concentra a maioria dos casos de Covid-19 no município com 48 casos confirmados até o dia 7 de abril -, e seguiu para comunidades e locais públicos e principais vias urbanas.

A Vila Ipiranga, no Fonseca, zona norte da Cidade, foi a primeira comunidade do país a receber a visita de agentes sanitários para higienização de ruas e vielas contra o coronavírus, em ação realizada dia 25 de março. A Companhia de Limpeza Urbana de Niterói (Clin) contou com 40 profissionais que atuaram em conjunto com 25 agentes de satinização da empresa contratada pela Prefeitura de Niterói.

Carros da Clin dão suporte também com limpeza com água e sabão, também. No dia 26 de março a sanitização foi nas principais vias do centro da cidade, como a realizada neste dia, na Avenida Amaral Peixoto esquina com Avenida Rio Branco.

 

Prazo

Pelo menos até o dia 10 de abril as medidas restritivas estarão em vigor. Padarias, supermercados, mercados e mercearias estão proibidos de manter ambiente para consumo local. Estão excluídos da quarentena as farmácias, postos de gasolina (lojas de conveniência também estão fechadas), supermercados e mercados, padarias, pet shops, hotéis, clínicas médicas e odontológicas, laboratórios de exames clínicos e de imagem e clínicas de vacinação. Restaurantes e demais estabelecimentos que vendam alimentos e não estão incluídos nas exceções só poderão funcionar no sistema de entrega em domicílio.

Quem descumprir pode ser enquadrado nos crimes de desobediência e de infração de medida sanitária preventiva. A guarda municipal e a polícia civil percorrem as vias e estão instalados na orla e em locais chaves como a Estação das Barcas, para coibir quem infrinja as normas estabelecidas pelo decreto. Carros percorrem a cidade anunciando que a população fique em casa.

Recentemente duas mulheres foram presas na Praia de Icaraí por não respeitar as orientações. A praia está interditada, tanto o calçadão como a praia.

Obras estão sendo feitas em três andares do prédio para abrigar 50 leitos de terapia intensiva

O Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) está realizando obras no subsolo e no 8º e 9º andares para abrigar mais 50 leitos de terapia intensiva nos próximos 15 dias,  destinados a pacientes com coronavírus que estejam em grupo de risco.

A previsão é ativar os 50 leitos ao longo do mês. O hospital não recebeu recursos federais. As benfeitorias (leitos, obras e equipamentos) estão sendo bancadas com doações captadas por uma ONG. Até o momento, segundo a assessoria da direção do HUCFF, além da obra iniciada, a unidade já recebeu 27 monitores para acompanhamento de pessoas com convid-19.

Em comunicado à comunidade local, o diretor Marcos Freire informou que empresários e ex-alunos se uniram para doar equipamentos e serviços para o Plano de Contingência de enfrentamento da pandemia pelo SUS. O grupo elegeu o HUCFF para abrir os 50 leitos de CTI, cobrindo custos de reforma, implantação, equipamentos e bolsas que assegurem recursos humanos por dois meses de pico da pandemia.

Para instalar os novos leitos nos três pavimentos do hospital serão necessários, além das reformas e equipamentos, custeio da equipe médica e técnica pelo período da crise. O HUCFF responderá pela gestão técnica  e operacional, e o Instituto da Criança – a ONG que captou as doações – fará a gestão dos recursos.

Um dos andares do HUCFF sendo preparado pra receber leitos de pacientes de Covid-19

 

Equipamentos doados por ONG com recursos de ex-alunos já começaram a chegar

Treinamento

Além dos leitos extras para receber pacientes do grupo de risco com coronavírus, o hospital planeja expandir a oferta de leitos com recursos da Secretaria de Saúde, do Ministério da Educação, da Saúde (MS) e de mais doações.

Técnico de enfermagem de um dos setores da linha de frente no atendimento a pacientes suspeitos ou confirmados com a doença confirma que a Coordenação de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), junto com a Coordenação de Educação Permanente, têm realizando treinamento e que há equipamentos para todos os profissionais. “Temos usado de forma bem racional” para que não haja colapso no abastecimento. O treinamento vai ser feito em outros setores “para que todo mundo esteja preparado”, diz ele.

Uma técnica de enfermagem confirma que profissionais de saúde de setores diversos têm recebido orientação do pessoal do CCIH sobre como se coloca ou retira o equipamentos de proteção individual. “Todos vão receber treinamento”, disse.

Atendimento

O hospital está aberto a casos encaminhados pela Secretaria de Saúde, além de casos suspeitos de pacientes que são referenciados (os que possuem prontuário ativo na unidade). Os pacientes com suspeita são encaminhados para a Emergência, onde há 12 leitos separados para esta demanda (não há contato de pacientes suspeitos e os demais). A coleta dos exames é feita no hospital.

Hoje, o HUCFF dispõe de 280 leitos, sendo 16 de CTI para atender aos casos graves de covid-19. Agora, a estes se somarão os 50 leitos de CTI que estão sendo preparados.

O hospital conta com 50 respiradores e dois tomógrafos. Há a expectativa de doação de outros 75 respiradores, importados da China.

A direção da unidade garantiu que o estoque dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) do HUCFF está em dia e tem inclusive recebido doações e apoio de instituições para isso. Também há orientação adequada aos profissionais quanto ao seu uso correto, para que não falte na assistência quando o fluxo de pacientes se ampliar.

Confira na íntegra a nota conjunta do Sintufrj com a Associação de Docentes da UFRJ (AdUFRJ): Nota Adufrj Sintufrj (1)

A eventual redução de salários do servidor público – que foi cogitada pelo Executivo com apoio de alguns parlamentares para enquanto durar a crise do coronavírus –  viola a Constituição, sustenta o assessor jurídico do Sintufr, Rudi Cassel.

De acordo com o advogado, especializado nas questões trabalhistas envolvendo o funcionalismo público, além de ser anticonstitucional, o confisco salarial dos servidores vai contra princípios democrátios do Estado de Direit que regem a Carta de 1988.

“Impressiona o uso do momento atual para a retomada de velhas estratégias, especialmente quando o caos criado por uma pandemia demonstra a necessidade de valorização dos serviços públicos e não o contrário”, afirma Rudi Cassel no artigo “Redução remuneratória de servidor público é inconstitucional”. Confira.

Câmara rejeitou emendas que previam cortes

Na quinta-feira 2, as emendas 4 e 5 da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) apresentada pelo Partido NOVO – que previam corte de 50% nos salários dos servidores públicos –   foram rejeitadas pelo relator da matéria. Segundo o coordenador do GT e ex-reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Roberto Salles, o teor das emendas chegou a ser discutido, de forma virtual, mas “a reação pela rejeição foi grande e o relator retirou as emendas da pauta porque elas iriam ser rejeitadas pelo pleno e também pelo Supremo”.

Segundo Salles, diferentemente do que a imprensa em geral tem noticiado, o projeto original do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, não previa corte de salários dos servidores. “O presidente do STF, Dias Toffoli, já tinha se manifestado contra (o corte de salários), considerando que é cláusula pétrea,  e já tinha dito isso ao Maia. Foi o NOVO que introduziu a proposta porque defende o Estado mínimo”, diz o coordenador do GT.

 

Atendendo às orientações e protocolos de saúde pública, esta quinta-feira, 2 de abril, é o último dia de atendimento nas sedes do Sintufrj.

A partir desta sexta-feira, 3 de abril, o atendimento será realizado apenas pelos canais on line do sindicato. Nossos funcionários trabalharão em regime remoto e a subsede do HUCFF funcionará como espaço de atendimento aos familiares dos internados com coronavírus.

É hora de fazermos esforços máximos para combater a pandemia.

Saudações sindicais,

Direção do Sintufrj
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