O Projeto Universidade para os Trabalhadores, uma proposta pedagógica e política do Sintufrj que já existe há 34 anos, foi tema de uma das oficinas do 1º Fórum TAE da UFRJ.

A trajetória da proposta que se consolidou foi iniciada em 1986. Sua estrutura, reformulações para atender as necessidades da categoria e momento atual, foram apresentados pela coordenadora Pedagógica, Danielle São Bento.

Ela diz que o projeto vai além de aulas e cursos. “ É uma contribuição para a reflexão da universidade pública, através da participação democrática nos seus espaços, com vistas a participação efetiva dos técnico-administrativos para a construção da universidade”.

A proposta ajudou muita gente a se formar e alçar voos maiores na sua vida profissional e até pessoal. E está no coração de muito técnico-administrativo como Valquíria Felix, que fez o projeto em 1990.

“Trabalhava na Creche da UFRJ durante o dia e estudava à noite, no IFCS. Fui aprovada para o curso de Graduação em Pedagogia da UFF”, lembra com satisfação Valquíria.

Perspectivas e futuro do projeto estão na reflexão de Camila Baz, integrante do Grupo Universidade para os Trabalhadores que discute o papel dos técnicos-administrativos como sujeitos ativos na construção da universidade e protagonistas de suas decisões.

Memórias afetivas e propostas concretas desse projeto podem ser vistas nesta live que permanece nas plataformas do Sintufrj, em sua página e no YouTube. A mediação foi da coordenadora Damires França.

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A terceira oficina e última atividade do primeiro dia do Fórum do Sintufrj nesta terça-feira, 1º de setembro, reuniu a técnica em assuntos educacionais e ex-dirigente do Sintufrj, Ana Maria Ribeiro, e o ex-pró-reitor de Pessoal e também ex-coordenador do Sintufrj e atual superintendente do CT, Agnaldo Fernandes, para debaterem a Instrução Normativa 65 (IN) baixada pelo governo para regular o teletrabalho.

“O debate sobre a IN 65 só está começando e a questão não é ser contra ou favor do teletrabalho, do home office, do trabalho remoto, mas de não aceitar qualquer controle policialesco. O nosso atendimento tem que ser humano, não pode ser de telemarketing”, disse Ana Maria. “Os técnicos-administrativos”, afirmou, “tem condições de normatizar o seu fazer”, e essa discussão, acrescentou, não é exclusiva da categoria, mas também dos docentes.

Segundo Agnaldo Fernandes, o teletrabalho é diferente do trabalho remoto, e vem para regular e transpor para o serviço público a reforma trabalhista. “Pelo bem do conjunto da universidade e do ensino público, não podemos deixar que a Administração Central decida por nós”. Para o superintendente do CT, são ações casadas do governo com a intenção de eliminar o inimigo: orçamento (corte) que se encaixa com a IN 65 e a reforma administrativa.

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“O trabalho remoto pode agravar sim o assédio moral”, atesta Alzira Guarany na Oficina de Assédio Moral do primeiro dia do Fórum Técnico-Administrativo do Sintufrj.

A oficina vem bem a calhar neste momento de pandemia, em que a maioria dos trabalhadores da universidade estão em trabalho remoto e este modo de atuação profissional se expande e veio para ficar.

O que é o assédio moral, como se manifesta, suas implicações e formas de combate são explicados por Alzira Guarany. Ela vem apresentando a temática em atividades promovidas pelo Sindicato.

A prática do assédio, segundo Alzira, se estabelece através do comportamento abusivo e desrespeitoso e que pode causar danos físico e moral aos trabalhadores.

A professora da Escola de Serviço Social (ESS/UFRJ) e coordenadora do LEPPTraS (Laboratório de Estudos em Políticas Públicas, Trabalho e Sociabilidade) afirma ainda que “o assédio moral aumentou com as reformas e a precarização do trabalho”.

A mediação da live coube a coordenadora do Sintufrj, Noemi de Andrade, que destaca o esforço realizado pela gestão de combate ao assédio moral na UFRJ.

“O assédio moral na UFRJ é um problema em que temos nos dedicado. Alzira tem nos auxiliado. Temos promovido reuniões, nosso jurídico está pronto para atender a quem precisar, elaboramos uma cartilha explicativa para explicar e informar a categoria. Temos de ter uma política institucional”, afirmou a dirigente sindical.

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