Fonte: Poder 360

“Tem gente com fome”. Esse é o mote de campanha do movimento negro que já arrecadou mais de R$ 5 milhões em doações para combater a insegurança alimentar no Brasil. A ação é coordenada pela Coalizão Negra por Direitos, articulação que reúne mais de 200 organizações sociais ligadas à temática racial.

O grupo mapeou 222.895 famílias em situação de vulnerabilidade e, desde 17 de março, distribui alimentos em pontos físicos nas 5 regiões brasileiras. De acordo com os coordenadores da campanha, até a manhã deste domingo (4.abr.2021), 22 mil famílias já foram atendidas. Cada uma recebe alimentos que somam valor de R$ 200.

O valor arrecadado na plataforma on-line já chegou a R$ 5.106.523,00, vindo de 15.901 doadores. De acordo com os organizadores, para todas as famílias mapeadas serem beneficiadas, é preciso levantar R$ 133,7 milhões.

Para apoiar a divulgação, a coalizão convocou artistas a fazer parte da campanha. Em um dos vídeos divulgados, uma série de personalidades de projeção nacional pede doações. Entre elas, estão os sambistas Zeca Pagodinho e Mart’Nália, os rappers Emicida e MV Bill e as atrizes Zezé Motta e Camila Pitanga.

Líderes do movimento negro, como as filósofas Sueli Carneiro e Djamila Ribeiro e o ativista Douglas Belchior, também aparecem na peça. O filósofo indígena Aílton Krenak é outro que aparece no vídeo. Assista:

 

 

Entre 2020 e 2021, patrimônio dos super-ricos aumentou 71% – pulou de US$ 121 bilhões (R$ 710 bilhões) no ano passado para US$ 219,1 bilhões (R$ 1,225 trilhão) este ano

Matéria retirada do site da CUT. 

Em 2020, enquanto a fome atingia 19 milhões de pessoas no país, o novo coronavírus agravava a crise econômica e a necessidade de isolamento social para conter o vírus deixava milhões de trabalhadores sem emprego e sem renda, mais 20 brasileiros engrossaram o ranking de Bilionários do Mundo de 2021 da revista Forbes.

O total de super-ricos no país pulou de 45, em 2020, para 65, em 2021, segundo dados divulgados pela revista nesta terça-feira (6). Juntos, eles somam um patrimônio total de US$ 219,1 bilhões (R$ 1,225 trilhão), contra US$ 121 bilhões (R$ 710 bilhões) no ano passado – aumento de 71%.

O  brasileiro mais rico é Jorge Paulo Lemann e família (AB InBev), com patrimônio de US$ 16,9 bilhões. (Confira abaixo a lista dos 15 brasileiros mais ricos do país).

E pessoa mais rica do mundo, Jeff Bezos, da Amazon, que tem uma fortuna estimada em US$ 177 bilhões (R$ 990 bilhões), enfrenta atualmente a revolta dos trabalhadores e trabalhadoras do seu grupo que querem criar um sindicato para lutar contra metas abusivas, pausas que sequer dão tempo de almoçar e ir ao banheiro., entre outras barbaridades.

Leia mais: Trabalhadores da Amazon querem criar sindicato para lutar por direitos

Super-ricos aumentam patrimônio

Este ano, a lista de super-ricos tem 2.755 pessoas – 660 deles são novos bilionários. No total, o grupo concentra 13,1 trilhões de dólares – cerca de R$ 73,46 trilhões -, da riqueza global. Apesar da crise sanitária e econômica que abalou o mundo, o montante acumulado cresceu 5 trilhões de dólares em um ano.

De acordo com o jornal Folha de S Paulo, este ano a Forbes  considerou o país de domicílio dos bilionários, em vez da nacionalidade. Por isso, nomes como Lemann, que mora no exterior, foi excluído pela publicação do rol de brasileiros.

Entre os 20 novos bilionários que entraram na lista da Forbes este ano estão novos nomes e velhas fortunas, como a dos filhos do banqueiro Joseph Safra , morto no ano passado, Jacob, David, Alberto e Esther Safra, e da viúva , Vicky Safra.

Estão também novos-ricos como David Vélez, cofundador do Nubank, com US$ 5,2 bilhões (R$ 29 bilhões), Guilherme Benchimol, fundador da XP, com patrimônio estimado em US$ 2,6 bilhões (R$ 14,5 bilhões), e André Street e Eduardo de Pontes, cofundadores da processadora de pagamentos Stone, com US$ 2,5 bilhões (R$ 13,9 bilhões) e US$ 2,4 bilhões (R$ 13,4 bilhões), respectivamente.

Já no mundo, o segundo mais rico é Elon Musk, da Tesla,  com uma fortuna de US$ 151 bilhões (R$ 844,5).

Veja a lista dos 15 maiores bilionários do Brasil

1 – Jorge Paulo Lemann e família (AB InBev) – US$ 16,9 bilhões

2 – Eduardo Saverin (Facebook) –  US$ 14,6 bilhões

3 – Marcel Herrmann Telles (AB InBev) – US$ 11,5 bilhões

4 – Jorge Moll Filho e família (Rede D’Or) – US$ 11,3 bilhões

5 – Carlos Alberto Sicupira e família (AB InBev) – US$ 8,7 bilhões

6 – Vicky Safra (Banco Safra) – US$ 7,4 bilhões

7 – Família Safra (Banco Safra) – US$ 7,1 bilhões

8 – Alexandre Behring (3G Capital) – US$ 7 bilhões

9 – Dulce Pugliese de Godoy Bueno (Amil) – US$ 6 bilhões

10 – Alceu Elias Feldmann (Fertipar) – US$ 5,4 bilhões

11 – Luiza Trajano (Magazine Luiza) – US$ 5,3 bilhões

12 – David Vélez (NuBank) – US$ 5,2 bilhões

13 – Luis Frias (PagSeguro Digital) – US$ 4,6 bilhões

14 – André Esteves (Pactual) – US$ 4,5 bilhões

15 – Cândido Pinheiro Koren de Lima (Grupo Hapvida) – US$ 3,7 bilhões

 

 

Hoje, Brasil é o foco da doença e concentra 40% dos óbitos e 44% dos contágios por novo coronavírus na região

Matéria retirada do site Brasil de Fato. 

Neste 7 de abril, quando o mundo celebra o Dia Mundial da Saúde, a América Latina e o Caribe atingem a marca de 802.918 falecidos pela covid-19. A região foi uma das últimas a registrar casos da doença e hoje é uma das mais afetadas pela pandemia. Os dados são da Organização Mundial de Saúde (OMS).

O Brasil concentra 40% dos óbitos, superando a marca dos 332 mil, seguido pelo México, com quase 205 mil mortos, depois a Colômbia com 64 mil óbitos.

Analisando de maneira proporcional, o líder do ranking é o Peru, com 1.611 falecidos a cada milhão de habitantes, seguido do México com 1.589 mil, e do Brasil, com 1.585 mil. 

Apesar do início de campanhas de vacinação em feveireiro, desde março, os contágios e mortod só aumentam. O surgimento de novas variantes do vírus, como a P1 e P2, identificadas no Brasil, é um fator que colabora para o agravamento da situação. 

Até o momento, foram aplicadas 153,6 milhões de vacinas na América Latina e Caribe, segundo levantamento do site Nosso Mundo em Dados. No entanto, Brasil, México, Argentina, e Chile concentram 90% dos imunizados.

Desse total, 2,8 milhões de doses foram oferecidas a 26 países pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) através do mecanismo Covax. 

Segundo especialistas, as escassas medidas de isolamento social, o ritmo lento da imunização e os escândalos de desvios de vacinas em países como Peru, Equador, Argentina, Paraguai e Chile também contribuem para o cenário crítico.

“É impossível lutar contra a covid-19 sem enfrentar as desigualdades e apoiar os mais vulneráveis a se proteger. No dia mundial da saúde convocamos os países a ter equidade nas suas respostas”, declarou a diretora geral da Opas, Carissa Etienne, em coletiva de imprensa, nesta quarta-feira (7).

O avanço desenfreado dos contágios no território brasileiro representa 44% dos casos em toda a região. Nas últimas 24h, houve um novo recorde com 4195 mortos e 86.979 infectados. 

Há duas semanas, a Organização Pan-Americana da Saúde alertou para o risco que o Brasil representa para os países vizinhos, desatando uma segunda onde contágios em toda a América Latina. 

O Chile voltou a decretar lockdown nas regiões centrais do país, que concentram 74% da população e adiou as eleições da Convenção Constitucional, de governadores e prefeitos, prevista para o próximo domingo (11). 

Equador decretou estado de exceção em oito das suas 24 regiões, depois de ter duplicado o número de hospitalizados no primeiro trimestre do ano. 

A Venezuela já leva três semanas seguidas de quarentena radical em todo território, tentando frear os contágios, que batem recordes diariamente. Nas últimas 24h, foram computados 1526 doentes. O governo reconhece que esse é o pior momento da pandemia no país. 

O Uruguai, que iniciou 2021 como um exemplo bem sucedido de controle sanitário, agora é o líder mundial de novos casos, com uma média de 847 novos doentes a cada milhão de pessoas. Uma cifra preocupante para um país de apenas 3,5 milhões de habitantes.

“Não podemos afrouxar as medidas sanitárias sem dados com base científica. Nossa ação deve se basear na realidade e requer uma atenção contínua de todos nós”, afirmou a diretora geral da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) Carissa Etienne.

 

 

 

 

 

A comunidade universitária da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) marcou para quinta-feira, 15 de abril, a manifestação da campanha #ReitorEleitoÉReitorEmpossado. A mobilização é para fazer valer o resultado da consulta realizada em dezembro de 2020 que elegeu o professor Ricardo Berbara para o mandato de reitor da instituição para um mandato até 2021.

Segundo a coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da instituição (Sintur), Ivanilda Reis, o ato virtual pretende reunir instituições que já enfrentaram ou enfrentam situações como a da Rural (com indicações, por parte do governo, de nomes que não estavam entre os mais votados). 

Em 31 de março, estudantes, técnicos e docentes da Rural foram surpreendidos com   com a nomeação do terceiro nome da listra tríplice encaminhada a Brasília. O governo Bolsonaro decidiu afrontar a escolha da comunidade universitária e impor o nome de Roberto de Souza Rodrigues. 

A comunidade reagiu e uma plenária virtual divulgou nota de repúdio ao ato do governo, anunciando os passos seguintes da luta “pelo respeito ao princípio da autonomia universitária e pela revogação do entulho autoritário”.

Convite a entidades

Segundo a coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rural (Sintur), Ivanilda Reis, o ato virtual do dia 15 pretende reunir instituições que já enfrentaram ou enfrentam situações como a da Rural (com indicações, por parte do governo, de nomes que não estavam entre os mais votados). 

A dirigente do Sintur destacou, inclusive, a participação de representantes do Sintufrj para relatar os momentos de luta e resistência contra a nomeação de José Henrique Vilhena pelo governo FHC, em 1998, , contra a vontade da comunidade.

O vice-presidente da Associação de Docentes, Claudio Porto, explicou que o ato é fruto da continuidade das ações do comitê formado pela comunidade na luta pela nomeação do reitor eleito. 

Ele afirmou que o objetivo é dar à campanha caráter nacional para que o que aconteceu na Rural não se repita em outras instituições. Porto disse que Andes, Fasubra e UNE serão convidadas para a manifestação do dia 15. Também serão convidados parlamentares sensíveis à reivindicação de respeito à autonomia universitária.