A Pró-Reitoria de Pessoal (PR-4), por meio da Divisão de Desenvolvimento (DVDE) e da Coordenação de Políticas de Pessoal (CPP), abriu inscrições para o processo seletivo de  formação de cadastro de Projetos de Cursos de Capacitação, visando o desenvolvimento dos servidores ativos da UFRJ, em 2021.

Podem se inscrever técnico-administrativos em educação e docentes do quadro de pessoal permanente da universidade e submeter propostas de cursos, exclusivamente na modalidade de Ensino a Distância (EaD) e compor equipes como coordenadores e/ou tutores.

Acesse e conheça as normas de submissão do Edital 2021.

PERÍODO: 1/6/2021 a 23/6/2021

EDITAL E INSCRIÇÃO ONLINE: www.desenvolvimento.pr4.ufrj.br 

Para mais informações, entre em contato com a DVDE: desenvolvimento@pr4.ufrj.br

 

 

Só em SP, mais de 80 mil pessoas foram à Avenida Paulista neste #29M pelo “Fora, Bolsonaro”, que ocorreu em 213 cidades brasileiras dos 26 estados e do Distrito Federal, e em 14 cidades no mundo

Publicado: 31 Maio, 2021 Escrito por: Redação CUT

ROBERTO PARIZOTTI

As manifestações contra Jair Bolsonaro, pelo auxílio emergencial de R$ 600 e vacina contra Covid-19 para todos e todas, que levaram milhares de pessoas às ruas do país e em algumas cidades do mundo neste sábado (29), acuaram o presidente e sua tropa de choque. Bolsonaro não saiu do Palácio da Alvorada para dar os famosos passeios de fim de semana nem fez qualquer comentário nas suas redes sociais sobre os atos. Foram mais de 420 mil pessoas protestando em todo o país, só em São Paulo, cerca de 80 mil pessoas foram à Avenida Paulista, segundo estimativa feita pelo coordenador da Central dos Movimentos Populares (CMP), Raimundo Bonfim, um dos organizadores do protesto.

#29M pelo “Fora, Bolsonaro”, que ocorreu em 213 cidades brasileiras dos 26 estados e do Distrito Federal, e em 14 cidades no mundo, reuniu trabalhadores, aposentados, crianças, artistas, como Renata Sorrah, Camila Pitanga e a atriz Mônica Martelli, amiga e parceira em filmes de Paulo Gustavo, humorista que morreu por complicações causadas pela Covid-19 – ele foi lembrado no cartaz carregado pela atriz -, além de donas de casa e milhares de pessoas enlutadas, parentes e amigos das mais de 462 mil vítimas da Covid-19 no Brasil.

REPRODUÇÃO/REDES SOCIAISReprodução/Redes sociais
Renata Sorrah, atriz
REPRODUÇÃO/UNEReprodução/UNE
Camila Pitanga, atriz
REPRODUÇÃO/REDES SOCIAIS

Mônica Martelli, atriz Reprodução/Redes sociais

Com receio de se contaminar com o novo coronavírus e contrair a Covid-19 e seguindo a orientação dos organizadores, quase 100% das pessoas usaram máscaras e tinham com álcool em gel nas mãos. Quem não tinha máscara podia pegar nas barracas ou das mãos de militantes que passavam oferecendo e orientando sobre como usar. Em locais como Brasília, os organizadores pediram para os manifestantes fazerem filas indianas, com distanciamento social.

Os atos foram pacíficos e em muitos locais a Polícia Militar (PM) se limitou a acompanhar de longe. Em Recife, porém, a tropa de choque resolveu, sem que nada houvesse ocorrido, atirar balas de borracha e bombas de gás lacrimogênio para dispersar o ato que se encaminhava para o final. Dois homens que passavam pelo local e nem participavam do ato foram atingidos e perderam um olho cada. A vereadora Liana Cirne (PT) se aproximou de uma viatura para dialogar com os policiais e tentar impedir uma tragédia ainda maior e foi atingida com spay de pimenta nos olhos. O governador Paulo Câmara (PSB) afastou o comandante da PM e os policiais envolvidos na operação e mandou abrir uma investigação.

O presidente da CUT-PE, Paulo Rocha, publicou um vídeo no YpuTube exigindo do governador apuração sobre esse ato “de extrema violência” e punição dos culpados. O Coletivo Nacional das Mulheres da CUT também divulgou nota exigindo punição exemplar contra os agressores da vereadora Liana Cirne.

Em Aracaju, divididos em fileiras, com distanciamento, usando máscaras, álcool em gel e com a devida segurança sanitária, cerca de 5 mil pessoas ocuparam as ruas na certeza de que o presidente do Brasil é pior do que o vírus da Covid-19 que já matou 459 mil brasileiros.

Em Brasília, a manifestação ocupou a Esplanada dos Ministérios e reuniu milhares de pessoas de máscaras e com distaqcionamento social recomendado pelos organizadores.

Benildes Rodrigues
BENILDES RODRIGUES

Em Belo Horizonte, a Avenida João Pinheiro, no centro da cidade, foi tomada por manifestantes, que ocuparam a Praça da Liberdade até a Praça Afonso Arinos.

CAROL ANICECarol Anice

Em Belém, capital do Pará, o ato reuniu milhares de pessoas. Centrais sindicais, movimentos, partidos, estudantes, religiosos e outras categorias de trabalhadores foram às ruas pelo “Fora Bolsonaro”.

Branda Baliero
BRANDA BALIERO

 

Em Florianópolis, cerca de 5 mil trabalhadores e e estudantes tomaram as ruas do centro da capital catarinense. A CUT e as entidades filiadas estavam na organização da mobilização, junto com outras centrais, partidos políticos de esquerda, movimentos sociais e estudantis.

Os manifestantes saíram do largo da Alfândega e caminharam pelas principais ruas centrais com faixas, cartazes e palavras de ordem das bandeiras defendidas. A presidenta da CUT-SC, Anna Julia Rodrigues, participou do ato e falou porque a Central está nas ruas: “Viemos para rua em plena pandemia porque esse governo genocida está matando mais do que o vírus. Estamos aqui hoje porque somos a favor da vida e lutamos por vacina para todos, auxílio emergencial decente que acabe com a fome e a miséria do povo brasileiro e pelo fim desse governo fascista”.

Reprodução
REPRODUÇÃO

Confira aqui os demais atos realizados em Santa Catarina.

Em Fortaleza, a carreata puxada pela CUT Ceará, CTB, CSP Conlutas, movimentos sociais e a Frente Brasil Popular reuniu mais de mil carros na tarde deste sábado (29). O ato também reforçou a campanha dos servidores das três esferas (municipal, estadual e federal) contra as privatizações e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 32 da reforma Administrativa do governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL).

Tarcísio Aquino
TARCÍSIO AQUINO

Em Palmas, capital do Tocantins, manifestantes caminharam pela Avenida Jucelino Kubitschek e entoaram o grito de “Genocida!” contra Bolsonaro.

@Mauhashi

Em Porto Alegre, cerca de 30 mil pessoas tomaram as ruas na tarde ensolarada deste sábado (29) para exigir vacina já e o afastamento do presidente genocida. Houve também grandes manifestações em várias cidades do interior gaúcho. Em outros estados e em Brasília não foi diferente com atos gigantescos. Teve ainda protestos no exterior.

Usando máscaras de proteção, procurando manter distanciamento e carregando faixas e cartazes, a multidão soltou os gritos de “Bolsonaro genocida”, “Fora Bolsonaro” e “vacina no braço e comida no prato” na capital gaúcha. Os participantes pediram também vacina já para todos e todas, auxílio emergencial de R$ 600 para combater a fome e o desemprego, defesa dos serviços públicos e contra a reforma administrativa, e não aos cortes na educação e às privatizações.

Luiz Damasceno
LUIZ DAMASCENO

Em Porto Velho, o dia de luta pelo ‘Fora Bolsonaro’ reuniu estudantes em um ato em frente a Universidade Federal de Rondônia, que se encontrou com a carreata na Avenida 7 de setembro. Centenas de carros percorreram a região central, a zona sul e a zona leste da cidade.

Reprodução

Em Recife, o #29M pelo ‘fora, Bolsonaro’, um ato pacífico e bastante organizado do ponto de vista sanitário, com fila indiana, distanciamento social, álcool em gel e com a máscara sendo item básico e obrigatório, até máscaras PFF2 foram distribuídas por militantes e parlamentares, a fim de garantir maior segurança dos presentes, os gritos de “vida, pão, vacina e educação, fora Bolsonaro e Mourão!”,entoados por  cerca de 5 mil pessoas na passeata que saiu da Av. Conde da Boa Vista foram interrompidos pela ação truculenta da Polícia Militar, que jogou bombas de gás lacrimogênio, atirou balas de borracha para dispersar a manifestação que estava quase no final. Dois homens perderam um olho ao ser atingido por balas de borracha.

JCMazella/Sintepe
JCMAZELLA/SINTEPE

Em Salvador, juventude e estudantes hoje foram ao bairro Campo Grande para dizer lutar pela universidade pública, por saúde e pela vida digna.

Mídia Ninja
MÍDIA NINJA

Em São Luís, capital do Maranhãomilhares de pessoas caminharam e protestaram no 29M. Durante o ato, pessoas seguravam uma cruz preta em protesto às 450 mil mortes por covid-19 no Brasil.

Ingrid Barros
INGRID BARROS

Em São Paulo mais de 80 mil pessoas foram a Paulista e caminharam em direção ao centro seguindo pela Avenida Consolação. Teve ato também em várias cidades do estado.

Roberto Parizotti
ROBERTO PARIZOTTI

Em Teresina, às ruas foram ocupadas por muitas vozes que clamam por auxílio emergencial digno, vacina para todos e todas, em defesa do SUS, pela vida, e por Fora Bolsonaro. Entre as pautas defendidas, também ficou marcado durante o ato a defesa da CHESF, e contra a privatização dos Correios.

 

 

Governo de Pernambuco se pronuncia sobre violência policial, mas não esclarece quem ordenou ação do Batalhão

Redação Brasil de Fato | Petrolina (PE) | 31 de Maio de 2021 

A repressão à manifestação do último sábado (29) em Recife (Pernambuco) segue gerando reações condenando a ação truculenta da Polícia Militar. Ao final do protesto, o Batalhão de Choque agiu com violência e abuso de poder ao dispersar a população com bombas, spray de pimenta e balas de borracha. 

O saldo foram quatro jovens negros detidos na Central de Flagrantes da Polícia Civil, uma parlamentar agredida, dois homens com perda de visão – que sequer participavam no ato. O pronunciamento do Governo de Pernambuco não esclareceu, até o momento, quem ordenou a ação do batalhão.

A violência da PM gerou indignação e foi repudiada através das redes sociais por parlamentares e pela sociedade civil. Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou através do Twitter que a ação causa imensa preocupação.

Movimentos populares e entidades sindicais também condenaram a ação truculenta da PM. A Central Única dos Trabalhadores (CUT), na representação do presidente Paulo Rocha, se pronunciou em vídeo, em que afirma que pronunciamento do governador é importante, porém inconcluso. Cita, ainda, outros episódios em que a polícia utilizou da força e violência contra a população, como o despejo de famílias em Amaraji (PE). 

“Por quê a PM estava com Batalhão de Choque na Guararapes, quando o ato, inclusive, estava encerrando? O problema é de antes. É a forma como a Polícia Militar tem tratado o movimento social”. Paulo Rocha afirma que para além do pronunciamento de repúdio, é necessário também nomes de quem mandou e quem executou cada ação truculenta. 

A Campanha Fora Bolsonaro também publicou nota em que questiona quem ordenou a violência policial. “Construímos um ato seguro com distanciamento social e demais cuidados de biossegurança, mas desde o início do ato fomos intimidados pela polícia”, diz a nota. Por fim, exigem imediata reparação da violência e apuração para destacar os responsáveis pela autorização. 

Saldo da ação

Daniel Campelo da Silva, de 51 anos, vive na zona oeste do Recife e foi atingido no olho esquerdo por uma bala de borracha disparada por um policial do Batalhão de Choque. Daniel, que trabalha com adesivagem de carros, não estava na manifestação; passava pelo local para comprar material de trabalho. Apesar de ter sido socorrido e encaminhado para a Fundação Altino Ventura (FAV), Daniel acabou perdendo o globo ocular. 


Daniel Campelo de Silva foi atingido por bala de borracha no olho e perdeu globo ocular / Foto: Instagram/@hugomunizzz

O outro trabalhador atingido por bala de borracha no olho foi Jonas Correira, de 29 anos. Jonas estava voltando para casa do Mercado São José, onde prestava serviço autônomo. Internado no Hospital da Restauração (HR), Jonas também está com a visão comprometida.

Pronunciamentos oficiais

No domingo (30), o Governo de Pernambuco determinou em nota pública que a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDHPE) acompanhe a assistência médica aos dois feridos graves. Afirmou ainda que a Procuradoria Geral do Estado foi acionada para iniciar o processo de indenização aos atingidos. 

Ainda no sábado (29), o governador Paulo Câmara (PSB) fez um pronunciamento público em que afirma repudiar qualquer ato de violência e informou o afastamento do comandante da operação e dos envolvidos na agressão à vereadora Liana Cirne (PT), que permanecerão afastados enquanto durar a investigação da Corregedoria da Secretaria de Defesa Social. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) também publicou a portaria nº 009/2021-7ºPJ-DH que instaura inquérito civil para investigar violações de direitos humanos. 

O que diz a PM

Brasil de Fato entrou em contato com a Polícia Militar para cobrar um posicionamento. A resposta, no entanto, se limitou à: “A Polícia Militar informa que não irá se pronunciar. O Governador Paulo Câmara já fez o pronunciamento”.

Fonte: BdF Pernambuco

Edição: Monyse Ravena

Ação da Polícia Militar de Pernambuco é condenada por diferentes setores da sociedade – Foto: AgênciaJCMazella

 

 

 

“A oferta do Brasil como sede ocorre no pior momento de popularidade do presidente”, diz órgão da imprensa local

A Conmebol anunciou, nesta segunda-feira (31), que a Copa América vai ser realizada no Brasil. Ao fazer o anúncio, a entidade agradeceu ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Com o país vivendo o colapso de seu sistema de saúde por conta da pandemia de coronavírus e com mais de 462 mil mortos pela doença, houve um choque em relação ao anúncio.

Antes, o torneio seria realizado na Colômbia e na Argentina. Porém, em 20 de maio, a Colômbia pediu para que a competição fosse adiada por conta da instabilidade no local, que passa por protestos. Mesmo com o pedido, a Conmebol decidiu excluir o país, e o campeonato continuaria a acontecer somente na Argentina.

No entanto, o governo argentino disse, no último domingo (30), que o evento estaria prejudicado na região, por conta do agravamento da pandemia. Sendo assim, até a manhã desta segunda, não existia uma nova sede. Porém, a Conmebol pediu que o campeonato fosse realizado no Brasil à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que conseguiu a autorização do governo Bolsonaro.

Na Argentina, a imprensa local comentou o ocorrido. O jornal Olé, por exemplo, questionou se Manaus iria sediar a Copa América mesmo com a variante da região, que preocupa as autoridades científicas por todo o mundo.

Já o Télam afirmou que a realização da competição no Brasil traz um alerta para uma terceira onda ainda mais letal. Sobre o presidente, o jornal diz: “A oferta do Brasil como sede alternativa ocorre no pior momento de popularidade do presidente Jair Bolsonaro, que no sábado recebeu as mais importantes manifestações contra ele desde o início da pandemia, exigindo sua renúncia ou impeachment”.


Agência de notícias argentina repercute a decisão de se realizar a Copa América 2021 no Brasil / Reprodução

O Página 12 disse que existem motivos para a decisão rápida pelo Brasil como sede: “Por um lado, a necessidade de não perder o faturamento dos direitos televisivos do concurso, que já haviam sido vendidos em 2020, sem a chance de oferecer nada em troca. De outro, o fato de ter todas as estrelas que brilham na Europa no continente, sem competições com suas equipes”.

Edição: Vinícius Segalla

 

Reprodução de tela do jornal Página 12, com reportagem sobre a realização da Copa América no Brasil – Reprodução

 

 

No último sábado, milhares de manifestantes se reuniram no Centro do Rio em defesa da vida e contra política genocida do presidente Bolsonaro. O Sintufrj esteve presente marcando posição e distribuindo cartazes, máscaras PFF2 e álcool em gel. Confira como foi:

 

29M pela vida e contra Bolsonaro!

Pela vida, por vacina, por auxílio digno para quem tem fome e contra os cortes na educação! Atos em mais de 200 cidades pelo país. Confira fotos do Rio. Sintufrj presente!

#29demaionasruas

#29MForaBolsonaro

 

Repercutiu positivamente na sessão do Conselho Universitário (Consuni) desta quinta-feira, 27, a assembleia-ato comunitária on line realizada no dia anterior em defesa da UFRJ. A iniciativa foi do Fórum de Mobilização e Ação Solidária (Formas), que reúne as entidades representativas dos segmentos que compõem a comunidade universitária: Sintufrj, Adufrj, DCE Mário Prata, APG e Attufrj – em defesa da UFRJ. 

“Em meio a ataques do governo Bolsonaro e de perdas de amigos e familiares para a covid, compartilhar hoje, neste espaço, um momento de alegria como foi o da assembleia-ato comunitária de ontem é importante. Estavam presentes todos os segmentos e a reitoria, e nos sentimos revigorados para continuar com a resistência e a luta não só pela UFRJ, mas por todas as universidades e pela educação pública”, disse a representante técnico-administrativa e coordenadora do Sintufrj, Joana de Angelis.  

A dirigente sindical Joana também convidou a todos para o ato nacional do dia 29 de maio, em defesa das universidadres públicas,  educação pública, do auxílio emergencial e de vacina para todos, presencialmente na Praça Zumbi dos Palmares, na Avenida Presidente Vargas, ou pelas redes sociais.

Para o professor Samuel Araújo o ato político comunitário foi uma “demonstração vigorosa em defesa da UFRJ e da universidade pública”, e parabenizou o Formas e as entidades sindicais pelo “magnífico evento”. 

A reitoria Denise Pires de Carvalho também saudou a realização da assembleia comunitária e parabenizou o Formas pela organização do evento político em defesa da UFRJ. “Não podemos ficar inertes aos ataques às instituições de Estado”, afirmou.

Solidariedade à UERJ

O envio à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) de projeto de lei de extinção da UERJ – pelo deputado Anderson Moraes (PSL) — também foi assunto do Consuni. O decano do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE), Flávio Martins, propôs uma manifestação pública da UFRJ em apoio à Universidade Estadual do Rio de Janeiro.

Denise Pires de Carvalho considerou como  “inadmissível o ataque à UERJ” e acrescentou ter a certeza de que o Conselho Universitário “era unânime no apoio e na defesa daquela importante instituição pública do Estado do Rio de Janeiro e uma das mais importantes do país, pioneira na implantação das cotas raciais”. Ela informou que a Reitoria divulgaria uma nota de solidariedade à UERJ em nome de toda a comunidade da UFRJ.

 

 

Não foi somente a UFRJ que teve seu orçamento cortado pelo governo de Jair Bolsonaro, mas, sim, todas as universidades federais do país. Em consequência desse ato insano, essas instituições de ensino, pesquisa e extensão estão com o seu funcionamento comprometido. Na Universidade Federal Fluminense (UFF), por exemplo, o corte chegou a cerca de 19%. 

De acordo com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), o orçamento destinado às 69 universidades federais é 18,16% menor do que o destinado no ano passado. Com isso, todas as instituições foram afetadas pelo corte. Isso vem acontecendo ano ao ano. Se comparado ao orçamento de 2010 para as despesas discricionárias houve uma redução de 37%.

Triste realidade 

O atual orçamento da UFF só permite manter as despesas da universidade até o meio desse ano. O corte foi de aproximadamente 19% na Lei Orçamentária Anual aprovada pelo Congresso Nacional. Os recursos discricionários utilizados para gastos de custeio e de capital caíram de R$ 175,7 milhões de reais para R$ 142,9 milhões de reais. Ou seja, uma redução de cerca de 32,9 milhões. O bloqueio do MEC é de R$ 23 milhões.

“Esta é uma redução muito grave que ameaça a interrupção de boa parte dos serviços prestados pela UFF, bem como o pagamento de contratos essenciais, energia, água, limpeza, manutenções básicas etc. Mesmo com a aprovação de orçamento suplementar pelo Congresso conforme prevê a Lei Orçamentária Anual (LOA), ainda assim os recursos serão insuficientes para chegar até o final do ano. O atual orçamento só permite manter as despesas da Universidade até o meio do ano”, disse o reitor  Antônio Cláudio Nóbrega.

Despesas

A UFF tem um custo mensal discricionário de R$ 11,7 milhões de reais, que inclui os contratos de prestação de serviços, mensalidades das concessionárias e parte das bolsas estudantis e que não inclui as despesas com obras de manutenção e conservação predial e de equipamentos. Os recursos cortados correspondem aos gastos da UFF no período de mais de três meses e os bloqueados, caso não sejam liberados, correspondem aos gastos para o funcionamento de outros dois meses.

 “Não podemos aceitar passivamente a diminuição de nenhum serviço público. Em tempos de crise, valorizar a pesquisa, a ciência e a inovação são essenciais. As universidades federais possuem um papel fundamental para a garantia do desenvolvimento nacional, na formação de capital humano e profissional, redução das desigualdades e para o desenvolvimento social, econômico e tecnológico do país”, sustenta o reitor.

Obrigação do governo

Em nota, a UFF defende que o governo federal tem obrigação constitucional com o orçamento das universidades e que participa do movimento coletivo de defesa e valorização da universidade pública.

“É papel constitucional do governo federal prover o orçamento das universidades federais brasileiras. A UFF ressalta que, mesmo em cenário adverso de grave restrição orçamentária no cenário federal, tem trabalhado em diversas frentes para aumentar a eficiência e ampliar a captação de recursos extras para manter a instituição de portas abertas e estimular a comunidade interna a ampliar a execução de projetos e ações de ensino, pesquisa e extensão de alta qualidade.

A gestão da UFF mantém canais permanentes de interlocução em âmbito legislativo, liberando emendas parlamentares para despesas de capital e de custeio, bem como articulando soluções inovadoras com parceiros públicos municipais, sobretudo, até agora, em Niterói e Macaé, Campos e Rio das Ostras para a manutenção e construção de prédios e investimento em pesquisa e extensão.

É importante que nossa comunidade interna se mantenha atenta e informada sobre as movimentações e negociações que se desdobrarão na esfera federal. A Reitoria da UFF continuará exercendo uma atitude de responsabilidade e transparência, divulgando todas as informações referentes ao orçamento para 2021 no site e nos órgãos consultivos internos, construindo, assim, um movimento coletivo de defesa e valorização da universidade pública em nosso país.”

Com Assessoria de Imprensa da UFF

 

 

Pela primeira vez na história de lutas da comunidade universitária da UFRJ, servidores técnico-administrativos e docentes, trabalhadores terceirizados, estudantes da graduação e da pós-graduação e a Reitoria realizaram uma assembleia-ato comunitária online para defender a UFRJ.

O evento político nesta quarta-feira, 26, transmitido pelas redes sociais das entidades, também serviu para reforçar a convocação para a mobilização nacional do dia 29 de maio em defesa da educação pública e pelo Fora Bolsonaro. 

A iniciativa foi do Fórum de Mobilização e Ação Solidária (Formas), que reúne o Sintufrj, Adufrj, DCE Mário Prata, APG e Attufrj.  Mais de 100 pessoas, entre servidores e estudantes se inscreveram para falar na assembleia-ato, e outras entidades, como o Andes-Sindical, e organizações políticas participaram por meio de vídeos gravados. 

“Hoje são mais de 400 mil famílias enlutadas  por conta de uma desastre governamental. Nem 10% da população foi ainda vacinada contra a covid, um crime contra a humanidade deste governo genocida, que dirige o país por instrução normativa de forma truculenta e autoritária, e que destrói a soberania nacional ao atacar as universidades, onde se produz conhecimento”, afirmou a coordenadora-geral do Sintufrj, Gerly Micelli. “A gente vai lutar e a UFRJ não vai fechar. E a campanha do Sintufrj vacina no braço, comida no prato e Fora Bolsonaro está a cada dia mais viva”, destacou a dirigente.   

“Este é o primeiro passo desta caminhada unida para que a UFRJ possa cumprir o seu papel de vanguarda. A luta é nacional em defesa das nossas universidades públicas e pelo direito de existir num Estado democrático de direito”, disse a presidenta da Adufrj, professora Leonora Ziller. 

“A UFRJ parou o Rio de Janeiro para mostrar à sociedade brasileira que a universidade não vai fechar”, pontuou a dirigente do DCE Mário Prata, Antônia Velloso, referindo-se à manifestação do dia 14 de maio, “com muito álcool em gel e máscaras doados”–, a primeira mobilização de rua realizada pela comunidade universitária, sob a liderança da entidade estudantil, durante a pandemia do novo coronavírus.  

“Somos uma categoria precarizada, embora responsável pela pesquisa no nosso país. Mas esse governo é muito menor que a nossa universidade centenária”, lembrou o representante da Associação dos Pós-Graduandos (APG), Jorge Marçal.  

A reitoria Denise Pires de Carvalho confirmou que a UFRJ não tem orçamento para chegar até o fim do ano e agradeceu às entidades pela organização da mobilização na defesa da instituição e da educação pública. “Eles não vão tirar nosso oxigênio”, garantiu, e ao invés de citar os problemas que enfrenta por falta de recursos, ela listou o que a universidade produz e faz, cotidianamente, para atender as necessidades da sociedade, entre os quais, a produção de álcool 70 de qualidade; os mais se 140 projetos de pesquisa em curso; testes moleculares de padrão platino; oferta de leitos hospitalares para pacientes de covid.

“O orçamento atual da UFRJ corrigido pela inflação equivale ao de 2008, quando tínhamos a metade dos estudantes de hoje, quando não tínhamos a política de assistência estudantil que temos agora, quando não havia as várias inovações e descobertas científicas”, informou o pró-reitor de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças da UFRJ.

CONFIRA A ATIVIDADE NA ÍNTEGRA:

 

 

 

Respeitando protocolos de segurança e sem aglomerações, centrais sindicais e movimentos sociais se mobilizaram pelo auxílio emergencial de R$ 600, contra a fome, carestia e pela vacinação imediata da população

Publicado: 26 Maio, 2021 – Escrito por: Andre Accarini

Expostas no gramado em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, 600 cestas com alimentos cultivados e colhidos pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), formaram o cenário de denúncia sobre a trágica situação pela qual passa o país, de milhões de brasileiros passando fome, de desemprego e de miséria. Tudo isso em consequências da política genocida do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL), cujo negacionismo no enfrentamento à pandemia resultou na morte mais de 450 mil brasileiros por Covid-19, além da falta de políticas efetivas de geração de emprego, renda e distribuição da riqueza.

Estes foram os motivos principais do ato unificado da  CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central, CSB, Intersindical, Pública, CSP-Conlutas, CGTB, CONTAG, MST e das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, realizado em Brasília na manhã desta quarta-feira (26). O ato antecedeu a entrega da Agenda Legislativa das Centrais Sindicais para a Classe Trabalhadora à presidência da Câmara dos Deputados e do Senado.

O presidente da CUT, Sérgio Nobre, reforçou que o ato – que foi simbólico, sem provocar qualquer espécie de aglomeração e seguiu todos os protocolos de distanciamento social e uso de equipamentos de segurança – teve o objetivo de chamar a atenção do povo brasileiro para a realidade do país.

“Queremos chamar a atenção para a questão da fome, da carestia. Famílias inteiras estão dormindo nas calçadas. Isso tinha acabado e não esperávamos que essa situação voltasse – pessoas, crianças, pedindo auxilio nos faróis e supermercados”, disse o dirigente.

A crítica situação econômica da maioria dos brasileiros muito se deve à redução do auxílio emergencial, que neste ano chega a apenas cerca de metade daqueles que receberam no ano passado, e com valores ínfimos de R$ 150 a R$ 375, contra os R$ 600 determinados pelo Congresso no ano passado, após pressão da CUT e demais centrais sindicais.

A maioria dos trabalhadores que ainda tem emprego, ganha até dois salários mínimos, ressaltou o presidente da CUT. A carestia – encarecimento de custo de vida – que tem como causa o aumento excessivo nos preços dos alimentos, do gás de cozinha, e de produtos essenciais para a sobrevivência penaliza milhões de brasileiros, acrescentou o presidente da CUT.

A redução do auxílio emergencial é um crime porque o Brasil, oitava economia do planeta tem dinheiro, sim, para socorrer o povo brasileiro- Sérgio Nobre

SÉRGIO NOBRE / FOTO: VALCI ARAÚJO

Ato solidário

O presidente da CUT ainda destacou que o objetivo da manifestação não foi provocar aglomerações. “Sabemos a realidade da pandemia. O número de mortos, mais de 450 mil, é uma tragédia e o responsável é Bolsonaro”, afirmou o dirigente no caminhão de som, estacionado na Esplanada dos Ministérios.

E esse foi o espírito do ato, que teve, no gramado, representantes de entidades dos movimentos sociais, de sindicatos e de centrais – todos distantes uns dos os outros e, em meio a eles, faixas, bandeiras e cartazes com as pautas “fora, Bolsonaro”, “vacina no braço, comida no prato”, “em defesa do SUS” “auxílioemergencial de R$ 600”. 

 

KLEBER FREIRE
JEAN MACIEL/ BSB

Doação de cestas de alimentos

As cestas com alimentos para doação aos mais vulneráveis foram colocadas formando o número “600”, para simbolizar a luta pelo auxílio com valor mais digno.

Carrinhos de supermercado com o (muito) pouco que dá pra comprar com o valor do atual auxílio (a maioria recebe parcelas de R$ 150) também fizeram parte da cena como forma de sensibilizar os parlamentares para que votem uma Medida Provisória que estabeleça, no mínimo, R$ 600 como auxílio emergencial até o fim da pandemia do novo coronavírus.

Ao todo, mais de três toneladas de alimentos, oriundos de assentamentos e da agricultura familiar foam doados à Cooperativa de Catadores de Reciclados do Distrito Federal (Centcoop).

KLEBER FREIRE

Movimentos e centrais

O presidente da Contag, Aristides Veras dos Santos, após reforçar que é preciso a vacinação avançar no Brasil e a necessidade de que parlamentares aprovem projetos voltados à agricultura Familiar e à reforma agrária, disse que o ato tem o objetivo da aprovação do auxílio emergencial de R$ 600.

“Esse é ato é por R$ 600, contra a fome, contra a miséria, contra a pobreza e para que o Congresso Nacional encaminhe pautas que interessam ao povo”, disse o presidente da Contag.

MATHEUS ALVES/MST

Além do MST e da Contag, participaram do ato também representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE), União Nacional dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e entidades representativas de trabalhadores do setor público e privado, como a Confederação Nacional dos Eletricitários (CNE), Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos (Fentect-CUT) e Confederação Nacional dos Trabalhadores em Comércio e Serviços (Contracs-CUT).

Parlamentares também participaram. A presidente do PT, deputada Federal Gleisi Hoffmann, considerou fundamental a luta das centrais e movimentos sociais para que o povo brasileiro ‘saia da miséria’.

“Vamos mostrar que não concordamos com a destruição do Brasil e com a crise que o povo brasileiro passa. É fundamental lutarmos para que o povo saia da miséria, a fome não cresça e para defendermos a vida com a vacina”, disse Gleisi.

Assim como Sérgio Nobre, presidente da CUT, presidentes das centrais sindicais também defenderam a importância de denunciar à sociedade e mostrar ao parlamento o projeto de destruição do Brasil, capitaneado por Bolsonaro e que tem relegado o povo brasileiro à própria sorte.

 Edição: Marize Muniz