Votamos Lula pelas lutas que virão!

Derrotar Bolsonaro é abrir caminhos!

 

Soberania nacional
O atual presidente se diz nacionalista, mas é um capacho dos interesses do capital financeiro globalizado. A solução do atual governo para tudo é entregar nossas riquezas e empresas públicas para os gringos. Dizia defender os setores estratégicos para a soberania, mas quer privatizar a Eletrobras. Na Petrobras, onde o governo tem o poder de escolher o presidente da empresa e definir sua política de preços, Bolsonaro manteve a dolarização do petróleo para garantir os lucros dos acionistas estrangeiros. O resultado é a inflação dos combustíveis se espalhando por toda a economia e tirando a comida da mesa das famílias.

Educação
As universidades federais precisam de, no mínimo, R$ 7,2 bi para funcionar. O orçamento que Bolsonaro aprovou para 2022 era de apenas R$ 5,3 bi e foi cortado para R$ 4,8 bi. Um novo corte em setembro foi barrado, com muita luta em todo o país. O risco da UFRJ parar de funcionar é real. Reeleger o presidente será um sinal verde para que ele continue seu plano de desmonte do ensino público, tanto nas universidades como nos institutos federais. Olhe para o lado, veja suas condições de trabalho e estudo. Este plano já está em andamento e precisa ser interrompido.

Serviço Público
Lira, presidente da Câmara dos Deputados e cupincha de Bolsonaro, já anunciou a retomada da PEC 32 ainda este ano. É a Reforma Administrativa que transforma o serviço público em uma grande rachadinha. Não seremos mais servidores do Estado brasileiro, mas apenas empregados dos governos de turno subordinados a seus interesses particulares. Quem não fizer a campanha do chefe será demitido. Esse será o Brasil com mais quatro anos de Bolsonaro, com a corrupção se infiltrando em todas as camadas do Estado.

Corrupção
O escândalo do Bolsolão, também conhecido como orçamento secreto, é o maior espetáculo de corrupção da história do país (equivale, por exemplo, a 630 mensalões). A Polícia Federal já começou a desvendar a maracutaia. Além disso, tem a rachadinha. E os 51 imóveis comprados com dinheiro vivo. Cabe lembrar que os processos que haviam condenado Lula foram anulados, pois o julgamento foi todo irregular, com um juiz parcial que só queria mesmo tirar Lula da eleição para virar ministro de Bolsonaro. Sergio Moro agora quer uma vaga no STF.

Família e religião
Bolsonaro se diz um homem de Deus que defende a família, mas usa Seu nome pra desviar verba pública e só pensa na família dele mesmo. A religião é sagrada para a maioria do povo brasileiro e não deve ser instrumentalizada para fins eleitorais como faz Bolsonaro. Quem se preocupa com as famílias brasileiras tem que se preocupar em colocar comida na mesa destas famílias, com emprego e segurança pública para andarmos nas ruas em segurança. Vale lembrar que Lula, em vez de fechar, fez enormes concessões em favor das igrejas evangélicas.

Democracia
Nossa democracia é muito limitada e precisamos ampliá-la. Mas Bolsonaro é uma ameaça aos poucos direitos e liberdades democráticas que ainda temos. Recentemente anunciou a intenção de controlar o STF nomeando mais ministros que o previsto em constituição, se for reeleito. Isto fez com que até Amoedo, um liberal de direita, declarasse voto em Lula. Enquanto isso, tentam convencer você de que a ameaça à democracia seria Lula . O PT já governou por 14 anos o país e em nenhum momento a democracia esteve ameaçada como está com Bolsonaro.

Luta
Para além das eleições, precisaremos lutar muito! Pela recomposição orçamentária das universidades, por aumento real dos nossos salários e aprimoramento do PCCTAE, pela revogação das reformas trabalhista e previdenciária, por uma democracia de verdade em que mandem os trabalhadores em vez dos ricos e poderosos. E estas lutas encontrarão condições mais favoráveis de vitória com a eleição de Lula em vez da reeleição de Bolsonaro.

Não atire no próprio pé!
Votar em Bolsonaro para castigar Lula e o PT é, na verdade, castigar a nós mesmos! Não damos a Lula um cheque em branco nem acreditamos que tudo vai se resolver com sua volta ao governo. Mas, ao contrário de Lula, Bolsonaro é inimigo do povo brasileiro e de nossas formas de luta (que nos garantiram os poucos direitos que ainda temos hoje). Vote como se seu voto fosse definir a eleição, pois pode ser que defina.

Ministro da Economia, que é contra pobre comer picanha e tomar cerveja, diz que, caso Bolsonaro seja reeleito, governo vai mudar índice de inflação que corrige os salários, para congelar valor

Escrito por: Rosely Rocha | Editado por: Marize Muniz (CUT)

Nem picanha, nem cerveja, como o ministro da Economia, Paulo Guedes, quer que os brasileiros mais pobres vivam para sempre. Esse é o plano do governo de Jair Bolsonaro (PL), caso ele seja reeleito presidente da República, no próximo dia 30.

O trabalhador, a trabalhadora e os aposentados e pensionistas que ganham um salário mínimo por mês e já estão sofrendo o aperto provocado pela decisão do governo Bolsonaro de acabar com a Política de Valorização do Salário Mínimo criada pelos governos do PT,  receberam outra péssima notícia nesta quinta-feira (20).

O governo Bolsonaro prepara mais um ataque: o congelamento do valor do salário mínimo a partir do ano que vem. Foi isso o que disse Paulo Guedes, que já zombou várias vezes do sonho dos pobres de voltar a tomar cerveja e fazer um churrasquinho nos fins de semana, como faziam quando Lula (PT) era presidente do Brasil.

Segundo Guedes, o governo vai apresentar logo após o resultado do segundo turno das eleições, no próximo dia 30, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para que os salários, aposentadorias e benefícios, como, por exemplo, o seguro desemprego, sejam congelados, ou seja, não tenham sequer a reposição da inflação, o que derrubará ainda mais o poder de compra de milhões de brasileiros e brasileiras que, hoje, já têm dificuldades até para comprar comida. A revelação é do jornal Folha de São Paulo, que teve acesso ao texto da proposta de Guedes.

Numa época em que o grupo alimentação e bebidas acumula inflação de 9,54% no ano, de janeiro a setembro – na maior alta para os nove primeiros meses do ano, desde 1994 – os reajustes dos salários praticamente congelados podem levar à mais fome. Hoje metade da população brasileira, 125 milhões de pessoas não comem as três refeições diárias necessárias para manter uma boa saúde. Outros 33,1 milhões passam literalmente fome.

A estratégia do governo federal para congelar os salários

Para praticamente zerar os reajustes, o governo Bolsonaro quer mudar o índice que calcula a inflação. A ideia de Guedes é passar a usar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), utilizado para famílias que ganham até 40 salários mínimos, que costuma ser menor do que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), este último usado para calcular os reajustes do salário mínimo, aposentadorias, pensões e benefícios, que sempre é maior.

Para se ter uma ideia da dimensão da mudança, o INPC de 2021 teve alta de 10,16%, percentual usado na atualização do salário mínimo para R$ 1.212. Caso apenas a meta de inflação de 2022 fosse aplicada, a elevação seria de 3,5%. Se a opção fosse pela expectativa do início do ano para o IPCA em 2022, o reajuste seria de 5,03%, exemplificou o jornal.

Caso isso aconteça os prejuízos para os trabalhadores e beneficiários da Previdência Social serão enormes, diz Clemente Ganz Lúcio, assessor das Centrais Sindicais e ex-diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

70% dos trabalhadores ganham até dois salários mínimos e, se congelar o valor ou reajustar abaixo da inflação, vai haver menor crescimento, deprime 2/3 da base econômica do país, trazendo apenas mais pobreza e desigualdade. Esse arrocho é uma tragédia.

– Clemente Ganz Lúcio

“O que Guedes quer é o arrocho do aposentadoria e salários para manter o teto de gastos públicos, reduzindo os gastos do governo, que não teve capacidade de fazer uma reforma tributária para que os ricos paguem mais impostos, e que já cortou tudo o que podia, especialmente, das áreas da saúde e educação, com um brutal desinvestimento”, complementa.

O Teto de Gastos Públicos foi criado por uma PEC em 2016 pelo governo golpista de Michel Temer, que congelou os investimentos por 20 anos. Isto quer dizer que o governo não pode investir nenhum centavo acima da inflação.

“O que em tese, seria benéfico para manter o equilíbrio das contas públicas, num país como o Brasil com alta taxa de juros, só beneficia os rentistas, é um custo perverso e brutal de transferência de renda dos assalariados para os rentistas”, afirma.

Com Lula, é picanha e cerveja

Ao contrário de Bolsonaro, que pelo quarto ano consecutivo não dá reajuste do mínimo acima da inflação, o governo Lula criou a Política de Valorização do Salário Mínimo, que aumentou a renda de trabalhadores e aposentados em acima de 75%. O sucesso dessa política, colocou mais dinheiro na economia e ainda ajudou na criação de 20 milhões de novos empregos com carteira assinada.

Candidato que está na liderança das pesquisas de intenções de voto para este segundo turno, o ex-presidente Lula sempre defendeu que os trabalhadores e trabalhadoras devem ter reajustes decentes para que possam voltar a comer seu churrasco e beber a sua cervejinha; e não apenas isso, com a volta do poder de compra a fome pode ser combatida.

Já em março do ano passado, logo após ter sido inocentado pelo Supremo Tribunal Federal, das acusações feitas na Operação Lava Jato, comandada ilegalmente pelo ex-juiz Sérgio Moro, aliado de Bolsonaro, Lula deu entrevista e já falava que sua felicidade era ver o povo comendo picanha e tomando cerveja. Essa declaração continua sendo tem sido feita em diversos comícios e entrevistas de Lula que costuma dizer: “se preparem porque vamos voltar a fazer nosso churrasquinho no nosso final de semana com uma cervejinha gelada”. 

Abuso de fake news leva TSE a ceder ao petista 184 inserções na TV e 42 no rádio. Justiça chegou a interromper propaganda bolsonarista em tempo real

Escrito por: Redação RBA

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) interrompeu o programa do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, no horário eleitoral desta quarta-feria (19) na TV. O vídeo de Bolsonaro atacava o ex-presidente Lula (PT) com uma mentira bastante repetida pelo candidato e por seus apoiadores de que o petista não teria sido inocentado em processos na Justiça.

No lugar do vídeo, apareceu uma mensagem do TSE: “Exibido para substituir programa suspenso por infração eleitoral”. A decisão também derrubou quase metade das inserções de Bolsonaro até quinta-feira da próxima semana. Foi a segunda sentença no dia que garantiu direito de resposta ao petista.

A ministra Maria Claudia Bucchianeri determinou a derrubada de 184 peças, de 400, de Bolsonaro que seriam veiculadas na TV. As inserções seriam realizadas nos intervalos das programações das emissoras. No lugar, serão exibidos materiais do ex-presidente Lula, em direito de resposta aos ataques da campanha do adversário. As peças de campanha de Bolsonaro, diante da omissão da Justiça Eleitoral até aqui, privilegiam as mentiras contra Lula com objetivo de aumentar a rejeição do candidato do PT.

A campanha bolsonarista possui o mesmo caráter na TV e nas redes sociais. Ontem, o TSE determinou uma série de providências para tentar combater o que chamou de “ecossistema” de mentiras.

Respostas

A presidenta do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), comentou a decisão: “Acabamos de derrubar 184 inserções de 30 segundos para TV dos programas de Bolsonaro, resultado da mentirada que ele veicula contra Lula. Vamos contar a verdade no horário dele. A verdade vence”.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) também considerou a ação correta. “A mentirada criminosa não vai vencer. Todo o conteúdo contra Lula é mentiroso. Eles tentam enganar o eleitor, mas nós venceremos com a verdade”, disse.

A campanha de Lula terá direito a responder a duas propagandas. Uma delas usou dados manipulados sobre votos em presídios, além da descontextualização de falas de Lula, para associar o ex-presidente à criminalidade. Para rebater esta desinformação, Lula terá direito a resposta em 164 inserções na TV.

A outra propaganda fez acusações e ofensas à honra do ex-presidente, usando os termos “corrupto” e “ladrão”. Neste caso, Lula terá direito de resposta em 20 inserções de 30 segundos na TV. Assim, Bolsonaro perderá um total de 184 inserções em TV.

Uma terceira decisão concedeu à campanha de Lula direito de resposta em 42 inserções em rádio, totalizando 21 minutos. A decisão também se refere a propagandas que tentaram vincular falsamente Lula à criminalidade.

Sérgio Nobre: “a maioria dos empresários brasileiros é escravagista, gostaria de ver a escravidão de volta, apoia Bolsonaro e, por isso, quer obrigar o trabalhador a votar no presidente, isso é crime”

 Publicado: 19 Outubro, 2022 – 13h45 | Última modificação: 19 Outubro, 2022 – 15h36

Escrito por: Vanilda de Oliveira

Se não houver um sinal imediato e mais forte das instituições para coibir patrões que, de forma criminosa, estão obrigando trabalhadores a votar em Jair Bolsonaro (PL), essa onda de assédio eleitoral pode influenciar no resultado da eleição. O alerta é do presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, e foi feito em entrevista à LUSA, agência portuguesa de notícias, que distribui sua produção jornalística à imprensa de toda a Europa.

“É necessário mais agilidade na apuração e punição do assédio eleitoral contra a classe trabalhadora, prática que atende aos interesses da campanha de Bolsonaro”, afirmou Sérgio Nobre, ao destacar que a tarefa da Central é também defender as liberdades da classe trabalhadora, entre elas o direito de votar em quem quiser.

“Numa eleição polarizada como essa, o uso da coerção econômica, porque é disso que se trata, de chantagem por parte dos empresários para assediar os trabalhadores e exigir que votem em Bolsonaro, é crime eleitoral e tem de ser barrado.”

Segundo Sérgio Nobre, o que está acontecendo hoje no Brasil não tem precedentes na história das campanhas eleitorais. “Os patrões estão coagindo e pressionando os trabalhadores porque Bolsonaro sinalizou que eles fizessem isso”, afirma.

“Nunca, em nenhum processo eleitoral anterior, a gente viu coisa parecida e nessa proporção”. De acordo com Sérgio Nobre, patrões sempre tentaram influenciar no voto dos trabalhadores, porém, de maneira mais subjetiva.  “Desse jeito e nesse volume, reunindo funcionários e dizendo a eles que têm de votar no Bolsonaro, se não vão perder o emprego e a empresa vai fechar, é inédito e gravíssimo”, afirma o presidente nacional da CUT.

Iremos a todos os órgãos e fóruns, inclusive internacionais para denunciar o assédio eleitoral e exigir reação

– Sérgio Nobre

Pode piorar 

À agência de notícias de Portugal, Sérgio Nobre afirmou temer que os casos de coação e assédio eleitoral contra trabalhadores aumentem às vésperas da votação do segundo turno, no dia 30 de outubro.

“Não podemos subestimar a capacidade dessa gente de fazer maldade, porque é a parte do empresariado mais retrogrado que faz isso, o empresário que tem tradição de negociação, que tem diálogo com o movimento sindical não entra nisso, mas esses são minoria”, compara o presidente nacional da CUT

“A maior parte dos empresários brasileiros é escravagista, gente que gostaria de ver a escravidão de volta e que está apoiando o Bolsonaro”, disse Sérgio Nobre, ao destacar que a CUT e todas as centrais irão novamente ao Ministério Público do Trabalho, ao Tribunal Superior Eleitoral e a todas os fóruns e as instâncias, inclusive internacionais, para exigir mais fiscalização e celeridade na apuração e punição de empresas e empresários criminosos.

Canais Exclusivos 

Os casos de assédio eleitoral no trabalho mais do que dobraram em relação às eleições de 2018. Segundo o Ministério Público do Trabalho, já eram 447 denúncias até a noite desta terça-feira (18).

CUT abriu um canal exclusivo para que os trabalhadores possam denunciar assédio eleitoral no local do trabalho. Já são mais de 150 denúncias, até esta quarta-feira (19). De forma unitária CUT, Força, UGT, CBT, NCST e CSB, também criaram um site para os trabalhadores denunciarem os patrões que fazem ameaças de demissão a funcionários que não votem em Bolsonaro, ou seja, se o ex-presidente perder a eleição, no dia 30 de outubro (derrota é apontada por todas as pesquisas eleitorais).

“Estamos orientando todas as estaduais da CUT e os sindicatos que as nossas bases denunciem casos e a façam ações contra práticas antissindicais em empresas denunciadas. Temos interlocução com o MPT e assessoria jurídica trabalhando nisso”, afirmou o presidente nacional da CUT.

“A única coisa que um trabalhador tem na vida é o emprego dele, se ele perder o emprego, é o flagelo total, porque ele não sabe se conseguirá pagar o aluguel se poderá sustentar a família. Isso que empresários estão fazendo, além de crime, é escandaloso, uma vergonha para o Brasil”, finalizou Sérgio Nobre.

Aumento de denúncias 

O procurador-geral do Trabalho, José de Lima Ramos Pereira, afirmou na terça-feira (18), à imprensa, que as denúncias de assédio eleitoral no local de trabalho derivam da “banalização” da prática e a polarização política no país. Pereira se reuniu com o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para discutir medidas para combater o assédio eleitoral. Moraes afirmou, após a reunião, que a prisão de um desses empresários que coagem trabalhador a votar em seu candidato acenderia a lanterna.

Segundo o MPT, o assédio eleitoral ocorre quando um empregador age para coagir, ameaçar ou promete benefícios para que alguém vote em determinado candidato. A região Sul do país é a que mais contabiliza casos até o momento: 171. Os três estados da região também ocupam a primeira, segunda e terceira posição no ranking, sendo o Paraná o campeão de denúncias, com 64 ocorrências. Santa Catarina aparece em seguida com 54 denúncias; e Rio Grande do Sul com 53.

O Procurador-Geral do Trabalho afirmou que, diferentemente das eleições de 2018, os mais de 400 casos do 2º turno estão relacionados a quase 400 empresas. Segundo ele, em pleitos passados, as denúncias estavam concentradas em poucas empresas. Situação que não se repetiu neste ano.

Ex-candidata condenou afirmação de Bolsonaro associada à pedofilia como uma das mais “graves”, e lembrou que mais de 60% dos casos de violência doméstica são contra crianças e adolescentes

 Publicado: 19 Outubro, 2022 – 15h41 | Última modificação: 19 Outubro, 2022 – 18h51

Escrito por: Redação RBA

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) condenou a fala do presidente Jair Bolsonaro (PL), associada à pedofilia, como uma das “mais graves” já feitas pelo mandatário. Candidata à Presidência da República no primeiro turno, ela já havia classificado como “criminosas” as declarações de Bolsonaro, que viralizaram no último final de semana, insinuando que imigrantes venezuelanas menores de idade estariam em suposta situação de prostituição.

Dessa vez, em vídeo divulgado nesta quarta-feira (19) a senadora voltou a comentar o caso, alertando que a atitude do atual presidente “estimula e se soma” na estatística da violência contra as mulheres e meninas.

Na ocasião, em entrevista ao canal do YouTube Paparazzo Rubro-Negro, Bolsonaro comentava que estava andando de moto no Distrito Federal quando viu “umas menininhas, três, quatro, bonitinhas, de 14, 15 anos, arrumadinhas numa comunidade. E vi que eram meio parecidas. Pintou um clima, voltei. ‘Posso entrar na sua casa?’. Entrei. Tinham umas 15, 20 meninas sábado de manhã se arrumando. Todas venezuelanas. E eu pergunto: meninas bonitinhas de 14, 15 anos se arrumando no sábado para quê? Ganhar a vida”, afirmou.

O 18 DE OUTUBRO foi um marco na luta em defesa da educação pública e da democracia. Veja algumas imagens capturadas pela fotógrafa Elisângela Leite na concentração da comunidade universitária da UFRJ no Largo de São Francisco e, em seguida, na Candelária e na Rio Branco, com estudantes, docentes, técnicos, parlamentares, representantes do movimento social, do movimento sindical. O SINTUFRJ MARCOU PRESENÇA.

Luta pela educação e contra Bolsonaro.
Rio de Janeiro;18/10/22
Luta pela educação e contra Bolsonaro.
Rio de Janeiro;18/10/22

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As ruas do Centro da cidade se encheram de energia e protesto na defesa da educação nesta terça-feira, 18 de outubro. Foram mais de 10 mil pessoas entre estudantes e profissionais de educação numa sonora manifestação contra os cortes na educação e a defesa da democracia.

Um dos coordenadores-gerais do Sintufrj, Esteban Crescente, denunciou que R$ 6 bilhões foram cortados por Bolsonaro das universidades “enquanto R$ 18 bilhões” foram colocados na mão de parlamentares do chamado Centrão, comprados pelo governo.

Marta Batista, outra coordenadora-geral do Sintufrj, denunciou cortes e definiu o governo Bolsonaro como “o governo da morte, das milícias, da ditadura”. Ela sentenciou: “Bolsonaro, o seu tempo está acabando. Vamos derrotar o fascismo e eleger Lula presidente em 30 de outubro”.

Essa manifestação tinha um grande consenso: eleger Lula presidente para a luta continuar num ambiente de democracia. Todas as lideranças vocalizaram como “fundamental” para o futuro do país a eleição do candidato do PT.

Foi um ato bastante representativo. A maioria dos parlamentares de esquerda eleita para as bancadas estaduais e federais do Rio de Janeiro estavam presentes. A atmosfera era de luta vitoriosa e disposição para defender a educação pública.

A comunidade universitária da UFRJ se concentrou diante do IFCS, no Largo de São Francisco, repetindo o ritual dos grandes atos da história recente protagonizados por estudantes e trabalhadores.

Protestos em todo o país

A defesa da educação pública e contra seu inimigo número um, Jair Bolsonaro, levou milhares de estudantes, técnico-administrativos e docentes das universidades federais e profissionais da educação de todas as áreas às ruas neste 18 de outubro. Houve atos em pelo menos 22 estados e no Distrito Federal.

A mobilização foi organizada pelas entidades nacionais representativas dos estudantes e trabalhadores. Nas principais capitais, as mobilizações ganharam força.

No Rio, antes do ato no fim da tarde na Candelária, as manifestações já começaram pela manhã. Houve ato no CAP da UFRJ. E em frente à Uerj a mobilização fechou o trânsito na rua São Francisco Xavier para dialogar sobre desmonte nas universidades. Comunidade universitária da UFRJ se concentrou no Largo de São Francisco antes do ato Candelária/Cinelândia.

Em São Paulo, o ato foi no vão livre do Masp, após as 14h. Em Brasília, o ato contra os cortes no orçamento da educação saiu da Galeria dos Estados em caminhada até o MEC. A Fasubra, nossa federação, participou da manifestação.

Manifestações se espalharam pelo Brasil afora, muitas realizadas nos campi das universidades e institutos, como Universidade Federal de Pernambuco, no Instituto Federal de Florianópolis, na Universidade Federal de Santa Catarina, e em municípios como Ceres, em Goiás, e Juazeiro do Norte, no Ceará.

Ações judiciais, convênios, planos de saúde, cultura e lazer foram alguns dos muitos assuntos que movimentaram a reunião dos aposentados(as), e pensionistas na manhã desta segunda-feira, dia 17. A participação foi expressiva: 50 pessoas, além de coordenadores da entidade e colaboradores.

O encontro terminou com uma confraternização no Espaço de Convivência Marlene Ortiz – churrasco, sorvete com banana em calda de sobremesa e boa música prolongaram a troca de experiências. A Coordenação de Aposentados(as), Aposentandos(as) e Pensionistas do Sintufrj lembra que as reuniões são quinzenais.

Esclarecimentos

Os aposentados se revezaram ao microfone em várias manifestações, muitas das quais elogiando o acolhimento humanizado da entidade. Dúvidas sobre ações judiciais e planos de saúde foram sanadas por dirigentes e profissionais como Claudia Azevedo, do Setor de Convênios, e Danielle Gracioso, paralegal assistente jurídica do Escritório Cassel Ruzzarin. O coordenador de Educação, Cultura e Formação Sindical Edmilson Pereira, informou sobre a inciativa do Sintufrj de promover uma saída de campo a Petrópolis — como parte do curso História do Patrimônio Cultural: Lugares de Saberes e Memórias.

Além das coordenadoras de Aposentados(as), Aposentandos(as) e Pensionistas Ana Célia e Maria Inês, e da coordenadora de Políticas Sociais Anai Estrela, que compuseram a mesa, diversos outros coordenadores da entidade prestigiaram o evento. Devido ao adiantado da hora, a visita ao Laboratório de Informática (LIpE), no Centro de Tecnologia, foi adiada.

Foto: Elisângela Leite